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Letícia Andréa 105 – 3O Podem ser influenciadas por fatores ambientais, idiopáticas e hereditárias Ameloblastos são extremamente sensíveis a estímulos externos e outros fatores que podem levar a anormalidades Quando mais fatores atuam simultaneamente, maior é a gravidade dos defeitos do esmalte Amelogêneses imperfeitas: anormalidades hereditárias primárias do esmalte não relacionadas com outras alterações O esmalte dentário é único, sem remodelação após o início da formação Anormalidades do esmalte são permanentes na sua superfície A formação passa por três estágios: formação da matriz, mineralização e maturação Formação: depósito das proteínas do esmalte Mineralização: saída das proteínas e depósito dos minerais Maturação: sofre mineralização e os remanescentes das proteínas originais são removidos Início, esmalte amorfo, branco e relativamente macio No fim, esmalte translúcido e macio O período que ocorre a agressão aos ameloblastos impacta na localização e aparência do defeito do esmalte Estímulos locais e sistêmicos causam defeitos com aspectos clínicos semelhantes Defeitos sutis podem ser mascarados pela saliva, biofilme ou iluminação deficiente Coroa do dente decíduo: da 14ª semana de gestação e até 1 ano se desenvolve Coroa do dente permanente: dos 6 meses aos 15 anos se desenvolve Só é afetado o esmalte que tinham ativ. secretora ou maturação ativa da matriz Etapas da Identificação de Lesões 1. Deixar dentes completamente livres 2. Secar os dentes com gazes 3. Uso da luz do equipamento (evitar o sol) 4. Uso de solução evidenciadora de placa 5. As alterações poderão ser identificadas Fatores Associados a Defeitos do Esmalte Sistêmicos Trauma ao nascimento → apresentações caudais, hipóxia, nascimentos múltiplos, nascimento prematuro, trabalho de parto prolongado Químicos → amoxicilina, quimioterapia antineoplásica, flúor, chumbo, tabagismo, tetraciclina, talidomida, vitamina D Anormalidades cromossômicas → trissomia do 21, varicela, CMV, infecções gastrintestinais, sarampo, pneumonia, otite média, infecções respiratórias, rubéola, sífilis, tétano, infecções do trato geniturinário Doenças hereditárias → síndrome amelocerebroipoidrótica, síndrome amelo- onicoipoidrótica, epidermólise bolhosa, galactosemia, mucopolissacaridose IV, síndrome de Nance-Horan, displasia óculo- dento-óssea, fenilcetonúria, pseudo- hipoparatireoidismo, síndrome trico-dento- Letícia Andréa 105 – 3O óssea, esclerose tuberosa, raquitismo dependente de vitamina D Má nutrição → desnutrição generalizada, hipovitaminose A, hipovitaminose D Alterações metabólicas → asma, cardiopatia, doença celíaca, má absorção gástrica, linfangiectasia gastrintestinal, doença hepatobiliar, hiperbilirrubinemia, hipocalcemia, hipotireoidismo, hipoparatireoidismo, diabetes materno, nefropatia, toxemia da gestação Distúrbios neurológicos → paralisia cerebral, retardo mental, defeitos auditivos neurossensoriais Local Trauma mecânico agudo local → queda, tiro, ventilação mecânica neonatal, mutilação ritual, cirurgia, acidentes veícular Irradiação Infecção local → Maxilite neonatal aguda, doença periapical inflamatória Queimadura elétrica Epidemiologia dos Fatores Ambientais Pesquisa realizada por 1.500 crianças Idade entre 12 a 15 anos Defeitos no esmalte da dentição permanente: 68,4% 67,2% apresentam opacidade 14,6% apresentam hipoplasia 13,4% apresentam opacidade e hipoplasia 10% apresentam 10 ou mais dentes envolvidos Média de dentes: 3,6 HIPOPLASIA: defeito quantitativo. OPACIDADE: difusas ou demarcadas, defeito qualitativo. HIPOPLASIA DE ESMALTE Forma de fossetas, ranhuras ou grandes áreas de ausência de esmalte Difusas ou demarcadas e com variações na translucidez Opacidades aumento da opacidade branca e sem delimitação precisa do esmalte adjacente Opacidades demarcadas: áreas de menor translucidez, aumento da opacidade e limite demarcado em relação ao esmalte adjacente A opacidade pode ser branca, castanha, amarela ou marrom Hipoplasia de Turner Causado pela doença inflamatória periapical dos dentes decíduos subjacentes Dentes decíduos sofrem inflamação e essa passa para o dente permanente que está inferior O dente afetado é chamado de dente de Turner O aspecto varia com o período e a gravidade do dano Os defeitos variam de áreas focais brancas, amarelas ou marrons até extensa hipoplasia que envolve toda a coroa Letícia Andréa 105 – 3O Ocorre num elemento dentário isolado Ocorre menos em dentes anteriores pois a coroa dos permanentes em formação está completa antes do período que pode ocorrer doenças inflamatórias apicais É maior em dentes pré-molares, principalmente pela proximidade durante o desenvolvimento Fatores que afetam o grau de dano: estágio do desenvolvimento dentário, período de tempo em que a infecção está ativa, a virulência do organismo infeccioso e a resistência do hospedeiro Relatou-se aumento da prevalência de opacidades demarcadas em dentes permanentes sucessores de dentes decíduos cariados Se há uma cárie no decíduo, o sucessor tem 2x mais chance de ter defeito circunscrito Quando o dente decíduo é extraído, por razão diferente de trauma, aumenta em 5x a prevalência de um defeito do esmalte 45% de todas as crianças sofrem traumas nos dentes decíduos 114 crianças com 225 dentes decíduos que sofreram traumas 23% dos dentes permanentes correspondentes apresentaram distúrbios de desenvolvimento Os incisivos centrais superiores são os mais acometidos Os incisivos laterais superiores são os menos afetados Prevalência de dentes posteriores ou incisivos inferiores menor que 10% Dilaceração: curvatura do dente pelo deslocamento do tecido mineralizado já formado Traumas mais graves, na fase inicial do desenvolvimento, podem levar à desorganização do germe dental Níveis semelhantes de dano no processo final de formação podem levar à interrupção total ou parcial da formação da raiz Hipomineralização de Molares e Incisivos 1970: estudos escandinavos descrevem um padrão de hipomineralização que afeta predominantemente o primeiro molar, que em 2001 foi denominado hipomineralização de molares e incisivos (HMI) Hipomineralização de um dos quatro primeiros molares permanentes Afeta também os incisivos centrais com uma certa frequência Prevalência: não está apenas na Europa, mas na Nova Zelândia, Austrália, Brasil, Líbia, Quênia e Hong Kong – varia de 2,4% na Alemanha até 40,2% no Brasil Esmalte branco, amarelo ou marrom, nítida demarcação do esmalte normal e o afetado Opacidades amarelas ou marrons são mais porosas – associa-se à perda pós-eruptiva do esmalte Durante o tratamento odontológico, geralmente esses dentes são muito sensíveis e difíceis de serem anestesiados Há espectros da doença que são apenas dos molares e outros que também são dos incisivos Os incisivos acometidos apresentam opacidades, que causa problemas estéticos Letícia Andréa 105 – 3O A etiologia da HMI permanece desconhecida – multifatorial Estado nutricional, fatores natais e neonatais, doenças, febre alta, antibióticos, toxinas ambientais, amamentação prolongada e flúor Hipoplasia Causada por Terapia Antineoplásica Dentes em desenvolvimento são afetados gravemente pela radioterapia e quimioterapia – pacientes abaixo de 12 anos, e de forma mais grave em menores de 5 anos O grau e a gravidade da alteração dependem da idade durante o tratamento, o tipo de tratamento, a dose e o campo de radiação (quando utiliza) A radioterapia causa alterações mais graves do que a quimioterapia A dose é diretamente proporcional ao impacto do desenvolvimento dos dentes eossos Além da hipoplasia, a radio causa: microdontia, hipoplasia radicular e hipoplasia Não é raro ocorrer hipoplasia mandibular e diminuição do terço inferior da face por causa da radio A quimioterapia apresenta defeitos mais sutis: pigmentações, microdontia discreta e, ocasionalmente, hipoplasia radicular menos grave Fluorose Dentária É a ingestão de quantidades excessivas de flúor que leva a expressivos defeitos no esmalte O flúor causa retenção das amelogeninas na estrutura do esmalte, formando um esmalte hipomineralizado que altera a reflexão da luz A alteração da reflexão causa um aspecto de áreas brancas que lembram a giz Seus problemas associados são estéticos, principalmente quando em anteriores É dose-dependente – a ingestão elevada de flúor durante períodos críticos do desenvolvimento dentário é mais grave Indivíduos que ingerem níveis semelhantes de flúor podem ter graus diferentes de fluorose, o que sugere influência genética Os dentes afetados são resistentes à cárie As áreas alteradas são brancas, opacas e sem brilho Pode apresentar áreas de pigmentação amarela ou marrom-escura No passado, a fluorose moderada a grave foram chamadas de esmalte mosqueado Diagnóstico diferencial: defeitos bilaterais e simetricamente distribuídos, evidência de consumo excessivo de flúor ou níveis elevados de flúor no esmalte ou outros tecidos Hoje se sabe que o flúor controla a cárie no processo de des e remineralização A água fluoretada é considerada uma importante fonte de aplicação tópica de flúor – seu fim aumentaria em 18% os casos de cárie Centers for Disease Control and Prevention: 1986 a 1987 – 22,6% dos adolescentes apresentavam fluorose 1999 a 2004 – 40,7% dos adolescentes apresentavam fluorose A concentração de flúor na água varia de 0,7 a 1,2 ppm Letícia Andréa 105 – 3O US Department of Health and Human Services recomendou a padronização no país de 0,7 ppm de flúor Um monitoramento adequado deve ser feito sobre ingestão de flúor até os 3 primeiros anos A utilização de água fluoretada para o preparo de mamadeira deve ser evitada Suplementos com flúor devem ser recomendados apenas em áreas não fluoretadas para crianças que apresentam alto risco de cáries rampantes Hipoplasia Sifilítica A sífilis congênita causa um quadro de hipoplasia bem conhecida Atualmente é rara Dentes anteriores afetados: incisivos de Hutchinson – coroa com forma semelhante a ponta de uma chave de fenda, maior diâmetro no terço médio e terço incisal constrito A porção média da borda incisal geralmente apresenta um chanfro central hipoplásico Dentes posteriores afetados: molares em amora – constrição desorganizada da superfície oclusal que lembra a forma irregular da amora Tratamento e Prognóstico Mais estético do que funcional Fluorose: microabrasão – melhora a pigmentação marrom ou amarela As marcas brancas da superfície do esmalte necessitam de um procedimento restaurador adicional DESGASTE DENTÁRIO Tipo de perda de estrutura dentária pós-desenvolvimento Também chamado de perda da superfície do dente Quase sempre multifatorial Pode ser perdida por diversos fatores, principalmente cáries ou traumas Processo fisiológico do envelhecimento Pode ser patológico quando o grau de destruição causa problemas funcionais, estéticos ou de sensibilidade dentária Aumenta dentro da sociedade pela população adulta estar mantendo mais os dentes Indivíduos mais jovens tendem a ter uma dieta mais rica em ácidos – principalmente refrigerantes O desgaste dentário é representado pelas: abrasão, atrição, erosão ou abfração A maior parte dos casos são resultado da combinação de vários tipos de desgaste Áreas de dentina exposta por atrição ou abfração são mais frequentemente atingidas pelos efeitos da erosão ou da abrasão Áreas amolecidas pela erosão são mais suscetíveis à abrasão, atrição e abfração Atrição Perda da estrutura dentária pelo contato entre dentes durante a oclusão e mastigação O termo vem do latim e significa atrito contra outra superfície As superfícies mais afetadas são as que fazem contato com o dente antagonista – faces oclusais e incisivas Letícia Andréa 105 – 3O Outras áreas frequentemente afetas: faces palatinas dos anteriores e vestibulares dos anteriores inferiores As facetas são grandes, planas, lisas, brilhantes, desgastadas e são encontradas na relação correspondente ao tipo de oclusão Os pontos de contato interproximais são afetados pelo movimento vertical dos dentes durante a mastigação Pode ocorrer tanto em dentes decíduos e permanentes Um certo grau de atrito é fisiológico e mais perceptível com a idade Quando a perda dentária foi intensa, há comprometimento estético e funcional Exposição pulpar e sensibilidade dentinária são raras pelo tempo da perda de estrutura dentária e à aposição de dentina secundária reparadora no interior da câmara pulpar Muitos casos de atrição são acelerados pela presença de materiais abrasivos Acelerada por: qualidade do esmalte, contatos prematuros, abrasivo oral, erosão e bruxismo Abrasão Perda patológica da estrut. dentária ou restauração por ação mecânica de um agente externo Tem origem latina e significa raspar e implica na remoção através do processo mecânico Causa mais comum: a escovação – combina abrasivos da pasta e a pressão horizontal Hábitos causadores da abrasão são: colocar lápis entre os dentes, palitos de dente, roer unhas, uso incorreto do fio dental O uso inadequado do fio dental e palitos causa perda de cemento e dentina interproximal Abrasões pela escovação: fendas cervicais horizontais na superfície vestibular expondo a dentina e cemento Apresentam margens definidas e superfície dura e lisa Os ácidos criam lesões mais arredondadas e rasas Grau de perda maior nos dentes mais vestibularizados – caninos, pré-molares e dentes adjacentes a áreas edêntulas Cortar linha, usar cachimbo e abrir grampos para cabelo comumente produzem entalhes com formas arredondadas ou em V nas superfícies incisais dos dentes anteriores Quando é acelerado por mascar substâncias abrasivas entre os dentes antagonistas é denominado de demastigação – apresentando também atrição Erosão Perda da estrutura dentária causada por um processo químico não bacteriano Deriva do latim e significa corrosão e é a destruição progressiva de uma superfície por processo químico ou eletrolítico Alguns autores preferem o termo corrosão, mas ambos são aceitáveis Lesão com depressão côncava central na dentina cercada por borda elevada de esmalte As áreas côncavas são vistas nas pontas das cúspides oclusais, arestas incisais e cristas marginais Afeta faces vestibulares dos superiores anteriores, com depressões em forma de colher rasa na porção cervical da coroa Letícia Andréa 105 – 3O Os posteriores têm perda extensa da face oclusal e bordas de restaurações metálicas podem, consequentemente, estar acima do nível da estrutura dentária A dentina é destruída mais rápido que o esmalte Quanto mais rápida a dissolução da dentina, maior a chance de ocorrer perda de esmalte por fratura Cúspides vestibulares são perdidas e substituídas por depressões como rampas de esqui que vão da cúspide lingual à junção amelocementária vestibular Quando superfícies palatinas são atingidas, a dentina exposta tem uma superfície côncava e mostra uma linha branca e periférica de esmalte A erosão ativa é limpa, sem manchas, enquanto a inativa sé manchada e pigmentada A localização do desgaste pode sugerir a causa da perda, mas não é totalmente confiável Quando limitada à face vestibular dos anteriores superiores estão ligadas a alimentosácidos Quando é limitada as porções incisais de ambos os arcos, indica fonte ambiental externa Quando limitada a face palatina dos anteriores e superfície oclusal de ambos os arcos é por regurgitação de secreções gástricas É causada pela exposição aos ácidos, mas agentes quelantes geralmente são a causa primária O nível de bicarbonato e remineralização dependem do nível salivar, diminuindo na hipossalivação Causas de disfunções nas glândulas salivares: aplasia da glândula, desidratação, radioterapia, medicamentos e condições sistêmicas (ex: síndrome de Sjögren), bulimia nervosa e diabetes Grandes fontes de ácidos são alimentos e bebidas, além da vit. C mastigável e pastilhas de aspirina, piscinas com pH deficiente, regurgitação involuntária crônica ou voluntária e exposição ambiental industrial A erosão proveniente da exposição dentária a secreções gástricas se chama perimólise Suas áreas de danos devem ter algum componente abrasivo que remove o esmalte amolecido antes da remineralização Locais mais afetados: áreas que não estão protegidas pela secreção serosa das glândulas parótidas e submandibulares Áreas mais afetadas: faces vestibulares e palatinas dos superiores e as faces vestibulares e oclusais posteriores inferiores O envolvimento das faces linguais dos inferiores é incomum, provavelmente pela secreção das glândulas salivares Não há um consenso sobre a sua prevalência, mas acredita-se numa epidemia pelo número de mulheres com distúrbios alimentares e consumo de refrigerantes e energéticos Abfração Perda da estrutura dentária devido a um estresse oclusal que por flexão repetida provoca falha no esmalte e na dentina distante do ponto de pressão Deriva do latim e significa distante e rompimento Apresenta formato de cunha, profundos, estreitos e com formato de V Pode ser confundida com a abrasão cervical ou à erosão Letícia Andréa 105 – 3O Ocorre em elementos isolados Pode ocorrer na região subgengival, uma área de difícil acesso das abrasões e erosões A dentina é capaz de suportar uma quantidade maior de estresse do que o esmalte Quando a força oclusal é aplicada ao dente, a tensão se concentra na região cervical Leva ao rompimento dos cristais de hidroxiapatita na área cervical O esmalte fraturado pode ser perdido ou facilmente removido por erosão ou abrasão Ocorre em maior quantidade em regiões da face vestibular dos pré-molares e molares Ocorre de forma lenta, permitindo deposição de dentina terciária, prevenindo a exposição pulpar, mesmo quando há extensa perda de estrutura dentária Em alguns casos, principalmente na dentição decídua, a perda dentária pode ocorrer de forma mais acelerada à exposição pulpar Não há consenso sobre sua prevalência, sendo considerado multifatorial O padrão da perda cervical dos dentes tende a ocorrer em regiões com fluxo salivar seroso diminuído Pelas causas incertas desse padrão de perda de esmalte, pesquisadores têm orientado a não realizar tratamentos agressivos e irreversíveis, tais como ajustes oclusal Tratamento e Prognóstico Níveis normais de atrição não necessitam de tratamento Intervenção nos casos que podem levar a uma perda dentária Diagnóstico precoce e intervenção podem ajudar na preservação Falha ao reconhecer a inter-relação das alterações levam ao tratamento inapropriado e ao fracasso das tentativas de reparo A intervenção deve ter diagnóstico detalhado, medidas preventivas e monitoramento a longo prazo Tratamento imediato direcionado à resolução da dor e proteção da dentina remanescente Na erosão, as intervenções não devem apenas ser a redução da exposição aos ácidos, mas aumentar a capacidade da cav. oral de resistir ao efeito dos ácidos Após a exposição ao ácido, a saliva tem capacidade de remineralização com o tempo, mas a risco de abrasão antes que essa ação seja completada Pesquisadores recomendam intervalo mínimo de 1 hora entre a exposição ácida e a escovação para minimizar a abrasão, outros um período de 6 horas Pacientes com erosão devem limitar a escovação a 1 vez ao dia e pela manhã Uso de creme dental pouco abrasivo Consumo de tampões, leite, queijo e antiácidos s/ açúcar também é benéfico Enxaguar a boca após a exposição ácida e hidratação adequada Diminuição do fluxo salivar secundário à desidratação, pelo trabalho extenuante ou a prática esportiva, pelo uso de refrigerantes ou bebidas isotônicas em vez de água deve ser evitado O hábito do uso de goma de mascar à base de xilitol é sugerido como método para diminuir a erosão dentária O esmalte amolecido pelo ácido pode ser danificado durante a mastigação nesse momento de vulnerabilidade Diminuir o consumo de substâncias ácidas – vinhos, refrigerantes, conserva e, ácido acético, frutas cítricas, sucos de frutas e doces Placas de mordida e protetores bucais podem ser usadas durante o sono, minimizando o atrito noturno e protegendo dos ácidos da regurgitação A sensibilidade dentária pode ser reduzida com o uso de vernizes, bochechos ou dentifrícios contendo Letícia Andréa 105 – 3O cloreto de estrôncio, fluoreto estanhoso ou monofluorfosfato e iontoforese Tratamento restaurador é precipitada quando ainda ocorre desgaste Restauração adiada até queixa estética e/ou sensibilidade dentária Na abfração, ionômero de vidro é recomendado por sua grande resiliência, o que permite que o material flexione com o dente Na abrasão, deve ser um material com ótima resistência ao processo abrasivo A reposição de dentes posteriores perdidos e a correção da oclusão topo a topo limitam os efeitos da atrição A estrutura dentária perdida pode ser restaurada com resinas compostas, facetas, onlays ou coroas totais Procedimento restaurador que não envolve significativa remoção da estrutura dentária remanescente são preferíveis em pacientes que apresentam extenso desgaste dentário REABSORÇÃO INTERNA E EXTERNA Realizada por células localizadas na polpa dentária ou no lig. periodontal Reabsorção interna: células localizadas na polpa dentária Reabsorção externa: células localizadas no ligamento periodontal Reabsorção interna é rara e ocorre após o dano nos tecidos pulpares – trauma ou pulpite por cárie A reabsorção pode continuar e a polpa permanecer vital, e pode resultar em comunicação dela e do lig. periodontal A reabsorção externa é comum Todos os indivíduos são potenciais portadores de reabsorção radicular externa em um ou mais dentes Muitos casos são considerados idiopáticos, nenhuma razão encontra- se para explicar a rápida reabsorção Embora fatores locais possam exercer uma grande influência, vários pesquisadores acreditam que a predisposição genética é muito importante Características Clínicas e Radiográficas A reabsorção de dentina ou do cemento pode ocorrer em qualquer região que entre em contato com o tecido mole vital A reabsorção interna é assintomática e descoberta por meio de radiografias de rotina, com dor quando associado à inflamação pulpar Existem dois padrões principais – a inflamatória e a metaplásica ou substituição Reabsorção Inflamatória: Dentina reabsorvida e substituída por tecido de granulação Região cervical é a mais afetada Reabsorção contínua enquanto a polpa permanece vital Polpa coronária necrótica e porção apical vital Área de destruição se apresenta uniforme, aumento bem delimitado, simétrico e radiolúcido da câmara pulpar/canal radicular Quando a polpa coronária é afetada, a coroa pode mostrar uma coloração rosa – dente róseo de Mummery – conforme se aproxima da superfície Letícia Andréa 105 – 3O Quando isso ocorre na raiz, o contorno do canal radicularé perdido, sendo observada radiograficamente uma dilatação semelhante a um balão Se o processo continua, a destruição pode perfurar a superfície lateral da raiz, o que pode ser confundido com a reabsorção radicular externa A reabsorção interna secundária à pulpite infecciosa pode cessar em consequência da necrose das células responsivas no interior da polpa Alguns casos são progressivos e outros são autolimitados, ocorrendo em dentes traumatizados ou submetidos a ortodontia e tratamento periodontal Reabsorção Metaplásica: Áreas da parede dentinária pulpar são reabsorvidas e substituídas por osso ou osso cementoide Dilatação do canal radicular preenchida por material menos radiolúcido que a dentina circundante A zona central da polpa substituída por osso, radiograficamente, o canal está parcialmente obliterado O limite da destruição é menos definido do que aquele observado na reabsorção inflamatório Reabsorção Externa A reabsorção externa é a perda de estrutura dentária com aspecto semelhante a “roído por traça”, radiolucidez menos definida, variações de densidade, permanência de canal inalterado Pode criar defeitos nas coroas antes da erupção Causada por defeitos no epitélio do esmalte e permite contato direto do tec. conjuntivo com o esmalte Pode surgir em dentes avulsionados reimplantados, quando não há uma intervenção rápida e apropriada Se o dente fica fora da boca, sem acondicionamento em meio de armazenamento adequado, as células do LP entram em necrose Pode ocorrer no tratamento ortodôntico e está associada à suscetibilidade individual do paciente Pode começar na área cervical e se estender de uma pequena abertura envolvendo uma grande área de dentina entre o cemento e a polpa A reabsorção cervical é denominada de reabsorção cervical invasiva Quando vários dentes estão envolvidos e a causa base não é evidente – reabsorção radicular idiopática múltipla Pode resultar de uma variedade de processos inflamatórios, traumáticos ou infecções bacterianas, afetando as células clásticas no interior do LP Ocorre após tratamento ortodôntico, cirurgia ortognática, cirurgia dentoalveolar, raspagem ou alisamento radicular, clareamento intracoronário, trauma, bruxismo e fratura dentária Pode afetar a porção apical das raízes Reabsorção apical idiopática exibe padrão simétrico bilateral- interferência oclusal e paciente predisposto Letícia Andréa 105 – 3O Para a melhor distinção entre a reabsorção externa e interna usa-se a técnica de Clark Técnica de Clark: duas radiografias, uma perpendicular e outra mesial A reabsorção externa parece se afastar do canal radicular ao se comparar as radiografias A tomografia é o exame mais indicado para a visualização das reabsorções Características Histopatológicas Na reabsorção interna inflamatória: O tecido pulpar destruído é vascular, com aumento da celularidade e da colaginização Dentinoclastos multinucleados na parede dentinária, muito semelhantes aos osteoclastos É comum que haja infiltrado inflamatório formado por linfócitos, histiócitos e neutrófilo Na reabsorção por substituição: O tecido pulpar está substituído por osso trabecular que se funde à dentina subjacente Na reabsorção externa: Presença de numerosos dentinoclastos multinucleados em áreas de perda estrutural Áreas de reabsorção são reparadas por meio de deposição de osteodentina Em grandes defeitos, há tecido de granulação e áreas de substituição com osso trabeculado também podem ser encontradas Quando é extensa, a substituição óssea pode levar a anquilose Tratamento e Prognóstico O tratamento da reabsorção interna e externa se baseia na remoção de todo tecido mole dos locais de destruição dentária A reabsorção interna: Pode ser interrompida com trat. endodôntico pulpar antes que a reabsorção atinja o LP Quando chega no LP, o tratamento se torna mais difícil e o prognóstico é ruim Para parar a perfuração pode-se utilizar pasta de hidróxido de cálcio, que poderá resultar em remineralização da área de perfuração e parar o processo reabsortivo Se a mineralização das áreas cervicais da perfuração não for bem-sucedida, a exposição cirúrgica e a restauração do defeito podem controlar o processo reabsortivo A exodontia geralmente é necessária nos casos de perfuração radicular que não responde ao tratamento A reabsorção externa: Necessita identificação e eliminação de qualquer fator desencadeante A região apical não pode ser abordada sem que haja dano causado por tentativas de acesso Em áreas cervicais são tratados por exposição cirúrgica, remoção de todo tecido mole das áreas afetadas e restauração das estruturas dentárias perdidas O tratamento endodôntico não é eficaz, já que as células absortivas estão no LP Na reabsorção cervical generalizada, o tratamento contra patógenos periodontais locais conseguiu parar a reabsorção através do aumento da densidade da crista óssea adjacente Em pacientes com reabsorção radicular idiopática, a avaliação e eliminação de interferências oclusais parecem apropriadas Para dentes avulsionados, a melhor maneira de prevenir a reabsorção é manter a vitalidade do LP, realizando o reimplante imediato ou a curto prazo Dentes reimplantados que possuem o ápice aberto devem ser monitorados mensalmente; para dentes com ápice fechado, a terapia endodôntica é necessária Dentes avulsionados com o ápice aberto e células do LP não vitais não devem ser reimplantados Letícia Andréa 105 – 3O PIGMENTAÇÃO DENTÁRIA POR FATORES AMBIENTAIS A natural cor dos dentes varia em: matiz, translucidez e espessura do esmalte Dentes decíduos: branco-azulados Dentes permanentes: branco- acinzentados ou branco-amarelados Com a idade, o esmalte fica mais delgado e a dentina mais espessa, e o dente mais amarelado ou acinzentado Pigmentações podem ser intrínsecas ou extrínsecas As manchas extrínsecas ocorrem pelo acúmulo superficial de um pigmento exógeno – podem ser removidas com tratamento da superfície As manchas intrínsecas surgem de uma coloração intrínseca de material endógeno que incorpora ao esmalte e a dentina – pode ser removido por profilaxia com pasta profilática ou pedra-pomes Pigmentos Intrínsecos Amelogênese imperfeita (AI) Dentinogênese imperfeita (DI) Fluorose dentária Porfiria eritropoiética Hiperbilirrubinemi Ocronose Trauma Decomposição localizada de hemácias Medicações Pigmentos Extrínsecos Manchas bacterianas Ferro Tabaco Alimentos e bebidas Hemorragia gengival Materiais restauradores Medicações Características Clínicas das Pigmentações Extrínsecas As manchas causadas por bactérias são uma causa comum de pigmentação do esmalte, dentina e cemento Bactérias cromogênicas produzem uma coloração entre cinza, marrom-escuro ou laranja A pigmentação bacteriana ocorre com mais frequência em crianças e costuma ser vista na superfície vestibular, localizadas no terço cervical dos dentes anteriores superiores Manchas marrom-escuro são secundárias à formação de sulfito férrico da interação entre sulfito de hidrogênio bacteriano e ferro presente na saliva ou fluido do sulco gengival O uso frequente de produtos derivados do tabaco, chá ou café geralmente resulta numa pigmentação marrom da superfície do esmalte O alcatrão do tabaco se dissolve na saliva e penetra nas fóssulas e fissuras do esmalte Fumantes (tabaco ou maconha) têm envolvimento das faces linguais dos incisivos inferiores Usuários do fumo de mascar possuem comprometimento do esmalte na área em que se aloja o tabaco Manchas por bebida costuma ficar na face lingual dos anteriores, sendo mais difusas e menos intensas Alimentos que contêm clorofila emabundância podem produzir pigmentação verde A pigmentação esverdeada das bactérias cromogênicas ou ao por alimentos com clorofila pode se assemelhar as manchas verdes secundárias da hemorragia gengival Letícia Andréa 105 – 3O A cor na hemorragia gengival é resultado da decomposição da hemoglobina em biliverdina Medicamentos podem resultar na coloração da superfície dos dentes A utilização de produtos com grandes quantidades de ferro ou iodo foi associada à pigmentação preta dos dentes Sulfetos, nitrato de prata ou manganês causam manchas que variam entre cinza, amarelo, marrom ou preto Cobre, níquel e ciprofloxacina podem produzir uma mancha verde Cádmio, óleos essenciais, doxiciclina, linezolida, glibenclamida e amoxicilina com ácido clavulânico causam pigmentação que varia do amarelo ao marrom Novos medicamentos foram responsabilizados por pigmentações: o fluoreto estanhoso e a clorexidina As manchas por flúor estão associadas ao uso de 8% de fluoreto estanhoso tido como decorrente da combinação do íon estanhoso (estanho) com os sulfitos bacterianos As manchas pretas acometem pela má higiene oral, em áreas previamente afetadas por lesões cariosas – superfície vestibular dos dentes anteriores e oclusais são mais afetadas Clorexidina causa manchas marrom-amareladas que normalmente envolvem a superfície interproximal junto à margem gengival A intensidade da pigmentação varia com a concentração da medicação e suscetibilidade do paciente O uso de fio dental ou hábito de utilização de goma de mascar com frequência podem minimizar as manchas A clorexidina não é a única associada a pigmentações dentárias, antissépticos orais, como o Listerine e sanguinarina também produzem manchas semelhantes Características Clínicas das Pigmentações Intrínsecas Porfiria eritropoiética congênita (doença de Günther) – autossômica recessiva Há aumento da síntese e excreção de porfirinas e seus precursores – pigmentação difusa dos dentes como resultado da deposição de porfirina Apresentam uma coloração marrom-avermelhada e exibem uma fluorescência vermelha quando expostos à luz ultravioleta (UV) de Wood Dentes decíduos exibem uma coloração mais intensa, apenas a dentina é afetada Na alcaptonúria, pigmentação azul-escuro (ocronose) no tecido conjuntivo, tendões e cartilagens A pigmentação azul também pode ser vista em pacientes com doença de Parkinson O aumento da quantidade de bilirrubina (produto da decomposição de hemácias) pode levar à icterícia e apresenta coloração amarelo-esverdeada Durante os períodos de hiperbilirrubinemia, os dentes em desenvolvimento podem acumular o pigmento e se tornarem intrinsecamente manchado Dentes decíduos são afetados pela hiperbilirrubinemia durante o período neonatal A extensão da alteração se relaciona com o período de hiperbilirrubinemia e com envolvimento limitado à dentição decídua Os dentes mostram uma linha precisa de divisão, separando as porções esverdeadas das porções de coloração normal Doenças também com manchas intrínsecas: nascimento prematuro, incompatibilidade ABO, disfunção respiratória neonatal, hemorragia interna, hipotireoidismo congênito, hipoplasia biliar, doenças metabólicas e hepatite neonatal É comum a pigmentação após um trauma, especialmente na dentição decídua Lesões pós- traumáticas podem criar pigmentações róseas, amarelas ou cinza-escuro Letícia Andréa 105 – 3O Pigmentação rósea temporária aparece entre 1 e 3 semanas após o trauma e representa dano vascular localizado e geralmente retorna ao normal em uma a três semanas Uma pigmentação amarela tardia é indicativa de obliteração pulpar, chamada de metamorfose cálcica Coroas e o colo dos dentes são mais afetados, pois pode surgir pela decomposição da hemoglobina no tecido pulpar necrosado, nos pacientes com sangue acumulado na cabeça Uma pigmentação rósea ou avermelhada semelhante tem sido relatada nos incisivos superiores em pacientes com hanseníase lepromatosa Materiais odontológicos restauradores, especialmente amálgama, podem causar uma pigmentação cinza escura dos dentes Restaurações grandes interproximais de classe II podem produzir grande pigmentação da superfície vestibular subjacente Restaurações metálicas linguais profundas nos incisivos podem pigmentar a dentina subjacente visível e produzir pigmentação acinzentada na face vestibular Para ajudar a reduzir a possibilidade de pigmentação, o cirurgião-dentista não deve restaurar dentes anteriores tratados endodonticamente com amálgama Vários medicamentos se incorporam ao dente em desenvolvimento e causam pigmentação clinicamente evidente – o grau depende da época da administração, da dose e da duração do uso da droga A medicação que mais causa pigmentação é a tetraciclina, com dente variando do amarelo- claro ao marrom-escuro, a luz UV mostra fluorescência amarela brilhante A droga e seus homólogos podem atravessar a barreira placentária; portanto, sua administração deve ser evitada desde a gestação até oito anos de idade Todos os homólogos da tetraciclina podem estar associados à pigmentação: clortetraciclina (pigmentação marrom-acinzentada), dimetilclortetraciclina e oxitetraciclina (amarela) O hidrocloreto de minociclina, derivado da tetraciclina, é causador de pigmentação dentária, podendo afetar, inclusive, dentes que já estejam completamente desenvolvidos A minociclina parece aderir a colágeno, causando a oxidação e uma pigmentação característica Alguns pesquisadores acreditam que a suplementação com ácido ascórbico (antioxidante) pode bloquear a pigmentação Uma vez que os tecidos pulpares estejam pigmentados, a coloração pode ser vista através da dentina e do esmalte sobrejacente A coloração óssea tem aparência cinza-azulada no palato, tórus mandibular ou da mucosa alveolar anterior que representa o osso enegrecido aparecendo através da mucosa oral Dentes completamente erupcionados, tipicamente revelam pigmentação cinza-azulada em três quartos da margem incisal, sendo o terço médio completamente envolvido Raízes expostas de dentes erupcionados apresentam uma pigmentação verde-escura, apesar de as raízes dos dentes em desenvolvimento serem enegrecidas A ciprofloxacina, administrado por via intravenosa em recém-nascidos para combater infecções por Klebsiella spp pode causar pigmentação Tratamento e Prognóstico Pigmentação extrínseca: O polimento cuidadoso com pedra-pomes refinada pode remover a maioria das manchas extrínsecas sobre os dentes, o uso de pasta profilática é insuficiente Manchas persistentes são removidas pela mistura de 3% de peróxido de hidrogênio com pedra-pomes ou pelo uso de jatos de bicarbonato O uso de jato profilático com abrasivos finos é o mais eficaz Letícia Andréa 105 – 3O A recidiva das manchas não é incomum, a menos que a causa seja reduzida ou eliminada A melhora do padrão de higiene oral normalmente minimiza a chance de recidiva Pigmentação intrínseca: É muito mais difícil de ser resolvida devido ao envolvimento da dentina Clareamento externo de dentes vitais, clareamento interno de dentes desvitalizados, restaurações adesivas, reconstrução resina composta, facetas e coroas totais O tratamento deve ser individualizado para atender às necessidades individuais de cada paciente e de seu padrão específico de pigmentação Alterações Dentárias do Desenvolvimento Número: Hipodontia, Hiperdontia Tamanho: Microdontia, Macrodontia Forma: Geminação,Fusão, Concrescência, Cúspides acessórias, Dente invaginado, Esmalte ectópico, Taurodontia, Hipercementose, Raízes acessórias, Dilaceração. Letícia Andréa 105 – 3OLetícia Andréa 105 – 3O Letícia Andréa 105 – 3O Letícia Andréa 105 – 3O Letícia Andréa 105 – 3O Letícia Andréa 105 – 3O Letícia Andréa 105 – 3O Letícia Andréa 105 – 3O Letícia Andréa 105 – 3O Letícia Andréa 105 – 3O
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