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Profª Claudia Carvalho GESTÃO DA QUALIDADE Capítulo 5 Ferramentas da Qualidade Algumas Metodologias e Ferramentas para Qualidade 5 Porquês Diagrama de Pareto Six Sigma FMEA Matriz GUT Lean Dashboard Histograma Folha de Verificação Matriz BCG 5W2H Diag. Dispersão Kaizen Diagrama de Causa e Efeito QFD Matriz SWOT Fluxograma EXCEL Diagrama de Afinidades Gemba Gantt Kanban Capacidade de Processo MINITAB A3 5S FTA PDCA Cartas de Controle Trabalho Padronizado Sete Ferramentas Básicas da Qualidade Simples e de ampla utilização. Empregadas para coletar, processar e dispor conjuntos de informações. Facilita a análise, com o objetivo de manter e melhorar resultados. Fluxograma • Tem o objetivo de representar graficamente as fases de um processo e suas relações; • Possibilita identificar os pontos onde decisões precisam ser tomadas; • Permite indicar as variáveis de entrada e saída para cada atividade; • Usa símbolos padronizados; • Amplamente utilizado para facilitar a compreensão de um processo em sua totalidade. Fluxograma Exemplo: Fluxograma Exemplo: Fluxo de processo Registra todas as informações: por onde passa, quem é o responsável, qual o momento desse profissional fazer sua atividade, o que fazer nessa tarefa e identifica a fase que está essa atividade dentro do desenvolvimento do produto. Fluxograma Exemplo: Folhas de Verificação São formulários nos quais os dados coletados são preenchidos de forma fácil e concisa; Facilita a coleta dos dados, organizando os mesmos durante a coleta; São utilizadas quando os valores específicos dos dados são definidos e planejados antes da coleta. Pode ser também um checklist, a fim de verificar se atividades previstas foram executadas. Coleta de dados Na solução de problemas, as ações tomadas devem ser baseadas nos dados, pois permitem que o problema tenha sido claramente definido. Folhas de Verificação Como fazer? Definir objetivo da coleta de dados e tipo folha; Estabelecer título, campos de registros, instruções; Instruir pessoal e realizar pré-teste. Vantagens ▪ Facilidade de coleta de dados. ▪ Simplificação das análises. ▪ Ajuda no planejamento dos ciclos de melhoria. Desvantagens ▪ Possibilidade de confusão se os dados não aparecem no formulário. ▪ Exige planejamento cuidadoso do formato, antes de ver os dados. Verificação de Itens Defeituosos. Folhas de Verificação Exemplo: Localização de Defeitos. Folhas de Verificação Exemplo: Distribuição de frequência de um item de controle em processo produtivo. Folhas de Verificação Exemplo: Estratificação Processo que permite separar, criteriosamente, o conjunto de dados em categorias ou grupos mais específicos, fornecendo condições para uma análise mais detalhada e pormenorizada dos vários aspectos ou variáveis relacionados a uma situação; Estratificar significa desdobrar, classificar, organizar os dados em categorias ou grupos que representem fatores críticos para a compreensão e interpretação da situação em estudo; Agrupamento de dados sob vários pontos de vista, para identificar e registrar condições/valores de fatores associados ao processo (principais causas de variabilidade) de modo a focalizar a ação; Usada para observar e analisar melhor os dados. Exemplo: Indústria autopeças produz molas de aço, que tem a dureza como uma das principais características de qualidade. Especificação: LES= 435HB, LEI= 370HB. (HB=dureza Brinell). Problema: Aumento de molas devolvidas por apresentarem dureza fora das especificações. DUREZA BRINELL DE MOLAS 350 360 370 380 390 400 410 420 430 440 450 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 Tempo D u re z a ( H B ) Folhas de Verificação DUREZA BRINELL DE MOLAS 350 360 370 380 390 400 410 420 430 440 450 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 Tempo D u re z a ( H B ) DUREZA BRINELL DE MOLAS 350 360 370 380 390 400 410 420 430 440 450 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 Tempo D u re z a ( H B ) Fornecedor A Fornecedor B Fornecedor C Exemplo: Indústria autopeças produz molas de aço, que tem a dureza como uma das principais características de qualidade. Especificação: LES= 435HB, LEI= 370HB. (HB=dureza Brinell). Problema: Aumento de molas devolvidas por apresentarem dureza fora das especificações. Folhas de Verificação Observações • A qualidade da Coleta de Dados e Estratificação influencia fortemente em todo o processo de análise e solução de problemas; • A Coleta de Dados Estratificada corresponde à montagem de um quebra-cabeças, possibilitando retratar, de maneira bastante evidente, qual a contribuição de cada uma das partes na composição do quadro da situação real; • Uma Coleta de Dados não Estratificada de maneira adequada pode conduzir à construção de um quadro distorcido da situação real, gerando interpretações inadequadas e disparando ações incoerentes. Folhas de Verificação No fim do século XIX, o economista sociopolítico Vilfredo Pareto observou que havia uma distribuição desigual de riqueza e poder na população total. Ele calculou, matematicamente, que 80% da riqueza estava em mãos de 20% da população. Isso originou a Regra 80/20. • São gráficos de barras verticais que evidenciam a priorização de temas/grupos/categorias. • Priorizar esforços em áreas onde podem ser obtidos maiores ganhos. Diagrama de Pareto Passo a passo: ➢ Definir problema; ➢ Listar fatores estratificação, bem como categoria “outros”; ➢ Estabelecer método e período de coleta; ➢ Coletar dados, registrando total de vezes que cada categoria foi observada e nº total de observações; ➢ Elaborar planilha de dados; ➢ Construir o gráfico onde as barras (que representam as contagens) decrescem da esquerda para a direita, traçando a curva de percentagens acumuladas; Diagrama de Pareto Defeitos em Lentes Defeito Nº OCORRÊNCIAS FREQUÊNCIA RELATIVA (%) FREQUÊNCIA ACUMULADA (%) Revestimento Inadequado 55 43,3 43,3 Trinca 41 32,3 75,6 Arranhão 12 9,4 85,0 Muito Grossa / Muito Fina 11 8,7 93,7 Não-Acabada 5 3,9 97,6 Outros 3 2,4 100,0 Diagrama de Pareto Exemplo: Diagrama de Pareto Exemplo: Defeitos em Lentes 100,097,6 93,7 85,0 75,6 43,3 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Revestimento Inadequado Trinca Arranhão Muito Grossa / Muito Fina Não Acabada Outros N º O c o rr ê n c ia s 0 20 40 60 80 100 F re q u ê n c ia A c u m u la d a Observações: ▪ O Diagrama de Pareto estabelece prioridades, isto é, mostra em que ordem os problemas devem ser resolvidos; ▪ Quebre grandes problemas, ou grandes causas, em problemas ou causas específicas, estratificando/ subdividindo em aspectos mais específicos; ▪ Se não aparecerem diferenças claras entre as barras do gráfico, reagrupar os dados; ▪ Se a categoria “outros” apresentar freqüência elevada, é um sinal de que as categorias não foram adequadas; ▪ Pode ser usado para a comparação “antes” e “depois”, permitindo avaliar o impacto de mudanças efetuadas no processo. Diagrama de Pareto Brainstorming “Chuva de ideias” obtidas em reuniões; Essencial para o trabalho em equipe nas empresas que buscam novas ideias e soluções; É uma série de reuniões que pode ter a participação de pessoas de diferentes departamentos da empresa para criar conceitos e soluções inovadoras para determinado projeto e necessidade. Pode ser empregada em empresas de diferentes setores, em instituições públicas e em trabalhos acadêmicos nas escolas e universidades. Diagrama de Causa e Efeito ▪ Criado por Kaoru Ishikawa, em 1943; ▪ Conhecido como Diagrama de Ishikawa ou Espinha de Peixe; ▪ Bastante utilizado para a levantamento de causas de problemas (tanto em produto quanto serviço ou processo); ▪ Consiste numa técnica visual que interliga os problemas ou características (efeito) com os fatores (causas) envolvidos naprodução (que realmente possam afetar ao resultado). Característica Causas Primárias Causas Secundár ias Causas Terciárias Problema (Efeito) Fatores (Causas) Diagrama de Causa e Efeito Como construir o diagrama? Realizar Brainstorming (ou usar folha de verificação) a partir da definição do efeito (problema); Escrever o efeito ao lado direito (na cabeça do peixe) e traçar a espinha dorsal; Relacionar causas primárias que afetam a característica ou problema definido (espinhas grandes). Relacionar as causas secundárias que afetam as primárias e assim por diante; Sugestão para incluir nas grandes espinhas: 6M (Medida, Máquina, Mão-de-obra, Matéria-prima, Meio ambiente, Método) ou 4P (Política, Procedimento, Pessoal e Planta). Identificar as causas mais prováveis para maior análise. Diagrama de Causa e Efeito Diagrama de Causa e Efeito Exemplo: Vantagens ✓Boa ferramenta de levantamento de direcionadores e de comunicação. ✓Estabelece a relação entre o efeito e suas causas. ✓Possibilita um detalhamento das causas. ✓Permite o exame de diversas categorias de causa. ✓Incentiva a criatividade através de um Brainstorming. ✓Fornece imagem visual da incidência e categorias de causa em potencial. Desvantagens ✓ Não apresenta os eventuais relacionamentos entre as diferentes causas. ✓ Não focaliza, necessariamente, as causas que devem efetivamente ser atacadas. O diagrama de causa e efeito pode não identificar a causa fundamental do problema considerado. Diagrama de Causa e Efeito Gráfico de colunas, sem espaço entre as mesmas, sendo o eixo horizontal disposto em intervalos de classes; Utilizado quando a variável de interesse é proveniente de medições; Histograma Video para construção do histograma https://www.youtube.com/watch?v=2YItnzdFHjU Visualiza a forma da distribuição do conjunto de dados, bem como a localização do valor central e a dispersão/variação. https://www.youtube.com/watch?v=2YItnzdFHjU A VARIAÇÃO ESTÁ EM TODA PARTE • A variação ou dispersão é um fenômeno inevitável no resultado de qualquer processo: fabricação, serviço, administração; • A variação em um processo se deve às variações em um enorme número de fatores que afetam ao processo; • É impossível manter todos os fatores em um estado constante o tempo todo. Principais conceitos VARIAÇÕES APRESENTAM PADRÕES • Diferentes fenômenos apresentam diferentes tipos de variação, mas cada um tem seu próprio padrão; • É mais fácil reconhecer um padrão de variação através de gráficos (histogramas). Histograma Histograma Histograma Histograma A série de dados abaixo representa as durações da vida (em dias) para uma amostra de 60 dispositivos eletrônicos. 170 154 137 132 132 140 160 158 140 150 150 122 154 168 142 167 154 166 130 145 175 121 160 160 162 158 130 158 148 168 140 148 180 140 178 172 150 178 148 170 130 120 154 130 154 128 168 158 160 134 160 150 175 140 160 140 148 172 140 122 Histograma Exemplo: Duração da vida dos dispositivos eletrônicos. 0 2 4 6 8 10 12 14 129 138 147 156 165 174 Mais Dias F re q ü ê n c ia Histograma Exemplo: Diagrama de Dispersão ➢Utilizado para estudar a possibilidade de relação entre duas variáveis ou entre causa e efeito e sua intensidade; ➢Coletar pares de observações (X, Y); ➢Verificar existência de outliers. Nação Porcentagem de Partos Realizados em Postos de Saúde Taxa de Mortalidade Materna por 100.000 Nascidos Vivos Bangladesh 5 600 Bélgica 100 3 Chile 98 67 Equador 84 170 Hong Kong 100 6 Hungria 99 15 Irã 70 120 Quênia 50 170 Marrocos 26 300 Nepal 6 830 Países Baixos 100 10 Nigéria 37 800 Paquistão 35 500 Panamá 96 60 Filipinas 55 100 Portugal 90 10 Espanha 96 5 Suíça 99 5 Estados Unidos 99 8 Vietnã 95 120 Exemplo: Diagrama de Dispersão Taxa de Mortalidade Materna versus Porcentagem de Nascimentos Atendidos por Pessoal Treinado da Saúde 0 200 400 600 800 1000 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Porcentagem de Nascimentos Atendidos T a x a d e M o r ta li d a d e M a te r n a (1 0 0 .0 0 0 n a s c id o s v iv o s ) Diagrama de Dispersão Exemplo: • Ferramenta para o monitoramento da variabilidade e para a avaliação da estabilidade de um processo, permitindo a distinção entre os tipos de causas de variação, informando se o processo está ou não sob controle; • Dependendo das conclusões obtidas a partir delas, o tipo de ação necessária poderá ser dimensionada; •Fazem uso de dados ao longo do tempo; • Seu objetivo é garantir a obtenção de resultados sustentáveis no patamar desejado (‘controle’). Cartas de Controle Utilidade: Compreender o comportamento (variação) do processo!!!! Cartas de Controle Principais Tipos de Cartas de Controle Dados Tipo Variáveis • X e AM (individuais e amplitude móvel) • X e R (média e amplitude) • X e s (média e desvio padrão) Dados Tipo Atributos • Para itens defeituosos (carta p) • Para defeitos (carta c) Cartas de Controle Cartas de Controle I – Ponto fora dos limites de controle Critério: Ao menos um ponto acima ou abaixo dos limites de controle. Cartas de Controle II - Seqüência Critério: 7 ou mais pontos consecutivos do gráfico aparecem em apenas um dos lados da linha média. Cartas de Controle III - Tendência Critério: 7 ou mais pontos consecutivos em movimentos ascendentes ou descendentes. Cartas de Controle IV - Periodicidade Critério: Apresenta repetidamente tendência para cima e para baixo, em intervalos de tempo com aproximadamente mesma amplitude. Cartas de Controle V- Aproximação da linha média Critério: Apresenta 15 ou mais pontos consecutivos entre as linhas de 1s. Cartas de Controle Cartas de Controle Ferramentas Auxiliares da Qualidade 5W2H 5 Porquês Diagrama de Afinidades Gráfico de Gantt Matriz GUT Matriz de Causa e Efeito FMEA QFD Ferramentas de Gestão de Projetos Ferramentas que contribuem para a melhoria de processos 5W2H • É um plano de ação! • Serve para a tomada de decisão sobre os principais elementos que orientarão a implementação do plano. • O que deve ser feito? Ação ou atividade que deve ser executada ou o problema/desafio que deve ser solucionado. • Por que deve ser implementado? Justificativa dos motivos e objetivos daquilo estar sendo executado ou solucionado. • Quem é o responsável pela ação? Definição de quem será (serão) o(s) responsável(eis) pela execução do que foi planejado. • Onde deve ser executado? Informação sobre onde cada um dos procedimentos será executado. • Quando deve ser implementado? Cronograma sobre quando ocorrerão os procedimentos. • Como deve ser conduzido? Explicação sobre como serão executados os procedimentos para atingir os objetivos pré- estabelecidos. • Quanto vai custar a implementação? Limitação de quanto custará cada procedimento e o custo total do que será feito. 5W2H 5W2H Exemplo 5W2H 5 Porquês Consiste em formular a pergunta “Por quê” cinco vezes para compreender o que aconteceu (a causa-raiz). Para que serve? 5 Porquês • Indicada para a solução de problemas simples ou moderadamente difíceis, pois não utiliza análises estatísticas. • Possibilita investigar os padrões de efeitos negativos e descobrir as ações específicas que contribuíram para a anomalia. • É uma ferramenta limitada, pessoas diferentes podem chegar a diversas causas raiz, com base no mesmo problema. Exemplo O setor de atendimento de uma empresa está vivenciando muitas reclamações de clientes pela demora no atendimento de solicitações. Logo, é preciso tomar alguma medida que seja efetiva para agir corretivamente sobre isso. “Como fazer?” O responsável pelo setor agendou um encontro com os analistas de atendimento da sua equipe e também ligou para alguns clientes que reclamaram da demora no atendimento de solicitações. Ele queria entender o que de fato era a demora e qual oimpacto dessa demora para os clientes. O gestor do atendimento chegou a conclusão de que o problema era o não cumprimento do prazo estipulado na SLA de atendimento. Com o problema definido, a reunião com os analistas envolvidos poderia acontecer. No primeiro momento da reunião, o gestor alinhou o problema com todos os presentes, explicou a ferramenta e realizou um combinado de colaboração de todos na reunião (Brainstorming). 5 Porquês 1. Por que o prazo estabelecido na SLA de atendimento não está sendo cumprido? Todos os participantes expuseram suas opiniões e, por consenso, a resposta foi: “Porque demanda de solicitações dobrou no último mês”. 2. Por que a demanda de solicitações dobrou no último mês? “Porque houve muitos atendimentos que não foram realizados de forma adequada”. 3. Por que houve muitos atendimentos que não foram realizados de forma adequada? “Porque um terço do time de atendimento está destreinado”. 4. Por que um terço do time de atendimento está destreinado? “Porque o processo de integração na área de atendimento não foi executado”. 5. Por que o processo de integração na área de atendimento não foi executado? “Porque não existe um responsável pelo processo de integração no atendimento”. 5 Porquês 1. Por que o prazo estabelecido na SLA de atendimento não está sendo cumprido? Todos os participantes expuseram suas opiniões e, por consenso, a resposta foi: “Porque demanda de solicitações dobrou no último mês”. 2. Por que a demanda de solicitações dobrou no último mês? “Porque houve muitos atendimentos que não foram realizados de forma adequada”. 3. Por que houve muitos atendimentos que não foram realizados de forma adequada? “Porque um terço do time de atendimento está destreinado”. 4. Por que um terço do time de atendimento está destreinado? “Porque o processo de integração na área de atendimento não foi executado”. 5. Por que o processo de integração na área de atendimento não foi executado? “Porque não existe um responsável pelo processo de integração no atendimento”. 5 Porquês Chegamos à causa raiz do problema, não sendo mais possível perguntar outro porquê. A causa raiz do problema foi a falta de um responsável pelo processo de integração no atendimento. Agora é o momento de é elaborar um plano de ação. Matriz GUT • Ferramenta de gestão utilizada para priorização de tarefas; • Permite quantificar problemas ou tarefas a serem executadas; • Com base na perspectiva da gravidade do problema, na urgência em que precisa ser solucionado e na tendência do mesmo se agravar, a organização consegue priorizar as ações que devem ser tomadas e/ou quais delas serão mais vantajosas para a empresa. Exemplo Matriz GUT • Conhecido também como Diagrama de Gantt; • Ferramenta visual para controlar o cronograma de um projeto ou de uma programação de produção, ajudando a avaliar os prazos de entrega e os recursos críticos; • Seu principal benefício é mostrar de maneira clara e visual como está o andamento das tarefas em um projeto e das operações das ordens de produção em uma fábrica, e assim facilitar a compreensão de todos os envolvidos no trabalho; • Esse objetivo é alcançado através de barras ou linhas que representam a linha do tempo e mostram a duração de cada tarefa e o tempo total que será necessário para cumprir todo o projeto ou a fabricação de um produto no caso de uma indústria. Gráfico de Gantt https://pt.venngage.com/blog/modelos-de-cronograma/ Gráfico de Gantt Exemplo Gráfico de Gantt Exemplo Gráfico de Gantt Gráfico de Gantt Programação da produção Utilizado para acompanhar o atravessamento de ordens de produção, em especial nas indústrias com produção sob encomenda com muitos níveis na lista de materiais dos produto, e que precisa acompanhar o atravessamento de ordens pais e filhas. Utilizado para acompanhar as operações programadas em cada máquina na fábrica, em especial na programação da produção com capacidade finita, entender os gargalos e as máquinas ociosas da fábrica. Gestão de um projeto Mostra visualmente um painel com as tarefas que precisam ser realizadas, a relação de precedência entre elas, quando as tarefas serão iniciadas, sua duração, responsável e previsão de término. • Ferramenta de gestão de projetos, mas bem aplicada na qualidade; • É uma ferramenta para resolução de problemas, porém deve ser aplicada para solução de problemas complexos, por consumir tempo para a reunião e mobilização das pessoas; • Seu principal objetivo é reunir grande número de opiniões, informações e ideias levantadas em grupo, proporcionando enxergar a afinidade existente entre as informações; • A partir dessas informações é possível enxergar o nível de afinidades entre elas e gerar possíveis soluções sobre determinado problema, desafios ou outras questões de importância para a empresa; • É importante que as reuniões estimulem a criatividade e a liberdade para a sugestão/participação de ideias e interação de todos da equipe para gerar ideias; • Pode ser parecida com um brainstorming, porém este busca criar conjuntos de ideias análogas e afins entre si. Diagrama de Afinidades Diagrama de Afinidades Exemplo Diagrama de Afinidades Exemplo Matriz Causa & Efeito • Matriz simples que enfatiza a importância das necessidades dos clientes; • Relaciona as entradas com as saídas dos processos, com base nos mapas de processos; • São atribuidos pesos às saídas em função de sua importância para os clientes; • As entradas são pontuadas de acordo com o grau de relacionamento com as saídas. Matriz Causa & Efeito Passos para a construção 1. Identificar as saídas (outputs - necessidades dos clientes), a partir dos mapas de processos; 2. Atribuir, em uma escala de 1 a 10, fatores de prioridades para os clientes; 3. Identificar, a partir dos mapas de processos, todas as etapas e suas entradas (inputs); 4. Avaliar a correlação , em uma escala de 1 a 10, das entradas e saídas: - Baixo grau : mudanças na variável de entrada tem um pequeno efeito nas variáveis de saída - Alto grau: mudanças na variável de entrada podem influenciar significativamente as variáveis de saída 5. Multiplicar os valores cruzados (importância e os graus de correlação), totalizando os valores de cada entrada 6. Ordenar, em ordem decrescente, os valores finais. Matriz Causa & Efeito Importância para o cliente (1-10) 2 3 9 5 10 10 4 1 2 3 4 5 6 7 Ref Etapas Entradas y 1 y 2 y 3 y 4 y 5 y 6 y 7 1 A x1 0 1 1 3 9 1 3 139 2 x2 0 9 0 3 9 3 1 105 3 B x3 0 1 0 3 0 3 0 27 4 x4 0 3 0 1 0 3 0 15 5 x5 0 0 0 1 0 3 0 10 6 x6 0 0 1 3 0 9 9 45 7 C x7 0 3 1 1 0 1 1 9 8 x8 0 1 3 0 1 3 3 12 9 x9 0 1 9 0 1 3 1 9 MATRIZ CAUSA & EFEITO Saídas SCORE Processo: XXXX Exemplo Matriz Causa & Efeito • Failure Mode Effect Analysis é um modelo estruturado de análise de falhas para identificar as maneiras nas quais um produto/serviço ou processo podem falhar e, com isso, eliminar ou reduzir os riscos de falhas; • Estima os riscos associados às causas específicas; • Prioriza ações que devem ser tomadas para reduzir os riscos. FMEA Técnica/Processo sistemático que permite identificar e prevenir problemas. - FMEA de PROJETO (Produto/Serviço); - FMEA de PROCESSO (Seqüência de atividades inter- relacionadas) TIPOS DE FMEA Análise da Falha em Potencial Avaliação dos Riscos Plano de Melhorias Reavaliação dos Riscos LEGENDA FMEA Aplicação: PREVENÇÃO! • para diminuir a probabilidade da ocorrência de falhas em projetos de novos produtos/serviços ou processos; • para diminuir a probabilidade de falhas potenciais (ou seja, que ainda não tenham ocorrido) em produtos/serviços/processos já em operação; • para aumentar a confiabilidade de produtos/serviços ou processos já em operação por meio da análise das falhas que já ocorreram; • para diminuir os riscos de erros e aumentar a qualidade em procedimentosadministrativos. FMEA FMEA SEV DET OCO RPN VIAGEM NÃO APROVADA Exemplo: Agendamento de viagem ATRASO DA VIAGEM PERDA DE VALOR PROMOCIONAL INSATISFAÇÃO DO CLIENTE FALTA DE ATENÇAO AO SOLICITAR PASSAGEM SOLICITAÇÃO FEITA EM CIMA DA HORA INFORMAÇÕES INCOMPLETAS FORMULÁRIO DE SOLICITAÇÃO DE PASSAGENS Severidade DetecçãoOcorrênciaRPN Índice de Prioridade de Risco (RPN) É um número calculado baseado em informações que a equipe fornece, considerando: FMEA FMEA ESCALA PARA SEVERIDADE (S) Quão severo é o EFEITO da falha? FMEA ESCALA PARA OCORRÊNCIA (O) Com que freqüência o MODO DE FALHA ou a CAUSA se manifesta? FMEA ESCALA PARA DETECÇÃO (D) Capacidade do CONTROLE em detectar o MODO DE FALHA ou a CAUSA antes do EFEITO ser percebido pelo cliente FMEA FMEA Exemplo 1. Identifique o processo 2. Para cada etapa do processo, liste todas as formas nas quais as entradas podem falhar (modos de falhas) 3. Para cada potencial modo de falha associado às entradas, determine os efeitos possíveis do modo de falha para os CLIENTES (INTERNOS e EXTERNOS) 4. Identifique as causas potenciais para cada modo de falha 5. Liste os controles atuais (ou falta de) para cada causa 6. Pontue cada uma das causas de acordo com a escala para SEVERIDADE , OCORRÊNCIA e DETECÇÃO 7. Calcule e classifique o RPN (Risk Priority Number) 8. Estabeleça ações para reduzir os RPNs mais elevados 9. Coloque em prática as ações estabelecidas e documente 10. Recalcule o RPN 11. Reinicie o processo Passo a passo para a elaboração do FMEA FMEA FMEAMapa de Processo Matriz C&E Historico do Processo Procedimentos Técnicos do Processo Experiência da equipe Ações para evitar as causas ou para detectar modos de falha Históricos das ações tomadas e atividades futuras FMEA Mapa de Processo Matriz de C&E Top TenF M E A FMEA FMEA FMEA Plano de Ação: Realizar Melhorias no Processo Y =f (X1,X2…Xn) Plano de Controle X’s = Variáveis de Entrada (input) Y = Métrica do Projeto (output) FMEA FMEA • QFD – Quality Function Deployment significa exercer o desenvolvimento da função (ou das características) da Qualidade. É o desdobramento da função da Qualidade. • Procura traduzir a voz do cliente em requisitos técnicos em cada fase do ciclo de realização do produto e é designada por desdobramentos da função da qualidade; • Pode ser empregada durante todo o processo de desenvolvimento de produto; • Seu objetivo é auxiliar o time de desenvolvimento a incorporar no projeto as reais necessidades dos clientes; • Método sistemático de projetar a qualidade de um produto ou serviço, pois traduz as necessidades do cliente em características do produto ou serviço. QFD Desejos do cliente Especificações do produto Características da Qualidade (processo) Itens de controle Desdobramento da Qualidade Desdobramento da Função Qualidade QFD Um projeto QFD possui em 3 fases: 1 - Busca de dados dos clientes 2 - Casa da Qualidade 3 - Análise Preparação; Descoberta; Organização; Medidas de percepção. QFD 1 - Busca de dados do cliente Preparação: Define-se o escopo do projeto, mercado objetivo, compõe-se o time de trabalho, cronograma inicial, e toda a linha de ação do time. Descoberta: A busca de dados do mercado desejado inicia-se neste estágio, onde o objetivo é ter em mãos a lista de requerimentos dos clientes em questão, utilizando os métodos apropriados de pesquisa, tais como grupos focais, entrevistas individuais etc. QFD Organização: Engloba a edição dos requerimentos em classes ou subgrupos, e em número razoável, que permita o trabalho de estruturação de dados com máxima clareza nas matrizes posteriores. Medidas de percepção: “ Quando de posse dos requerimentos editados, inicia-se a pesquisa de percepção dos clientes onde introduzimos os concorrentes que queremos conhecer, sua performance e posição relativa de mercado do ponto de vista dos clientes.“ (IBM Skill Dynamics, 1994) 1 - Busca de dados do cliente QFD 2 - Casa da Qualidade É primeira matriz de dados do projeto, onde serão colocados os dados colhidos do mercado na fase anterior e onde se inicia o trabalho de diagramação e tradução dos desejos e necessidades dos clientes em características mensuráveis. QFD QFD Exigências (voz do cliente) Índices de importância Descrições técnicas Baseando-se nas descrições técnicas, faz-se a comparação dos concorrentes e estabelecem-se as prioridades 2 - Casa da Qualidade Correlação entre as descrições técnicas Relações entre as exigências do cliente (“o que”) e descrições de engenharia (“como”) Avaliação competitiva do cliente e onde se priorizam e evidenciam as exigências do cliente - Requisitos dos clientes; - Dados de Percepção do Mercado: ✓Importância relativa dos requisitos; ✓Satisfação com os requisitos; ✓Satisfação com a concorrência; ✓Plano da Qualidade; ✓Fator de Melhoria; ✓Ponto de venda; ✓Importância de Mercado; - Características; - Relacionamentos; - Importância Técnica; - Correlações; - Benchmark competitivo; - Targets e Objetivos. 2 - Casa da Qualidade QFD Março de 2010 Esta fase utiliza os dados documentados e os resultados para análise de prioridades estratégicas com a devida conclusão do projeto, objetivando aumentar o market share. 3 - Análise QFD ✓Obtenção de vantagem competitiva; ✓Melhoria da Qualidade dos processos e dos Produtos ou Serviços; ✓Redução do ciclo de desenvolvimento; ✓Redução dos ciclos de manufatura; ✓Melhor estruturação e documentação de projetos com flexibilidade de alterações; ✓Maior conhecimento e entendimento do mercado; ✓Melhoria nas relações entre departamentos; ✓Melhoria da comunicação interna; ✓Redução do número de mudanças de engenharia e de seu custo respectivo; ✓Redução de custos de qualidade de falhas externas. Benefícios esperados QFD ✓Redução dos GAPS de qualidade (serviços); ✓Redução de reclamações dos clientes; ✓Aumento do nível de satisfação dos clientes; ✓Foco no consumidor; ✓Considera a concorrência; ✓Registro das informações; ✓Interpretações convergentes das especificações; ✓Redução do tempo de lançamento e reparos após o lançamento; ✓Seu formato visual ajuda a dar foco para a discussão do time de projeto, organizando a discussão; ✓Aumenta o comprometimento dos membros da equipe com as decisões tomadas; ✓Os membros da equipe desenvolvem uma compreensão comum sobre as decisões, suas razões e implicações. Benefícios esperados QFD Recente pesquisa na pastelaria Q-Pastel, revelou várias críticas em relação ao seu carro chefe – o pastel de bacalhau. Segundo os clientes, os seguintes atributos são essenciais para um bom pastel de bacalhau. Recheio abundante Tempero adequado Saboroso Sem gordura Preço QFD Exemplo E, para estabelecer a relação entre os “quê’s” e os “como’s”, adotou-se a seguinte simbologia de valores Símbolo Significado Valor Forte Correlação 10 Média Correlação 6 Fraca Correlação 2 QFD Exemplo O quê Como Direção da Melhoria Avaliação Cliente Recheio abundante Tempero Saboroso Sem Gordura Preço Alvos Impor. Absol. Impor. Rel. % 5 5 4 2 3 Im p o rt â n c ia Q u a n ti d a d e R e c h e io Q u a n ti d a d e b a c a lh a u D e g u s ta ç ã o T e m p o s e c a g e m M é to d o P re p a ro P re ç o b a c a lh a u T e m p e ra tu ra ó le o A NósB 1 2 53 4 122 103 80 58 114 42118 637 19,15 16,17 12,55 9,10 17,9 18,5 6,6 QFD Exemplo ❖ Redução nos custos de inicio de produção; ❖ Redução do ciclo de desenvolvimento do produto; ❖ Redução do número de mudanças da engenharia; ❖ Aumento da Taxa de Satisfação dos Clientes; ❖ Melhoria do Desempenho do Produto; ❖ Redução do número de chamadas da garantia; ❖ Aumento da sinergia entre as áreas. Vantagens QFD ❖ Alto investimento em treinamento dos participantes; ❖ Requer trabalho pesado no planejamento;❖ Exige alto comprometimento das pessoas; ❖ Demanda alta sinergia e trabalho em conjunto com diversas áreas da empresa; ❖ Aumenta o volume das atividades administrativas; ❖ É um trabalho que demanda tempo. Desvantagens QFD FERRAMENTAS DA QUALIDADE ❖ Fluxograma ❖ Folha de verificação ❖ Estratificação ❖ Diagrama de Pareto ❖ Brainstorming ❖ Diagrama de causa e efeito ❖ Histograma ❖ Diagrama de dispersão ❖ Cartas de controle ❖ 5W2H ❖ 5 Porquês ❖ Matriz GUT ❖ Gráfico de Gantt ❖ Diagrama de afinidades ❖ Matriz de causa e efeito ❖ FMEA ❖ QFD
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