Prévia do material em texto
1 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B Embriologia prova I Defeitos congênitos ou anomalias congênitas - São anomalias físicas que ocorrem antes do bebê nascer, podendo ser de or igem genét ica , infecc io sa o u ambiental, mas geralmente difícil de identificar essa causa exata. - Podem ser prevenidos com uma boa nutrição da mãe durante a gestação, bem como evitando consumo de álcool, radiação e outros medicamentos • A j a n e l a d e r i s c o p a r a o desenvolvimento fetal é entre a 3º e a 8º semana, pois está ocorrendo a organogênese - A s a n o ma l i a s co n g ê n ita s e a prematuridade são causas importantes de morte na infância, doença crônica e deficiência. - Antes do bebê nascer, o diagnóstico pode ser feito baseado nos fatores de risco da mãe, em resultados de exames de ultrassom ou outros exames, como de sangue amniocentese ou amostragem de vilosidade corionicas - Apos o nascimento, pode ser feito baseado no exame físico do bebê e outras exames, como de imagem e de sangue - Alguns defeitos congênitos podem ser corrigidos com cirurgia ou controlados com medicamentos. Padrão de apresentação Anomalia isolada: apenas um defeito congênito é encontrado no paciente. Exemplo: bebê nasce com o pé torto Síndrome: há um padrão reconhecido de animalias; existem sinais que indicam e possui um “pacote" de características. Exemplo: síndrome de Down Sequência: padrão em cascata, uma coisa leva a outra, por uma anomalia primária. Exemplo: agenesia renal (má formação dos rins), irá causar oligodrâmnio grave (baixa produção de líquido amniótico), que irá causar micrognatia (hipodesenvolvimento da mandíbula)… Associação: conjunto de anomalias que, apesar de não serem uma síndrome ou uma sequência, geralmente ocorrem juntas. Exemplo: VACTERL: defeitos vertebrais, atresia anal, anomalia cardíaca, anomalias traqueo-esofágicas, anomalias renais, defeitos nos membros. Displasia: organização celular anormal que resulta em alterações estruturais restritas a um determinado tecido; 2 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B tecido se desenvolve de forma anômala. Exemplo: displasia esquelética Tipos de anomalias congênitas Malformação: resulta em um processo do desenvolvimento intrinsecamente anormal, ou seja, esse desenvolvimento é anormal desde o início. Há um erro no gene durante a gestação. Perturbação: resulta do desarranjo extrínseco ou interferência com um processo do desenvolvimento originalmente normal. Algum fator externo ocorreu durante a gestação, como uso de drogas/fármacos. Deformação: ocorre um formato, conformação ou posição anormal de uma parte do órgão, resultando em força mecânica, como a compressão intrauterina. Causas dos defeitos congênitos Cromossômicas: erros na divisão dos cromossomos, anormalidades - trissomia do 18, do 21 Monogênicas: ligadas aos genes - Autossômicas dominantes - Autossômicas recessivas - Ligadas os X Ambientais: - Multifatoriais - Teratogênicas Teratogênese Teratogênese - ou teratogenia - é a formação e o desenvolvimento no útero de anomalias que levam a malformações. Agentes teratogênicos: Qualquer substância, organismo, agente físico ou estado de deficiência, que estando presente durante a vida embrionária ou fetal, produz uma alteração na estrutura ou função da descendência. - Os teratôgenos contribuem de 5-10% dos defeitos congênitos Princípio de ação teratogênica; dependem: - estágio de desenvolvimento do conceito - Relação dose-resposta - Susceptibilidade genética intra e interespecífico - Mecanismos espeficios de ação do teratógeno Funcionamento - Genótipo materno-fetal: o efeito teratogên ico depen de de como o 3 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B teratógeno vai interagir com o genótipo da mãe, dessa forma, fetos diferentes reagem de maneira d ife rente de teratogênicos diferentes. - Hiperacetilação: a acetilação da histona afeta a modulação da estrutura da c r o m at i n a e ex p re s s ã o g ê n i ca , i nte r fe r i n do n o de senvo lv im ento embrionário. Inibidores da hiperacetilação t ê m s i d o u s a d o s c o m o d r o g a s anticonvulsivos e para tratamento do câncer. Essas drogas são capazes de induzir a hiperacetilação em embriões, levando a malformações congênitas. - Desequilíbrio do colesterol: uma alta quantidade de colesterol é necessária para o desenvolvimento fetal. O uso de enzimas envolvidas na biossíntese do colesterol pode interromper a síntese do colesterol, podendo, assim, causar efeitos adversos no feto em desenvolvimento. - Folato: alteração no metabolismo do folato e antagonismo do folato atua como uma co-enzima em reações bioquímicas; é essencial na síntese de DNA. Algumas drogas podem interferir na absorção do folato ou influenciar a degradação do folato, causando alterações no embrião. - Ácido retinóico: um desequilíbrio entre a síntese e degradação do ácido retioico pode levar a um excesso ou deficiência do ácido, resultando em efeitos sobre as células. - Disruptores endócr inos: podem interferir na liberação de hormônios e em reações mediadas por receptores hormonais. - Perturbação vascular: mudanças no desenvolvimento de veias, artérias e capilares perturbarão a perfusão do sangue no tecido fetal. 4 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B - Estresse oxidativo: dano oxidativo a macromoléculas celulares como lipídios, proteínas, DNA e RNA é causa por espécies de oxidativos - Tudo ou nada: semanas 1-2 - Se ocorrer morte aqui é por causas espontâneas, sem influencia de agentes teratogenos - Organogenese: semanas 3-8 - Crescimento/Sistema nervoso central: após 8 semanas Efeitos e manifestações de um teratógeno - Morte do concepto, malformações, restrição de crescimento. - Danos funcionais: retardo mental, danos neurocomportamentais, doenças de manifestação na vida adulta. - Crescimento e função são variáveis contínuas. Como identificar um teratógeno? - Estudos experimentais em animais: difícil extrapolar para humanos; resultados tem valor limitado - Relatos de caso em humanos: tendem a superestimar o potencial teratogênico. Estudos epidemiológicos. São o meio mais confiável Com base neles, identificamos as categorias de risco 5 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B Fármacos na lactação É muito frequente o uso de medicamentos e outras substâncias por mulheres que estão amamentando. - A maioria é compatível com a amamentação; poucos são os fármacos formalmente contraindicados e alguns requerem cautela ao serem prescritos durante a amamentação- Riscos de efeitos adversos nos lactentes e/ou na lactação. - No entanto, com frequência os profissionais de saúde recomendam a interrupção do aleitamento materno quando as mães são medicadas.- Desconhecem o grau de segurança do uso das diversas drogas. Identificação das drogas segundo a categoria de risco Uso compatível com a amamentação: fármacos de uso potencialmente seguros durante a lactação, não há relator de efeitos significativos Uso criterioso: nesta categoria deve-se fazer a análise do risco benefício, caso utilizados é necessário monitoramento clínico e/ou laboratorial Uso contraindicado: medicamentos que exigem a interrupção da amamentação, tendo evidencias de riscos significativos de efeitos colaterais Farmacologia e lactação - A passagem de drogas do sangue para o leite materno ocorre por mecanismos envolvendo membranas biológicas, as quais possuem em sua constituição proteínas e fosfolípides. - Após atravessar o endotélio capilar, a droga passa para o interstício e atravessa a membrana basal das células alveolares do tecido mamário. - Proteínas e lipídeos da membrana exercem influência na velocidade da passagem e na concentração da droga no leite. - Fármaco precisa ter capacidade de passar pela membrana plasmática Os mecanismos mais prováveis de excreção de drogas para o leitematerno, são os seguintes: • Difusão transcelular: moléculas p e q u e n a s n ã o i o n i z a d a s e hidrossolúveis (etanol, uréia) atravessam os poros da membrana celular por difusão. 6 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B • Difu são pa ss i va : mo lécu la s pequenas ionizadas e proteínas menores atravessam a membrana celular basal pelos canalículos de água; é o principal mecanismo para passagem de um fármaco para o leite materno. • Difusão intercelular - moléculas grandes podem aparecer no leite h u m a n o , p o r e x e m p l o , imunoglobulinas, interferon, cuja passagem ocorre entre as células e não através delas. • Ligação com proteínas carreadoras - substâncias polares penetram nas membranas celulares ligadas a proteínas carreadoras. As proteínas e lipídeos presentes no leite mate r n o p o d em f u n c i o n a r co mo transportadores de medicamentos ingeridos pela mãe. - Drogas com grande afinidade por prote ínas p lasmát icas maternas aparecem em pouca quantidade no leite, ou seja, drogas que se ligam muito forte permanecem no sangue e não passam para o leite - A variação na composição lipídica do leite (leite anterior, leite posterior) influi na quantidade da droga nele contida. - O epitélio alveolar mamário representa uma barreira lipídica, mais permeável na fase de colostro (primeira semana pós- parto). - O pH do leite humano (6,6 a 6,8) é um pouco menor do que o do plasma, ou seja, mais ácido, o que favorece a concentração de substâncias com características básicas, por mecanismo de ionização. - A transferência de fármacos para o leite materno depende das seguintes características: - (1)peso molecular; - (2) lipossolubilidade; - (3) capacidade de ligação às proteínas plasmáticas; - (4) grau de ionização; - (5) meia-vida de eliminação; drogas com meia vida curta são eliminas antes de chegar no leite - (6) biodisponibilidade; - (7 ) co ncentração sangu ínea materna. EM RESUMO - Defeito congênito é qualquer tipo de anormalidade estrutural que esteja presente ao nascimento, podendo ser microscópico ou macroscópico. - Possuem 4 tipos clínicos importantes: malformação, perturbação, deformação e displasia. - Podem ser únicos ou múltiplos. - Entre suas causas estão: - Fatores genéticos: anormalidades cromossômicas, genes mutantes - Fatores ambientais: agentes infecciosos, uso de drogas - As primeiras semanas de desenvolvimento correspondem a um período crítico, pois está ocorrendo a organogênese. - Agentes teratógenos podem produzir anormalidades morfológicas e funcionais 7 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B Aparelho faríngeo, desenvolvimento da face e anomalias de cabeça e pescoço - aparelho faríngeo ou branquial, pois inicia semelhante aos peixes - É formado por arcos, bolsas, sulcos e membranas faríngeas as quais formarão a face e pescoço; - Os arcos faríngeos são um “emaranhado” de tecido, como dobras em baixo do “pescoço" do embrião; estrutura externa - As bolsas são estruturas internas, associadas as cavidades formadas pelos arcos; como se olhássemos por dentro do arco Arcos faríngeos - começam a se desenvolver no início da 4º semana, quando as células da crista neural migram para as futuras regiões da cabeça e do pescoço. - O primeiro par de arcos corresponde as mandíbulas primordiais e os próximos irão aparecer ao lado; - sendo ao final da 5º semana quatro pares de arcos visíveis na superfície do embrião e dois não visíveis (rudimentares) - Os arcos são separados pelos sulcos faríngeos (fendas) - Ambos são numerados em uma sequência craniocaudal - Primeiro arco; dividido em: - Proeminência/saliência maxilar: origina a maxila, o osso zigomático e porção do osso vômer - Proeminência/saliência mandibular: forma a mandíbula e o osso temporal - Segundo arco/arco hidoideo: - Formação do osso hioide - Os arcos sustentam as paredes laterais da faringe primitiva - Possui um estomodeu= boca primitiva; aparece como uma depressão do ectoderma superficial 8 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B -Está separado da cavidade da faringe primitiva por uma membrana bilaminada: a membrana bucofaríngea -Essa membrana rompe- se com +- 26 dias fazendo com que haja comunicação entre a faringe e o intestino anterior com a cavidade amniótica. COMPONENTES: O arco consiste em um centro de mesênquima (tecido conjuntivo embrionário), sendo recoberto externamente por ectoderma e internamente por endoderma. - o mesênquima é derivado o mesoderma durante a terceira semana e das células da crista neural durante a quarta semana. - Conforme ocorre a migração e a diferenciação das células da crista neural, há a produção das proeminências maxilar e mandíbula, bem como todo o tecido conjuntivo, incluindo a derme e o músculo liso - Ao mesmo tempo, o mesoderma miogênico move-se para cada arco formando um núcleo central do primórdio do músculo. ESTRUTURAS DOS ARCOS: - Arco aórtico: uma artéria que provém do tronco arterioso do coração primitivo e passar ao redor da faringe primitiva para entrar na artéria dorsal - Um bastão/haste cartilaginosa: forma o esqueleto do arco - Componente muscular: forma/ diferencia-se nos músculos da cabeça e pescoço - Nervos sensoriais e motores: suprem a mucosa (tecido de revestimento) e os músculos derivados de cada arco. São derivados do neuroectoderma do encéfalo primitivo Destino dos arcos: - Durante a 5º semana, o segundo arco aumenta e recobre o 3º e o 4º, formando uma depressão ectodérmica= seio cervical - Ao final da 7º semana, os sulcos faríngeos e o seio cervical irão 9 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B desaparecer, dando ao pescoço um contorno liso. Derivados das cartilagens dos arcos faríngeos Cartilagem do primeiro arco - Relacionada ao desenvolvimento da orelha - Extremidade dorsal: ossículos da orelha média; martelo e bigorna - Porção média: ligamento anterior do martelo e ligamento esfenomandibular - Porção ventral: primórdios da mandíbula; cada metade surge lateralmente, em associação com a cartilagem. - A cartilagem desaparece a medida que a mandíbula se desenvolve em torno dela por ossificação intramembranosa. Cartilagem do segundo arco - extremidade dorsal: estribo (osso da orelha) e processo estiloide do osso temporal - Extremidade ventral: parte do osso hioide (corno menor) Cartilagem do terceiro arco - corno maior do osso hioide Cartilagem do quarto arco e do sexto - Fundem-se para formar as cartilagens laríngeas OBS: quinto arco é rudimentar e não tem derivados Derivados musculares dos arcos faríngeos - derivam do mesoderma paraxial não segmentado - Primeiro arco: músculos da mastigação - Segundo arco: músculos do ouvido interno/deglutição; expressão facial; estapédio, estilo-hióideo, ventre posterior do digástrico. - Terceiro arco: estilofaríngeo - Quarto arco: músculos faríngeos; cricotideóideo, elevador do véu palatino e os constritores da faringe - Sexto arco: músculos intrínsecos da laringe 10 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B Derivados dos nervos dos arcos faríngeos - Cada arco é suprido por seu próprio nervo craniano; nervos suprem os músculos derivados dos arcos - Primeiro arco: nervo trigêmeo (V); é o principal nervo sensorial da cabeça e do pescoço. - Supre músculos da mastigação, ramos sensoriais inervam a face e as membranas mucosas das cavidades nasais, palato, boca e língua - Segundo arco: nervo facial (VII) - Terceiro arco: glossofaríngeo (IX) 11 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B - Quarto ao sexto arco: vago (X) Bolsas faríngeas A faringe primitiva deriva do intestino anterior (endoderma). - Encontra-se cefalicamente com a boca primitiva (estomodeu). - Estreita-se caudalmente onde se liga ao esôfago. - O endoderma da faringe estende-se lateralmente semelhante a balões – forma as bolsasfaríngeas (4 pares). As bolsas se desenvolvem entre os arcos; quatro pares bem definidos e um quinto primitivo Derivados das bolsas faríngeas: formam importantes órgãos na cabeça e no pescoço Primeira bolsa faríngea: - Se expande em um alongamento: o recesso tubotimpânico, o qual formará na sua: - Porção distal: membrana timpânico (tímpano) - Cavidade: cavidade timpânico e antro mastoídeo - Conexão do recesso com a faringe: tuba faringotimpânica Segunda bolsa faríngea: - Seio tonsilar; depressão entre os arcos palatoglosso e o palatofaríngeo 12 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B - Criptas tonsilares; formadas a partir da proliferação do endoderma da segunda bolsa, que cresce e penetra o mesênquima adjacente, até que as partes centrais desse broto se rompam. - O mesênquima em torno das criptas se diferenciam em tecido linfoide, que se organiza em nódulos linfáticos da tonsila palatina Terceira bolsa: - Parte dorsal: epitelio da bolsa se diferencia em uma glândula paratireoide inferior - Partes centrais da bolsa: se unem no plano mediano para formar o timo (órgão linfático primário) Quarta bolsa: 13 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B - Porção dorsal: paratireoide superior - Porção ventral: corpo ultimofaríngeo, que se funde com a glândula tireoide; formando as células parafoliculares (ou células C) - Essas células, são responsáveis pela produção de calcitonina, hormônio que reduz os níveis de cálcio no sangue. As paratideroides regulam o metabolismo do cálcio Sulcos faringeos - São quatro sulcos de cada lado - Separam os arcos externamente Primeiro sulco: vai formar o meato acústico externo (canais auditivos) Outras: formação do seio cervical Membranas faríngeas - Estão presentes nos assoalhos dos sulcos - Se formam onde o epitelio dos sulcos e das bolsas se aproximam - Apenas o primeiro par contribui para formação; irá se tornar a membrana timpânica Anomalias de cabeça e pescoço - Originam-se durante a transformação do aparelho faríngeo em estruturas adultas. - maioria representa remanescentes que deveriam desaparecer. - Seios cervicais externos: são resultado da falha do desaparecimento do segundo sulco e do seio cervical - Seio cervical interno: é um remanescente da segunda bolsa faríngea Fístula do seio periforme: remanescente do corpo ultinofaríngeo (derivado da quarta bolsa) Cistos cervicais (branquiais): Remanescentes de partes do seio cervical e/ou do segundo sulco; cisto esférico ou alongado abaixo do ângulo da mandíbula - originados de 1º arco: Ou seja, sulco e membrana darão estruturas importantes do aparelho 14 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B - Mulheres de meia idade - Assintomática - Região paratireoide e canal auditivo - Segundo arco: - Localizado na parede faríngea até a pela, passando lateralmente e inferior as carótidas internas e externas; angulo da mandíbula. - 3º arco: - Posterior a carótida interna, entre o nervo hioglosso e o glossofaríngeo Síndrome do primeiro arco faríngeo - várias anomalias congênitas dos olhos, das orelhas, da mandíbula e do palato - resultado de migração insuficiente de células da crista neural para o primeiro arco durante a quarta semana - Principais manifestações: • Síndrome de Treacher Collins - disostose mandibulofacial - Hipoplasia malar, ou seja, subdesenvolvimento dos ossos zigomáticos - Fissuras/fendas pálpebras com inclinação para baixo - Malformação da orelha externa • Síndrome de Pierre Robon: - Defeito inicial: micrognatia (mandíbula pequena) - Hipoplasia da mandíbula; subdesenvolvimento da mandíbula - Fenda palatina, resultado da mandíbula pequena, pois vai ocorrer o deslocamento posterior da língua e a obstrução ao fechamento total do palato - Defeito nos olhos e orelhas Síndrome de outros arcos • Síndrome DiGeoge - Criança nasce sem o timo e as paratiróides - Caracteristica da doença: hipoparatireoidismo congênito, suscetibilidade aumentada às infecções (a partir de deficiência imune, especificamente função defeituosa das células T), defeitos congênitos da boca (filtro do lábio superior encurtado), orelhas chanfradas e com implantação baixa, fendas nasais, hipoplasia da tireoide e anormalidades cardíacas (defeitos do arco aórtico e do coração) - Acontece em decorrência da terceira e quarta bolsa faríngea não se diferenciarem em timo e paratireoide; colapsando a sinalização entre o endoderma faríngeo e as células da crista neural adjacentes 15 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B Desenvolvimento da glândula tireoide - Primeira glândula endócrina a se desenvolver no embrião - Influenciada pelas vias de sinalização do fibroblasto, começa a se desenvolver 24 dias após a fecundação - Se da a partir de um espessamento endotérmico mediano no assoalho da faringe primitiva; o espessamento vai formar uma evaginação- primórdio d tireoide - Conforme o embrião e a língua crescem, a tireoide desde pelo pescoço - Por um tempo fica ligada a língua pelo ducto tireoglosso - A Glândula, inicialmente oca, começa a ficar sólida; - Se divide em lobos direto e esquerdo, os quais são ligados pelo istmo da glândula tireoide - O ducto tireoglosso se degrada, deixando apenas uma abertura proximal que será o forame cego - Em 50% das pessoas, o istmo pode se estender para cima e formar um lobo piramidal - Folículos tireoidianos começam a se formar na 11a semana e já há, nessa fase, concentração de iodo e síntese de hormônios. Anomalias da tireoide Hipotireoidismo congênito: distúrbio heterogêneo no desenvolvimento embrionário da tireoide. Resulta em distúrbios do neurodesenvolvimento e infertilidade Cistos e seios do ducto tireoglosso: formam-se em qualquer lugar ao longo do trajeto do ducto tireoglosso Tireoide ectópica/acessório: uma glândula mal localizada, podendo estar presente no trajeto do ducto tireoglosso ou sublingual; é diferente de um cisto Agenesia da tireoide: ausência da glándula ou de um lobo Desenvolvimento da língua - Final da 4º semana, surge uma elevação triangular mediana no assoalho da faringe primitiva. 16 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B - Essa Tumefação lingual mediana (broto da língua) é o indício do desenvolvimento da língua - Ao lado da tumefação mediana, vão se desenvolver mais dois brotos línguas distais, tumefações línguas laterais - Provenientes do 1º arco faríngeo - Essas laterais vão aumentar e se fundir, começando a crescer sobre a tumefação mediana - Vão formar os 2/3 anteriores da língua: parte oral - O local de fusão será indicado pelo sulco da linha média - Tumefação mediana não forma porção reconhecível da língua adulta - Parte faríngea da lingua: cópula, fusão de partes do 2º arco faríngeo é gradativamente coberta pela eminência hipofaríngea e desaparece. - Eminência/saliência hipofaríngea: vem do 3º e 4º arco - Forma os 1/3 posteriores da lingua; parte faríngea A linha de fusão das partes anterior e posterior da língua é grosseiramente indicada por um sulco em forma de V, o sulco terminal - As papilas línguas aparecem no final da 8º semana - Primeiro as circunvaladas e foliáceas e depois as fungiformes - Corpúsculos gustativos se desenvolvem durante a 11º e 13º semana por interação entre as células epitelial e a invasão das células nervosas gustativas Inervação: o hipoglosso inerva todos os músculos da língua. A sensibilidade 17 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B lingual, por outro lado, é de responsabilidade de três outros pares cranianos: trigêmeo (V par), facial (VII par) e glossofaríngeo (IX par) Anomalias da lingua Anquiloglossia (lingua presa): freio da língua curto e estendido até a ponto. Pode-se alongar com o tempo ou ser corrigido com cirurgia Macroglossia: lingua muito grande Microglossia: lingua pequena;está associada a micrognatia Glossosquise; lingua bífida: fusão incompleta das tumefações laterais gera um sulco na linha média muito profundo. Desenvolvimento das glândulas salivares - São formadas a partir de votos epitelial da cavidade oral primitiva - As parótidas são as primeiras a se desenvolverem (inicio da 6º semana) - Surgem a partir de brotos do revestimento ectodérmico oral próximo ao ângulo do estomodeu - Glândulas submandibulares: final da 6º semana - A partir de brotos endodérmicos no assoalho do estomodeu - Glandulas sublinguais: 8º semana - A partir de múltiplos brotos epitelial endodérmicos, os quais se ramificam e se canalizam para formar de 10 a 12 duetos. Desenvolvimento da face - Os primórdios da face aparecem na 4º semana, como saliências em torno do estomodeu e vai até a 8º semana, onde o embrião apresenta uma aparência humana - Depende da influência indutiva do prosencéfalo (cérebro anterior) do rombencéfalo (cérebro posterior), da zona ectodérmica frontonasal e do desenvolvimento dos olhos Os cinco primórdios faciais: - Proeminência frontonasal - Par de proeminências maxilares - Par de proeminências mandibulares - maxilar e mandibular: 1º par de arcos faríngeos - Elas são centros ativos de crescimento no mesênquima subjacente - São produzidas pela expansão de populações da crista neural que se originam a partir das pregas neurais do mesencéfalo e do rombencéfalo 18 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B Proeminência/saliência frontonasal (SFN) - circunda a parte ventrolateral do prosencéfalo, que da origem as vesículas ópticas que formarão os olhos. - Parte frontal: irá formar a testa - Parte nasal: limite rostral do estomodeu e o nariz - Nessa saliência, no final da 4º semana, irá aparecer um espessamento ovalado bilateral do ectoderma, os placoides nasais, que são os primórdios do epitélio nasal - O mesênquima dos placoides vai se proliferar, gerando elevações, as proeminências/saliências nasais mediais e laterais Proeminência/saliência maxilar: - Forma os limites laterais do estomodeu Salliencia mandibulares - Limite caudal do estomodeu A mandíbula inferior e o lábio inferior são as primeiras partes da face a se formar, sendo resultado da fusão das extremidades medias da proeminência mandibular no plano mediano. - medialmente, crescem as proeminências maxilares, sendo assim, elas irão ser separas das saliências nasais laterais por meio de uma fenda, o sulco nasolacrimal Final da 5º semana: primórdios das aurículas começam a se desenvolver - 6 saliências auriculares (3 de cada lado) formam-se em torno do primeiro sulco faríngeo, o primórdio da aurícula e do meato acústico externo. - Inicialmente, as orelhas externas ficam na região do pescoço - Conforme ocorre o desenvolvimento da mandíbula, elas ascendem para a lateral da cabeça Final da 6º semana: proeminência maxilar começa a se fundir com a proeminência nasal lateral, estabelecendo continuidade entre a região do nariz (proeminência nasal lateral) e da bochecha (proeminência maxilar) - A partir do sulco nasolacrimal, irá se formar o ducto nasolacrimal - Sua extremidade superior se expande para formar o saco lacrimal - No final do período fetal o ducto irá drenar para o meato inferior 7º e 10º semana: proeminências nasais medias se fundem com as maxilares e nasais laterais - Nasal medial + maxilar: resulta na continuidade da mandíbula superior 19 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B e do lábio; e separatas das fossetas nasais do estomodeu - Nasais medias: ao se fundirem, formam o segmento intermaxilar - Esse segmento forma a parte média do lábio superior, parte pré-maxilar da maxila e suas gengivas associadas (sulco labiogengival) e o palato primário - lábios e as gengivas começam a se desenvolver quando um espessamento linear do ectoderma, a lâmina labiogengival, cresce no mesênquima subjacente - Aos poucos, essa lamina se degrada e da origem ao sulco labiogengival, entre o lábio e a gengiva - Uma pequena parte continua e forma o freio do lábio superior Conforme o embrião se desenvolve, há o aumento do encéfalo e consequentemente, a cavidade craniana se expande bilateralmente, fazendo com que as órbitas (antes laterais) se voltem para frente. Em resumo: - A proeminência nasal frontal forma a testa e parte do nariz: dorso e o ápice - As proeminências nasais laterais formam as asas (lados) do nariz. - As proeminências nasais mediais formam o septo nasal, o osso etmoide, a placa cribriforme (aberturas para a passagem dos nervos olfatórios) e o segmento intermaxilar - As proeminências maxilares formam as regiões das bochechas superiores e o lábio superior. - As proeminências mandibulares formam o queixo, o lábio inferior e as regiões das bochechas. Desenvolvimento das cavidades nasais - Os placoides nasais irão se deprimir e formar as fossetas nasais. - Com a formação das proeminências nasais medias e laterais, irá aprofundar as b e formar os sacos nasais primitivos - Cada saco irá crescer dormente e em posição ventral ao prosencéfalo em desenvolvimento - Inicialmente estão separados da cavidade oral pela membrana oronasal, que se rompe no final da 6º semana. Há um região de continuidade entre as cavidades nasal e oral: coanas primitivas - se apresentam como aberturas da cavidade nasal dentro da faringe nasal - Após o desenvolvimento do palato secundário, as coanas estarão localizadas na junção da cavidade nasal e faringe - Enquanto isso, as conchas nasais superior, média e inferior se 20 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B desenvolvem como elevações das paredes laterais das cavidades nasais - Ao mesmo tempo, o epitélio ectodérmico no teto de cada cavidade nasal se torna especializado para formar o epitélio olfatório - Algumas células epiteliais se diferenciam em células receptoras olfativas (neurônios) - Os axônios neuronais constituem os nervos olfatórios (células especializadas), que crescem para os bulbos olfatórios do encéfalo Seios paranasais - Seio maxilar: único que se forma no período pré-natal - Formado a partir de divertículos (protuberancias) das cavidades nasais - Se tornam extensões penumáticas (com ar) das cavidades nasais - São importantes na alteração do tamanho e forma da face durante a infância e por acrescentar ressonância à voz durante a adolescência. Desenvolvimento do palato (palatogênese) - Vai da 6º a 12º semana - Se desenvolve em dois estágio: palato primário e palato secundário - Palato primário (processo mediano): inicio da 6º semana pela fusão das proeminências nasais mediais - Palato secundário (definitivo): primórdio das partes duras e moles; projeções dos processos mesenquimais que se estendem das faces internas das proeminências maxilares Defeitos - Fenda anterior: deficiência do mesênquima nas proeminências maxilares e do processo palatino mediano - Fenda posterior: desenvolvimento defeituoso do palato secundário e - Fenda labial unilateral: falha da proeminência maxilar no lado afetado de unir-se com as proeminências nasais mediais - Bilateral: falha do mesênquima de ambas as proeminências maxilares em se encontram e se fundir com as proeminências nasais mediais - Mediana: falha parcial ou completa das proeminências nasais mediais em se fundir e formar os processos palatinos medianos Sistema respiratório inferior 21 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B Laringe/traqueia/brônquios/pulmão - Inicia na 4º semana (28 dia) - Começa com um crescimento mediano: o sulco laringotraqueal no assoalho da extremidade caudal do intestino anterior primitivo (abaixo da 4º bolsa) - Ao final da 4º semana se envagina (projeta) para formar um divertículo laringotraqueal (broto pulmonar) - Conforme se alonga, é envolvido pelo mesênquimaesplâncnico, bem como sua extremidade distal se dilata para formar um broto respiratório, que se separa da faringe primitiva - Parte ventral: lobo laringotraqueal. - Parte dorsal: primórdio da orofaringe - Há comunicação por meio do canal laríngeo primitivo - São separados pelo septo traqueoesofágico Desenvolvimento da laringe - epitélio de revestimento se desenvolve a partir do endoderma do tubo laringotraqueal - As cartilagem vem do 4º e 6º par de arcos faríngeos - O mesênquima dessa região forma um par de tumefações ou brotos aritenoides. - As tumefações aritenoides originam a glote. -O epitélio laríngeo prolifera rapidamente e resulta em oclusão temporária da luz da laringe. A sua recanalização ocorre por volta da 10a semana. -Os ventrículos da laringe são formados durante o processo de recanalização. Esses recessos são delimitados por pregas da membrana mucosa que se tornam as pregas vocais (cordas) e pregas vestibulares. - A epiglote se desenvolve da eminência hipofaríngea; proliferação de mesênquima dos 3º e 4º arcos - Formam também a parte faríngea da língua 22 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B - Os músculos da laringe são inervados pelo VAGO Atresia laríngeo (má formação) ou síndrome da obstrução congênita das vias aéreas superiores - resulta na falta de recanalização da laringe - Na região distal da obstrução (atresia): pulmões aumentados, diafragma achatado ou invertido, presença de ascite / hidropsia. Desenvolvimento da traqueia - Durante a separação do intestino anterior, o divertículo laringotraqueal forma a traqueia e duas evaginações laterais, os brotos brônquicos primários - O revestimento endodérmico do tubo laringotraqueal distal à laringe se diferencia no epitélio e glândulas da traqueia e no epitélio pulmonar. A cartilagem, o tecido conjuntivo e os músculos da traqueia são derivados do mesênquima esplâncnico que envolve o tubo laringotraqueal Fístula traqueoesofágica: é a passagem anormal entre a traqueia e o esôfago; anomalia congênita mais frequente do trato respiratório inferior - Afeta mais bebes do sexo masculina - Está associada a atresia esofágica - Resulta na divisão incompleta da parte cranial do intestino anterior nas partes respiratórias e esofágicas durante a 4º semana - Essa fusão incompleta resulta em um septo traqueoesofágico defeituoso - Consequências: polidrâmnio / tosse – regurgitação – asfixia / pneumonite em bebês Fenda laringotraqueoesofágica: se diferencia da fístula traqueoesofágica pela afonia (ausencia da fala) Desenvolvimento dos brônquios e dos pulmões - Broto respiratório se desenvolve na extremidade caudal do divertículo laringotraqueal durante a 4º semana - Se divide em duas evaginaçoes: brotos brônquicos primários - Crescem lateralmente para dentro dos canais pericardioperitoneas (primórdio das cavidades pleurais): são os brônquios principais - O broto principal direito é maior e mais verticalizado que o esquerdo; tal relação persiste no adulto - Corpo estranho ao ser aspirado tem mais chances de entrar no brônquio direito. - Logo há o desenvolvimento de brotas secundários e terciários - Secundários vão formar os ramos lobares, segmentares e intra- segmentares - Vão formando ramificações 23 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B - Conforme vão se desenvolvendo, os pulmões adquirem uma camada de pleura visceral a partir do mesênquima esplâncnico - Com a expansão, os pulmões e as cavidades pleurais crescem casualmente para o mesênquima da parede e do corpo e logo ficam próximos do coração - A parede torácica do corpo torna-se forrada por uma camada de pleura parietal, derivada do mesoderma somático Maturação dos pulmões - divida em 4 estágios: Estágio pseudoglandular (5º a 17º semana) - Durante esse estágio, os pulmões possuem aparência de glândulas - Com 16º semanas, todos os principais componentes estão formado, menos os que são desenvolvidos a partir da troca gasosa - Fetos que nascem nesse período são incapazes de sobreviver, pois ainda não é possível a respiração Estágio canalicular (16º a 26º semana - A luz dos brônquios e dos bronquíolos terminais tornam-se maiores e o tecido pulmonar torna-se altamente vascularizado - Pela 24º semana, cada bronquíolo terminal forma dois um mais bronquíolos respiratórios que se dividiram em três a seis passagens (duetos alveolares primitivos) - Ao final desse período a respiração se torna possível para alguns sacos terminais (alvéolos primitivos) que estão mais desenvolvidos e mais vascularizados Estágio de saco terminal (26º ao final do período fetal) - Desenvolvimento de mais sacos terminais (alvéolos primitivos), bem como suas células epiteliais se tornam mais finas - Contato entre as células endoteliais e o epitélio estabelece a barreira hematoaérea - Permite troca adequada de gases - Na 26a semana, os sacos terminais são revestidos principalmente por células epiteliais pavimentosas de origem endodérmica – as células alveolares ou pneumócitos tipo I, através dos quais ocorrem as trocas gasosas. Dispersas entre as células pavimentosas, estão as células epiteliais arredondadas secretoras, os pneumócitos tipo II, que secretam o surfactante. - O surfactante (uma mistura de fosfolipídeos) forma uma película sobre as paredes internas dos sacos terminais e facilita a expansão dos alvéolos. - A deficiência de surfactante (fetos com menos de 26 semanas) pode causar insuficiência respiratória. Estágio alveolar (final do período fetal aos 8 anos) - No início do estágio alveolar (32 semanas), cada bronquíolo respiratório termina em um aglomerado de sacos alveolares de paredes delgadas, 24 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B separados um dos outros por tecido conjuntivo frouxo. Esses sacos representam os futuros ductos alveolares - A transição da dependencia da placenta na troca gasosa para a troca gasosa autônoma requer adaptações dos pulmões: - Produção de surfactante nos sacos alveolares - Transformação dos pulmões de órgãos secretores para órgãos capazes de realizar trocas gasosas - Estabelecimento da circulação sistemica e pulmonar em paralelo - 95% dos alveolos maduras se desenvolvem no período pós-natal. - Após o nascimento, os alvéolos primitivos se ampliam conforme a expansão dos pulmões, mas o maior aumento no tamanho dos pulmões resulta do aumento no número de bronquíolos respiratórios e alvéolos primitivos, mais do que um aumento no tamanho dos alvéolos - O desenvolvimento dos pulmões é controlado por uma cascata de sinalização que são reguladas por expressões temporais e sequenciais de genes altamente conservados. São necessários 3 fatores para o crescimento dos pulmões: - espaço torácico adequado - Movimento respiratório fetal - Volume adequado do líquido amniótico No nascimento, os pulmões apresentam cerca da metade do seu volume preenchido por líquido. Liquido é retirado: - através da boca e do nariz pela pressão feita pelo tórax durante o parto vaginal - Pelos capilare, artérias e veias pulmonares - Pelos vasos linfáticos Doenças relacionadas ao desenvolvimento pulmonar Síndrome da deficiencia respiratória (doença da membrana hialina) - comum em prematuros; 2% dos recém nascidos - Em RX pulmões ficam radiopacos - Causada pela deficiente de surfactante - Pulmões ficam subinflados - Fatores identificados: asfixia intra- uterina, déficit de tiroxina (um estimulador da maturação pulmonar fetal). - Tratamento: administração de surfactante exógeno - Corticoterapia durante a gestação Cistos pulmonares congênitos - formados por dilatações dos bronquios terminais - Disturbio no desenvolvimento brônquico no final da vida fetal - Pulmões em aspecto de favo de mel no RX - Se muito grande, coração pode ser deslocado para direitaAgenesia pulmonar - Ausência dos pulmões 25 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B - Mais comum unilateral, que é compatível com a vida: O coração e outras estruturas do mediastino são deslocadas para o lado afetado, e o pulmão existente é hiperexpandido. Desenvolvimento do diafragma - diafragma: septo muscotendinoso que repara as cavidades torácicas e abdominais - Composto a partir de 4 componentes: - Septo transverso: tecido mesotérmico; primórdio do tendão central do diafragma - Cresce a partir da parede ventrolateral do corpo e separa o coração do fígado; identificado ao final da 3º semana - Há uma abertura- canal pericardioperitoneal- em cada lado do esôfago - Membranas pleuroperitoneais: se fundem com o mesentério dorsal do esôfago e com o septo transverso - Completa a separação das cavidades torácicas e abdominais; forma o diafragma primitivo - Mesentério dorsal do esôfago: funde-se com o septo transverso e as membranas pleuroperitoneais - Forma a porção mediana do diafragma - Par de feixes musculares em posição anterior à aorta- crura do diafragma Inervado pelo nervo frênico: ramo dos 3º, 4º e 5º nervos cervicais Hérnia diafragmática congênita - hérnia do conteúdo abdominal para dentro da cavidade torácica - Principal causa de hipoplasia pulmonar - Defeito da fusão da membrana pleuroperitoneal com as outras três partes que formal o diafragma