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Baço: Localização, Funções e Manifestações Clínicas

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Localização: baço está localizado na cavidade
peritoneal, na porção posterior do quadrante
superior esquerdo, abaixo do diafragma e
adjacente à 9ª, 10ª e 11ª costelas, estômago, cólon
e rim esquerdo.
Constituição: O baço é constituído pela polpa
vermelha e pela polpa branca e é envolvido por
uma cápsula de tecido conjuntivo.
Irrigação: A irrigação se dá através da artéria
esplênica que penetra a cápsula na região do hilo,
ramificando-se em vasos menores.
Funções:
sensação de peso e desconforto no hipocôndrio ou
hemiabdome esquerdo
dor referida no ombro esquerdo, 
dor pleurítica 
saciamento precoce (secundário a compressão do
estômago).
Exame Físico
A esplenomegalia representa um aumento do
tamanho do baço, que pode ser verificado no exame
físico ou em exames de imagem. Não deve ser
considerada uma doença, mas sim parte de um
quadro clínico mais amplo e por isso deve determinar
a busca de outros sintomas e sinais que permitam a
identificação da afecção primária.
ANATOMIA ESPLÊNICA
- Órgão linfopoiético: É o principal órgão onde
ocorrem as respostas imunológicas a antígenos
veiculados pela circulação, enquanto os linfonodos
respondem a antígenos transportados pela linfa. 
O baço retira da circulação hemácias senescentes,
bactérias, e outras partículas, através do sistema
monócito macrofágico (reticuloendotelial)
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de esplenomegalia pode ser feito pelo
exame físico com a palpação e percussão do baço de
tamanho aumentado.
Exames de Imagem
Raciocínio Diagnóstico
Lúpus
Linfomas
Hepatites
Leishmaniose visceral
Malária
Anemias
HIV
Cistos ou abscessos esplênicos
IC
Cirrose hepática
- tomografia computadorizada, 
- ressonância magnética, 
- ultrassom, 
- cintilografia 
- PET-scan. 
- No caso de dúvida, com suspeita de infecção pode
ainda ser realizado aspirado ou biópsia de
linfonodos e medula óssea. A biópsia de medula
óssea é feita diante da suspeita de neoplasia
hematológica.
A identificação da esplenomegalia deve levar a
uma investigação etiológica para o tratamento da
afecção primária. Para isso deve-se formular
suspeitas com base na história clínica do paciente e
conduzir a investigação diagnóstica com base
nelas.
Além da história clínica e exame físico, devem ser
realizados:
- hemograma, 
- esfregaço de sangue periférico, 
- função hepática, 
- sumário de urina, 
- radiografia de tórax 
- sorologia para HIV.
As principais manifestações laboratoriais das
esplenomegalias são as citopenias periféricas,
isoladas ou combinadas. A mais comum é a
trombocitopenia, seguida de anemia e mais
raramente granulocitopenia. Essas manifestações
devem-se à retenção de células no baço (e sua
eventual destruição) e hiperplasia dos precursores
na medula óssea.
ETIOLOGIAS
@med.resumosdabhia
Insuficiência cardíaca direita
Colestase extra-hepática de etiologia benigna ou
maligna
Cirrose
Fibrose esquistossomótica
Hepatite
Esteatose
Neoplasias
Linfomas
Principais causas de Hepatomegalia:
A esplenomegalia pode ser causada por várias
doenças e isso termina por interromper as suas
funções. Esse é o principal problema de saúde
associado ao baço. Podem resultar num alargamento
do órgão enfermidades como calazar, anemia,
linfoma, malária, lúpus sistêmico, leucemia, doenças
hepáticas como a cirrose e infecções diversas. 
O aumento de tamanho é consequência da
concentração de glóbulos e plaquetas, o que pode
aumentar o risco de outras doenças e infecções.
Quando acontece a remoção cirúrgica do baço inteiro,
a maior parte das funções do baço é absorvida pelo
fígado, gânglios linfáticos e outros órgãos do corpo.
Se a remoção for apenas parcial, no entanto, o órgão
pode se regenerar.
Lupébhia Tarlé
A hepatoesplenomegalia é um diagnóstico sindrômico
caracterizado pelo aumento do volume do fígado e
baço provocado geralmente por uma grande
atividade de defesa imunológica do organismo.
Avaliação laboratorial
Avaliação de imagem
Meios auxiliares de diagnóstico:
 
o Hemograma
o Hemocultura
o Bilirrubinas
o Tempo de protrombina
o Fosfatase alcalina, GGT, Transamínases
o Albumina
o Amónia
o Ecografia
o Tomografia computorizada
o Ressonância magnética
o Cintigrafia
o Colangiografia
o Angiografia
o Biópsia
História clínica:
Exame físico:
Hepatomegalia
Esplenomegalia
Hepatoesplenomegalias agudas: 
Os pacientes com hepatoesplenomegalia aguda
manifestam-se, geralmente, com quadro de febre,
aumento do volume abdominal e podem ter ainda
linfoadenopatia periférica. Em geral, as
hepatoesplenomegalias agudas têm como causa
etiológica doenças infecciosas. Podem ser causada
pelo Toxoplasma gondii, EBV (Epstein-Barr Vírus),
CMV (citomegalovírus) e pelo vírus da hepatite B.
Hepatoesplenomegalias crônicas: 
A presença de febre pode sugerir quadro infeccioso,
mas também é frequentemente encontrada em
quadros autoimunes (LES) e neoplasias (linfomas e
leucemias). A perda de peso pode sugerir a presença
de neoplasia, mas muitas infecções crônicas também
se manifestam com quadro consumptivo, como
leishmaniose e tuberculose.
Classificação:
o A hepatomegalia é o aumento do volume hepático.
O fígado aumentado apresenta um comprimento
superior a 12 cm (ou 10 cm na ♀ ) na linha médio-
clavicular direita e é geralmente palpável abaixo do
rebordo costal direito.
o A esplenomegalia é o aumento de volume do baço,
com ou sem alteração da sua função.
o Classificação de Adams (dependente do volume):
Aumento ligeiro: 1 a 2 cm; Aumento moderado: 3 a 7
cm; Aumento marcado: > 7 cm.
o Classificação segundo o peso: Esplenomegalia
ligeira: < 500 g; Esplenomegalia moderada: 500 a
1000 g; Esplenomgalia maciça: > 1000 g.
Abordagem clínica:
o História clínica e Exame físico
o Exames complementares
o Idade, Sexo
o Sintomas constitucionais: Astenia; Náuseas/vómitos;
Anorexia; Perda ponderal
o Sintomas locais: Dor; Massas abdominais; Distensão
abdominal
o Antecedentes pessoais: Hábitos alcoólicos; Hábitos
sexuais; História medicamentosa; Viagens recentes
o Antecedentes familiares
Inspeção:
 - Distensão abdominal
 - Circulação colateral
 - Aranhas vasculares
 - Icterícia
 - Ascite
 - Edemas
- Tumefacção no QSE, móvel com a respiração
(apenas presente na esplenomegalia exuberante).
Hepatomegalia
Esplenomegalia
Fígado
Ptose hepática
Biótipo macroesplâncnico
Lesão subdiafragmática
Descida do diafragma
Lobo de Riedel
Baço
Fígado
Ausculta:
 - Fluxo hepático aumentado → lesões vasculares
 - Sopro arterial → neoplasia ou hepatite alcoólica
aguda
 - Sopro venoso localizado entre o apêndice
xifóide e o umbigo → hipertensão portal
 - Sopros ou atritos agudos associados à
respiração → inflamação da superfície peritoneal
Palpação:
 - Doente em decúbito dorsal, relaxado, com
braços ao longo do corpo e respiração lenta e
profunda. A palpação inicia-se na fossa ilíaca
direita e continua seguindo a linha médio-
clavicular, progredindo a cada expiração.
 - Método de Chauffard
 - Método de Mathieu
A sua palpação não significa hepatomegalia,
sendo necessário confirmar através da percussão e
métodos de imagem.
Razões para a palpação do bordo abaixo do
rebordo costal:
 - Doente em decúbito dorsal, relaxado, com
braços ao longo do corpo e respiração lenta e
profunda. A palpação inicia-se na fossa ilíaca
direita e continua segundo a linha de crescimento
do baço, progredindo a cada expiração.
(normalmente não é palpável).
Percussão:
 - Inicia-se no 3º espaço intercostal direito e
continua pela linha médio-clavicular até encontrar
o bordo superior. Para determinar o bordo inferior
começa na fossa ilíaca direita seguindo a mesma
linha. Deve ser forte no tórax (para distinguir o
som pulmonar do som hepático) e leve no
abdómen (para não fazer vibrar as ansas
intestinais).
 - Normalmente o bordo superior encontra-se
entre o 5º e o 7º espaço intercostais e o inferior
posteriormente ao rebordo costal.
 - Na hepatomegalia o bordo superior e inferior
estão afastados mais de 12 cm (10 cm na ♀ ) ao
longo da linha médio-clavicular.
 
Lupébhia Tarlé
 
 
Alice Coelho Anício Pereira 
Hepatoesplenomegalias 
 Causasde Hepatoesplenomegalia: 
o Infecciosas: Malária; Mononucleosa 
Infecciosa; Hepatite Viral; Abscesso; Sífilis; 
Tuberculose; Histoplasmose; 
Esquistossomose; Calazar; Doença de 
Chagas. 
o Doenças do Colágeno: Artrite 
Reumatóide 
Juvenil; Lúpus eritematoso sistêmico. 
o Doenças Hematológicas: Anemias 
hemolíticas. 
o Doenças Metabólicas: Doença de 
Gaucher; 
Doença de Niemann-Pick; Amiloidose; 
Hemossiderose transfusional; 
Mucopolissacaridoses; Galactosemia 
congênita; Histiocitose; Síndrome de 
Fanconi. 
o Neoplasias: Leucemia. 
o Hipertensão Portal: Síndrome de 
Hipertensão portal; Insuficiência Cardíaca 
Prolongada. 
o Outras causas: Cistos; Hipervitaminose 
A; Hipertireoidismo; Sarcoidose; 
Osteoporose; Doenças de 
hipersensibilização. 
 
 
 
 
 
 
 Hepatoesplenomegalias agudas: Os 
pacientes com hepatoesplenomegalia 
aguda manifestam-se, geralmente, com 
quadro de febre, aumento do volume 
abdominal e podem ter ainda 
linfoadenopatia periférica. Em geral, as 
hepatoesplenomegalias agudas têm 
como causa etiológica doenças 
infecciosas. Podem ser causada pelo 
Toxoplasma gondii, EBV (Epstein-Barr 
Vírus), CMV (citomegalovírus) e pelo vírus 
da hepatite B. Ainda, o HIV e a doença 
de Chagas podem manifestar-se com 
uma forma aguda, levando a 
hepatoesplenomegalia e 
linfoadenomegalia febril. A sífilis, em sua 
forma secundária, também pode ter uma 
apresentação clínica semelhante, 
embora predomine a linfoadenopatia, 
eventualmente com hepatite. A malária 
apresenta-se também como 
esplenomegalia febril. Embora a 
 
 
Alice Coelho Anício Pereira 
identificação dos surtos de febre possa 
auxiliar o diagnóstico, esta característica 
da doença pode estar ausente. A 
epidemiologia é fundamental para se 
suspeitar desta etiologia. Alguns 
pacientes com endocardite infecciosa 
podem manifestar-se com 
hepatoesplenomegalia. Nestes, há febre 
e a presença de sopro cardíaco favorece 
o estabelecimento de diagnóstico. Em 
geral, nos casos agudos de endocardite, 
o estado geral do paciente fica bastante 
prejudicado. Mais raramente, os 
pacientes com esta síndrome podem 
apresentar uma leucemia aguda com 
invasão de órgãos hematopoiéticos por 
blastos. Nestes casos, o hemograma pode 
auxiliar na identificação da neoplasia. 
Alguns pacientes terão queda do estado 
geral e poucos poderão ter exantema, 
que pode auxiliar no diagnóstico 
etiológico. Os pacientes com sífilis 
secundária podem apresentar exantema 
papular e linfonodos epitrocleares. 
Pacientes com mononucleose podem 
apresentar exantema após uso de 
ampicilina. 
 
 Hepatoesplenomegalias crônicas: A 
presença de febre pode sugerir quadro 
infeccioso, mas também é 
frequentemente encontrada em quadros 
autoimunes (LES) e neoplasias (linfomas e 
leucemias). A perda de peso pode sugerir 
a presença de neoplasia, mas muitas 
infecções crônicas também se 
manifestam com quadro consumptivo, 
como leishmaniose e tuberculose. A 
presença e padrão de artrites podem 
oferecer também algumas pistas para o 
diagnóstico definitivo. A história 
epidemiológica é importante, bem como 
os hábitos e exposição a drogas. Em 
muitos casos, será importante realizar 
exames de imagem do abdômen para 
avaliar tamanho e textura de fígado e 
baço. Quando se suspeita de cirrose, 
marcadores de função e inflamação 
hepáticas avaliam as condições do 
fígado. Marcadores de doenças 
autoimunes podem também ser 
solicitados. No entanto, em muitos casos, o 
diagnóstico definitivo será feito com a 
retirada de algum material para análise 
histológica e cultura. Biópsias de medula 
óssea com mielograma e mielocultura e, 
às vezes, biópsias de fígado, de baço ou 
linfonodos ajudarão na identificação do 
diagnóstico etiológico. 
 
 Classificação: 
o A hepatomegalia é o aumento do 
volume hepático. O fígado aumentado 
apresenta um comprimento superior a 12 cm 
(ou 10 cm na ♀) na linha médio-clavicular 
direita e é geralmente palpável abaixo do 
rebordo costal direito. 
o A esplenomegalia é o aumento de 
volume do baço, com ou sem alteração 
da sua função. 
o Classificação de Adams (dependente do 
volume): Aumento ligeiro: 1 a 2 cm; 
Aumento moderado: 3 a 7 cm; Aumento 
marcado: > 7 cm. 
o Classificação segundo o peso: 
Esplenomegalia ligeira: < 500 g; 
Esplenomegalia moderada: 500 a 1000 g; 
Esplenomgalia maciça: > 1000 g. 
 
 Malária: 
o Zona endêmica. 
o Aparecimento de hepatoesplenomegalia 
poucos dias após aparecimento de febre. 
o Diagnóstico: gota espessa. 
 
 Mononucleose infecciosa: 
o Esplenomegalia em 50% dos casos 
o Hepatomegalia discreta 
o Hepatoesplenomegalia associada à 
febre, faringite e tumefação dos 
linfonodos superficiais, especialmente os 
cervicais 
o Presença de anticorpos heterófilos e 
linfócitos atípicos no soro confirmam o 
diagnóstico. 
 
 Hepatite viral: 
o Fora de zonas de grandes endemias é 
a principal causa de hepatomegalia na 2ª 
infância 
o Esplenomegalia somente nos casos 
mais sérios 
o Evolução: febre, anorexia, vômitos e 
dor abdominal, seguidos de icterícia, 
colúria e acolia fecal 
o ALT está sempre muito elevada 
 
 
Alice Coelho Anício Pereira 
o Sorologia confirma o diagnóstico 
 
 Sífilis congênita: 
o Disseminação hematogênica do 
Treponema pallidum 
o Hepatomegalia em casos graves, 
associada à icterícia → hepatite 
intersticial difusa 
o Manifestações ao nascer: lesões 
cutâneas (pênfigo, erupções 
maculopapulosas e infiltração difusa), 
rinite (secreção purulenta e sanguinolenta 
e nariz em sela), alterações ósseas 
(osteocondrites e pseudoparalisia dos 
membros dolorosa- Parrot) e 
hepatoesplenomegalia 
o Diagnóstico: Rx ossos longos, sorologia e 
pesquisa do Treponema nas lesões 
cutâneas exsudativas 
 
 Sífilis: 
o Agente causal: Treponema pallidum 
o Achados clínicos: lesões genitais, 
perianais, orais e/ou rectais, condilomas, 
hepatite, retinite 
o Diagnóstico 
o Imunofluorescência 
o Testes serológicos 
o (VDRL, RPR, FTA-ABS, TP-PA) 
o Tratamento: penicilina 
 
 Tuberculose: 
o Nota-se hepatoesplenomegalia nas 
formas generalizadas (miliar) 
o É discreta 
o Baço muito grande não é 
Tuberculose 
o Raio-x de tórax, prova tuberculínea, 
PCR, exame do escarro 
o Isoniazida, rifampicina, pirazinamida, 
etambutol 
 
 Histoplasmose: 
o Mais comum em zona rural, presença 
de aves, em lactentes e imunodeficientes 
o Hepatoesplenomegalia em casos 
graves 
o Sintomas: febre irregular, perda de 
peso, diarréia, palidez, infiltrados 
pulmonares com adenopatia mediastinal, 
ulcerações na pele e mucosas 
o Diagnóstico diferencial: TB (sem 
hipertrofia notável do baço e do fígado) 
o Anemia hipocrômica e leucopenia 
com linfocitose relativa 
o Diagnóstico: cultura ou prova de 
fixação de complemento 
 
 Esquistossomose: 
o Zona endêmica 
o Hepatomegalia indolor, precedida 
por diarréia (Forma invasora inicial) 
o Hepatoesplenomegalia na fase 
crônica 
o Baço aumenta progressivamente + 
deposição de ovos no conduto portal + 
inflamação (Síndrome de Hipertensão 
Portal) → Forma Clássica 
o Diagnóstico: pesquisa de ovos do 
parasita + eosinofilia 
 
 Doença de Chagas: 
o Contato com Triatomíneo 
o Na fase aguda, o fígado grande e 
doloroso e mais atingido do que o baço 
o HC: Leucocitose (diferente do 
Calazar) 
o Sinal de Romanã 
o Diagnóstico: Sorologia para Chagas 
 
 Artrite reumatoide juvenil: 
o Baço hipertrofia-se em 1/3 dos casos 
o Quadro clínico: artrite, febre e 
adenopatias superficiais 
o Importante: diferenciar da doença 
reumática na fase inicial ( Não provoca 
esplenomegalia) 
 
 Lúpus Eritematoso Sistêmico: 
o Atinge, predominantemente, 
mulheres, jovens, brancas 
o Esplenomegalia é muito freqüente 
o Quadro clínico: erupção malar, 
serosite, erupção discóide, 
fotossensibilidade, úlcera oral, artrite, 
distúrbios neurológicose hematológicos, 
anticorpo anti-nuclear 
 
 Anemia hemolítica: 
o Baço é responsável pela hemólise 
o O baço aumenta nas fases agudas 
e a hipertrofia é leve nas fases de latência 
o Fígado aumenta discretamente e 
fica duro nos casos prolongados 
o Anemia, icterícia e esplenomegalia: 
hemólise 
 
 
Alice Coelho Anício Pereira 
o Pode ocorrer a tríade em infecções, 
só que a icterícia tem padrão obstrutivo 
o Crises de seqüestros 
o Doenças: anemia falciforme, 
talassemia major e anemia esferocitária 
congênita 
 
 Leucemia: 
o Na fase aguda, a hipertrofia do baço é 
discreta e o órgão é mole e pouco 
doloroso 
o Na fase crônica, o baço é sempre 
palpável, duro e indolor 
o O fígado hipertrofia-se por infiltração do 
tecido leucêmico, tanto na fase aguda 
quanto crônica 
o Sintomas: palidez, perda de peso, febre, 
hemorragias 
o Diagnóstico: hemograma completo e 
mielograma 
 
 Síndrome da Hipertensão Portal 
Prolongada: 
o Esplenomegalia é a manifestação 
central 
o Curso lento, insidioso, qualquer idade 
o Presença de varizes esofageanas e 
circulação colateral no abdome 
o Medula óssea hiperativa e 
hiperesplenismo 
o Obstrução: intra, extra e supra-hepática 
(Budd-Chiari) 
o Rim policístico: cistos nos rins e fígado. 
(Urografia excretora e biópsia hepática) 
 
 Insuficiência Cardíaca Prolongada: 
o Cardiopatias graves, congênitas ou 
reumáticas, como a pericardite constritiva 
crônica, → descompensação → aumento 
da pressão venosa + congestão passiva do 
fígado e do baço → atrofia da polpa 
esplênica e substituição por tecido fibroso 
→ esplenomegalia permanente 
 
 Calazar: 
o Predomina em zonas rurais 
o Esplenomegalia e febre: quadro inicial 
o Hepatomegalia em menor grau e mais 
tardiamente 
o Polimicroadenopatia, tosse, febre 
contínua, perda de peso, anemia, 
hemorragia são comuns 
o HC: anemia, leucopenia com 
neutropenia e aneosinofilia 
o Redução de albumina e aumento de 
gamaglobulina 
o Diagnóstico: achado da Leishmania na 
medula óssea ou baço 
o Diagnóstico Diferencial: malária, 
esquistossomose e salmonelose 
septicêmica prolongada 
o Tratamento: Glucantime ou Anfotericina 
B 
 
 
 
 Abordagem clínica: 
o História clínica 
o Exame físico 
o Meios auxiliares de diagnóstico 
 
 História clínica: 
o Idade 
o Sexo 
o Sintomas constitucionais: Astenia; 
Náuseas/vómitos; Anorexia; Perda 
ponderal 
o Sintomas locais: Dor; Massas abdominais; 
Distensão abdominal 
o Antecedentes pessoais: Hábitos 
alcoólicos; Hábitos sexuais; História 
medicamentosa; Viagens recentes 
o Antecedentes familiares 
 
 Exame físico: 
Inspeção: 
 Hepatomegalia 
 Distensão abdominal 
 Circulação colateral 
 Aranhas vasculares 
 Icterícia 
 Ascite 
 Edemas 
 Esplenomegalia 
 Tumefacção no QSE, móvel com a 
respiração (apenas presente na 
esplenomegalia exuberante) 
 
 
Alice Coelho Anício Pereira 
Ausculta: 
 Hepatomegalia 
 Fluxo hepático aumentado → lesões 
vasculares 
 Sopro arterial → neoplasia ou hepatite 
alcoólica aguda 
 Sopro venoso localizado entre o 
apêndice xifóide e o umbigo → 
hipertensão portal 
 Esplenomegalia 
 Sopros ou atritos agudos associados à 
respiração → inflamação da 
superfície peritoneal 
Palpação: 
 Fígado 
 Método clássico 
 Doente em decúbito dorsal, relaxado, 
com braços ao longo do corpo e 
respiração lenta e profunda. A 
palpação inicia-se na fossa ilíaca 
direita e continua seguindo a linha 
médio-clavicular, progredindo a cada 
expiração. 
 Métodos complementares 
 Método de Chauffard 
 Método de Mathieu 
 Normalmente o bordo inferior situa-se 
posteriormente ao rebordo costal e 
não é palpável. 
 Se palpável é importante caracterizar 
o bordo: 
 forma 
 regularidade 
 consistência 
 nodularidade 
 dor à palpação 
 A sua palpação não significa 
hepatomegalia, sendo necessário 
confirmar através da percussão e 
métodos imagiológicos. 
 Razões para a palpação do bordo 
abaixo do rebordo costal 
 Ptose hepática 
 Biótipo macroesplâncnico 
 Lesão subdiafragmática 
 Descida do diafragma 
 Lobo de Riedel 
 Baço 
 Método clássico 
 Doente em decúbito dorsal, relaxado, 
com braços ao longo do corpo e 
respiração lenta e profunda. A 
palpação inicia-se na fossa ilíaca 
direita e continua segundo a linha de 
crescimento do baço, progredindo a 
cada expiração. 
 Métodos complementares 
 Método de Naegeli 
 Palpação bimanual 
 Palpação em gancho 
 Normalmente não é palpável. 
 Se houver esplenomegalia a palpação 
deve ser suave para evitar a ruptura. 
 São necessária manobras adicionais para 
distinguir o baço do rim esquerdo: 
 O baço move-se inferiormente com a 
inspiração e tem um bordo agudo. 
Percussão: 
 Fígado 
 Inicia-se no 3º espaço intercostal direito e 
continua pela linha médio-clavicular até 
encontrar o bordo superior. Para 
determinar o bordo inferior começa na 
fossa ilíaca direita seguindo a mesma 
linha. Deve ser forte no tórax (para 
distinguir o som pulmonar do som 
hepático) e leve no abdómen (para não 
fazer vibrar as ansas intestinais). 
 Normalmente o bordo superior encontra-
se entre o 5º e o 7º espaço intercostais e o 
inferior posteriormente ao rebordo costal. 
 Na hepatomegalia o bordo superior e 
inferior estão afastados mais de 12 cm (10 
cm na ♀) ao longo da linha médio-
clavicular. 
 Baço 
 A percussão começa posteriormente à 
linha axilar média esquerda, no 5º espaço 
intercostal esquerdo e continua em todas 
as direcções. 
 Normalmente existe uma 
 área de macissez entre a 
 6ª e a 10ª costelas. 
 Quando há esplenomegalia o eixo longo 
do baço é superior a 13 cm (com início na 
linha axilar média esquerda e 
obliquamente em direcção à linha axilar 
anterior esquerda). 
 
 Hepatomegalia: 
 Aumento de volume generalizado, não 
nodular, sem icterícia 
 Congestão devida a insuficiência 
cardíaca 
 Cirrose 
 Reticuloses 
 
 
Alice Coelho Anício Pereira 
 Síndrome de Budd-Chiari 
 Amiloidose 
 Aumento de volume generalizado, 
não nodular, com icterícia 
 Hepatite infecciosa 
 Obstrução das vias biliares 
 Colangite 
 Aumento de volume generalizado, 
nodular, sem icterícia 
 Metastização 
 Cirrose macronodular 
 Doença poliquística 
 Carcinoma primário do fígado 
 Aumento de volume generalizado, 
nodular, com icterícia 
 Metastização extensa 
 Cirrose 
 Tumefacções localizadas 
 Lobo de Riedel 
 Metástase 
 Quisto hidático 
 Abcesso hepático 
 Carcinoma primário do fígado 
 
 Meios auxiliares de diagnóstico: 
Avaliação laboratorial 
o Hemograma 
o Hemocultura 
o Bilirrubinas 
o Tempo de protrombina 
o Fosfatase alcalina 
o (…) 
o 5’nucleotidase 
o GGT 
o Transamínases 
o Albumina 
o Amónia 
 
Avaliação imagiológica 
o Ecografia 
o Tomografia computorizada 
o Ressonância magnética 
o Cintigrafia 
o Colangiografia 
o Angiografia 
o Biópsia 
 
 Esplenomegalia 
o Avaliação clínica: 
Os sintomas mais comuns produzidos por 
doenças que acometem o baço são a 
dor e sensação de peso no QSE. A 
esplenomegalia maciça pode causar 
saciedade precoce. A dor pode resultar 
do aumento de volume agudo do baço 
com estiramento, infarto ou inflamação 
da cápsula. Durante muitos anos, 
acreditou-se que o infarto esplênico era 
clinicamente silencioso, o que, às vezes, é 
verdadeiro. Entretanto, Soma Weiss, em 
seu clássico relato de 1942 sobre auto-
observações feitas por um estudante de 
medicina de Harvard a respeito da 
evolução clínica da endocardite 
bacteriana subaguda, documentou que a 
dor intensa no QSE e a dor torácica 
pleurítica podem acompanhar a oclusão 
tromboembólica do fluxo sanguíneo 
esplênico. A oclusão vascular, com infarto 
e dor, é comumente observada em 
crianças com crises de anemia falciforme. 
A ruptura do baço, seja por traumatismo, 
seja por doençainfiltrativa que desintegra 
a cápsula, pode resultar em sangramento 
intraperitoneal, choque e morte. A ruptura 
propriamente dita pode ser indolor. 
Um baço palpável é o principal sinal 
físico produzido por doenças que afetam 
o baço e sugere aumento de tamanho do 
órgão. O baço normal pesa < 250 g, 
diminui de tamanho com a idade, situa-se, 
em condições normais, totalmente dentro 
da caixa torácica, possui um diâmetro 
cefalocaudal máximo de 13 cm na 
ultrassonografia ou comprimento máximo 
de 12 cm e/ou largura de 7 cm na 
cintilografia com radionuclídeo, sendo 
geralmente impalpável. Entretanto, foi 
encontrado um baço palpável em 3% de 
2.200 estudantes universitários 
assintomáticos do sexo masculino. O 
acompanhamento realizado durante um 
período de 3 anos revelou que 30% desses 
estudantes ainda tinha baço palpável 
sem qualquer aumento na prevalência de 
doenças. Um acompanhamento de 10 
anos não revelou nenhuma evidência de 
processos malignos linfoides. Além disso, 
em alguns países tropicais (p. ex., Nova 
Guiné), a incidência de esplenomegalia 
pode atingir 60%. Por conseguinte, o fato 
de um baço ser palpável nem sempre 
significa que há doença. Ainda que exista 
alguma doença, a esplenomegalia pode 
não refletir a doença primária, mas sim 
uma reação a ela. Por exemplo, em 
 
 
Alice Coelho Anício Pereira 
pacientes com doença de Hodgkin, 
apenas 66% dos baços palpáveis exibem 
comprometimento pelo câncer. 
No exame físico do baço, utilizam-se 
basicamente as técnicas de palpação e 
percussão. A inspeção pode revelar 
plenitude no QSE, que desce com a 
inspiração, achado associado a um baço 
maciçamente aumentado. A ausculta 
pode revelar um rumor venoso ou ruído de 
atrito. 
A palpação pode ser efetuada por 
palpação bimanual, rechaço e palpação 
a partir de cima (manobra de Middleton). 
Na palpação bimanual, tão confiável 
quanto as outras técnicas, o paciente 
deve ficar em decúbito dorsal com os 
joelhos fletidos. O médico coloca a mão 
esquerda sobre a parte inferior da caixa 
torácica e puxa a pele em direção à 
margem costal, permitindo que as pontas 
dos dedos da mão direita percebam a 
ponta do baço à medida que ele desce 
enquanto o paciente inspira de forma 
lenta, suave e profunda. A palpação é 
iniciada com a mão direita no quadrante 
inferior esquerdo, com movimento gradual 
em direção à margem costal esquerda, 
identificando, assim, a borda inferior de 
um baço com aumento maciço. Quando 
a ponta do baço é percebida, o achado 
é registrado em centímetros abaixo da 
margem costal esquerda em algum ponto 
arbitrário, isto é, 10 a 15 cm a partir do 
ponto médio do umbigo ou da junção 
xifoesternal. Isso permite que outros 
examinadores possam comparar os 
achados, ou que o examinador inicial 
determine a ocorrência de alterações no 
tamanho com o passar do tempo. A 
palpação bimanual com o paciente em 
decúbito lateral direito nada acrescenta 
ao exame em decúbito dorsal. 
A percussão para macicez esplênica 
é realizada por meio de qualquer uma das 
três técnicas descritas por Nixon, Castell ou 
Barkun: 
1.Método de Nixon: o paciente é 
colocado sobre o lado direito, de modo 
que o baço fique em cima do cólon e do 
estômago. A percussão começa no nível 
inferior do som timpânico pulmonar, na 
linha axilar posterior, e prossegue 
diagonalmente ao longo de uma linha 
perpendicular em direção à margem 
costal anterior média. A borda superior da 
macicez fica normalmente 6 a 8 cm 
acima da margem costal. Presume-se que 
uma macicez > 8 cm em adulto indique 
esplenomegalia. 
2.Método de Castell: com o paciente em 
decúbito dorsal, a percussão no espaço 
intercostal mais inferior, na linha axilar 
anterior (oitavo ou nono espaços) produz 
um som ressonante se o baço tiver 
tamanho normal. Isso ocorre durante a 
expiração ou a inspiração total. Um som 
maciço na percussão à inspiração 
completa sugere esplenomegalia. 
3.Percussão do espaço semilunar de 
Traube: as bordas do espaço de Traube 
são a sexta costela superiormente, a linha 
axilar média esquerda lateralmente e a 
margem costal esquerda inferiormente. O 
paciente é colocado em decúbito dorsal 
com o braço esquerdo em leve abdução. 
Durante a respiração normal, efetua-se a 
percussão desse espaço da margem 
medial para a lateral, obtendo um som 
timpânico normal. Uma nota surda à 
percussão sugere esplenomegalia. 
Os estudos realizados que 
compararam os métodos de percussão e 
palpação com um padrão de 
ultrassonografia ou cintilografia revelaram 
sensibilidade de 56 a 71% para a 
palpação e de 59 a 82% para a 
percussão. A reprodutibilidade entre os 
examinadores é melhor para a palpação 
do que para a percussão. Ambas as 
técnicas são menos confiáveis em 
pacientes obesos ou nos que acabaram 
de comer. Por conseguinte, as técnicas de 
exame físico de palpação e percussão 
são imprecisas. Foi sugerido que o médico 
realize primeiro a percussão e, se positiva, 
proceda à palpação; se o baço for 
palpável, poderá ser afirmada, 
razoavelmente, a existência de 
esplenomegalia. Contudo, nem todas as 
massas no QSE são baços aumentados; 
tumores do estômago ou cólon, e cistos 
pancreáticos ou renais podem imitar a 
esplenomegalia. 
A presença de um baço aumentado 
pode ser determinada com maior 
 
 
Alice Coelho Anício Pereira 
precisão, se necessário, por cintilografia 
hepatoesplênica com radionuclídeo, TC, 
RM ou ultrassonografia. Esta última 
constitui o procedimento de escolha atual 
para a avaliação de rotina do tamanho 
do baço (normal = diâmetro cefalocaudal 
máximo de 13 cm), visto que tem alta 
sensibilidade e especificidade, sendo um 
procedimento seguro, não invasivo, 
rápido, móvel e de menor custo. As 
cintilografias nucleares são precisas, 
sensíveis e confiáveis, porém de elevado 
custo; além disso, exigem maior tempo 
para fornecer dados e utilizam um 
equipamento imóvel. Têm a vantagem de 
mostrar a presença de tecido esplênico 
acessório. A TC e RM fornecem uma 
determinação precisa das dimensões do 
baço, porém o equipamento é imóvel e 
os procedimentos são de custo elevado. A 
RM não parece oferecer vantagem 
alguma sobre a TC. As alterações na 
estrutura do baço, como lesões 
expansivas, infartos, infiltrados 
heterogêneos e cistos, são mais facilmente 
avaliadas pela TC, RM ou ultrassonografia. 
Nenhuma dessas técnicas é muito 
confiável na detecção de infiltração 
irregular (p. ex., doença de Hodgkin). 
 
o Diagnóstico diferencial: 
São classificadas de acordo com os 
mecanismos básicos pressupostos 
responsáveis pelo aumento de tamanho 
do órgão: 
1.Hiperplasia ou hipertrofia relacionadas 
com determinada função esplênica, 
como a hiperplasia reticuloendotelial 
(hipertrofia funcional) em doenças como 
a esferocitose hereditária ou as síndromes 
talassêmicas que exigem a remoção de 
grande número de eritrócitos defeituosos; 
hiperplasia imune em resposta a infecção 
sistêmica (mononucleose infecciosa, 
endocardite bacteriana subaguda) ou a 
doenças imunológicas (trombocitopenia 
imune, LES, síndrome de Felty). 
2.Congestão passiva decorrente da 
redução do fluxo sanguíneo do baço em 
distúrbios que provocam hipertensão 
portal (cirrose, síndrome de Budd-Chiari, 
insuficiência cardíaca congestiva). 
3.Doenças infiltrativas do baço (linfomas, 
câncer metastático, amiloidose, doença 
de Gaucher, distúrbios mieloproliferativos 
com hematopoiese extramedular). 
As possibilidades de diagnóstico 
diferencial tornam-se muito menores 
quando o baço está “maciçamente 
aumentado” > 8 cm abaixo da margem 
costal esquerda ou apresenta um peso 
drenado de ≥ 1.000 g. A grande maioria 
desses pacientes apresenta linfoma não 
Hodgkin, leucemia linfocítica crônica, 
leucemia das células pilosas, leucemia 
mieloide crônica, mielofibrose com 
metaplasia mieloide ou policitemia vera.Alice Coelho Anício Pereira 
 
 
 
o Avaliação laboratorial: 
As principais anormalidades laboratoriais que acompanham a esplenomegalia são 
determinadas pela doença sistêmica subjacente. A contagem de eritrócitos pode estar 
normal, diminuída (síndromes de talassemia maior, LES, cirrose com hipertensão portal) ou 
aumentada (policitemia vera). A contagem de granulócitos pode se mostrar normal, 
diminuída (síndrome de Felty, esplenomegalia congestiva, leucemias) ou aumentada 
(infecções ou doença inflamatória, distúrbios mieloproliferativos). De modo semelhante, a 
contagem plaquetária pode ser normal, reduzida quando houver aumento do sequestro 
ou da destruição das plaquetas no baço aumentado (esplenomegalia congestiva, doença 
de Gaucher, trombocitopenia imune) ou elevada nos distúrbios mieloproliferativos, como a 
policitemia vera. 
O HC pode revelar citopenia de um ou mais tipos de células sanguíneas, 
sugerindo hiperesplenismo. Essa condição caracteriza-se por esplenomegalia, citopenia(s), 
medula óssea normal ou hiperplásica e resposta à esplenectomia. A última característica é 
menos precisa, visto que a reversão da citopenia, sobretudo da granulocitopenia, às vezes 
não persiste após a esplenectomia. As citopenias resultam de destruição aumentada dos 
elementos celulares em consequência de uma redução do fluxo sanguíneo através dos 
cordões aumentados e congestos (esplenomegalia congestiva) ou devido a mecanismos 
imunomediados. No hiperesplenismo, vários tipos celulares geralmente exibem uma 
morfologia normal no esfregaço de sangue periférico, embora os eritrócitos possam ser 
esferocíticos devido à perda da área de superfície durante o seu trânsito mais prolongado 
através do baço aumentado. O aumento na produção de eritrócitos pela medula deve ser 
refletido como um aumento no índice reticulocítico, embora o valor possa ser inferior ao 
esperado devido ao sequestro aumentado dos reticulócitos no baço. 
A necessidade de outros exames laboratoriais é determinada pelo diagnóstico 
diferencial da doença subjacente da qual a esplenomegalia é uma das manifestações. 
 
 
Alice Coelho Anício Pereira

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