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Sistema limbico

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Alvaro Lima – Sistemas Orgânicos Integrados II 
Sistema Límbico 
 
 Na face medial de cada hemisfério cerebral, 
observa-se um anel cortical, constituído pelo 
giro do cingulo, giro hipo-campal e hipocampo, o 
chamado grande lobo limbico. 
 Estruturas do lobo limbico, núcleos do 
hipotálamo e tálamo, formam o chamado 
circuito de Papez, desenvolvido pelo 
neuroanatomista James Papez em 1937 como 
um mecamismo para explicar as emoções. 
 O circuito é composto pelo hipocampo, 
fórnix, corpo mamilar, trato mamilotalâmico, 
núcleos anteriores do tálamo, cápsula interna, 
giro do cíngulo, giro para-hipocampal e 
novamente o hipocampo, fechando o circuito. 
 Em 1952, MacLean introduziu a expressão 
“sistema límbico” que inclui o circuito de Papez 
e algumas outras estruturas como a amígdala e 
a área septal. Este sistema estaria ligado 
essencialmente as emoções. 
 Assim, o sistema límbico pode ser 
conceituado como um conjunto de estruturas 
corticais e subcorticais interligadas 
morfologicamente e funcionalmente, 
relacionadas com as emoções e a memória. 
 É subdividido em dois subconjuntos de 
estruturas, ligados às emoções e à memória. 
 
 
 
 
 
 
Estruturas do sistema límbico relacionadas 
as emoções 
 
1. Córtex cingular anterior 
 
 Relaciona-se com o processamento das 
emoções. 
 Uma das evidências desse fato vem de 
experiências em que pessoas normais foram 
solicitadas a recordar episódios pessoais 
envolvendo emoções, enquanto seu cérebro era 
submetido à ressonância magnética funcional. O 
córtex cingular anterior foi ativado quando o 
episódio recordado era de tristeza. 
 
 Alvaro Lima – Sistemas Orgânicos Integrados II 
 
2. Córtex insular anterior 
 
Está envolvido nas funções de: empatia, 
conhecimento da própria fisionomia, 
sensação de nojo, percepção dos 
componentes subjetivos das emoções, 
 
 
 
3. Córtex pré-frontal orbito frontal 
 
Somente a área orbtio frontal do córtex 
pré-frontal está relacionada com o 
processamento e emoções. Ela tem 
conexões com o corpo estriado e com o 
núcleo dorsomedial do tálamo integrando o 
circuito em alça orbitofrontal - estriado - 
tálamo - cortical. 
 
 
 
4. Hipotálamo 
 
 Parte do diencéfalo que se dispões nas 
paredes do III ventrículo. 
 Constituído basicamente de substância 
cinzenta possui a característica de se agrupar 
em núcleos. Percorrem ainda o hipotálamo um 
sistema variado de fibras, como o fórnix que 
divide o hipotálamo em áreas medial e lateral. 
 Na área medial se encontram a maioria dos 
núcleos hipotalâmicos. 
 O hipotálamo pode ser dividido em 3 planos 
frontais: supraóptico, tuberal e mamilar. 
 O hipotálamo age no sistema límbico através 
da regulação de processos emocionais e 
como coordenador das manifestações 
periféricas das emoções através de suas 
conexões com o SN autonômo. 
 Suas conexões com o sistema límbico 
contempam estruturas como o hipocampo, 
corpo amigdalóide e área septal. 
 
 
 
5. Área septal 
 
 Compreende grupos de neurônios de 
disposição subcortical que se estendem até a 
base do septo pelúcido, conhecidos como 
núcleos septais. A área septal tem conexões 
extremamente amplas e complexas, 
destacando-se suas projeções para a amígdala, 
hipocampo, tálamo, giro do cíngulo, hipotálamo 
e formação reticular, através do feixe 
prosencefálico medial. 
 Alvaro Lima – Sistemas Orgânicos Integrados II 
 Estimulações da área septal causam 
alterações da pressão arterial e do ritmo 
respiratório, mostrando o seu papel na 
regulação de atividades viscerais. 
 E a área septal é um dos centros de prazer 
no cérebro e sua estimulação provoca euforia. 
 
6. Núcleo Accumbens 
 
 Situado entre a cabeça do núcleo caudado e o 
putâmen o núcleo accumbens faz parte do 
corpo estriado ventral. Recebe aferências 
dopaminérgicas principalmente da área 
tegmentar ventral do mesencéfalo, e projeta 
eferências para a parte orbitofrontal da área 
pré-frontal. O núcleo accumbens é o mais 
importante componente do sistema 
mesolímbico, que é o sistema de recompensa ou 
do prazer do cérebro. 
 
7. Habênula 
 
 A habênula situa-se no trígono das 
habênulas, no epitálamo, é constituída pelos 
núcleos habenulares medial e lateral. 
 Suas conexões são muito complexas, 
destacando-se as aferências que recebem dos 
núcleos septais pela estria medular do tálamo e 
suas projeções pelo fascículo retroflexo para o 
núcleo interpeduncular do mesencéfalo e para 
os neurônios dopaminérgicos do sistema 
mesolímbico, sobre os quais têm ação 
inibitórias. 
 a habênula participa da regulação dos níveis 
de dopamina nos neurônios do sistema 
mesolímbico os quais, como já foi visto, 
constituem a principal área do sistema de 
recompensa (ou de prazer) do cérebro. A 
estimulação dos núcleos habenulares resulta 
em ação inibitória sobre o sistema 
dopaminérgica mesolímbico e sobre o sistema 
serotoninérgico de projeção difusa. 
 
8. Amígdala 
 
 É também chamada corpo amigdaloide. A 
amígdala tem 12 núcleos, o que lhe valeu o nome 
de complexo amigdaloide. Os núcleos da 
amígdala se dispõem em três grupos, 
corticomedial, basolateral e central. 
 O cortico medial recebe conexões olfatórias 
e parece estar envolvido com comportamentos 
sexuais. 
 O baso lateral recebe a maioria das 
conexões aferentes e o central as eferentes. 
 A amígdala é a estrutura subcortical com 
maior número de projeções do sistema 
nervoso, com cerca de 14 conexões aferentes e 
20 eferentes. 
 As conexões eferentes se distribuem em 
duas vias. A via amigdalofuga dorsal e 
amigdalafuga ventral. 
 A amígdala é principal responsável pelo 
processamento das emoções e desencadeadora 
do comportamento emocional. 
 A estimulação dos núcleos do grupo 
basolateral da amígdala causa reações de medo 
e fuga. A estimulação dos núcleos do grupo 
corticomedial causa reação defensiva e 
agressiva. 
 A amígdala contém a maior concentração de 
receptores para hormônios sexuais do SNC. Sua 
estimulação reproduz uma variedade de 
comportamentos sexuais e sua lesão provoca 
 Alvaro Lima – Sistemas Orgânicos Integrados II 
 hipersexualidade. Entretanto, a prin cipal e 
mais conhecida função da amígdala é o 
processamento do medo. 
 
 
 
Sistema de recompensa do encéfalo 
 
 Áreas que determinam estimulações com 
frequências mais elevadas compõem o sistema 
dopaminérgico mesolímbico ou sistema de 
recompensa formada por neurônios 
dopaminérgicos que, da área tegmentar ventral 
do rnesencéfalo, passando pelo feixe 
prosencefálico medial, terminam nos núcleos 
septais e no núcleo accumbens, os quais, por 
sua vez, projetam-se para o córtex pré-frontal 
orbitofrontal. 
 O Sistema de Recompensa premia com a 
sensação de prazer os comportamentos 
importantes para a sobrevivência, mas é 
também ativado por situações cotidianas que 
causam alegria como, por exemplo, quando 
rimos de uma piada , vencemos algum desafio, 
conquistamos uma vitória, tiramos uma nota 
boa na escola ou simplesmente quando vemos 
as pessoas que amamos felizes. 
 
 
 
 
 
Referências bibliográficas 
 
MACHADO, Angelo B. M.. Neuroanatomia 
funcional. 2 ed. São Paulo: Atheneu Editora, 
2007. 363 p. ISBN: 8573790695.

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