Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Doença respiratória infecciosa canina Traqueobronquite infecciosa canina - Conhecida também como “tosse dos canis” ou “gripe canina” Etiologia - Envolve vários patógenos s Vírus parainfluenza canino (CPIV) s Vírus da influenza canina (CIV) s Adenovírus canino tipo 2 (CAV-2) s Herpesvírus canino s Bordetella bronchiseptica s Micoplasmas à ADV-2 + PARAINFLUENZA + BB = tem na vacina intranasal à CIV + CPIV + CAV 2 = vacina polivalente à BB = subcutânea Epidemiologia - Causa mais comum de doença respiratória aguda em cães - Surtos são relatados em todo o mundo - Imunidade da vacinação não confere proteção completa - Alta morbidade e baixa mortalidade - Transmissão por contato oronasal - Fômites contaminados - Sinais iniciam-se com tosse s 1 a 3 dias após infecção - Infeccoes por B. bronchiseptica s Subclínico por meses - Infecções com mais de um patógeno são mais graves - Os animais portadores desse vírus eliminam o vírus em média por 6 a 10 dias à animal deve ficar em isolamento Patogenia - Cada agente possui patogenia diferente - B. bronchiseptica s Bactéria multiplica-se no trato respiratório s Liga-se ao epitélio respiratório ciliar s Destruição tecidual - Vírus da Parainfluenza canina s Replica-se no epitélio do trato respiratório s Destruição dos cílios s Tosse autolimitante s Faringite e traqueíte Sinais clínicos - A combinação de vírus e bactérias dificulta o estabelecimento de uma descrição clínica concisa s Tosse: sinal agudo s Tosse seca que pode evoluir para produtiva s Episódios repetidos de tosse com engasgo e/ou ânsia de vomito s Corrimento nasal e ocular s Febre, inapetência pode acontecer, mas é menos comum (geralmente em Bárbara Andriotti Bárbara Andriotti quadros mais complicados – animais imunossuprimidos e braquicefálicos) s Pneumonia em casos graves (não é comum) e em cães não vacinados Diagnóstico - Histórico s Surtos - Clínico - Hemograma s Somente para monitoração s Pode ter hemograma sem alterações s Pode ter hemograma inflamatório – leucocitose; neutrofilia - Radiografia s Apenas em casos graves de pneumonia Diagnóstico diferencial - Outras doenças que causam tosse: s Cinomose s Bronquite s Cardiopatias (cardiomegalia) s Colapso de traqueia s Espirro reverso s Corpos estranhos no trato respiratório ou na região da faringe Tratamento - Glicocorticoides / AINES s Dose anti-inflamatória à meloxican – dose 0,1 mg/kg (SID) s Corticoides: Prednisona (cães) / prednisolona (gatos) – via oral - dose 0,5 (BID) a 1 mg/kg (SID) s De 3 a 5 dias - Antitussígenos s Hidrocodona s Butorfanol s Dropropizina – vibral à suficiente para tosse dos canis (de farmácia humana); atua nos receptores periféricos da tosse; antitussígeno de ação periférica. s Tussedan à tossicanis (homeopática) - Broncodilatadores s Indicação de bronco- constrição/pneumonia (auscultação sibilos/crepitação) s Teofilina ou Terbutalina - Nebulização ou vaporização (indícios de secreção) s Antipirético à dipirona s Descongestionantes nasais à afrin – oximetazolina (vasoconstritor) s Higiene das secreções à lavagem NaCl 0,9% - Antimicrobianos s Infecções oportunistas – evolução e broncopneumonia - Gram + e Gram -; aeróbicos à DOXI – bordetella bronch (com cultura) - bacteriostática à amoxi + clav – bactericida (amplo espectro) à enro – limitado (bactericida) – gram - / aeróbio Prevenção - Imunidade materna; - Vacinação – parenteral / oral e nasal; s Parenteral (inativada): duas doses, intervalo de 3-4 semanas s Oral: 1 dose demora 21d para efeito s Nasal: 1 dose, 3-5d já tem imunidade s Alguns antígenos - Em casos de surto: s Isolamento dos animais com sinais clínicos s Limpeza do ambiente e fômites - Hipoclorito de sódio - Clorexidina 3% - Amônia quaternária Leptospirose Etiologia s Espiroueta móvel (flagelo) e filamentosa / possui ganchos à entra e sai de Bárbara Andriotti Bárbara Andriotti tecidos facilmente (forma de saca rolha) e acaba rompendo os vasos à causam VASCULITE s Sensíveis a desinfecctantes/detergentes s Bactéria Gram - à possuem membrana externa diferenciada... liberação de LPS (potente toxina) causando uma intensa inflamação s Vários sorovares Sorovares (4 + importantes) – tem na vacina polivalente V10 - Icterohaemorrhagiae à lesão em ambos – fígado e rins - Canicola à lesão renal - Grippotyphosa à lesão hepática - Pomona à não muito definido Epidemiologia - Presença de hospedeiros naturais - Bovinos, silvestres e roedores (reservatórios) - Cães que permanecem em ambientes externos = risco de infecção - Necessidade de porta de entrada para a bactéria - Falta de saneamento básico e condições sanitárias - Distribuição mundial Patogenia - A motilidade da leptospiras é um mecanimo que facilita a sua disseminação pelos tecidos afetados; - A leptospiremia ocorre entre 4-12 dias pós infecção; - Leptospiremia pode permanecer por mais de 10 dias – sendo que ocorre uma grande produção de ac. neutralizantes; - ↑ leptospiremia à ↑ produção de anticorpo na circulação à agem em todos os órgãos, exceto nos rins; - Fatores como imunidade do hospedeiro e tipo de sorovar à determinam o prognóstico; Sinais clínicos Aguda, subaguda e severa → variam de intensidade nas diferentes apresentações - Hipertermia - Anorexia, êmese e desidratação - Oligúria e anúria – IRA - Dor abdominal, mialgia - Diarreia - Mucosas hipocoradas (hemorragias) → ictéricas - hemólise (mov. da espiroqueta) / lesão hepática (inabilidade conjugada) - Distúrbios de coagulação (petéquias, hematoquesia, hematêmese, ...) s Coagulopatias: sufusões, hematomas, sangramento das cavidades - Uveíte (processo inflamatório pela deposição de imunocomplexos) - Taquipneia, pulso irregular, colapso vascular - Pneumonia / hemorragias pulmonares - Hipotermia e depressão Diagnósticos diferenciais - Anemia hemolítica imunomediada - Sepse - Doenças hepática - Injúria renal aguda - Hemoparasitas Diagnóstico - Anamnese: exposição a fatores de risco – história clínica Bárbara Andriotti Bárbara Andriotti - Hematologia s Leucocitose – neutrofilia (com desvio para esquerda – bastões) à Leucograma inflamatório s Eritrocitose (desidratação) – relagivo à Aumento de erit/hb/ht s Anemia à Redução erit/hb/ht - Bioquímica sérica s Azotemia ou uremia (aumento de comp. Nitrogenados – creatina e ureia “lixinho”) s Aumento de ALT (marcador de lesão hepatócito), FA (marcador de colestase), bilirrubinas (marcador de função – albumina, fatores de coagulação, ureia) - Urinálise s Glicosúria, proteinúria, baixa densidade urinária s IRA – oligúria / anúria - Aumento dos tempos de coagulação - Alterações no US abdominal Diagnóstico definitivo - Sorologia pareada (teste de aglutinação microscópica) – teste de eleição s Na primeira semana da enfermidade os títulos são negativos Títulos → 1:800 são sugestivos Títulos → 1:1600 – 1:12800 são altamente indicativos s 2 amostras com intervalo de 14 dias - PCR → sangue, urina e amostras de tecido - Cultura bacteriana → não tem bons resultados - Urinálise → leptospiúria em microscopia de campo escuro Interpretação sorologia - Sorologia (teste de aglutinação microscópica) – teste de eleição; - Resultado positivo: pode gerar três interpretações diferentes: s Exposição antiga ao sorovar/sorogrupo: resposta ao desafio natural s Vacinação: resposta a vacinação (até 3 ou 4 meses pós vacinação) à podem apresentar títulos de até 1:1600 pós vacinação s Exposição atual ao sorovar/sorogrupo – IMPORTANTE correlacionar com o caso clínico s Títulos de > ou = 1:800 com sinais clínicos – pode fechar diagnósitico Tratamento - A utilização de antimicrobianos iniciada rapidamente reduz a replicação na circulaçãoe possíveis danos. Doxiciclina – antimicrobianos, bacteriostático, amplo espectro - Fluidoterapia de suporte s Ringer lactato - Controle de volume urinário (sonda) s 1-2 mL/kg/h sem fluido s 2-4 mL/kg/h na fluido - Antieméticos e protetores gástricos - Analgesia - Manejo nutricional (sonda nasogástrica) - Coagulopatias / hemorragias s Transfusão de sangue / hemocomponentes (plasma) - Disfunções hepáticas Prognóstico - Bom para os cães tratado intensiva e precocemente no curso da infecção com antimicrobianos apropriados e fluidoterapia. - Monitorar função hepática e renal Bárbara Andriotti Bárbara Andriotti Prevenção - Prevenção da exposição → controle de roedores, saneamento básico; - Vacinação (proteção específica para o sorovar) s Primeira imunização: 2 doses (bacterinas inativadas) s Revacinação: anual Cinomose Etiologia - Vírus RNA (sofre mutações) – envelopado (fácil de eliminar no ambiente) - Morbillivirus (família Paramyxoviridae) - Extremamente sensível ao calor (mais casos no inverno) → replicação nas portas de entrada - Vírus de ação lítica → citolítico – caráter inflamatório - Doença viral mais comum em cães - Alta morbidade e mortalidade Quem são os cães mais susceptíveis? - Cães entre 3 e 6 meses e acima de 5 anos; - Não vacinados ou vacinados incorretamente; - Não receberam colostro; - Exposição a animais infectados; Epidemiologia - Transmitido por aerossóis e gotículas infectantes provenientes de secreções como fezes, urina e respiratórias. - A virulência esta relacionada com a cepa (3 tipos) e imunidade do hospedeiro s Neurotrópicas (SNC) s Viscerotrópicas (vísceras) s Epiteliotrópicas (epitélio) - Período de incubação → 1 a 4 semanas - Período de eliminação → 60 a 90 dias pós infecção Patogenia à Número 1 (entrada do nariz): exposição do animal as partículas virais, via de transmissão oronasal por aerossóis/contato do epitélio superior com a presença do vírus, tem a ver com a característica de temperatura e por ser uma porta de entrada extremamente fácil. à Em torno de 24h após a inoculação do vírus começa a ter a replicação do vírus (segundo 1) no tecido linfoide no epitélio, ocorre a multiplicação dos macrófagos no trato respiratório superior. A partir daí começa a se disseminar por meio dos linfócitos e das tonsilas pela via linfática. à Sinais clínicos iniciais - secreção nasal, coriza, vai lisar as células (citolítico) e isso induz um processo inflamatório, espirros... à Após 2-4 dias de infecção, que há o aumento dessa replicação do vírus, principalmente nos linfonodos regionais, pode começar a ter quadros de linfadenomegalia, além disso, pode ocorrer febre também. A partir daí ocorre a chegada do vírus no sangue, disseminação via hematógena. à O animal que tem AC provavelmente não passe para a fase hematógena, vai fazer no máximo uma coriza, uns espirros e vai conseguir eliminar o vírus. à Em algumas situações o vírus passa barreira hematoencefálica, ela não permite a entrada de AC, na maioria dos casos tentamos evitar que o animal tenha uma progressão do quadro clínico que chegue o vírus no SNC, porque se chega lá acaba tendo muito dificuldade para combater, o que se tem para neutralizar esse vírus não consegue chegar lá com eficácia. Fase mais difícil de combater → fase neurológica. A vacinação evita a doença clínica, mas pode não evitar a colonização do rim e a liberação na urina. Bárbara Andriotti Bárbara Andriotti à A progressão da doença depende muito do tropismo da cepa e da quantidade de AC que esse animal tem para evitar que a doença chegue no sistema nervoso. Sinais clínicos - Podem variar muito, dependendo da virulência da cepa, das condições adiantais, da imunidade do paciente, da idade do paciente... - Muitas vezes as infecções são subclínicas, algumas formas brandas da doença são comuns.... s Hipertermia s Apatia s Anorexia s Desidratação → pode ter uma potencializada: anorexia, TGI – vômitos e diarreia s Hipoplasia do esmalte dentário Fase respiratória - Secreção nasocular serosa → mucopurulenta - Espirros - Tosse úmida e produtiva - Dispneia → pode ser tanto inspiratória (TRS) ou expiratória (TRI) - Crepitações durante a ausculta → liq/sec pequenas vias inferiores - Ceratoconjuntivite seca → úlceras de córnea (colírio fluoresceína) s Ceratoconjuntivite seca e hiperqueratose de trufa nasal → se faz teste de Schirmer s CCS – uso de colírios lacrimomiméticos s Colírios AINE → diclofenaco – still s Colírio ATB → tobramicina/ciprofloxacina Tratamentos na fase respiratória - Mucolíticos e expectorantes → acetilcisteina – mucomicil - Antipiréticos → dipirona - Antimicrobianos na suspeita de infecção bacteriana s Gram + / Gram - / aeróbicos → Staphy – Strepto – Bordetella s Amoxi + clav s Cefalotina s Azitromicina - Nebulizações/vaporização - Descongestionantes nasais Fase digestiva - Vomito - Diarreia - Anorexia - Desidratação Tratamentos na fase digestiva - Antieméticos - Estimulantes de apetite - Correção da desidratação com fluidoterapia - Se for o caso passagem de uma sonda nasogástrica Fase neurológica Refletem a distribuição do vírus e das lesões no SNC - Mioclônias → encefalites – movimentos involuntários da musculatura - Tremores - Incoordenação - Delírio - Convulsão - Ataxia Diagnóstico diferencial São muitos... - Traqueobronquite infecciosa canina - Parvovirose e coronavirose - Parasitismo intestinal Bárbara Andriotti Bárbara Andriotti - Gastroenterite não virais - Encefalite Diagnóstico - Histórico - Exame físico - Hemograma s Pode ser observada anemia s Leucopenia por linfopenia → pela imunossupressão s Leucocitose por neutrofilia com desvio a esquerda – em casos de infecção oportunista s Corpúsculo de Lentz – inclusão por replicação viral – não é resposta a vacina (patognomônico) - Análise de fluido cérebro-espinhal: alta concentração de AC - Teste rápido: para detecção de Ag - PCR – muito sensível - Imunofluorescência – não muito sensível; detecta o vírus apenas após 3 semanas - Virologia – o vírus não é fácil cultivo a partir de tecidos ou secreções infectadas - Diagnóstico histopatológico post-mortem – corpúsculo de inclusão em células epiteliais Tratamento sintomático e de suporte - Cuidados de enfermagem → isolamento - Antimicrobianoterapia → sistema acometido - Umidificação das vias aéreas - Expectorante (Bromexina 3-15 mg/animal/dia, VO – IM – SC ou IV) - Broncodilatadores (Aminofilina 10 mg/kg, TID – VO – IM ou IV) - Antieméticos e protetores de mucosa em casa de transtornos TGI s Citrato de Maropitant s Ondansetrona s Metroclopramida - Anticonvulsivantes (fenobarbital 2,5mg/kg BID – VO – IV ou IM) - Antioxidantes: vit E (10 mg/kg SID – VO), vit A (10000 UI/kg) e vit C (500 mg/animal) - AINE ou corticoides - Antivirais – ribavirina (antes da infecção do SNC) + DMSO (amplica a permeabilidade da barreira hemotoencefálica) - Imunoterapia (Soroglobulin Max) – tem ação mais eficaz na fase inicial - Eutanásia? Prognóstico - Primeiras fases → reservado a favorável - SNC → desfavorável Prevenção - Anticorpos maternos passivos - Vacinação - Isolamento de cães com sinais gastrintestinais e respiratórios Gastroenterites virais - Parvovirose → atinge a base das vilosidades - Coronavirose → terço médio das vilosidades - Rotavírus → ápice das vilosidades PARVOVIROSE - Parvovírus canino tipo-2 não envelopado (resistente ao ambiente) - Família: parvoviridae - Período de incubação – 4 a 7 dias - Resistente – pode permanecer por 5 meses no ambiente - Alta morbidade e alta mortalidade (geralmente entre cães de 6 semanas e 6 meses de idade) Epidemiologia - Atinge a maioria das espécies do gênero Canis - Dobermann, Pinscher, Rottweiler,Labrador são mais suscetíveis - Uma das principais doenças infecciosas de caráter endêmico s Distribuição mundial s Fácil disseminação Bárbara Andriotti Bárbara Andriotti Fisiopatogenia à Esse vírus normalmente entra por via oronasal, contato com fezes contaminadas, segue com um período de incubação (de 4 a 7 dias para mais). à Tem predileção por células que se multiplicam em uma alta taxa de mitose, ele precisa das células do hospedeiro para se multiplicar, então o vírus acaba entrando no tecido linfoide... se multiplicando nos linfonodos da orofaringe. à Órgão linfoide que também acaba sendo acometido é o timo, nos filhotes ele é bem desenvolvido e progredindo para os linfonodos mesentéricos (tudo por via linfática) e a partir daí ocorre a viremia, que é quando esse vírus atinge a corrente sanguínea, parando nas criptas intestinais e medula óssea... s Leucopenia (ocorre com mais frequência) – panleucopenia (diminui todos os leucócitos, todas as células de defesa) s Quadros de anemia s Trombocitopenia (diminuição das plaquetas) s Diarreia hemorrágica - Infecção oronasal → proliferação nos tecidos mesentéricos e outros tecidos linfoides → disseminação do vírus nas criptas do intestino delgado → necrose da cripta intestinal → vírus eliminado pelas fezes → (1 – 2 semanas a partir do início da infecção) Manifestações clínicas - Gastroenterite s Anorexia, depressão, febre s Sensibilidade a palpação abdominal (ANALGESIA) s Vomito (ANTIEMÉTICO) s Diarreia fluida e com odor desagradável (restos de mucosa necrosada) s Intussuscepção (CIRURGICO) s Desidratação (FLUIDOTERAPIA) s Sepse (resposta desregulada do hospedeiro frente a um processo infeccioso) ou endotexemia → bacteremia Destruição das vilosidades à translocação bacteriana (G-) à LPS à endotoxemia à SRIS (resposta desregulada) à sepse s Temperatura, FC, FR, leucograma Diagnóstico diferencial - Ingestão de corpo estranho, toxina ou alimento - Parasitismo gastrointestinal - Coronavirose - Gastroenterite hemorrágica não viral - Intussuscepção - Cinomose (envolvimento TGI) Diagnóstico presuntivo - Anamnese: cães jovens, histórico vacinal, presença de vários filhotes com sinais clínicos... - Sinais clínicos: diarreia sanguinolenta - Hematologia: leucopenia severa (invasão do vírus nas células percursoras de leucócitos e perda de neutrófilos, maduros pela mucosa intestinal) Diagnóstico definitivo - PCR das fezes - Snap Parvo Test (pesquisa antígeno viral): mais usado na rotina s Amostra de fezes s Lembrar curto período de eliminação do vírus (falso-negativo) s Idexx: não faz resultado falso-positivo se vacinação recente Bárbara Andriotti Bárbara Andriotti Tratamento suporte - Fluidoterapia – ringer lactato s Reposição de eletrólitos – potássio s Correção glicemia – 0,5 – 1 ml/kg IV, em bolus 1:3 - Antibioticoterapia (na suspeita de sepse) s Amplo espectro s Intravenoso - Antidiarreicos → CONTRAINDICADO - Vitamina C e B - Analgesia - Anti-eméticos e protetores de mucosa s Metoclopramida (pró-cinético) s Cimetidina s Ondansetrona s Cloridrato de maropitant - Sondagem nasogástrica s Alimentação precoce s Reduzir estase gastrintestinal - Coloides / infusão plasma - Enema de carvão ativado - Imunoterapia (Soroglobulin Max) Prognóstico - Cães com enterite por parvovírus se tratados apropriadamente, geralmente recuperam-se - Se sobreviver os primeiros 3 – 4 dias. → prognóstico bom - Quanto mais jovem o animal → maior a taxa de mortalidade CÃES QUE SE RECUPERAM ADQUIREM IMUNIDADE VITALÍCIA Prevenção - Redução da exposição - Vacinação Coronavirose - Vírus RNA (envelopado) → família Coronaviridae - Inativado por desinfetantes comerciais Patogenia - Período de incubação: 1 a 4 dias - Cães de todas as idades podem ser afetados, filhotes são mais suscetíveis - Padrão fecal-oral - Co-infecção com parvovírus pode ser mais grave e fatal Bárbara Andriotti Bárbara Andriotti
Compartilhar