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Arrumação no Transporte de Cargas

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Arrumação no 
Transporte de 
Cargas
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
ead.sestsenat.org.br 
CDU 656.025.4
35 p. :il. – (EaD)
Curso on-line – Arrumação no Transporte de Cargas – 
Brasília: SEST/SENAT, 2017.
1. Transporte de carga. 2. Carga - organização. I. 
Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de 
Aprendizagem do Transporte. III. Título.
3
Sumário
Apresentação 4
Unidade 1 | Transportes de Cargas 5
1 Veículos de Cargas 6
2 Tipos de Carrocerias 8
3 Dimensões Máximas para Veículos de Transporte de Cargas 11
4 Tipos de Cargas 12
4.1 Carga Geral 12
4.2 Carga a Granel 13
4.3 Carga Frigorificada 13
4.4 Carga Especial 14
4.5 Carga de Produto Perigoso 14
Atividades 17
Referências 18
Unidade 2 | Arrumação e Movimentação de Cargas 20
1 Unitização de Cargas 21
2 Embalagens 23
2.1 Tipos de Embalagens 23
3 Técnicas de Movimentação e Arrumação das Cargas 25
3.1 Regras para a Movimentação Manual de Cargas 25
3.2 Técnicas de Arrumação de Cargas nos Veículos 27
Atividades 31
Referências 32
Gabarito 34
4
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) ao curso Arrumação no Transporte de Cargas!
Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de 
cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, 
você verá ícones que têm a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e 
ajudar na compreensão do conteúdo.
Este curso possui carga horária total de 10 horas e foi organizado em 2 unidades, 
conforme a tabela a seguir.
a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas 
“Aulas Interativas”;
b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60;
c) responder à “Avaliação de Reação”; e
d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.
Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de 
dúvidas, entre em contato através do e-mail suporteead@sestsenat.org.br.
Bons estudos!
Unidades Carga Horária
Unidade 1 | Transportes de Cargas 5h
Unidade 2 | Arrumação e Movimentação de Cargas 5h
5
UNIDADE 1 | TRANSPORTES DE 
CARGAS
6
Unidade 1 | Transportes de Cargas
1 Veículos de Cargas
A produção de veículos de carga segue padrões predefinidos, sendo que as dimensões 
(comprimento, largura e altura) e o peso máximo são controlados pela legislação. O 
órgão que regulamenta esse assunto é o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), 
complementado pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
O objetivo da legislação é padronizar o transporte de cargas, para garantir a segurança 
nas vias do país. Uma carga com excesso de dimensões ou de peso gera perigo nas 
rodovias ou danos na pavimentação. O veículo só poderá trafegar nestas condições 
mediante Autorização Especial de Tráfego (AET).
O transporte de carga pode ser efetuado por diferentes tipos de veículos. No 
transporte rodoviário, o principal veículo é o caminhão, que pode apresentar diferentes 
composições.
Existem algumas maneiras para classificar os caminhões de carga. Uma delas consiste 
em dividi-los entre veículos rígidos e articulados. Veículos rígidos são aqueles que 
trazem o motor e a unidade de transporte em um só veículo. Veículos articulados são 
aqueles que têm a cabine com o motor separada do reboque. Em geral, são formados 
por um cavalo mecânico e um semirreboque.
De uma forma geral, os caminhões também podem ter a seguinte classificação:
• Veículo Urbano de Carga (VUC) – é o caminhão de menor porte e apropriado 
para áreas urbanas. Este tipo de veículo deve respeitar características 
específicas estabelecidas pela legislação no que diz respeito à largura máxima 
(2,2 metros), comprimento máximo (6,3 metros), capacidade de carga (3 
toneladas) e limite de emissão de poluentes. É considerado um veículo rígido.
7
• Toco ou caminhão semipesado – é o caminhão que tem eixo simples na 
carroceria, ou seja, um eixo frontal e outro traseiro de rodagem simples. Sua 
capacidade é de até 6 toneladas, tem peso bruto máximo de 16 toneladas e 
comprimento máximo de 14 metros. É considerado um veículo rígido.
• Truck ou caminhão pesado – é o caminhão que tem o eixo duplo na carroceria, 
ou seja, dois eixos juntos. O objetivo é poder carregar carga maior e proporcionar 
melhor desempenho ao veículo. Um dos eixos traseiros deve necessariamente 
receber a força do motor. Sua capacidade é de 10 a 14 toneladas, possui peso 
bruto máximo de 23 toneladas e seu comprimento é também de 14 metros, 
como no caminhão toco. É considerado um veículo rígido.
Para entendermos mais sobre os veículos de carga, é importante conhecermos alguns 
conceitos:
• Tara: Peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da carroçaria e equipamentos, 
do combustível, das ferramentas e acessórios, da roda sobressalente, do 
extintor de incêndio e do fluido de arrefecimento, expresso em quilogramas.
• Lotação: Carga útil máxima, incluindo condutor e passageiros, que o veículo 
transporta, expressa em quilogramas para os veículos de carga.
• Peso Bruto Total (PBT): Peso máximo que o veículo transmite ao pavimento, 
constituído da soma da tara mais a lotação.
• Peso Bruto Total Combinado (PBCT): Peso máximo transmitido ao pavimento 
pela combinação de um caminhão-trator mais seu semirreboque ou do 
caminhão mais o seu reboque ou reboques.
8
• Capacidade Máxima de Tração (CMT): Máximo de peso que a unidade de 
tração é capaz de tracionar, indicado pelo fabricante, baseado em condições 
sobre suas limitações de geração e multiplicação de momento de força e 
resistência dos elementos que compõem a transmissão.
2 Tipos de Carrocerias
Carroceria ou Semirreboque é o equipamento que transporta as cargas, tracionado 
por um caminhão-trator do tipo cavalo mecânico.
Os caminhões podem apresentar diferentes tipos de carrocerias, sendo que cada 
modelo é usado para transportar cargas específicas. A variedade é grande, mas existem 
algumas que são mais utilizadas.
• Carga seca ou gaiola: Compartimento simples, aberto com grades laterais, 
frontais e traseiras, destinado ao transporte de caixas, sacarias, enlatados, 
etc.;
• Lonado (sider): Compartimento simples, fechado, do tipo baú “furgão” com 
laterais de lona, que permitem agilidade de carga e descarga em locais 
desprovidos de docas de carregamento;
9
• Baú: Compartimento simples, fechado, em que a acomodação e a retirada de 
carga se realizam por meios humanos ou mecânicos, tais como empilhadeira, 
etc. O baú também pode ser frigorífico (dotado de equipamento de 
refrigeração, destinado ao transporte de mercadorias perecíveis que 
necessitam de baixas temperaturas para evitar sua deterioração).
• Caçamba Basculante: Compartimento funcional constituído de espaço aberto 
para o transporte de cargas com sistema de basculamento no sentido lateral 
ou traseiro, para o rápido escoamento;
• Fueiro: Implemento rodoviário, adaptado como carroceria para caminhões dos 
tipos bitren ou tritren, para transporte de objetos com longa extensão, como 
tubos metálicos ou toras de madeira retiradas de áreas de colheita florestal. 
Possui escoras laterais metálicas verticais e suas especificações técnicas de 
tamanho, peso total e comprimento são regulamentas por lei.
10
• Tanque: Compartimento simples, fechado, específico para o transporte de 
líquidos ou gases, cujo carregamento e descarga se dão por pressão e de forma 
especial por conta da periculosidade de suas composições.
• Cegonha: O caminhão conhecido como cegonha possui carroceria utilizada 
para o transporte de automóveis, com capacidade para aproximadamente 10 
veículos médios de passeio. Os veículos são dispostos em dois pisos e o superior 
é basculante por ação de um mecanismo de macacos hidráulicos.
• Plataforma: É composto por uma plataforma para o transporte de cargas de 
grandes dimensões ou grande peso, sendo que as mesmas devem ser unitárias, 
porexemplo: contêineres, bobinas de aço, veículos entre outros.
11
3 Dimensões Máximas para Veículos de Transporte de 
Cargas
• Comprimento:
a) Veículos não articulados: 14 m;
b) Veículos articulados (cavalo-trator/semirreboque): 18,60 m
c) Veículos articulados (caminhão/reboque): 19,80 m;
• Largura: 2,60 m;
• Altura: 4,40m.
• Peso: O peso máximo autorizado dependerá do tipo de veículo, podendo ser 
de até 57 toneladas de Peso Bruto Total Combinado, sempre respeitando a 
Capacidade Máxima de Tração do veículo tracionador. Veículos com peso 
acima destes valores, somente poderão circular com prévia autorização dos 
órgãos executivos rodoviários com circunscrição pela via, que expedirão uma 
Autorização Especial de Trânsito (AET).
Devido à divergência que pode haver entre balanças, a legislação estabelece uma 
tolerância de 5% na fiscalização de peso, ou seja, se o peso constatado pela balança 
do embarcador da mercadoria estiver dentro do limite regulamentar, poderá pesar até 
5% a mais na balança da fiscalização. Também haverá tolerância de até 7,5% ou 10% na 
medição em cada eixo do veículo.
Além do limite de peso total do veículo, ele também deve ter uma carga bem distribuída 
entre eixos, para que não sobrecarregue a transmissão de peso em demasia para o 
solo e não provoque desgastes maiores no eixo sobrecarregado.
12
4 Tipos de Cargas
4.1 Carga Geral
É conhecida também por carga seca e, de 
modo geral, é embalada e acondicionada 
em embrulhos, engradados, fardos, pacotes, 
sacas, caixas, caixotes, tambores, etc. Esse 
tipo de carga gera baixo aproveitamento 
do veículo transportador, pela variedade de 
peso e de formato das embalagens.
Este tipo de carga também gera significativa 
perda de tempo na manipulação, no 
carregamento e no descarregamento, 
provocado pela grande quantidade de volumes. A carga geral (carga heterogênea 
solta ou fracionada) pode ainda ser sub classificada em cargas especiais, contêineres 
e granéis.
13
4.2 Carga a Granel
São mercadorias transportadas sem embalagem 
individual, constituindo o veículo o elemento de 
contenção (armazenamento) durante a viagem. 
São cargas embarcadas e transportadas sem 
acondicionamento, sem marca de identificação e 
sem contagem de unidades. Podem ser:
• Granéis sólidos, minerais ou agrícolas, 
como grãos e minérios;
• Granéis líquidos, minerais ou vegetais, como derivados claros e escuros de 
petróleo e óleos vegetais; e
• Granéis gasosos, de alta ou baixa pressão, como o GLP (gás de cozinha) e o 
cloro.
4.3 Carga Frigorificada
Embora pudesse ser classificada em uma das categorias já citadas, a carga frigorificada 
forma uma classe à parte, em função do manejo diferenciado que exige, com 
manutenção permanente de temperaturas baixas e controladas, visando conservar as 
qualidades essenciais do produto durante o transporte (exemplos: frutas frescas, 
pescados, carnes, etc.).
14
4.4 Carga Especial
Essa classificação vem se tornando usual 
no transporte para designar produtos cujos 
elementos apresentam, individualmente, 
volume expressivo, como bobinas de papel 
e de aço, produtos siderúrgicos em barras 
longas, tubos metálicos, toras de madeira, 
veículos de grande porte, etc. Também 
são tratadas como especiais as cargas de 
produtos perigosos.
4.5 Carga de Produto Perigoso
É aquela que, em função do risco que oferece, tem procedimento especial para o 
manuseio, tendo um regulamento específico (Resolução nº 5232/2016 da ANTT) no 
qual o motorista, para poder transportá-la, tem que fazer um curso específico chamado 
MOPP (Movimentação e Operação de Produtos Perigosos). Tanto o manuseio incorreto, 
como qualquer derramamento da carga perigosa pode gerar grandes transtornos 
para as pessoas envolvidas e também para o meio ambiente, caso não se adotem os 
procedimentos padronizados pelas normas. Ela é dividida nas seguintes classes:
15
Classe 1
Substâncias ou artigos 
explosivos
Classe 2 Gases.
Classe 3 Líquidos inflamáveis.
Classe 4
Sólidos inflamáveis, 
substâncias sujeitas à 
combustão espontânea; 
e substâncias que, 
em contato com 
água, emitem gases 
inflamáveis.
16
Classe 5
Substâncias oxidantes e 
peróxidos orgânicos.
Classe 6
Substâncias tóxicas e 
substâncias infectantes.
Classe 7 Materiais radioativos.
Classe 8 Substâncias corrosivas.
Classe 9
Substâncias e artigos 
perigosos diversos, 
incluindo substâncias 
que apresentem risco 
para o meio ambiente
FÍSSIL
ÍNDICE DE SEGURANÇA
DE CRITICIDADE
RADIOATIVO I
CONTATO
ATIVIDADE
RADIOATIVO II
CONTATO
ATIVIDADE
RADIOATIVO III
CONTATO
ATIVIDADE
ÍNDICE DE
TRANSPORTE
ÍNDICE DE
TRANSPORTE
ÍNDICE DE
TRANSPORTE
17
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. Veículos rígidos são aqueles 
que têm a cabine com o motor separada do reboque. Em 
geral, são formados por um cavalo mecânico e um 
semirreboque. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Devido à divergência que pode 
haver entre balanças, a legislação estabelece uma tolerância 
de 5% na fiscalização de peso, ou seja, se o peso constatado 
pela balança do embarcador da mercadoria estiver dentro do 
limite regulamentar, poderá pesar até 5% a mais na balança 
da fiscalização. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
18
Referências
ALVARENGA, A.C.; Novaes, A.G. Logística aplicada: suprimentos e distribuição física. 
São Paulo: Edgar Blucher, 2000.
ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres. Portal da internet, 2017. Disponível 
em: <http://www.antt.gov.br/> Acesso em março de 2017.
_______. Resolução nº 5232/2016. Aprova as Instruções Complementares ao 
Regulamento Terrestre do Transporte de Produtos Perigosos. Brasília, 2016.
ASTM-D2396. Simulated Service Testing of Wood and Wood Based Finished Flooring 
Ball Indentation. London, 1998.
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: uma abordagem logística. São 
Paulo: Atlas, 1993.
DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Quadro de 
fabricantes de veículos. Portal da internet, abr. 2012. Disponível em:<http://www.
dnit.gov.br/rodovias/operacoes-rodoviarias/pesagem/qfv-2012-abril.pdf>. Acesso em: 
dez. de 2014.
FRANCISCHINI, Paulino G.; GURGEL, Floriano do Amaral. Administração de materiais 
e do patrimônio. São Paulo: Thomson Pioneira, 2002.
LIMA, Luiz Carlos de Oliveira. Padronização, classificação, embalagem e transporte 
de frutos e hortaliças. Lavras: UFLA/FAEPE, 2000.
MERCEDES BENZ CONSULTORIA. Administração e transporte de cargas: planejamento 
e racionalização, gerência de marketing. São Paulo: Mercedes Benz,1988/1989.
_______. Informações técnicas para operação de veículos, gerência de marketing. 
São Paulo: Mercedes Bens, 2000.
MIC/STI/SICCT/IPT/SENAI. Manual técnico: embalagem e acondicionamento para 
transporte exportação. 1984.
MOURA, R. A. Check sua logística interna. São Paulo: IMAMI, 1998.
19
MOURA, R. A.; BANZATO, J. M. Embalagem: acondicionamento, unitização e 
conteinerização. São Paulo: IMAM, 1990.
NOVAES, PASSAGLIA, E., A. G VALENTE, A.M. Gerenciamento de transporte e frotas. 
Florianópolis: Pioneira Thomson Learning, 2001.
REVISTA CARGA E TRANSPORTE. nº 101/104. São Paulo: Editora Técnica Especializada, 
1998.
REVISTA TRANSPORTE MODERNO. nº 305. São Paulo: TM Ltda, 2002.
UELZE, Reginald. Transporte Frotas. São Paulo: Pioneira, 1978.
20
UNIDADE 2 | ARRUMAÇÃO E 
MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
21
Unidade 2 | Arrumação e Movimentação de Cargas
1 Unitização de Cargas
A unitização é o processo de agrupamento de embalagens ou 
volumes em uma carga maior, ou seja, é a arrumação de pequenos 
volumes de mercadorias em unidades maiores e padronizadas, 
para que possam ser movimentadas mecanicamente.
De forma objetiva, unitizar uma carga significa agrupar volumes, tendo como principal 
objetivo a facilitação no manuseio, movimentação, armazenagem e transporte da 
carga.
 h
A unitização de carga tem sido uma tendência no transporte de 
mercadorias, para otimizá-lo, no seu carregamentoe 
descarregamento. Um bom exemplo disso é o transporte de 
tijolos, que agora também é transportado embalado e unitizado. 
Imagine o tempo que é gasto em carregar e descarregar um 
caminhão de tijolos, um por um. É muito mais rápido manuseá-
los se estiverem paletizados, ou seja, agrupado em cima de 
paletes.
A unitização de cargas apresenta uma série de vantagens, tais como:
• Redução de avarias e furtos de mercadorias;
• Redução do manuseio das mercadorias, consequentemente, da mão de obra e 
de equipamentos de movimentação;
• Embarques e desembarques de mercadorias mais rápidos, reduzindo assim 
esses custos;
22
• Número menor de volumes de mercadorias;
• Utilização de recipientes de unitização padronizados internacionalmente.
Os recipientes, ou formas de unitizar cargas mais utilizados são:
• Paletes: são estrados planos de 
madeira, também podendo ser feitos 
de outros materiais como plástico, 
alumínio polipropileno ou outro 
material resistente, com 
determinadas características para 
facilitar a unitização, armazenagem e 
transporte de pequenos volumes. 
Sua movimentação é mecanizada por 
meio de veículos com garfos (empilhadeira ou paleteira). O palete mais 
utilizado é o PBR1, com dimensões de 1,00 m X 1,20 m. Há também o PBR2, 
com 1,25 m x 1,05 m. Também apresenta duas ou quatro entradas laterais para 
possibilitar o encaixe das paleteiras. Suportam até 2 toneladas de carga.
• Contêiner: é um recipiente, 
construído em aço, alumínio ou fibra, 
criado para o transporte unitizado 
de mercadorias e suficientemente 
forte para resistir ao uso repetitivo. 
Possuem identificações com 
informações pertinentes à carga 
estocada, ao proprietário, dentre 
outras. Existe uma grande variedade 
de tipos de contêineres, dependendo do tipo de produto a ser transportado 
e da modalidade de transporte utilizada, tais como o fechado, frigorificado, 
tanque, entre outros. Quanto às dimensões, a ISO aprovou 10 tipos de 
containers, sendo que cada um está subdividido em grupos de 2 ou 3 tipos. 
Atualmente, 62% dos contêineres são de 20’ de 40’ e somente 2% de outras 
medidas. Tais medidas citadas referem-se ao comprimento do contêiner, sendo 
que as alturas mais utilizadas são de 8’ e 8’6” com largura de 8’.
23
2 Embalagens
A principal função da embalagem é proteger o produto ou mercadoria contra danos. 
Para a maioria dos produtos a embalagem deve funcionar como uma barreira contra 
os seguintes fatores: temperatura, odores, luz, oxigênio e umidade. Se a embalagem 
não for corretamente projetada, podemos ter a qualidade do produto comprometida, 
principalmente se ele for perecível.
Mas a embalagem tem também outra função: facilitar o transporte e o consumo, ou 
seja, manter a carga como uma unidade para manuseio de transferência e transporte.
2.1 Tipos de Embalagens
Para a arrumação correta das mercadorias, é fundamental conhecer os tipos de 
embalagens existentes. As mais comuns são:
• Embalagem primária (ou embalagem de venda): qualquer embalagem que 
esteja em contato direto com o produto e que tenha contato direto com o 
consumidor final no ponto de compra.
24
• Embalagem secundária (ou embalagem agrupada): qualquer embalagem 
que tenha por objetivo agrupar um determinado número de unidades de 
venda, sendo que as características do produto não serão alteradas se removido 
da embalagem.
• Embalagem terciária (ou embalagem de transporte): qualquer tipo de 
embalagem que tem por objetivo facilitar a logística das embalagens 
secundárias e/ ou primárias, contribuindo para que não haja danos aos produtos 
movimentados. Aqui entram os estrados ou paletes, que são bases de apoio, 
geralmente feitas de madeira, alumínio ou plástico, utilizadas para apoiar e 
unificar as mercadorias dispostas sobre elas.
• Embalagem quaternária: Agrupam várias embalagens terciárias, tais como os 
contêineres, que são caixas metálicas com grande capacidade de 
armazenamento – aproximadamente 25 toneladas;
25
Além da função de proteção ao produto, as embalagens permitem a inclusão de 
tecnologias de rastreamento do produto.
Você sabe o que é rastreamento?
É um serviço que permite acompanhar o histórico do produto ao longo da cadeia 
logística. É possível conhecer suas características, saber por onde ele passou e qual 
sua localização exata no momento da consulta.
3 Técnicas de Movimentação e Arrumação das Cargas
A movimentação envolve toda a operação de mudança de um produto de um local para 
outro e pode ser feita de várias formas de acordo com a origem do movimento: manual 
ou por equipamentos motorizados ou não.
A movimentação manual é a mais fácil de executar e com o custo mais baixo, porém 
depende da quantidade de material a ser movimentado, bem como do peso desse 
material e a distância que será percorrida par a sua movimentação.
3.1 Regras para a Movimentação Manual de Cargas
No Brasil, as NR (Normas Regulamentadoras), 
expedidas pelo Ministério do Trabalho e do 
Emprego, tratam de alguns itens referentes 
às essas questões de movimentação manual 
de cargas e o National Institute for Ocupational 
Safety and Health (NIOS) – americano – 
apresentou alguns aspectos importantes nos 
limites de peso recomendados:
• Homens não podem manipular cargas de mais de 30 kg, e mulheres não podem 
carregar objetos com peso superior a 10 kg;
26
• Cargas acima de 50 kg não devem ser levantadas a uma altura superior a um 
metro sem ajuda mecânica;
• As cargas não podem ser movimentadas, manualmente por uma distância 
maior do que 60 metros;
• As áreas de carga e de descarga devem ser cobertas.
• Os equipamentos não motorizados servem 
para auxiliar a movimentação, e são operados 
manualmente. São exemplos a paleteira manual 
e o carrinho de mão. Para o uso desse tipo de 
equipamento é recomendado:
» Quando o volume a ser transportado for limitado, ou a atividade de transporte puder 
ser realizada num período de tempo mais longo;
» Quando o tipo de construção do deposito ou do armazém limitar o uso de equipamento 
motorizado;
» Quando as cargas forem leves e o equipamento tiver de ser movido manualmente.
Já a movimentação com equipamentos motorizados ou elétricos, utiliza os seguintes 
equipamentos:
• Transportadores contínuos: transportador de rolos, transportador de correia, 
plano inclinado, transportador de correntes, transportador de caçamba, 
transportador pneumático;
• Equipamentos suspensos: ponte-
rolante, pórtico-rolante, guindaste 
giratório de lança, talha;
• Veículos industriais: empilhadeiras, 
carrinhos hidráulicos ou paleteiras.
27
3.2 Técnicas de Arrumação de Cargas nos Veículos
Após conhecer as formas de movimentação de cargas e os equipamentos utilizados 
para esse fim, é fundamental conhecer as técnicas de arrumação de cargas nos veículos.
Alguns elementos podem definir a melhor maneira de executar essas operações, 
porém, os principais a serem considerados são:
• Peso da carga: define o tipo de equipamento a ser utilizado na carga e na 
descarga. Também deve-se estar atento a distribuição do peso da carga pelos 
eixos e ao longo da carroceria do veículo. Muitos acidentes acontecem devido 
a colocação incorreta da carga nos caminhões;
• Volume da carga: quando a carga é leve, geralmente, tenta-se aproveitar ao 
máximo o espaço útil do veículo. Deve-se lembrar que as cargas não podem 
ultrapassar uma determinada altura.
• Dimensões da carga e/ou unidades de carga: se as unidades de carga 
forem pequenas em relação à carroceria, as possibilidades de arranjo e de 
aproveitamento de espaço são maiores. Já quando as unidades de carga forem 
grandes, tem-se perda de espaço dentro dos veículos. Algumas cargas podem 
apresentar dimensões muito diferentes, dificultando o arranjo no veículo 
(toras de madeira, postes, etc.).
• Fragilidade da carga: além de providenciar embalagens e cuidados especiais 
para as cargas frágeis, como vidros e eletrodomésticos delicados, devemos 
sempreprocurar uma disposição mais adequada para acondicionar cargas 
frágeis dentro dos veículos.
• Perecibilidade da carga: representa o quanto a carga pode perder sua 
utilidade antes de chegar ao consumidor final. Nos produtos perecíveis 
devemos visualizar além de alimentos, como por exemplo jornais diários.
• Nível de periculosidade da carga: algumas cargas podem colocar em risco a 
saúde das pessoas e a integridade do meio ambiente.
É importante ficar atento à compatibilidade entre cargas diversas, pois alguns produtos 
não podem ser transportados no mesmo veículo que outros. Um exemplo disso é o 
transporte de alimentos e inseticidas.
28
 e
A forma mais simétrica de uma carga é o cubo. Essa é considerada 
a forma ideal por possuir as três dimensões iguais: altura, largura 
e profundidade.
Estes são alguns cuidados importantes para se ter durante o transporte de cargas:
• A carga e a descarga têm que ser realizadas 
de maneira cuidadosa, controlada e 
planejada, para evitar danos por impacto;
• Verificar as condições das embalagens 
antes de fazer o carregamento e avisar o 
contratante sobre aquelas que estiverem 
danificadas;
• Observar os símbolos de manuseio, os 
rótulos de risco e os de segurança afixados 
nas embalagens;
• Nas operações de carga, acomodar os recipientes e as embalagens de forma 
que o peso seja distribuído uniformemente sobre os eixos dianteiro e traseiro 
do caminhão;
• Não sobrecarregar apenas um lado 
da carroceria. O excesso de peso em 
um dos lados prejudica o equilíbrio 
do veículo e exige maior esforço da 
suspensão e dos pneus, provocando 
condições desiguais de frenagem, e 
deformações no quadro do chassi, 
podendo ocasionar acidentes;
• Arrumar cuidadosamente as embalagens, de modo que as mercadorias mais 
leves fiquem sobre as mais pesadas, evitando assim avarias;
• Não colocar mercadorias líquidas sobre as secas;
• As mercadorias que possuam algum grau de periculosidade devem permanecer 
próximas a porta/grade para acesso mais fácil;
29
• Ao empilhar as embalagens deve-se seguir a recomendação do fabricante, no 
que diz respeito a altura máxima das pilhas de caixas, latas, etc.
• Os produtos colocados próximos as portas/grades deverão estar bem 
amarrados, para evitar que caiam ao façam abrir as portas.
• Assegurar-se de que a carga total esteja bem firme, de modo que não possa 
mover-se no veículo durante o transporte.
Resumindo 
 
Como vimos, o transporte rodoviário de carga é uma parte importante na 
cadeia logística de um produto. Um produto fabricado terá a sua qualidade 
avaliada, não só por suas características enquanto produto, mas também 
pelos valores agregados a ele, como por exemplo, a sua integridade física 
(sem avarias), a sua chegada ao destino no tempo certo, etc. São nesses 
quesitos que o motorista profissional e o arrumador de cargas farão toda a 
diferença para o produto. 
 
O correto carregamento e descarregamento do produto vai permitir uma 
viagem mais segura, vai evitar avarias no produto e na sua embalagem e 
contratempos durante o trajeto da viagem. 
 
Lembre-se sempre de que os veículos têm limites de peso e tamanho e 
devem ser respeitados. O excesso de peso danifica o veículo, a rodovia e 
pode gerar acidentes de trânsito. Dependendo do tipo de carroceria do 
veículo que será conduzido, o condutor terá procedimentos diferentes, 
tanto no carregamento/descarregamento, como no transporte. 
 
É importante que se conheça bem o produto que será transportado e tenha 
a responsabilidade e o cuidado de organizá-lo de forma correta e de acordo 
com suas características, evitando seu desperdício ou perda de sua 
qualidade.
30
Não se esqueça de que o transporte de produtos perigosos só é permitido 
a motoristas que tenham concluído o curso de MOPP. O SEST/SENAT oferta 
este curso especializado e outros que contribuem para uma melhor 
capacitação dos motoristas profissionais. Informe-se acessando o site 
www.sestsenat.org.br ou ligue 0800.728.2891. 
 
Não se aventure! Esperamos que suas viagens sejam sempre seguras. Seja 
previdente e uma boa viagem!
31
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. As normas regulamentadoras 
tratam de alguns itens referentes a movimentação manual 
de cargas, entre elas podemos citar a de que homens não 
podem manipular cargas de mais de 30 kg, e mulheres não 
podem carregar objetos com peso superior a 10 kg. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Alguns elementos são 
fundamentais ao se conhecer as técnicas de arrumação de 
cargas nos veículos, entre eles podemos citar a perecibilidade 
da carga que diz sobre as providências relativas a embalagens 
e cuidados especiais para as cargas frágeis, como vidros e 
eletrodomésticos delicados e sobre como devemos sempre 
procurar uma disposição mais adequada para acondicionar 
cargas frágeis dentro dos veículos. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
32
Referências
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33
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UELZE, Reginald. Transporte Frotas. São Paulo: Pioneira, 1978.
34
Gabarito
Questão 1 Questão 2
Unidade 1 F V
Unidade 2 V F

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