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PROJETO DE INTERVENÇÃO PROFESSORA KLEIA NAIARA PEXTO

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ASSOCIAÇÃO DE ENSINO E CULTURA DE MATO GROSSO DO SUL
FACULDADES INTEGRADAS DE TRÊS LAGOAS
CURSS PSICOLOGIA
JOSINEIDE DA CRUZ SANTANA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO BÁSICO I
PSICOLOGIA ESCOLAR E PROCESSOS EDUCATIVO
CURSO PSICOLOGIA
TRÊS LAGOAS
Junho/ 2020
ASSOCIAÇÃO DE ENSINO E CULTURA DE MATO GROSSO DO SUL FACULDADES INTEGRADAS DE TRÊS LAGOAS CURSO DE PSICOLOGIA
JOSINEIDE DA CRUZ VICENTE
ESTÁGIO SUPERVISIONADO BÁSICO I PSICOLOGIA ESCOLAR E PROCESSOS EDUCATIVOS
Projeto de intervenção do Psicólogo Escolar em tempos de Pandemia curso de Psicologia ao Efeitos Nocivos de Ansiedade e Stress das aulas Online, para conclusão do Estágio Supervisionado Básico I
 orientada Me. Keila Naiara Peixoto
TRÊS LAGOAS- MS
 Junho 2021
INTRODUÇÃO
O presente trabalho é sobre uma proposta de intervenção de um psicólogo escolar para minimizar os efeitos nocivos da ansiedade, angústia e stress das aulas online ocasionadas pelo contexto da pandemia do COVID-19. A maneira como aprendemos a nos relacionar socialmente e ensinar os que estão a caminho bem como as rotinas do dia-a-dia necessitam ser ajustadas para o contexto atual, que é o de isolamento social, para que assim todos consigam combater a disseminação do Corona vírus (COVID-19). A proposta deste trabalho é promover uma psicoeducação para os professores, pais e alunos do ensino infantil e fundamental I, II, III da Escola Municipal Gentil Rodrigues Montalvão através dos recursos digitais. O projeto de intervenção está organizado em três capítulos sendo o primeiro desenvolvimento teórico abordando um pouco sobre o trabalho do psicólogo escolar, o segundo uma entrevista com uma professora do ensino infantil da escola onde foi feita a observação, para o levantamento de necessidades, e por último uma proposta de intervenção baseada em artigos científicos. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, enriquecida de entrevista artigos e cartilhas.
DESENVOLVIMENTO TEÓRICO
A estruturação da associação da psicologia da educação veio a partir das contingências da psicologia enquanto área de conhecimento, pesquisa, produção de conhecimento e prática profissional, e sua junção com a educação passou a se caracterizar como um dos campos de atuação dos psicólogos, apesar de pouco escolhidas pelos profissionais os quais se detiveram historicamente mais ao psicodiagnóstico e a avaliação psicológica (CRUCES, 2003 apud OLIVEIRA; ARAÚJO, (2009). A inserção da psicologia nas escolas foi apontada por objetivos vigorosamente adaptacionais, nos quais preponderava a necessidade de corrigir e adaptar a escola, o aluno portador de um problema de aprendizagem. Correia; Campos, 2004; e Tanamachi, (2000 apud OLIVEIRA; ARAÚJO, 2009).
 A psicologia e a educação trouxeram para o ambiente educativo um novo profissional, o psicólogo escolar. Contudo estabelecer o papel deste profissional é apontar seu campo de atuação o que neste caso é um trabalho complexo, apesar de extremamente necessário uma vez que coexistem um parecer diferente acerca do que é a psicologia escolar. (OLIVEIRA; ARAÚJO, 2009). As diferenças situam-se nas raízes da fragmentação da psicologia, do conhecimento e, portanto o indivíduo em áreas ou componente segmentado. Tal fragmentação se retrata na demanda do que se entende por psicologia escolar e sobre quais são os atributos que se distinguem de outros campos e das áreas da psicologia. (Rey,1997; Martinez, 2003 (OLIVEIRA; ARAÚJO, 2009). A junção entre a psicologia e a educação, e o termo psicologia escolar se confunde, muitas vezes, com a psicologia educacional ou psicologia educação. Em junção a estas terminologias acredita-se que a confusão acontece em decorrência de pareceres dicotômicos entre a prática e a teoria que concedem a psicologia escolar o caráter prático e a psicologia educação ou educacional o encargo da construção de conhecimentos que consigam ser úteis ao processo educacional. (ARAÚJO, 2003 apud OLIVEIRA; ARAÚJO, 2009).
Essa separação entre a teoria e a prática transfere como consequência uma dissociação entre o desempenho profissional do psicólogo na escola e as concepções teóricas necessárias para tal funcionamento. Discordando dessa visão dicotômica acredita-se que a psicologia escolar se determina como um campo de produção de conhecimentos, de pesquisa e de intervenção e que, outros papéis assumem um compromisso teórico e prático com as questões alusivas a escolas e a seus métodos, sua dinâmica, resultados e atores. (MARINHO-ARAÚJO; ALMEIDA, 2005 apud OLIVEIRA; ARAÚJO, 2009).
Portanto, a psicologia escolar é compreendida como um campo de atuação profissional do psicólogo, e também de produção científica, designado pela inserção da psicologia no contexto escolar, do qual o objetivo fundamental deste campo é mediar os processos de desenvolvimento humano e de aprendizagem, contribuindo para seu progresso. (OLIVEIRA; ARAÚJO, 2009). Antunes (2008) diz que no Brasil a psicologia escolar e educacional pode ser identificada desde os tempos coloniais, quando preocupações com a educação e a pedagogia traziam em seu alargamento elaborações sobre o fenômeno psicológico. 
No século XIX, os princípios psicológicos articulados à educação foram gerados no interior de outras áreas do conhecimento, embora de forma mais institucionalizada. No campo da pedagogia, escolas normais (criadas a partir da década de 1830) foram espaços de discussão, mesmo que incipientes e poucos sistemáticos sobre a criança e seu método educativo, incluindo temas como aprendizagem, desenvolvimento, ensino entre outros. Em meados do século já citado, essa preocupação torna-se mais sistemática e frequente e, nos finais desse mesmo período pode-se perceber a incorporação de conteúdos que mais tarde viriam a ser apontados como objetos próprios da psicologia educacional. 
Deve-se salientar no âmbito oficial, a reforma benjamim constant de 1890, que modificou a disciplina filosófica em psicologia e lógica que por desdobramento, concebeu mais tarde a disciplina pedagogia e psicologia para o ensino normal. Data desta época a introdução ainda que sistematicamente e pontal do ideário escola novista, que só mais tarde viria a se voltar hegemônico no pensamento pedagógico e contaria na psicologia sua principal lógica científica. 
Os anos finais do século XIX e os primeiros anos do século seguinte transfere mudanças profundas na sociedade brasileira de fortalecimento do pensamento liberal, busca da modernidade, luta contra hegemonia do modelo agrário-exportador, em direção ao método de industrialização. Essas novas ideias transportavam em seu abaulamento um novo projeto de sociedade, que reivindicava uma transformação radical da estrutura e da superestrutura social, para o qual seria fundamental um novo homem, cabendo a educação comprometer-se por sua construção.
A partir da década de 1930, determina-se pela consolidação da psicologia no Brasil e tem como fundação a estreita associação estabelecida entre essa área e a educação. Os campos de atuação da psicologia que se ampliaram a partir dessa época, envolvendo-se em campos tradicionais da profissão, como a atuação clínica e a intervenção sobre a organização do trabalho, possuem suas raízes na educação, mutuamente pela formação dos serviços de orientação infantil nas diretorias de educação do Rio de Janeiro e de São Paulo e da clínica do instituto sedes sapientiae, com o efeito de acolher crianças com dificuldades escolares, e pela orientação profissional, dentre outras ações educacionais no campo de ofício. (ANTUNES, 2008). A atuação da psicologia escolar no país ocorreu simultaneamente ao progresso da psicologia enquanto ciência. A princípio, observou-se uma grande preocupação com a quantificação dos fenômenos psíquicos.	Comment by Josineide Vicente: 
Desta maneira no início do século passado o psicólogo escolar encontrava-se mensurado os fenômenos psíquicos junto aos laboratórios das escolas de educação e de filosofia. Bock, 2003 et al; (apud DIAS; PATIAS; ABAID,2014). Sua atuação era dominantemente associada a prática da psicometria e ao desenvolvimento de intervenções clínicas individuais em instituições de ensino. A razão dos problemas educacionais estava centralizada no aluno, ao passo que elementos externos (sociais, econômicos, políticos, institucionais, históricos e pedagógicos) eram ignorados. Cassins; Cols, 2007; Teixeira, (2003 apud DIAS; PATIAS; ABRAID, 2014). 
O principal motivo era resolver os problemas escolares Meira; Antunes, (2003 apud DIAS; PATIAS; ABRAID, 2014), e acima de tudo o temido “fracasso escolar”. (DIAS; PATIAS; ABRAID, 2014). O psicólogo escolar neste protótipo era apenas um psicometrista que analisava as crianças mostrando em quais áreas essas apresentavam dificuldades. Sua atuação nessa época exibia um caráter clínico-terapêutico que buscava reconstruir a criança e adequar o contexto escolar. Barbosa; Marinho-Araújo, 2010 et al; (2010 apud DIAS; PATIAS; ABRAID, 2014). 
Os testes, laudos e os diagnósticos se concebem nos principais delineamentos de atuação do psicólogo escolar, esclareciam aos profissionais presentes no contexto escolar e aos leigos, as razões do fracasso escolar de determinado aluno. Ao empregar essas técnicas, o psicólogo acabava por tentar regenerar o aluno-problema (ou sua família), a fim de adaptá-lo ao sistema escolar. Desta forma a responsabilidade pelas dificuldades que se exibiam no sistema educacional era sempre depositadas no aluno ou em sua família. (Andrada, 2005; et al; (apud DIAS; PATIAS; ABRAID, 2014). 
Nesses momentos introdutórios, todos os problemas escolares, tanto os referentes a não aprendizagem como os propícios a problemas comportamentais eram atribuídos aos alunos-problema ou então as suas famílias vistas como desestruturados ou inaptos. (MARINHO-ARAÚJO; ALMEIDA, 2005 apud DIAS; PATIAS; ABRAID, 2014). 
A modificação do trabalho do psicólogo escolar se cedeu com o decorrer dos anos 1990 no Brasil. O aluno nessa nova focalização deixa de ser visto como um aluno-problema e a escola começa a ser vista como um ambiente social sui generis. O psicólogo escolar passa a ser desafiado a solucionar conflitos, mediar relações e dar condições para que o aluno progrida sem precisar ser excluído do contexto de ensino-aprendizagem e desenvolvimento. (PATTO, 1994 apud MACHADO; ARRUDA; OLIVEIRA, 2017). Machado; Arruda; Oliveira, (2017) afirmam que apesar dos avanços na área da psicologia escolar, ainda há muito que se ponderar, especialmente no que diz respeito ao trabalho do psicólogo em contexto educativo. 
O sentido e o papel do psicólogo em contexto educacional é um encargo de imensa importância que não apenas deve afetar a posição dos profissionais nos postos de trabalho, mas prioritariamente colaborar para o avanço da concepção de uma ciência e uma profissão comprometida com as extensões. (GUZZO, 2008 apud MACHADO; ARRUDA; OLIVEIRA, 2017).
 Essa nova atuação do psicólogo escolar, em normatizar aspectos da realidade dos grupos escolares, colocou fim de um período da psicologia escolar tradicional e possibilitou o início de uma nova maneira de se constituir a psicologia nas escolas. Transferir em conta a totalidade do aluno e conceituar também as relações que ele criou dentro da escola, seria um aspecto de compreendê-lo e criar conjunções para que ele se desenvolva de modo integral. Ainda considerando o sujeito como o meio da produção e aplicando conhecimento psicológico em um recurso compromissado com as necessárias transformações dos contextos educacionais. 
Diante disto, a atuação do psicólogo está inscrita na modificação que ele traz para dentro da escola a fim de colaborar com a melhoria da educação. (MARTINEZ, 2009 apud MACHADO; ARRUDA; OLIVEIRA,(2017).
LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES
Diante do conceito da psicologia escolar, seu significado, o seu papel e as atividades que desenvolve, foi realizada uma entrevista com uma professora do ensino infantil e fundamental I, II, III que leciona aulas há dez anos nessa mesma série, atualmente sua turma é composta por 25 crianças de 5 anos e na instituição contém mais 13 salas da mesma série lecionadas por mais 3 professoras, ao todo são 4 turmas de 26 turmas matutino, vespertino e 2 professoras no ensino infantil ano do ensino fundamental I, trabalhando em uma unidade municipal de Três Lagoas – MS. Este ano de 2020 foi um ano cheio de desafios, principalmente por conta dessa pandemia, do dia pra noite, nós professoras tivemos que nos reinventar, transformar toda nossa aula prática, lúdica, no ambiente virtual, transformar nosso diário ali do papel, numa plataforma, onde nós colocamos todo o conteúdo, toda programação, de uma maneira, simples, prática em que na verdade os pais viraram os nossos alunos eles foram nossos porta vozes, para eles poderem nos ajudar ali com as crianças.”
O ano de 2020 foi um ano cheio de desafios, principalmente por conta dessa pandemia, do dia pra noite, nós professoras tivemos que nos reinventar, transformar toda nossa aula prática, lúdica, no ambiente virtual, transformar nosso diário ali do papel, numa plataforma, onde nós colocamos todo o conteúdo, toda programação, de uma maneira, simples, prática em que na verdade os pais viraram os nossos alunos, eles foram nossos porta vozes o ano inteiro e até hoje , para eles poderem nos ajudar ali com as crianças.
Nesta pandemia teve muitas coisas positivas, mas também muitas coisas negativas porque a ansiedade aumentou, a carga horária do professor triplicou, pois como eu já havia mencionado, nós tínhamos um trabalho pronto para as aulas presenciais, ali no dia-a-dia com a criança, corrigindo, questionando, e aí, do dia para noite, do nada, tudo mudou, a gente não pôde mais nos encontrar com as crianças, ter o contato, e tivemos que nos reinventar.
“Eu particularmente como professora do segundo ano, que é uma série
alfabetizadora, tive contato com os alunos durante dois meses apenas, que foi o início do ano de 2020, finalzinho de janeiro, fevereiro e metade de março foi o tempo em que eu pude conhecê-los, criar um vínculo e ver as dificuldades de cada um, e depois tive que continuar este trabalho e ir vencendo todos os desafios e os objetivos da série, como por exemplo o ensinamento da letra cursiva, o trabalho com a oralidade, escrita, por que é uma série que está em transição e demanda muito dessas atividades. Pensando na vida do professor um dos grandes problemas que apareceram foi a ansiedade, a quantidade de coisas para fazer aumentou três vezes mais, diários, listas de presenças, aulas tudo em planilhas de Excel e videoaulas, contação de histórias virtuais, pesquisas de vídeos para as aulas, aulas dinâmicas, elaboração de atividades que prendessem a atenção das crianças, tudo isso demanda muito tempo, eu particularmente a carga horária não só diminuiu por causa do horário online ser menos, mas aumentou muito também, teve dias que eu trabalhei manhã, tarde e noite e às vezes acordava durante a noite preocupada, pensando em como melhorar, elaborar aquela determinada aula, e o que eu poderia fazer de melhor, minha sorte é que domino o uso do computador, dos programas mais comuns como o pacote office tenho experiências com alguns programas de edição de vídeos, imagens, fotoshop e Corel Drew, consegui me organizar, mas tudo com muito esforço, o que eu não sabia fazer eu pesquisei, corri atrás e tudo isso fez com que aumentasse um peso nas minhas costas e nas costas dos outros professores, eu pensava: Como vou ensinar a letra cursiva? Qual o programa que eu posso usar? Preciso filmar a minha mão, as crianças precisam ver a minha mão. Lembrando que hoje eutrabalho em um a escola municipal, onde os alunos matriculados são de famílias de baixa renda , onde os pais trabalham e se esforçam pra poder dar o básico para os seus filhos, e aí para os pais o contexto de uma hora para outra os filhos pararem de ir para escola e os pais assumirem toda a responsabilidade de questionamentos, organização, corrigir as tarefas que é o papel do professor, as cinco horas que essas crianças ficavam na escola comigo em sala de aula todos os dias é aonde eu ia avaliando, conhecendo, observando a dificuldade de cada um, corrigindo e fazendo as atividades, e isso acabou sendo uma função dos pais. O acompanhamento, a presença diária dos pais foi fundamental nesse contexto de pandemia, a criança que não têm, que não está tendo e que não teve isso, nós professores conseguimos ver claramente que não houve muito progresso, pois as crianças tem seis anos e não possuem toda maturidade de abrir um programa, de sentar e ficar ali parado na frente do computador assistindo aulas, é muito difícil isso para eles, e junto a todo este cenário as aulas acabaram se tornando desafiadoras, tanto para os pais em casa como para os professores. Pais que não tinham uma rotina, um estudo em casa teve que se adaptar, ou ele faz, ou ele faz.
Mesmo a criança demonstrando necessidade de ajuda teve pais que jogaram a responsabilidade em cima dos filhos, não acompanhou, as vezes tenho criança que chora na aula, desesperada por que o material não está separado, o pai não entrou na plataforma pra ver qual material seria usado naquele dia, causando ansiedade e stress na criança, porém também teve pais que não acompanharam os filhos por motivo de trabalho e não puderam cumprir com este papel por motivos maiores.
Eu particularmente como professora do segundo ano, que é uma série
alfabetizadora, tive contato com os alunos durante dois meses apenas, que foi o início
do ano de 2020, finalzinho de Janeiro, Fevereiro e metade de março, foi o tempo em
que eu pude conhecê-los, criar um vínculo e ver as dificuldades de cada um, e depois
tive que continuar es te trabalho e ir vencendo todos os desafios e os objetivos da série,
como por exemplo, o ensinamento da letra cursiva, o trabalho com a oralidade, a
escrita, por que é uma série que está em transição e demanda muito dessas
atividades.” [SIC].
“Pensando na vida do professor um dos grandes problemas que apareceram foi
a ansiedade, a quantidade de coisas para fazer aumentou três vezes mais, diários, listas
de presenças, aulas tudo em planilhas de excel e videoaulas, contação de história

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