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Anatomia II Faculdade de Medicina de PetrópolisJulia Jardim Azevedo - Turma 59 ➡ são estruturas superficiais mais proeminentes na parede anterior do tórax. ➡ são formadas por tecido glandular e tecido fibroso de sustentação, os quais estão integrados a uma matriz adiposa, junto com vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos. Relembrando… Músculo peitoral maior: ➡ localizado na parede torácica anterior. ➡ músculo da cintura escapular, pois apesar de estar na parede torácica anterior, faz conexão com o úmero e é responsável pela rotação do braço. ➡ origens: região clavicular, região esternal e arcos costais inferiores, as quais levam a uma inserção conjunta no úmero. Músculo serrátil anterior: ➡ assim como o músculo peitoral maior, também terá relação com a mama. Músculo peitoral menor: ➡ está localizado no tórax. ➡ se origina do processo coracóide da escápula e se insere nas 3ª, 4ª e 5ª costelas. ➡ importante em relação ao movimento da inspiração profunda; levanta o gradil costal e favorece tal movimento. Glândulas mamárias: ➡ localização: tela subcutânea, sobre os músculos peitorais maior e menor. ➡ estão relacionadas com a reprodução nas mulheres. ➡ nos homens, são rudimentares e não funcionais. Formadas apenas por alguns ductos ou cordões epiteliais. ➡ são glândulas sudoríparas modificadas, portanto, não têm cápsula nem bainha. ➡ uma parte menor da glândula mamária pode se estender ao longo da margem infero-lateral do músculo peitoral maior em direção à fossa axilar, formando o processo axilar/cauda de Spence, que pode aumentar durante o ciclo menstrual. ➡ a glândula mamária está firmemente fixada à derme da pele por ligamentos cutâneos: ligamentos suspensores da mama (de Cooper), o quais ajudam a sustentar os lóbulos da glândula mamária. ➡ os ductos lactíferos originam brotas que formam lóbulos da glândula mamária, que constituem o parênquima da mesma. Mamas femininas: ➡ em não lactantes, o tamanho das mamas é determinado pela gordura ao redor do tecido glandular. ➡ entre a mama e a fáscia peitoral há o espaço retro-mamário (tecido conjuntivo frouxo), o qual contém pouca gordura e permite que a mama tenha algum grau de movimento sobre a fáscia peitoral. 1 Mamas Anatomia II Faculdade de Medicina de PetrópolisJulia Jardim Azevedo - Turma 59 Aréolas: ➡ possuem diversas glândulas sebáceas, que aumentam durante a gravidez e secretam uma substância oleosa (lubrificante protetor para a aréola e a papila). papilas mamárias (mamilos): ➡ proeminências cônicas ou cilíndricas situadas nos centros das aréolas. ➡ não têm gordura, pelos nem glândulas sudoríparas. ➡ suas extremidades são fissuradas e os ductos lactíferos se abrem nelas. ➡ formadas por: fibras musculares lisas circulares que comprimem os ductos lactíferos durante a lactação, causando a ereção das papilas em resposta à estimulação (ex.: bebê começa a mamar). vascularização da mama: sua irrigação arterial provém de: ➡ ramos mamários mediais de ramos perfurantes e ramos intercostais anteriores da artéria torácica interna, a partir da artéria subclávia. ➡ artérias torácica lateral e toracoacromial, ramos da artéria axilar. ➡ artérias intercostais posteriores, parte torácica da aorta nos 2º, 3º e 4º espaços intercostais. nervos: ➡ derivam dos ramos cutâneos anteriores e laterais do 4º ao 6º nervo intercostal. ➡ os nervos intercostais atravessam a fáscia peitoral que cobre o músculo peitoral maior a fim de chegar à tela subcutânea superposta e à pele da mama. ➡ os ramos dos nervos intercostais conduzem fibras sensitivas da pele da mama e fibras simpáticas para os vasos sanguíneos nas mamas e músculo liso na pele e papila mamária sobrejacentes. Drenagem das mamas: Venosa: ➡ se faz principalmente para a veia axilar, porém, há alguma drenagem para a veia torácica interna. Linfática: ➡ é importante devido ao seu papel na metástase de células cancerosas. ➡ a drenagem do tumor pode ocorrer para os: • linfonodos intra-mamários; • linfonodos para-esternais; • linfonodos subclaviculares; • linfodonos axilares (mais comum). - existem cadeias de linfonodos axilares que ficam localizadas medialmente, posteriormente e lateralmente ao músculo peitoral menor. Mastectomia total: ➡ linfonodos da axila também poderão ser retirados. Isso será decidido durante a cirurgia, com aplicação de contraste. Caso seja comprovado que a célula é tumoral, será necessária uma dissecção e um esvaziamento axilar. Todavia, esses processos são extremamente complexos, visto que dentre as importantes estruturas que passam pela região axilar, está o plexo braquial, o qual se comprometido causará uma repercussão neurológica no membro superior. 2 Anatomia II Faculdade de Medicina de PetrópolisJulia Jardim Azevedo - Turma 59 ➡ Processo: • a linfa passa da papila, da aréola e dos lóbulos da glândula mamária para o plexo linfático subareolar. - a partir desse plexo: ✴ a maior parte da linfa (quadrantes laterais da mama), drena para os linfonodos axilares (anteriores ou peitorais). ✴ o restante da linfa (quadrantes mediais da mama), drena para os linfonodos para-esternais ou para a mama oposta, enquanto a linfa dos quadrantes inferiores flui profundamente para os linfonodos abdominais. ➡ a linfa da pele da mama (exceto a papila e a aréola) drena para os linfonodos axilares, cervicais profundos inferiores, intra-claviculares ipsilaterais e para-esternais. Clínica carcinoma da mama: ➡ tumores malignos, geralmente adenocarcinomas originados nas células epiteliais dos ductos lactíferos nos lóbulos das glândulas mamárias. ➡ a interferência do câncer na drenagem linfática dérmica pode causar linfedema (excesso de líquido na tela subcutânea) na pele da mama, podendo resultar em desvio da papila mamária e aspecto espesso e coriáceo da pele. ➡ depressões maiores causam invasão cancerosa do tecido glandular e fibrose, causando o encurtamento ou tração dos ligamentos suspensores da mama. ➡ o câncer de mama normalmente se espalha da mama pelos vasos linfáticos (metástase linfogência), que levam as células cancerosas da mama para os linfonodos. • as células se alojam nos linfonodos e produzem focos de células tumorais (metástases). Polimastia, politelia e amastia: ➡ a polimastia (mamas supranumerárias) ou politelia (papilas mamárias acessórias) pode ser encontrada superior ou inferiormente ao par normal, às vezes na fossa axilar ou na parede anterior do abdômen. Referências: Anatomia orientada para a clínica / Keith L. Moore, Arthur F. Dalley, Anne M. R. Agur 3
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