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DENTÍSTICA II

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Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 1 
DENTÍSTICA II 
 
Aula 1 
 
REVISÃO SOBRE CÁRIE DENTÁRIA 
 
DOENÇA CÁRIE 
 
 A cárie é uma doença açúcar-
dependente que resulta na perda de 
miligramas de minerais dos dentes afetados. É 
o processo de destruição dos tecidos dentários. 
 A doença cárie promove a 
desmineralização da porção inorgânica 
(esmalte), e a degradação das substâncias 
orgânicas (dentina), podendo resultar na 
destruição completa do dente afetado quando 
não é tratada. O diagnóstico precoce possibilita 
um tratamento conservador. 
 
BIOFILME 
 
1. Fase de aderência inicial 
 
- Colonizadores primários: Strep. Sanguinis, S. 
Gordonii, S. Oaralis, S. Mitis e S. Mutans. 
 
2. Fase de acúmulo 
 
- Colonizadores secundários; 
- Matriz extracelular. 
 
3. Fase “climax” 
 
- Ambiente ácido fica estabelecido, o número 
de microrganismos acidogênicos aumenta. 
 
MANCHA BRANCA 
 
- Não há cavidade; 
- É uma desmineralização superficial do 
esmalte; 
- Tratamento: higienização (profilaxia) e 
aplicação de flúor. 
 
CLASSIFICAÇÃO E PARÂMETROS DE DIAGNÓSTICO 
DA CÁRIE EM ESMALTE E DENTINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS VISUAIS E TÁTEIS DE LESÕES 
ATIVAS E INATIVAS E CÁRIE RADICULAR 
 
 
 
 
 
 
LESÃO DE CÁRIE 
 
- Depende do tempo: perda de mineral inicial → 
aparecimento da mancha branca → cavitação. 
 
a) Cárie ativa 
 
• Aspecto em esmalte: 
 
- Mancha branca, rugosa e opacada. 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 2 
• Aspecto em dentina: 
 
- Tecido amolecido de cor marrom claro. 
 
b) Cárie inativa 
 
• Aspecto em esmalte: 
 
- Mancha branca, lisa e brilhante ou 
pigmentada. 
 
• Aspecto em dentina: 
 
- Tecido duro e escurecido. 
 
➳ CLASSIFICAÇÃO DA CÁRIE 
 
a) Quanto a evolução do processo 
 
Pode ser aguda ou crônica. 
 
 
 
 
 
b) Quanto a sua localização no dente 
 
- Fóssulas e fissuras; 
- Superfícies lisas. 
 
c) Quanto ao tipo de processo carioso 
 
- Primária (tem seu início no dente hígido); 
- Secundária (recidivas ou recorrentes). 
 
➳ MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO 
 
• Clínico; 
 
• Separação temporária de dentes 
 
- Possibilita o exame direto de superfícies 
“escondidas” nas faces proximais; 
- Afastamento imediato – afastador de Elliot; 
- Afastamento mediato – elásticos ortodônticos 
(aguardar 24 a 48h). 
• Corantes 
 
Podem ser empregados para: 
 
- Auxiliar na visualização de lesões iniciais em 
esmalte; 
- Delimitar a existência e extensão de lesões em 
dentina. 
 
• Radiológico 
 
- Pode ser convencional ou digital; 
- Avaliação por meio de radiografias intra-orais; 
- A radiografia de eleição para o diagnóstico de 
cárie é a interproximal. 
 
• Transluminação por fibra óptica (FOTI) 
 
- Utiliza uma fonte de luz por palatino/lingual; 
- Quando há a presença de lesão a intensidade 
da luz fica modificada; 
- A cárie aparece como uma mancha escura. 
 
• Laser de diodo fluorescente 
 
- As perdas minerais são detectadas em relação 
ao tecido hígido; 
- Permite a avaliação de todas as faces (lisa, 
oclusal e proximal); 
- Escala numérica de 0 a 99%; 
- Apresenta grande incidência de diagnóstico 
falso-positivos; 
- A experiência clínica ainda é bastante 
limitada. 
 
• Quantificação da fluorescência induzida 
por luz (QLF) 
 
- Estrutura dental apresenta fluorescência 
quando iluminada por fonte e luz ultravioleta; 
- Fluorescência menor nas áreas em que há 
perda mineral (manchas escuras na imagem); 
- Permite a detecção de lesões de cárie em 
estágio inicial; 
- Método limitado para lesões mais profundas. 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 3 
Figura 3. Lesão cariosa de score 2. 
 
Figura 4. Lesão cariosa de score 3. 
Figura 5. Lesão cariosa de score 4. 
• Medição da resistência elétrica (ECM) 
 
- Explora a propriedade do tecido cariado de 
apresentar uma condutividade elétrica maior 
que o tecido sadio; 
- Desmineralização do esmalte → Porosidade 
→ Preenchimento com saliva → Caminho para 
corrente elétrica; 
- Imagens fluorescentes capturadas e 
analisadas por software; 
- Menor fluorescência, maior desmineralização 
do tecido dentário. 
 
➳ ICDAS – International Caries Detection & 
Assessment System (2002) 
 
 O Sistema Internacional de Detecção e 
Avaliação de Cárie (ICDAS, do inglês 
International Caries Detection and Assessment 
System) é um sistema de escores baseado na 
inspeção visual. O ICDAS preconiza que, 
primeiramente, o profissional determine, após 
limpeza e secagem, se o dente é hígido, selado, 
restaurado, com coroa ou ausente. Em um 
segundo momento, as superfícies devem ser 
classificadas em relação à cárie, usando uma 
escala ordinal, que vai da superfície hígida à 
cavitação extensa (score 0-6). O exame deve 
ser feito inicialmente com o dente úmido e, 
então, após 5s de secagem, o dente deve ser 
reexaminado. 
 
• SCORE 0 
 
- Não há evidência de cárie após secagem com 
jato de ar por 5s. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• SCORE 1 
 
- Mudança inicial visível em esmalte. 
 
 
 
 
 
 
 
• SCORE 2 
 
- Mudança visual no esmalte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• SCORE 3 
 
- Descontinuidade do esmalte, sem dentina 
visível. 
 
 
 
 
 
 
 
• SCORE 4 
 
- Sombreamento da dentina subjacente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Score 0. 
Figura 2. Lesão cariosa de score 1. 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 4 
Figura 8. Lesão por erosão ou biocorrosão. 
Figura 6. Lesão cariosa de score 5. 
Figura 7. Lesão cariosa de score 6. 
• SCORE 5 
 
- Cavidade nítida com dentina visível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• SCORE 6 
 
- Cavidade extensa com dentina visível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
➳CONCLUSÃO 
 
- Não existe um método de detecção de cárie 
ideal; 
- Os métodos tradicionais ainda são os mais 
utilizados; 
- Os métodos avançados permitem a detecção 
de cárie em seu estágio mais precoce, fato que 
possibilita um tratamento conservador; 
- A cárie ativa não tratada pode levar a 
destruição total do elemento dentário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 2 
 
LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS (LCNC) 
 
 As lesões cervicais não-cariosas 
possuem causa etiológica não-bacteriana e 
possuem caráter multifatorial. Se caracterizam 
pelo desgaste da estrutura dentária, 
comprometendo a região coronária e radicular, 
e são classificadas em: abrasão, erosão, 
abfração e atrição. 
 
1. EROSÃO OU BIOCORROSÃO 
 
 É o desgaste crônico e químico 
provocada por ácidos de origem não bacteriana 
– pH inferior a 5,5. Acomete locais sem 
biofilme, e a origem dos ácidos pode ser 
extrínseca e intrínseca. 
 As superfícies mais atingidas são as 
faces vestibulares de dente superiores. 
 
 
 
 
 
 
 
• Origem extrínseca 
 
- Frutas ácidas; 
- Sucos ácidos; 
- Refrigerantes; 
- Vinhos; 
- Bebidas energéticas; 
- Medicamentos; 
- Águas ácidas das piscinas; 
- Fumaça industrial corrosiva; 
- Laboratórios químicos; 
 
• Origem intrínseca 
 
- Ácido gástrico (entra em contato com os 
dentes devido ao vômito, regurgitação ou 
refluxo); 
- Fatores psicossomáticos; 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 5 
Figura 9. Lesão por abrasão. 
Figura 10. Lesão por atrição. 
- Anorexia nervosa/bulimia; 
- Fatores somáticos: gravidez, alcoolismo, 
desordens gastrointestinais; 
- Quimioterapia e radioterapia. 
 
Características: 
 
- Início da lesão: desgaste superficial do 
esmalte, superfície rasa e lisa, sem manchas; 
- Perda de brilho; 
- Contorno arredondado (pires), sem término 
nítido; 
- Exposição dentinária: V, P e L; 
- Sensibilidade; 
- Exposição pulpar; 
- Incisivos superiores encurtados e cavidades 
oclusais/incisais; 
- Superfícies mais atingidas: P e O de dentes 
superiores; V e O de inferiores. 
 
Tratamento: 
 
 É de difícil diagnóstico e deve-se fazer 
uma anamnese minuciosa. Alternativas de 
tratamento: 
 
- Flúor: bochecho (0,05% - 2 ou mais vezes ao 
dia; gel fluoretado: 2 vezes por semana); 
- Creme dental com baixa abrasividade; 
- Escova macia; 
- Escovar após 1h a ingestão ácida: a saliva doa 
ácido e fosfato, levando a remineralização e 
endurecimento das superfícies (efeito 
tampão);- Usar canudo; 
- Proteção mecânica: selante, verniz 
fluoretado, restaurações. 
- Refluxo: moldeira semelhante à de 
clareamento; encaminhamento ao médico. 
 
2. ABRASÃO 
 
 É o desgaste mecânico provocado por 
contato repetido de um corpo estranho na 
superfície dental, sem estar relacionado com a 
oclusão. Possíveis causas: 
 
- Escovação inadequada; 
- Uso abusivo de palito ou escova interdental; 
- Consumo de drogas; 
- Ato de roer unhas (onicofagia). 
 
 
 
 
 
 
 
Características: 
 
- Lesão rasa, polida e dura; 
- Contorno regular; 
- Margem bem definida; 
- Sem biofilme, com boa higiene e gengiva 
saudável; 
- Superfícies mais atingidas: cervical da face 
vestibular de caninos, primeiros pré-molares e 
primeiros molares; 
- Envolve dentes adjancentes. 
 
Tratamento: 
 
- Avaliar escovação: técnica, força reduzida, 
frequência e pouca pressão; 
- Creme dental: baixa abrasividade, alto teor de 
flúor, cálcio e fosfato. 
- Escova macia, cerdas arredondadas, flexível e 
cabeça pequena. 
 
3. ATRIÇÃO 
 
Desgaste provocado pelo contato dos dentes 
sem nada interposto entre eles. 
 
 
 
 
 
 
 
Características: 
 
- Desgaste uniforme, faces planas e brilhosas; 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 6 
Figura 11. Lesão por abfração. 
- Perda da dimensão vertical e prejuízos 
estéticos; 
- Superfícies mais atingidas: oclusal e incisal. 
 
Tratamento: 
 
- Placas miorrelaxantes; 
- Reabilitação da dimensão vertical das guias 
incisais. 
 
4. ABFRAÇÃO 
 
 Perda da superfície dental nas áreas 
cervicais causadas pelas forças de tensão e 
compressão durante a flexão dental, associada: 
 
- Interferências oclusais; 
- Problemas ortodônticos; 
- Ausências dentárias; 
- Bruxismo e apertamento dental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Forças oclusais direcionadas para a cervical → 
Fina camada de esmalte, aprismático → 
Fraturas, fendas e fissuras no esmalte. 
 
Características: 
 
- Afeta as áreas cervicais vestibulares de todos 
os dentes (os mais atingidos são os pré-
moalres); 
- Lesão em forma de V ou cunha; 
- Términos nítidos, bordas afiadas que invadem 
o sulco gengival. 
 
Tratamento: 
 
- Ajuste oclusal; 
- Placas miorrelaxantes; 
- Tratamentos ortodônticos; 
- Tratamento restaurador. 
Restaurar ou não? 
 
- Dente com integridade ameaçada; 
- Risco de exposição pulpar; 
- Estética prejudicada; 
- Sensibilidade que não regride; 
- Irritação gengival; 
- Antes de reabilitação com PPR. 
 
➳ HIPERSENSIBILIDADE 
 
- Dor aguda, curta, passageira, causada pela 
dentina exposta em resposta a estímulos 
mecânicos, químicos e térmicos, que cessa ao 
remover os estímulos. 
- Tratamento: laser, nitrato de prata, flúor, 
nitrato de potássio... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 7 
Aula 3 
SISTEMAS ADESIVOS 
 
 Em odontologia, o termo adesão é 
frequentemente utilizado para definir o 
processo que estabelece a união 
micromecânica entre os materiais 
odontológicos e os substratos dentais. 
 
OBJETIVOS 
 
- Conhecer a classificação dos diferentes tipos 
de sistemas adesivos e sua forma de interação 
com o substrato dental; 
- Distinguir as características morfológicas dos 
tecidos dentais preparados por diferentes 
instrumentos; 
- Entender estratégias sugeridas para aumentar 
a durabilidade das interfaces adesivas. 
 
PRINCÍPIOS DA ADESÃO 
 
 A adesão está relacionada ao íntimo 
contato entre as superfícies, e é a força que faz 
com que duas substâncias se liguem quando 
colocadas em contato íntimo uma com a outra. 
As moléculas de uma superfície se aderem ou 
são atraídas pelas moléculas da outra. E uma 
adesão eficiente vai depender do íntimo 
contato do adesivo com o substrato. Isso 
ocorre devido a um bom molhamento. 
 A capacidade 
de um líquido escoar 
por uma superfície 
sólida é o que 
chamamos de 
molhamento, e a 
capacidade de molhamento é dada entre o 
ângulo de contato formado entre o adesivo 
(líquido) e o substrato (sólido). Sendo assim, 
quanto menor o ângulo de contato entre a 
superfície (substrato) que pretende fazer a 
adesão com o líquido, maior a capacidade de 
molhamento, ou seja, quanto menor o ângulo 
de contato, maior a capacidade de 
molhamento. Junto a este princípio, temos o 
conceito de tensão superficial e energia livre de 
superfície. Se a tensão superficial do líquido for 
mais forte do que a energia livre de superfície, 
há uma menor capacidade de molhamento. A 
intenção é que a energia livre de superfície, que 
é a força de atração que a superfície exerce 
sobre o líquido, seja maior que a tensão 
superficial. 
 
 
 
 
 
 
 
TECIDOS DENTAIS 
 
a) Esmalte 
 
O esmalte é um substrato composto por: 
 
- 97% de minerais (hidroxiapatita em maior 
quantidade); 
- 2% de água; 
- 1% de matéria orgânica. 
 
 Sendo assim, ele assume a 
característica de um substrato homogêneo o 
que o torna um tecido com adesão facilitada. 
Quando o material resinoso é aplicado na 
superfície do esmalte, previamente 
condicionada com ácido, os monômeros são 
levados para dentro das irregularidades por 
atração capilar, estabelecendo assim, a adesão. 
O fluxo de penetração dos adesivos nas áreas 
porosas resulta na formação de “tags” de 
resina que se unem mecanicamente a resina 
composta e ao esmalte previamente 
condicionado. Estes “tags” de resina podem 
penetrar de 10 a 20 micrometros na 
porosidade do esmalte, porém seu 
comprimento dependerá do tempo de 
condicionamento. 
 Deve-se considerar que a profundidade 
de desmineralização do esmalte está 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 8 
Figura 12. Dentina intertubular. Figura 13. Dentina peritubular. 
diretamente relacionada à concentração e 
tempo de aplicação do ácido, contudo, uma 
maior profundidade de desmineralização não 
implica necessariamente em maior retenção. 
 A preferência pelo ácido fosfórico a 37% 
para condicionamento do esmalte, e, 
posteriormente, esmalte/dentina, deve-se pelo 
fato de que propicia porosidade adequada em 
tempo clínico aceitável, com ótimos resultados 
de retenção. Quanto ao tempo de aplicação no 
esmalte, convencionou-se 30 segundos, 
porque determina padrão e retenção ideais, 
sem comprometer aspectos biológicos. De 
importância crucial é a lavagem abundante de 
todo o esmalte condicionado, por no mínimo 
20 segundos. Após lavagem vigorosa do 
condicionador ácido, a aparência do esmalte 
deve ser branca e descalcificada, e este deverá 
permanecer seco e limpo para posterior 
infiltração do monômero. Uma contaminação 
momentânea com saliva ou sangue reduz a 
energia de superfície do esmalte, impedindo 
uma molhabilidade efetiva pelo agente adesivo 
e interferindo na formação de uma adesão 
efetiva. 
 A desmineralização superficial do 
esmalte resulta na criação de 
microrrentenções e, consequentemente, no 
aumento da área de contato, dando condições 
favoráveis para o subsequente embricamento 
mecânico do agente adesivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Dentina 
 
A dentina é um substrato composto por: 
 
- 70% de minerais (hidroxiapatita em maior 
quantidade); 
- 12% de água; 
- 18% de matéria orgânica (fibras de colágeno). 
 
 Sendo assim, ele assume a 
característica de um substrato heterogêneo o 
que o torna um tecido com adesão dificultada. 
A dentina é um tecido úmido, constituído por 
uma rede tubular, contendo extensões dos 
odontoblastos, os processos odontoblásticos, 
que se comunicam com a polpa. Cada túbulo é 
preenchido com fluido e cercado por uma 
bainha de dentina hipermineralizada, chamada 
de dentina peritubular. A dentina menos 
mineralizada e mais fibrosa entre os túbulos 
dentinários é chamada de dentina intertubular, 
e constitui a massa dentinária propriamente 
dita. A área ocupada pela dentina peritubular 
aumenta em direção à polpa, ao contrário da 
dentina intertubular que diminui sua área de 
ocupação quanto mais próximo da polpa. 
 
 
 
 
 
 
 
 Quando preparamos cavidades cada 
vez mais profundas em dentina, encontramos 
um substrato cada vez mais poroso, com uma 
quantidademaior de túbulos dentinários e com 
diâmetro cada vez maior, o que torna a dentina 
profunda um substrato permeável e úmido. 
 Atualmente, o mecanismo de adesão à 
dentina comumente utilizado se faz com base 
no condicionamento ácido total somado a 
hibridização da dentina desmineralizada. Dessa 
forma, frente às características histológicas 
desse substrato, os sistemas adesivos são 
compostos por monômeros hidrofílicos, 
compatíveis a umidade presente na dentina, e 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 9 
Figura 14. Dentina normal. Figura 15. Dentina condicionada. 
com fluidez necessária para penetrar nas 
microporosidades criadas pelo 
condicionamento ácido, além de monômeros 
hidrofóbicos, de maior peso molecular e maior 
viscosidade, responsáveis pela estabilidade e 
resistência mecânica do produto. 
 O controle da umidade dentinária após 
a desmineralização, representa uma 
dificuldade da técnica denominada de 
condicionamento ácido total, pois tanto a 
remoção em excesso da água, que pode 
colabar as fibras colágenas expostas pelo 
condicionamento, como excesso deixado, 
podem comprometer a infiltração do sistema 
adesivo, e consequentemente, a sua eficácia. 
 Entretanto, vale ressaltar que a 
profundidade de desmineralização do tecido 
dentinário e, subsequente profundidade de 
impregnação da rede de fibras colágenas 
expostas, ou seja, da camada híbrida formada, 
depende de alguns fatores, aos quais o 
cirurgião-dentista deve estar atento, como: 
 
1. Espessura da smear layer; 
2. Tipo, concentração, forma e tempo de 
aplicação do ácido (quanto maior o 
tempo, maior a profundidade de 
desmineralização); 
3. Poder tampão do referido substrato, 
em especial da hidroxiapatita; 
4. Aumento do fluxo do fluido dentinário 
em direção à superfície 
desmineralizada, que também 
representa um empecilho físico a ação 
do ácido, além de contribuir para a sua 
diluição; 
5. Grau de mineralização do substrato; 
6. Profundidade da cavidade; 
7. Lavagem e secagem do tecido 
desmineralizado; 
8. Composição do sistema adesivo; 
9. Forma de aplicação do sistema adesivo. 
 
 Embora a profundidade de 
desmineralização dentinária tenha relação 
direta com o tempo de permanência do ácido 
sobre a dentina, a capacidade dos sistemas 
adesivos em permear a área desmineralizada, e 
formar a camada híbrida, é inversamente 
proporcional, o que pode comprometer a 
estabilidade da adesão. Com isso, o aumento 
do tempo de permanência do ácido fosfórico 
sobre o tecido dentinário pode expor túbulos 
dentinários e fibras colágenas que não serão 
totalmente impregnadas pelo monômero 
resinoso, resultando no colapso dessas fibras 
durante a secagem, além de microinfiltração e 
sensibilidade pós-operatória. 
 Ao realizar o preparo cavitário uma 
camada de detritos é gerada na cavidade 
chamada de “lama dentinária” ou “smear 
layer”. A smear layer contém, principalmente, 
partículas minerais de esmalte e dentina, 
colágeno fundido, componentes salivares e 
bactérias, óleo da turbina, que penetram nos 
túbulos dentinários (smear plug) diminuindo a 
permeabilidade da dentina devido à 
obliteração dos túbulos dentinários e é 
fracamente aderida ao substrato dentinário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “A remoção da smear layer é 
acompanhada da dissolução mineral superficial 
da dentina e da exposição de fibras colágenas, 
além de resultar em um aumento da 
embocadura dos túbulos, que permite o 
afloramento do fluido dentinário. Com isso, a 
superfície dentinária pós-condicionamento 
apresenta-se extremamente úmida e com 
considerável teor orgânico. Com a remoção da 
lama dentinária e a desmineralização da 
dentina superficial, ocorre a exposição de um 
emaranhado de fibras colágenas, que contam 
com a umidade para manter sua configuração 
espacial, de modo a permitir a infiltração 
subsequente do adesivo. Se a dentina for seca 
com jatos de ar, após o condicionamento, a 
rede colágena perde a sustentação da água e 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 10 
Figura 16. Dentina 
condicionada e úmida. 
Figura 17. Dentina 
condicionada e seca. 
Figura 18. Fotomicrografia da interface dentina-
resina. 
colapsa, impedindo a penetração do adesivo”. 
(Baratieri, Odontologia Restauradora) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➳ Mas afinal, o que é “camada híbrida”? 
 
 Camada híbrida ou zona de interdifusão 
dentina/resina é a camada que se forma após o 
condicionamento ácido da dentina e é formada 
pela dentina e o adesivo dentinário. A camada 
híbrida é uma zona de transição entre a resina 
polimerizada e o substrato dentinário, formada 
por uma mistura de componentes dentinários, 
monômeros resinosos e resina polimerizada ao 
nível molecular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADESÃO CLÍNICA 
 
• Deve-se fazer o isolamento do campo 
operatório previamente 
 
• Condicionamento ácido 
 
 O ácido utilizado é o ácido fosfórico (de 
concentração de 30 a 40%) em consistência de 
gel. É inserido na área que se deseja efetivar a 
adesão para que o ácido possa agir 
desmineralizando o tecido para a formação de 
microporosidade e evidenciação das áreas 
inter-prismáticas da hidroxiapatita, assim como 
remoção do smear layer da dentina. 
Resultando em: 
 
1. Maior área de adesão pois forma 
irregularidades na superfície; 
2. Desobliteração dos túbulos dentinários 
promovendo a liberação dos canais 
para a formação da camada híbrida; 
3. Remoção do Smear Layer (lama 
dentinária), aumentando a adesão com 
a sua retirada. 
 
 
 
➳ Esquema de aplicação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Primer 
 
 Devido ao aumento da umidade 
superficial da dentina, após a aplicação do 
ácido condicionador, necessária se faz a 
aplicação de um monômero hidrofílico (primer) 
compatível a nova situação, e que prepare o 
substrato para a aplicação do adesivo 
propriamente dito (monômero hidrofóbico). 
 Mesmo após o condicionamento ácido, 
a dentina ainda continua úmida e com baixa 
energia de superfície. O primer promove a 
evaporação da umidade através de um 
solvente existente em sua composição, 
melhorando a molhabilidade e a energia de 
superfície, favorecendo a aplicação do adesivo 
e melhorando a adesão. Não é necessário 
aplicar o primer em esmalte. 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 11 
 O primer é aplicado com microbrush na 
superfície da dentina e deve-se esperar 30s. 
 
• Adesivo 
 
 No esmalte, o adesivo faz a ligação com 
o material restaurador, enquanto que na 
dentina ele penetra nos túbulos dentinários 
formando as TAGS, que irão formar a camada 
hibrida promovendo a adesão com o material 
restaurador. 
 O adesivo não pode estar em excesso 
pois atrapalha a adesão, impedindo o contato 
do material restaurador com a estrutura 
dentária. Os excessos são removidos com 
suaves jatos de ar e com microbrush. 
 Deve-se fotopolimerizar o adesivo por 
15 segundos. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS ADESIVOS 
 
 Os sistemas adesivos se classificam em: 
convencionais, autocondicionantes e 
universais. Dessa forma, têm-se os sistemas 
adesivos classificados como sistemas 
convencionais, representados pelos sistemas 
que fazem uso do ácido fosfórico para 
desmineralizar os substratos dentais esmalte 
e/ou dentina, e os sistemas 
autocondicionantes, que fazem uso de um 
primer ácido para o tratamento dos referidos 
tecidos. Esses, por vez, podem ser subdivididos 
de acordo com o número de passos ou etapas 
cínicas de aplicação. 
 
• Convencionais (total-etch ou etch-and-
rinse) 
 
a) Convencional de 3 passos: 
 
Passo 1. Condicionamento com ácido fosfórico 
em esmalte e/ou dentina; 
Passo 2. Aplicação do primer; 
Passo 3. Aplicação do adesivo. 
 
 
Vantagens: 
 
- Ótimos resultados de resistência de união ao 
esmalte e à dentina; 
- Durabilidade de adesão; 
- Componentes hidrofílicos e hidrofóbicos 
separados; 
- Compatibilidade com materiais de presa 
dual/química. 
 
Desvantagens: 
 
- Várias etapadas de aplicação (vários fracos); 
- Técnica operatória sensível. 
 
b) Convencional de 2 passos: 
 
Passo 1. Condicionamento com ácido fosfórico 
em esmaltee/ou dentina; 
Passo 2. Aplicação do primer e adesivo, que se 
encontram no mesmo frasco. 
 
 
 
 
 
 
Vantagens: 
 
- Esmalte normal; 
- Esmalte ácido resistente. 
 
Desvantagens: 
 
- Componentes hidrofílos e hidrófobos 
misturados; 
- Aplicação de múltiplas camadas; 
- Incompatibilidade com cimentos e resinas 
duais; 
- Tendência de pigmentação dos bordos da 
cavidade dentária. 
 
➳ Observação: 
 
 A diferença entre os sitemas adesivos 
convencionais de três ou dois passos é que no 
segundo (dois passos),o primer e o adesivo 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 12 
estão condicionados num mesmo frasco o que, 
para alguns autores pode comprometer a 
eficácia clínica deste sistema em virtude da 
grande quantidade de solventes orgânicos e 
monômeros hidrofílicos de baixo peso 
molecular misturados aos adesivos. 
 
• Autocondicionantes (self-etch ou etch-na-
dry) 
 
 Os sistemas adesivos 
autocondicionantes são produtos constituídos 
de primers ácidos autocondicionantes e grande 
quantidade de solventes orgânicos para deixar 
a solução fluida o suficiente para infiltra-se nos 
tecidos dentais, além de uma resina de baixa 
viscosidade com características hidrofóbicas, 
semelhante ao sistema adesivo convencional 
de três passos. 
 
a) Autocondicionante de 2 passos: 
 
Passo 1. Aplicação do primer ácido; 
Passo 2. Aplicação do adesivo. 
 
 
 
 
 
 
 
Vantagens: 
 
- Desmineralização e infiltração monométrica 
simultâneas; 
- Bons resultados de resistência de união à 
dentina; 
- Dispensa a etapa de lavagem da cavidade. 
 
 Desvantagens: 
 
- Desmineralização suave; 
- Resistência de união ao esmalte pouco 
satisfatória; 
- Poucos estudos clínicos de avaliação do 
desempenho. 
 
b) Autocondicionante de 1 passo (all-in-
one): 
 
Passo único: ácido, primer e adesivo são 
aplicados juntamente. 
 
Vantagens: 
 
- Única aplicação; 
- Técnica pouco sensível; 
- Tempo clínico reduzido. 
 
Desvantagens: 
 
- Resistência de união ao longo do tempo 
insatisfatória; 
- Componentes hidrófilos e hidrófobos 
misturados. 
 
➳ Observação: 
 
 Como o primer autocondicionante não 
tem a mesma capacidade de desmineralização, 
quando comparado ao ácido fosfórico, o seu 
uso no esmalte dental é bastante questionado. 
Com isso, para melhorar o desempenho desse 
sistema adesivo no referido substrato, é 
recomendado o condicionamento ácido do 
esmalte dental com ácido fosfórico, sua 
lavagem e secagem, para posterior aplicação, 
juntamente com a aplicação do produto na 
dentina. 
 Comparativamente aos sistemas 
adesivos convencionais, de dois ou três passos, 
uma vantagem dos sistemas adesivos 
autocondicionantes é a possibilidade do 
controle da umidade dentinária, pois ao 
mesmo tempo em que a dentina é 
desmineralizada pela ação do primer 
acidificado, concomitantemente há a difusão 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 13 
dos monômeros, o que contribui para a 
redução da sensibilidade pós-operatória e da 
melhora do selamento da dentina. 
 Contudo, a espessura da smear layer, 
depositada sobre a dentina, depois de 
concluído o preparo cavitário, pode 
comprometer a força adesiva desse sistema, 
pois pode limitar a profundidade dos 
monômeros ácidos de forma a impedir que 
consigam penetrar também na dentina 
subjacente. 
 
• Universais 
 
 Os adesivos universais seguem o 
conceito “all-in-one”, passo único, já presente 
nos adesivos autocondicionantes de um passo 
clínico. Podem ser aplicados sobre as 
estruturas dentais tanto pela técnica 
convencional quanto pela autocondicioanante. 
Os fabricantes sugerem ainda que os adesivos 
universais podem ser utilizados pela técnica de 
condicionamento ácido seletivo de esmalte. O 
condicionamento ácido prévio com ácido 
fosfórico remove cálcio da dentina, expondo 
uma trama de fibras colágenas. Esta 
desmineralização pode prejudicar o potencial 
de adesão química, uma vez que os 
monômeros funcionais do adesivo se ligam 
diretamente ao cálcio das estruturas dentais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➳Composição geral dos adesivos universais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➳ Marcas comerciais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➳ Observação: nem todos os adesivos 
possuem a mesma formulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 14 
Aula 4 
CLAREAMENTO DENTAL 
 
TIPOS DE CLAREAMENTO 
 
a) Dente vitais 
b) Dentes não-vitais 
 
TÉCNICAS DE CLAREAMENTO 
 
1. Consultório; 
2. Caseiro supervisionado; 
3. Associado (consultório – caseiro); 
4. Microabrasão. 
 
CAUSAS DE ESCURECIMENTO 
 
a) Manchas extrínsecas 
 
Ocorrem na superfície dos dentes. Causas: 
 
- Consumo de chá, café, bebidas e alimentos 
corantes artificias; 
- Tabaco e seus derivados; 
- Cárie, acúmulo de placa e cálculo. 
 
b) Manchas intrínsecas 
 
Surgem durante a formação do elemento 
dental e são mais complexas e difíceis de serem 
tratadas. As causas das manchas são: 
 
- Necrose pulpar; 
- Hemorragia pulpar; 
- Envelhecimento humano; 
- Materiais restauradores; 
- Doenças metabólicas ou uso de 
medicamentos durante a formação do dente: 
porfiria congênita, hepatite neonatal, 
tetraciclina, flúor (fluorose), etc. 
 
 
 
 
Etiologias das alterações de cor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SITUAÇÕES CLÍNICAS DESFAVORÁVEIS 
 
- Dentes de cor cinza ou marrom; 
- Manchas por tetraciclina de grau 3 ou 4; 
- Dentes com múltiplas restaurações; 
- Dentes não-vitais escurecidos há bastante 
tempo. 
 
MECANISMO DE AÇÃO DOS AGENTES CLAREADORES 
 
 Os géis clareadores atuam através da 
oxidação dos elementos que escurecem os 
dentes. O oxigênio por ter um baixo peso 
molecular, transpõe o esmalte e a dentina e faz 
a lise das moléculas que causam escurecimento 
(que tem alto peso molecular), que são 
eliminadas por difusão, deixando os dentes 
mais claros. 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 15 
Figura 12. Mecanismo de ação dos agentes clareadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGENTES CLAREADORES 
 
- Peróxido de hidrogênio 
- Peróxido de carbamida 
- Perborato de sódio (dentes não-vitais) 
 
a) Peróxido de hidrogênio 
 
- Uso em consultório: 35 a 37%; 
- Uso caseiro: 3 a 11,5%. 
 
b) Peróxido de carbamida 
 
- Uso em consultório: 35 a 38%; 
- Uso caseiro: 10, 16 e 22%. 
 
➳ Observação 
 
 O peróxido de carbamida, em ligação 
com os tecidos ou com a saliva, acaba 
decompondo-se em peróxido de hidrogênio de 
3% a 5%, e em uréia de 7% a 10%, importante 
no aumento do pH. 
 
c) Perborato de sódio 
 
- Apresenta-se na forma de pó e geralmente é 
associado ao peróxido de hidrogênio, peróxido 
de carbamida ou água; 
- Usado apenas no consultório para 
clareamento endógeno e o paciente fica com 
um curativo por alguns dias dentro da câmara 
pulpar. 
 
 
 
 
• Outros componentes 
 
a) Carbapol 
 
 A fundamental importância do carbapol 
é tornar a substância mais espessa, 
aumentando a adesão do gel à estrutura 
dental. A substância em que o carbapol está 
presente libera oxigênio mais lentamente, e 
uma liberação mais lenta faz com que o 
produto aja por mais tempo, tornando-se mais 
eficaz. 
 Características do carbapol: 
espessante, aumenta a viscosidade, tixotrópico 
e promove liberação lenta de oxigênio. 
 
 b) Dessensibilizante 
- Reduz a sensibilidade; 
- Possui nitrato de potássio e fluoreto de sódio. 
 
PROTOCOLO CLÍNICO 
 
- História médica (anamnese); 
- Exame clínico e radiográfico; 
- Profilaxia; 
- Fotos; 
- Escala de cor Vitta. 
 
TÉCNICAS DE CLAREAMENTO 
 
A) CASEIRO 
 
1. Moldagem com alginato para obtenção 
do modelo de gesso; 
2. Confecção das moldeiras; 
3. Gel clareador; 
4. Orientação do paciente; 
5. Clareamento diurno; 
6. Bochechos fluoretados ou flúor tópico 
neutro. 
 
• Recomendações: 
 
- Aplicar uma gota do gel clareador na face 
vestibular de cada dente; 
dentes vitais e não-vitais 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 16 
Figura 14. Gel clareador aplicado sobre a 
superfície dental. Barreira gengival em azul. 
Figura 15. Protocolo para clareamentoem dentes não-vitais. 
Figura 13. Kit para clareamento com 
moldeiras e gel clareador. 
- Tempo de duração: 2 a 4h; 
- Deve-se evitar escovar os dentes após retirar 
o gel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Contra-indicações 
 
- Gestantes; 
- Manchamento severo. 
- Portadores de lesões que sugerem pré-
malignidade; 
- Pacientes com dentes hipersensíveis; 
- Cáries ou restaurações mal-adaptadas; 
 
➳ Observação 
 
 A técnica de clareamento caseiro é cada 
vez mais comum, uma vez que seu sucesso está 
ligado ao fato de ser uma alternativa de fácil 
aplicação, segura, conservadora, econômica e 
eficaz. Entretanto, apresenta desvantagens, 
como o uso da moldeira, o comprometimento 
do paciente para uma boa evolução do 
tratamento e o tempo da aplicação maior 
quando comparado com o clareamento de 
consultório, onde é aplicada uma concentração 
mais alta do produto por menos tempo. 
 
B) CLAREAMENTO DE CONSULTÓRIO 
 
1. Profilaxia; 
2. Vaselina sólida; 
3. Espandex; 
4. Barreira gengival (fotopolimerizar 20s); 
5. Aplicar o gel clareador. 
 
 
 
 
 
 
➳ Observação 
 
 Dentre as vantagens relacionadas ao 
clareamento de consultório destaca-se uma 
melhor administração do tratamento, pois não 
depende da colaboração do paciente, bem 
como maior controle da aplicação em locais de 
retração gengival, locais estes propícios a 
reações de hipersensibilidade. 
 Como pontos negativos, o clareamento 
de consultório geralmente necessita de mais de 
uma visita ao consultório para melhores 
resultados, tornando-o um procedimento de 
custo elevado. Além disso, há maior índice de 
recidiva de cor a curto prazo se comparado a 
técnica de clareamento caseiro. A eficácia está 
relacionada com o tempo e com a 
concentração, com maiores regressos de cor 
apresentados, quando utilizada a substância 
em curto período. 
 A sensibilidade dental está ligada 
principalmente às técnicas de clareamento de 
consultório, que usam o peróxido de 
hidrogênio em altas concentrações. Tal 
desconforto é relatado por alguns pacientes, 
porém de feito breve, desaparecendo após o 
término do tratamento. 
 
• Dentes não-vitais 
 
- Peróxido de carbamida ou peróxido de 
hidrogênio = perborato de sódio; 
- Em forma de gel= menor escoamento. 
 
1. Registro da altura da coroa; 
2. Acesso à câmara pulpar: 3mm além da 
cervical da coroa clínica; 
3. Selamento cervical com fosfato de zinco ou 
CIV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 17 
➳ Cuidados: 
 
- Risco de fraturas; 
- Curativo expectante com pasta de hidróxido 
de cálcio PA durante 7 dias diminui o risco de 
reabsorção cervical e elimina o oxigênio 
residual (o oxigênio residual prejudicaria a 
adesão do material restaurador, no caso da 
resina composta). 
 
➳ Protocolo pós-clareamento: 
 
- Bochechos diários com fluoreto de sódio a 
0,05%. 
 
C) MICROABRASÃO 
 
 A técnica de microabrasão baseia-se na 
remoção mecânica local de áreas manchadas 
em esmalte por meio de uso de substâncias 
ácidas associadas a pastas abrasivas. Essa 
técnica tem sido utilizada normalmente para 
manchas marrons ou brancas isoladas 
resultantes de distúrbios de desenvolvimento 
como fluorose ou hipoplasia do esmalte. 
Comumente é associado o ácido clorídrico a um 
agente abrasivo, que pode ser a pedra pomes. 
 
• Vantagens 
 
- Tratamento estético com mínimo desgaste de 
esmalte; 
- Possibilidade de controle no tratamento 
clareador. 
 
• Limitações 
 
- Manchas profundas que atingem área 
significativa de esmalte; 
- Frequente necessidade de várias sessões 
clínicas, gerando maior custo e tempo de 
tratamento. 
 
 
 
 
 
• Protocolo clínico 
 
1) Proteção dos tecidos moles 
 
 Pode ser realizada com vaselina sólida. 
Esse procedimento visa à proteção dos tecidos 
moles contra qualquer eventual 
extravasamento que possa ocorrer durante a 
aplicação do agente clareador que, por sua vez, 
é extremamente cáustico. Atenção especial 
deve ser dada à região da papila interdental por 
ser a área mais crítica a extravasamentos de 
material. Em função do fator agressivo do ácido 
clorídrico, o rosto e os olhos do paciente 
também devem ser protegidos. 
 
2) Isolamento dos dentes a serem clareados 
 
 Os dentes devem ser isolados com 
dique de borracha, e uma pasta de bicarbonato 
de sódio pode ser aplicada na região cervical 
dos dentes sobre a borracha com a intenção de 
neutralizar a solução ácida no caso de um 
acidente. 
 
3) Aplicação da pasta abrasiva 
 
A pasta abrasiva pode ser aplicada sobre a 
superfície do dente, e uma taça de borracha de 
consistência dura realizará o procedimento 
abrasivo. Essas aplicações devem ser feitas em 
um número de 12 vezes em intervalos de 10 
segundos. Se o resultado esperado não for 
obtido nesse número de aplicações, o 
tratamento deve ser interrompido. 
 
4) Polimento da superfície abrasionada 
 
Pode ser realizado com discos de lixa de 
granulação fina ou com pontas de borracha 
para polimento. 
 
5) Aplicação de flúor 
 
Deve ser aplicado durante 4 minutos na 
superfície de esmalte. 
 
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 18 
Figura 16. Protocolo de microabrasão. 
6) Orientação para o paciente 
 
O paciente deve ser orientado a evitar o 
contato com substâncias corantes nas 
primeiras horas após o tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLAREAMENTO A LASER: MITO OU VERDADE? 
 
 Diferentes tipos de fontes de luz são 
utilizados no clareamento dental em 
consultório, incluindo luz halógena dos 
fotopolimerizadores, LASERS e Light Emitting 
Diode (LEDS), na busca de diminuir o tempo de 
aplicação durante o tratamento clareador. 
Entretanto, a possibilidade de elevação da 
temperatura intrapulpar gerada por esses 
métodos ainda é questionada. Apesar de as 
pesquisas demonstrarem que não há 
necessidade do uso de fontes de luz, muitos 
dentistas ainda utilizam a técnica, por 
acreditarem na diminuição do tempo de 
clareamento. 
 O uso de luz sobre o gel clareador não 
acelera o processo de clareamento na maioria 
das técnicas de clareamento. Há comprovações 
no meio científico de que a fotoativação nos 
géis clareadores é desnecessária, visto que os 
dentes sofrem clareamento com ou sem luz, e 
que o uso dessas fontes pode ser prejudicial à 
estrutura dental, devido à inflamação pulpar 
e/ou hipersensibilidade após as sessões de 
clareamento, graças à geração de calor que 
excede o limite aceitável da polpa dental. 
 
 
 
 
 
 
Aula 5 
 
CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO – 
APLICAÇAO CLÍNICA 
 
 Os cimentos de ionômero de vidro (CIV) 
são materiais que consistem de partículas 
inorgânicas de vidro dispersas numa matriz 
insolúvel de hidrogel. As partículas de vidro 
têm função de material de preenchimento e 
são fonte de cátions para formação de ligações 
cruzadas com as cadeias poliméricas. 
 
1. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À INDICAÇÃO 
 
• Tipo I: cimentação (C); 
• Tipo II: restaurar (R) e indicado para TRA 
(Tratamento restaurador atraumático); 
• Tipo III: base, forramento, selamento de 
cicatrículas e fissuras (F). 
 
2. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À 
COMPOSIÇÃO QUÍMICA 
 
• Convencionais; 
• Reforçados por metais; 
• Modificados por resina; 
• Alta viscosidade. 
 
3. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À POLIMERIZAÇÃO 
 
• Auto-polimerizável: convencionais e 
reforçados por metais; 
• Fotopolimerizável: alta viscosidade e 
modificado por resina; 
• Fotopolimerizável e autocondicionante. 
 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 19 
DIFERENÇA ENTRE O CIV CONVENCIONAL E 
MODIFICADO POR RESINA 
 
a) CIV Convencional 
 
Toma presa por reação química ácido-base. 
 
• Pó 
 
- Vidro de flúor-alumínio-silicato; 
- As modificações de vidro desses materiais 
ajustam o tempo de trabalho e resistência do 
material. 
 
• Líquido 
 
- Solução aquosa de ácido poliacrílico, ácido 
tartárico e ácido itônico; 
- Controlam as características de trabalho e 
presa. 
 
b) CIV Modificado por Resina Composta 
 
 Nos CIVs modificados por resina há o 
acréscimo de monômeros e metacrilatos 
(líquido), e no pó há a adição de 
fotoiniciadores. 
 Possuireação de presa dual: 
quimicamente ativada (reação ácido base) + 
reação de presa fotoativada (ativada por luz - 
fotopolimerizador). 
 
PROPRIEDADES 
 
• Adesividade 
 
 O cimento de ionômero de vidro, 
quando inserido na estrutura dentária, tem a 
capacidade de se ligar quimicamente. Isso 
ocorre devido à ligação química entre os 
grupos carboxílicos dos poliácidos e os íons 
cálcio existentes no esmalte, dentina e 
cemento. A união adesiva ao esmalte é 
superior que na dentina, em função de ser uma 
estrutura mais mineralizada. 
• Liberação de flúor 
 
 Através da liberação de íons flúor, o 
cimento de ionômero de vidro consegue 
manter ao seu redor um ambiente propício à 
remineralização, pois o flúor interfere no 
metabolismo das bactérias, se liga ao esmalte 
tornando-o mais resistente aos ácidos e 
diminui a desmineralização. 
 A utilização do flúor, além de melhorar 
as propriedades de manipulação e a 
resistência, confere ao material uma 
propriedade anticariogênica, prevenindo a 
instalação de lesões cariosas. 
 A liberação de flúor é de maior 
intensidade nas primeiras 24h – 48h, e o CIV 
funciona como um reservatório (absorve o 
flúor do dentifrício fluoretado, por exemplo, e 
libera lentamente o flúor, tendo um ‘‘efeito 
esponja’’). 
 
• Coeficiente de expansão térmica 
 
 As estruturais dentárias (esmalte e 
dentina), assim como os materiais 
restauradores, sofrem alterações 
dimensionais, em função das alterações 
térmicas que ocorrem na boca. As mudanças 
de temperatura irão causar espaços na 
interface dente/restauração proporcionais aos 
coeficientes de dilatação ou contração dos 
materiais e do dente. Por essa interface 
poderão penetrar os fluidos orais, podendo 
causar irritação pulpar e recidiva de cárie. 
 Os cimentos de ionômero de vidro 
apresentam os coeficientes de expansão 
térmica mais próximos aos da estrutura 
dentária, sendo similar ao do esmalte e da 
dentina, e podendo variar entre as marcas. 
 
• Biocompatibilidade 
 
 A boa compatibilidade biológica dos 
cimentos de ionômero de vidro se explica por 
sua eficiente capacidade de vedamento 
marginal, impedindo a penetração bacteriana e 
seus efeitos deletérios à estrutura dental, 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 20 
devido a capacidade de liberarem flúor, em pH 
inicial baixo, adesão química a estrutura 
dentária e liberação de cátions metálicos. 
 O cimento de ionômero de vidro possui 
baixa resposta pulpar pois possui ácidos fracos 
na sua composição que não causam irritação e 
nem necrose. O ácido poliacrilico possui 
moléculas grandes, que obliteram os túbulos 
dentinários impedindo a chegada dos ácidos à 
polpa. 
 
• Resistência mecânica 
 
 A resistência mecânica do cimento de 
ionômero de vidro é inferior à dos compósitos 
(resinas compostas), e não é indicado para 
restaurações definitivas em adultos (devido a 
carga mastigatória), somente em crianças. 
 
CONTRA-INDICAÇÕES 
 
- Cavidades com perda de esmalte vestibular; 
- Áreas submetidas a grandes esforços 
mastigatórios. 
 
INDICAÇÕES 
 
- Restaurações em dentes anteriores e 
posteriores, permanentes e decíduos; 
 
- Adequação do meio bucal (caráter 
provisório); 
 
- Material de proteção, sendo usado como 
forro e base; 
 
- Selamento de cicatrículas e fissuras; 
 
- Cimentação de coroas, brackets, bandas etc; 
 
- Obturador de condutos; 
 
- Núcleos de preenchimento. 
 
 
 
ARMAZENAMENTO 
 
 O pó e a placa de vidro/bloco de papel 
encerado podem ser armazenados em 
ambiente refrigerado, enquanto o líquido deve 
ser armazenado em temperatura ambiente. 
 
PROPORCIONAMENTO 
 
- Deve-se sempre misturar o pó antes de 
manipular para que fique homogêneo; 
- Seguir as instruções do fabricante; 
- Usar pó e líquido SEMPRE do mesmo 
fabricante, assim como a concha dosadora. 
 
MANIPULAÇÃO 
 
• Manipulação manual: 
 
- Dividir o pó ao meio na placa de vidro; 
- Levar a primeira porção ao líquido e aglutinar 
durante 15s; 
- Depois levar a segunda porção à primeira e 
aglutinar por mais 15s. 
 
 
 
 
 
 
 
• Manipulação mecânica: 
 
- CIV em forma de cápsula; 
- Uso do amalgamador por 10s; 
- Utilizar logo após contato com o liquido. 
 
INSERÇÃO 
 
 A inserção pode ser feita com alguma 
espátula (metalálica ou plástica), calcador 
espatulado, porta hidróxido de cálcio ou 
seringa centrix. 
 
Não é recomendado espatular pois esse material é um 
gel, podendo romper as fibrilas e perder a resistência. 
Refrigerar a placa de vidro e a espátula aumenta o 
tempo de trabalho, porém não pode atingir a 
temperatura de orvalho (gotículas de água sobre a 
superfície) pois ocorre o efeito inverso. 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 21 
PREPARO DA SUPERFÍCIE DENTÁRIA 
 
1. Ácido poliacrílico de 10 a 25%; 
2. Lavar e secar (de preferência com 
bolinhas de algodão). 
 
PROTEÇÃO 
 
 O ionômero deve ser protegido (glaze) 
pois há muita água na sua composição, e essa 
água é perdida para o meio, causando 
ressecamento e trincas. Agentes utilizados para 
proteção: 
 
- Verniz; 
- Adesivo; 
- Esmalte para unha incolor; 
- Vaselina sólida. 
 
 
 
 
ACABAMENTO 
 
- O acabamento é feito com tiras de lixa de 
granulação fina, brocas multilaminadas, pontas 
diamantadas, discos e etc. 
 
- Os cimentos convencionais demandam até 
24h para fazer o acabamento; já os 
modificados por resina e por metais, pode dar 
o acabamento na mesma sessão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 6 
 
Remoção Seletiva de Tecido Cariado 
 
 Durante muitos anos, preconizou-se 
que o tratamento restaurador deveria consistir 
na remoção de toda dentina cariada e esmalte 
sem suporte, em função das características do 
material restaurador e pela intenção de 
eliminar a doença. Entretanto, com o 
conhecimento mais apurado da etiologia da 
doença cárie e o surgimento dos materiais 
adesivos, vem se buscando desenvolver uma 
abordagem terapêutica mais conservadora. A 
odontologia minimamente invasiva 
compreende o correto diagnóstico da atividade 
da doença cárie, o seu tratamento e estratégias 
de prevenção e manutenção da saúde bucal. A 
remoção total da lesão de cárie pode resultar 
em exposição do tecido pulpar, o que requer 
tratamentos mais invasivos e manipulação 
direta deste tecido. Atualmente, a remoção 
parcial do tecido cariado objetivando a 
manutenção da integridade da polpa tem sido 
considerada como a terapia de escolha no 
tratamento de lesões agudas e profundas, 
desde que certos princípios de diagnóstico 
sejam respeitados. 
 Como as alterações pulpares em lesões 
de cárie precedem a invasão de bactérias, a 
primeira reação da polpa não é degenerativa, 
mas sim de produção de dentina. Esta reação 
de defesa é a formação de dentina reparadora 
e obliteração dos túbulos dentinários. 
Clinicamente, observa-se escurecimento e 
endurecimento da dentina à medida que o 
preparo cavitário se aprofunda. A partir desses 
achados entende-se que não há a necessidade 
da completa remoção da dentina cariada. 
Estudos mostram que a lesão cariosa estaciona 
gradual ou completamente assim que ela é 
isolada do meio bucal. A remoção parcial do 
tecido cariado seguido do selamento definitivo 
da cavidade é capaz de paralisar o processo 
carioso e possibilitar uma remineralização da 
dentina cariada residual. 
A água é o componente mais importante do líquido, 
e está presente em 24% do cimento endurecido. 
Água perdida = ressecamento e trincas. 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 22 
Figura 14. Remoção de 
tecido cariado com broca 
carbide esférica para baixa 
rotação. 
Figura 15. Remoção de 
tecido cariado com 
instrumento manual (colher 
de dentina). 
 A perturbação do biofilme afeta a 
aderência, o metabolismo e a reprodução dos 
micro-organismos ocasionando a diminuição 
da desmineralização dentinária e da inflamação 
pulpar. O isolamento das bactérias do meio 
bucal provoca a paralisação da lesão cariosa e 
os micro-organismos remanescentes não 
causam o insucesso do tratamento 
restaurador. 
 Clinicamente, a dentina cariada pode 
serdividida em duas camadas, sendo uma 
externa e outra interna. 
 
• Camada externa 
 
A camada externa da dentina cariada é 
denominada de dentina infectada, e possui 
como características principais: 
 
- Textura amolecida; 
- Coloração amarelada; 
- Aspecto úmido; 
- Histologicamente desmineralizada, com 
degradação de fibras colágenas; 
- Altamente contaminada por micro-
organismos; 
- Não é passível de remineralização e deve ser 
totalmente removida durante o preparo da 
cavidade. 
 
• Camada interna 
 
A camada interna da dentina cariada é 
denominada de dentina afetada, e possui como 
características principais: 
 
- Consistência endurecida; 
- Coloração acastanhada; 
- Menor grau de desmineralização; 
- Preservação da integridade da malha 
colágena; 
- Número de bactérias reduzido; 
- Passível de remineralização, e por isso deve 
ser preservada; 
- Quando removida, sai em forma de lascas ou 
escamas. 
 
 
Figura 17. Dentina infectada e afetada. 
Remoção da cárie 
 
 Durante o exame clínico e antes de 
qualquer etapa operatória, deve-se 
diagnosticar e classificar as lesões de cárie 
através do código ICDAS. Primeiramente, deve-
se fazer uma profilaxia com pedra-pomes ou 
pasta profilática para remover qualquer coisa 
que esteja presente na superfície dental que 
atrapalhe o exame clínico e posterior 
diagnóstico. 
 Para realizar a remoção do tecido 
cariado, poderá ser utilizado brocas carbide em 
baixa rotação e colheres de dentina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Durante a remoção da cárie, somente 
deverá ser removida a dentina infectada, 
permanecendo desta forma a afetada para 
posterior remineralização. Deve-se remover 
somente tecido cariado das paredes 
circundantes, e não mexer na parede de fundo. 
Desta forma, as paredes circundantes e 
margens são zonas importantes para se obter 
uma boa adesão, e por isso devem ser 
Observações importantes: 
 
- Não utilizar sonda exploradora para avaliação 
de cárie; 
- Não utilizar ponta diamantada para remoção 
de tecido cariado em dentina. 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 23 
superfícies bem limpas e devidamente 
preparadas numa dentina que permita boa 
interação com os sistemas adesivos. É 
importante manter o equilíbrio entre remover 
o tecido cariado sem gerar grandes injúrias a 
polpa e remover o tecido cariado de uma forma 
adequada para que haja boa adesão, bom 
selamento, e sucesso maior da restauração. Em 
lesões muito profundas, a dentina 
desorganizada/amolecida pode permanecer, 
desde que haja um bom selamento marginal da 
restauração, pois uma vez que os micro-
organismos estão selados e não tem acesso a 
substratos do meio externo, não conseguem 
promover a progressão da lesão, fazendo com 
que ela seja paralisada e esses micro-
organismos se tornem inviáveis. 
 
• Lesões rasas e médias 
 
Remoção total do tecido cariado da parede 
circundante e parcial da parede de fundo até se 
obter uma dentina de aspecto firme. 
 
• Lesões profundas 
 
Remoção seletiva do tecido cariado até se 
obter uma dentina amolecida. 
 
 No momento de remover o tecido 
cariado, deve-se levar em consideração a 
textura, e não a cor. Ex: se a dentina estiver 
escura, porém rígida, não se deve removê-la. 
 
• Dentina amolecida (infectada): remover 
completamente. 
 
• Dentina firme (afetada): remover somente 
das paredes circundantes. 
 
• Dentina rígida (em remineralização): não 
remover. 
 
Protocolo clínico para restauração 
 
• Isolamento absoluto do campo operatório; 
• Profilaxia do dente a ser restaurado com 
pedra-pomes; 
• Remoção parcial do tecido cariado com 
curetas de dentina ou instrumento 
rotatório para baixa rotação, com tamanho 
compatível com o da lesão cariosa; 
• Condicionamento ácido; 
• Lavagem com jatos de água; 
• Secagem cuidadosa com ar e bolinhas de 
algodão; 
• Aplicação e polimerização do sistema 
adesivo, no esmalte e na dentina, de acordo 
com as recomendações do fabricante; 
• Inserção incremental da resina composta e 
polimerização. 
 
Tratamento expectante 
 
 O tratamento expectante é um método 
eficaz para dentes muito afetados com lesões 
cariosas severas, profundas e com pulpite 
reversível. Entretanto, pesquisas mostram que 
os protocolos de remoção seletiva (remoção do 
tecido cariado + restauração definitiva na 
mesma sessão) teve melhores resultados de 
sobrevida se comparado ao tratamento 
expectante. 
 
• Protocolo clínico 
 
1. Remoção da cárie com escavadores de 
dentina e brocas carbide esféricas; 
 
2. Lavar a cavidade com a solução de hidróxido 
de cálcio, e logo depois secar; 
 
3. Inserir o cimento de hidróxido de cálcio + 
óxido de zinco e eugenol (sem excesso de 
eugenol) ou CIV; 
 
4. Aguardar de 45 a 60 dias; 
 
5. Fazer o acompanhamento radiográfico; 
 
- Se houver dor, deverá ser feito tratamento 
endodôntico, e se não houver, deve-se 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 24 
observar se há formação de dentina 
secundária, remover esses materiais, proteger 
o complexo dentino-pulpar e restaurar 
definitivamente. 
 
Aula 7 
 
Resinas Compostas 
 
 As resinas compostas são materiais 
restauradores estéticos diretos, amplamente 
utilizados em odontologia, e são formados por 
3 componentes principais: a matriz orgânica, a 
carga e os agentes de união. Esses compósitos 
são utilizados para restaurar e repor tecidos 
dentais perdidos através de processos 
infecciosos ou trauma, e para assentar e 
cimentar coroas e facetas e outros dispositivos 
odontológicos pré-fabricados. As resinas 
compostas são capazes de devolver estética e 
função em apenas uma sessão. 
 
Indicações 
 
- Restaurações estéticas diretas e indiretas em 
dentes anteriores e posteriores; 
- Colagem de fragmentos; 
- Fechamento de diastema; 
- Restauração em dentes conóides. 
 
Composição 
 
1. MATRIZ RESINOSA 
 
•	Monômeros mais utilizados: 
 
- BIS-GMA 
- UDMA 
- BIS-EMAC 
- Diluentes TEG – DMA 
 
Obs: a matriz resinosa é a parte mais frágil da 
resina composta. 
 
Os monômeros possuem um aspecto viscoso e 
por isso é necessário incorporar diluentes para 
que se consiga adicionar carga. Quanto mais 
carga, melhor. 
 
Obs: serão incorporados a matriz resinosa ↓ 
 
1. Partículas de Carga (inorgânicas) 
2. Pigmentos 
3. Iniciadores de Polimerização 
4. Agentes de União 
 
2. PARTÍCULAS DE CARGA 
 
- Quartzo: partícula dura e irregular (diâmetro 
15μm); 
- Vidro: partícula menor e mais uniforme 
(bório, bário, alumínio; diâmetro de 1 a 5 μm); 
- Sílica (diâmetro de 0,2 a 0,4 μm). 
 
Obs: quanto menor a partícula da carga, 
melhor. 
 
•	Funções 
 
- Dar estabilidade dimensional à matriz; 
- Diminuir a contração o de polimerização; 
- Diminuir a sorção de água; 
- Aumentar a resistência (tração, compressão e 
abrasão); 
- Dar radiopacidade ao material. 
 
3. AGENTES DE UNIÃO 
 
- Organosilano (é um silano); 
 
•	Função 
 
- Unir a carga à matriz resinosa; 
- Transferir as tensões da matriz (que é frágil) 
para a carga. 
 
4. INICIADORES DE POLIMERIZAÇÃO 
 
• Peróxido de benzoíla (iniciador) → Amina 
(ativador/ autopolimerizável – a amina ativa 
o peróxido de benzoíla). 
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 25 
Figura 18. Desenho esquemático da composição das resinas 
compostas. 
• Canforoquinona (iniciador) → luz visível 
(ativador/ fotopolimerizável – a luz do 
fotopolimerizador ativa a canforoquinona). 
 
Obs: a resina fotopolimerizável proporciona 
um maior tempo de trabalho, pois só 
polimeriza quando há incidência de luz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação quanto ao tamanho 
das partículas de carga 
 
1. MACROPARTÍCULAS 
 
- Formada por partículas de 15 a 100 
micrometros; 
- Possui quartzo na composição; 
- Devido à dureza/tamanho não possui bom 
polimento e pode deixar poros; 
- Possui resistência, porém deixa a desejar em 
relação a estética; 
- Pigmenta facilmente devido aos poros. 
- Não é mais indicada; 
 
2. MICROPARTÍCULAS 
 
- Formada por partículas de 0,01 a 0,04 
micrometros; 
- Possui lisura superficial; 
- É translúcida;- Possui excelente estética. 
 
• Limitações 
 
- Maior sorção de água; 
- Alto coeficiente de expansão térmica; 
- Alta capacidade de deformação; 
- Alta capacidade de polimerização; 
- Não possui resistência devido à menor 
quantidade de partículas de carga. 
 
• Indicações 
 
Indicada somente em dentes anteriores onde a 
estética é o fator principal. 
 
3. HÍBRIDAS 
 
- São constituídas de macropartículas + 
micropartículas, que variam entre 0,05 a 5 
micrometros; 
- Atualmente são as mais utilizadas; 
- Possui lisura superficial aceitável; 
- Possui resistência a compressão e desgaste. 
 
• Indicações 
 
Pode ser usada em dentes anteriores e 
posteriores. 
 
3.1 HÍBRIDAS DE BAIXA VISCOSIDADE – FLOW/ 
FLOWABLE 
 
São menos resistentes devido à alta quantidade 
de matriz resinosa e menor quantidade de 
carga (o que as torna mais fluidas). 
 
• Indicações 
 
- Cavidades conservadoras de classe I; 
- Selantes de fossas e fissuras; 
- Reparos de restaurações de resina; 
- Restaurações tipo túnel; 
- Restaurações de lesões cervicais não-cariosas 
(LCNC). 
 
3.2 NANOHÍBRIDAS 
 
São constituídas por partículas híbridas + 
nanométricas, tendo como partículas de carga 
a sílica e a zircônia. Ex: Empress Direct 
(Evoclar). 
 
 
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 26 
• Indicações 
 
 Pode ser usada em dentes anteriores e 
posteriores. 
 
• Vantagens 
 
- Menor módulo de elasticidade; 
- Alta capacidade de escoamento e vedação; 
- Facilidade de aplicação (injetável); 
- Variedade de cores. 
 
• Limitações 
 
Possui propriedades mecânicas inferiores 
quando comparadas com as resinas híbridas 
convencionais. Isso ocorre pois possui pouca 
quantidade de carga e muita matriz resinosa, e 
consequentemente, baixa resistência. Possui 
ainda maior contração de polimerização. 
 
4. NANOPARTÍCULAS 
 
- São compostas somente por partículas 
nanométricas; 
- Sua carga é composta por sílica e zircônia; 
- Possui excelente polimento; 
- Possui lisura superficial; 
- Proporciona manutenção de brilho. 
 
Ex: Z350 XT (3M) e Filtek Supreme (3M). 
 
• Indicações 
 
Pode ser usada em dentes anteriores e 
posteriores. 
 
5. RESINAS BULK FILL 
 
São resinas que oferecem a possibilidade de 
preenchimento da cavidade com único 
incremento, pois tem baixa contração de 
polimerização. 
 
 
 
 
• Propriedadades 
 
- Incrementos de 4 a 6mm; 
- Baixa contração de polimerização; 
- Maior translucidez. 
 
• Indicações 
 
- Dentes posteriores; 
- Dentes decíduos; 
- Núcleos de preenchimento; 
- Base e forramento de restaurações diretas; 
- Reparo de defeitos em porcelanas, esmalte ou 
provisórios. 
 
Seleção de cor das resinas 
 
- Os dentes devem estar limpos e úmidos 
(profixalia prévia a seleção de cor com pedra-
pomes); 
- Deve ser feita sob luz natural ou iluminação 
especial; 
- Deve-se aplicar uma pequena porção de 
resina sobre o dente e fotopolimerizar para 
verificar se é compatível com a cor do dente a 
ser restaurado. 
 
 
Figura 19. Pequenas "bolinhas" de resina composta 
sobre o dente para seleção correta da cor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 27 
Figura 20. Aplicação da resina acrílica sobre a face vestibular do 
dente previamente isolado com vaselina. 
Aula 8 
 
Facetas diretas em resina composta 
 
 As facetas diretas em resina composta 
oferecem melhoria na estética pelo 
recobrimento da face vestibular dos dentes 
mediante a inserção de uma ou mais camadas 
de resina composta. A execução de facetas 
diretas tornou-se popular devido a 
possibilidade de conservação de estrutura 
dental e excelentes resultados estéticos. 
 
Indicações 
 
- Dentes com alteração de cor; 
- Realinhar dentes inclinados para lingual; 
- Dentes anteriores fraturados; 
- Dentes malformados: incisivos laterais 
conóides, dentes anteriores hipoplásicos, 
incisivos de Hutchinson, etc; 
- Dentes anteriores com múltiplas restaurações 
na face vestibular; 
- Reduzir ou fechar diastemas. 
 
Vantagens 
 
- Possibilidade de serem reparadas; 
- Dispensam etapas de laboratório; 
- Não requerem provisório; 
- Não requerem moldagem; 
- Preparo mais conservador; 
- Redução de custo. 
 
Desvantagens 
 
- Risco de bolhas de ar sob a superfície das 
facetas. O ar aprisionado entre os incrementos 
da resina pode deixar poros, havendo risco de 
manchamento; 
- Exige habilidade e senso artístico profissional; 
- Algumas resinas são susceptíveis ao 
lascamento; 
- Dificuldade de mascarar o substrato 
escurecido do dente. 
 
Técnicas clínicas 
 
As facetas diretas em resina composta podem 
ser confeccionadas através da técnica direta 
sem matriz ou técnica direta com matriz. 
 
A) TÉCNICA DIRETA SEM MATRIZ 
 
Feita à mão livre pelo profissional. 
 
B) TÉCNICA DIRETA COM MATRIZ 
 
 O primeiro passo é a confecção de guias 
de silicone ou resina acrílica, diretamente 
sobre os dentes. Deve-se ter cuidado para que 
o material seja bem adaptado à superfície 
dental, a fim de reproduzir corretamente seus 
contornos e detalhes anatômicos. 
 Antes do preparo, deve-se confeccionar 
as matrizes. Para a confecção da matriz com 
resina acrílica, deve-se isolar com vaselina o 
dente que será copiado, bem como os dentes 
adjacentes. A seguir, através da técnica do 
pincel, são aplicadas camadas de acrílico 
incolor na face vestibular do dente. É 
importante que o acrílico se estenda um pouco 
em direção aos dentes adjacentes, pois após o 
preparo, são eles que garantem o 
posicionamento correto da matriz. Um 
pequeno cabo também pode ser criado, a fim 
de facilitar o manuseio. Após a polimerização 
do acrílico, a matriz é removida e armazenada 
em água. Em seguida, deve-se isolar o molde e 
começar a inserir a resina composta, levar a 
matriz sobre o dente preparado, devolvendo a 
forma anterior do dente. 
 
 
 
 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 28 
Figura 21. Resultado final após polimerização da resina acrílica. 
Figura 22. Matriz confeccionada com silicone. 
Figura 23. Confecção de canaleta na região 
cervical com ponta diamantada esférica. 
Figura 24. Confecção dos sulcos longitudinais com 
ponta diamantada troncocônica respeitando as 
inclinações da face vestibular. 
Figura 26. União dos sulcos 
de orientação. 
Figura 25. Refinamento do 
preparo com pontas 
diamantadas de granulação 
fina e extrafina. 
 
 
 
 
 
 
 
 Essa técnica pode ser feita também com 
silicone, onde deve-se moldar, cortar e 
desprezar a parte vestibular, ficando somente 
com a palatina, acrescentando a resina 
composta até preencher o espaço vazio do 
molde. 
 
 
 
 
 
 
 
• SEQUÊNCIA CLÍNICA DAS FACETAS DIRETAS 
 
1) Profilaxia 
 
A profilaxia deve ser feita com pedra-pomes, 
escova Robson e água. 
 
2) Seleção de cor 
 
A seleção de cor é feita através da técnica visual 
antes do preparo. 
 
3) Seleção da resina composta 
 
São indicadas resinas compostas híbridas e 
microparticuladas de cores opacas para 
dentina e translúcidas para esmalte. 
 
4) Preparo cavitário 
 
São utilizadas pontas diamantadas esféricas de 
nº 1012, 1013 ou 1014 (dependendo do grau 
de desgaste) e troncocônicas com extremidade 
arredondada de nº 2135, 4138 ou 3216. 
 
- Com alta rotação e uma ponta diamantada 
esférica inclinada na superfície do dente a 45º, 
deve-se iniciar a confecção da canaleta 
orientadora na região cervical supra-gengival. A 
profundidade de desgaste deve ser de metade 
da espessura da ponta ativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Com a ponta diamantada troncocônica, deve-
se confeccionar as canaletas orietandoras no 
sentido cervico-incisal. Os sulcos são 
executados respeitando-se os planos de 
inclinação dos terços cervical, médio e incisal 
da face vestibular. A profundidade de desgaste 
deve ser da metade da ponta ativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Por último, é feita a união dos sulcos de 
orientação e acabamento do preparo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5) Aplicação do sistema adesivo 
 
- Deve ser feito condicionamento ácido com 
ácido fosfórico por 15s, lavar por 30s e secar.Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 29 
Figura 27. Condicionamento ácido do substrato dental 
seguido de aplicação do adesivo. 
Figura 28. Inserção da resina composta na matriz. 
Figura 29. Assentamento da matriz 
preenchida com resina composta. 
Figura 26. Remoção dos 
excessos proximais com bisturi. 
Figura 27. Acabamento com 
lixa abrasiva. 
Figura 28. Polimento com disco 
de feltro e pastas especiais. 
- Após o condicionamento ácido é feita a 
aplicação do sistema adesivo seguido da 
fotopolimerização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6) Restauração 
 
 Nesta etapa, será empregada a matriz 
acrílica confeccionada previamente. Graças à 
sua transparência, a matriz permite a 
passagem de luz e, consequentemente, a 
fotopolimerização do compósito. Para 
utilização da matriz, o primeiro passo é a 
lubrificação de sua superfície interna com 
vaselina. A seguir, o compósito é 
cuidadosamente aplicado na matriz de acrílico 
em volume suficiente para se unir a toda a 
superfície do dente. É preferível que seja 
aplicado compósito em excesso, para garantir 
o preenchimento de todos os espaços. O que 
não pode acontecer, é a aplicação de uma 
quantidade de material restaurador menor do 
que a necessária, visto que a presença de 
vaselina na matriz impede que se acrescente 
compósito após a remoção desta. Após o 
preenchimento, a matriz é levada em posição e 
pressionada até que se tenha certeza de seu 
completo assentamento, garantido pelas 
projeções de acrílico realizadas sobre os dentes 
adjacentes. Os excessos de resina composta 
extravasam e são removidos com o auxílio de 
uma sonda exploradora ou de um pincel. A 
fotoativação inicial é realizada através da 
matriz de acrílico, por apenas 5 segundos, para 
que não ocorra a união entre a resina composta 
e a resina acrílica da matriz. Feito isso, a matriz 
é removida e o compósito recebe a 
fotoativação inicial, por tempo igual ou 
superior recomendado pelo fabricante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7) Acabamento, ajuste oclusal e polimento 
 
 Uma vez que a matriz de acrílico é capaz 
de reproduzir a forma e a textura originais da 
superfície vestibular com extrema fidelidade, 
os procedimentos de acabamento e polimento 
consistem, basicamente, na eliminação de 
excessos marginais e no estabelecimento de 
brilho compatível com os dentes adjacentes. 
 
- Deve ser feita a remoção dos excessos 
proximais com lâmina de bisturi; 
- Ajuste oclusal: deve-se checar a MIH, a guia 
incisal e guia canina; 
- Para o acabamento são utilizadas pontas 
diamantadas de granulação fina e extrafina; 
- Para o polimento são utilizados discos de lixa 
e borrachas abrasivas. De preferência, o 
polimento deve ser feito após um período de 
no mínimo 24h após feita a restauração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 30 
Aula 9 
 
Preparo e Restauração com Resina 
Composta: Classe I, II, III, IV e V 
 
Instrumental necessário 
 
• Para preparo da cavidade 
 
- Pontas diamantadas (desgaste); 
- Brocas carbide (corte); 
- Brocas de aço; 
- Cortantes manuais (colher de dentina). 
 
• Para restauração 
 
- Ácido fosfórico a 37%; 
- Adesivo dentinário; 
- Resina composta; 
- Espátulas para inserção; 
- Fotopolimerizador; 
- Sistema de matrizes. 
 
Preparo para classe I 
 
1. Fazer isolamento do campo operatório 
(sempre que possível, fazer com dique 
de borracha); 
2. O preparo deve ser restrito a área da 
lesão cariosa; 
3. Iniciar o preparo com broca esférica lisa 
para corte (alta ou baixa rotação); 
4. Pode-se utilizar também as pontas 
diamantadas esféricas para desgaste 
(1011,1012,1013,1014,1015). O 
tamanho da ponta ativa deve ser 
escolhido de acordo com o tamanho da 
lesão cariosa; 
5. Após a remoção do tecido cariado, 
utilizar a colher de dentina para 
remover o tecido cariado 
remanescente (em algumas situações 
clinicas, a colher de dentina pode ser 
utilizada antes da broca); 
6. O ângulo cavosuperficial deve ser nítido 
e sem bisel; 
7. Com o preparo feito, deve-se fazer o 
condicionamento ácido com ácido 
fosfórico a 37% por 30s em esmalte e 
15s em dentina. 
8. Lavar por 30s e secar levemente; 
9. Aplicar o sistema adesivo (pode ser com 
pincel ou microbrush) e fotopolimerizar 
por aproximadamente 15s; 
10. Inserir a resina composta na cavidade 
em pequenos incrementos para 
minimizar a contração de polimerização 
e fotopolimerizar incremento por 
incremento por 40s. A inserção da 
resina deve ser feita de forma que 
devolva a estrutura anatômica do dente 
(sulcos, focetas, etc); 
11. Fazer a escultura na última camada, 
utilizando a sonda exploradora; 
12. Utilizar o pincel pelo de Marta para 
alisar a superfície; 
13. Fotopolimerizar por 40s; 
14. Aplicar algum lubrificante (ex: KY) na 
última camada e fotopolimerizar 
novamente por 20s; 
15. Após a inserção, remover o isolamento; 
16. Fazer o ajuste oclusal com carbono; 
17. Fazer o acabamento e polimento. 
 
 
Figura 30. Remoção do tecido cariado com broca esférica. 
 
 
 
 
 
 
Figura 31. Condicionamento ácido, secagem, aplicação 
do adesivo e fotopolimerização, respectivamente. 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 31 
 
Figura 32. material restaurador sendo inserido em 
pequenos incrementos e fotopolimerizado. 
 
Figura 33. Acabamento e polimento com borrachas abrasivas. 
 
Figura 34. Resultado final. 
POR QUE USAR O LUBRIFICANTE? 
 
O lubrificante impede a oxidação da última 
camada de resina. 
 
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES 
 
- Não se deve secar muito a cavidade pois 
quando seca excessivamente, as fibras 
colágenas desidratam, impedindo a 
penetração do adesivo, não formando os TAGs 
e nem a camada híbrida. A dentina deve estar 
úmida. 
 
- Para fazer a inserção da 
resina, deve-se colocar num 
pote dappen a quantidade 
necessária para evitar 
contaminação cruzada. 
- Deve-se diminuir o fator de 
contração de polimerização, inserindo os 
incrementos de forma que fique pouca resina 
presa no dente, e com uma maior área livre de 
resina. Quanto menor o fator C, melhor. 
- As duas formas de diminuir a contração de 
polimerização são: inserir em pequenos 
incrementos e diminuir o fator C. 
 
Preparo para classe II 
 
1. Fazer isolamento do campo operatório 
(sempre que possível, fazer com dique 
de borracha); 
2. O preparo deve ser restrito a área da 
lesão cariosa; 
3. Colocar a matriz de aço para proteger o 
dente vizinho; 
4. Estabilizar a matriz com cunha de 
madeira (tanto na face vestibular, 
quanto na palatina/lingual) ou porta 
matriz; 
5. Iniciar o preparo com broca esférica lisa 
para corte (alta ou baixa rotação); 
6. Pode-se utilizar também as pontas 
diamantadas esféricas para desgaste 
(1011,1012,1013,1014,1015). O 
tamanho da ponta ativa deve ser 
escolhido de acordo com o tamanho da 
lesão cariosa; 
7. Após a remoção do tecido cariado, 
utilizar a colher de dentina para 
remover o tecido cariado 
remanescente (em algumas situações 
clinicas, a colher de dentina pode ser 
utilizada antes da broca); 
8. O ângulo cavosuperficial deve ser nítido 
e sem bisel; 
9. Com o preparo feito, deve-se fazer o 
condicionamento ácido com ácido 
fosfórico a 37% por 30s em esmalte e 
15s em dentina; 
10. Lavar por 30s e secar levemente; 
11. Aplicar o sistema adesivo (pode ser com 
pincel ou microbrush) e fotopolimerizar 
por aproximadamente 15s; 
12. A inserção da resina deve ser iniciada 
pela caixa proximal, transformando a 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 32 
Figura 36. Posicionamento das matrizes para remoção de 
tecido cariado nas paredes proximais mesial e distal. 
classe II numa classe I. Transformada 
numa classe I, pode-se retirar a matriz 
de aço e a cunha/porta matriz; 
13. Inserir a resina composta na cavidade 
em pequenos incrementos para 
minimizar a contração de polimerização 
e fotopolimerizar incremento por 
incremento por 40s. A inserção da 
resina deve ser feita de forma que 
devolva a estrutura anatômica do dente 
(sulcos, focetas,etc); 
14. Fazer a escultura na última camada, 
utilizando a sonda exploradora; 
15. Utilizar o pincel pelo de Marta para 
alisar a superfície; 
16. Fotopolimerizar por 40s; 
17. Aplicar algum lubrificante (ex: KY) na 
última camada e fotopolimerizar 
novamente por 20s; 
18. Após a inserção, remover o isolamento; 
19. Fazer o ajuste oclusal com carbono; 
20. Fazer o acabamento e polimento. 
 
 
Figura 35. Remoção do tecido cariado com broca esférica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 37. Dente preparado. 
 
Figura 38. Condicionamento ácido, secagem, aplicação 
do adesivo e fotopolimerização, respectivamente 
 
Figura 39. Confecção das paredes proximais mesial e distal. 
 
Figura 40. Cavidade transformada em classe I após 
confecção das paredes proximais mesial e distal, 
possibilitando a remoção das matrizes. 
 
Figura 41. Material restaurador sendo inserido em 
pequenos incrementos e fotopolimerizado. 
 
Figura 42. Acabamento e polimento. 
 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 33 
 
Figura 43. Resultado final. 
Preparo para classe III 
 
1. Fazer isolamento do campo operatório 
(sempre que possível, fazer com dique 
de borracha); 
2. O preparo deve ser restrito a área da 
lesão cariosa; 
3. Antes de iniciar o preparo, deve-se 
colocar a matriz de aço para proteger o 
dente vizinho; 
4. Iniciar o preparo com broca esférica lisa 
para corte (alta ou baixa rotação), 
fazendo o acesso pela face vestibular ou 
lingual/palatina; 
5. Pode-se utilizar também as pontas 
diamantadas esféricas para desgaste 
(1011,1012,1013,1014,1015) e a ponta 
em forma de chama (nº 1111, 3118) 
para fazer o bisel. O tamanho da ponta 
ativa deve ser escolhido de acordo com 
o tamanho da lesão cariosa; 
6. Após a remoção do tecido cariado, 
utilizar a colher de dentina para 
remover o tecido cariado 
remanescente; 
7. O ângulo cavosuperficial deve estar 
biselado; 
8. Deve-se preservar ao máximo a face 
vestibular; 
9. Com o preparo feito, deve-se fazer o 
condicionamento ácido com ácido 
fosfórico a 37% por 30s em esmalte e 
15s em dentina; 
10. Lavar por 30s e secar levemente; 
11. Aplicar o sistema adesivo (pode ser com 
pincel ou microbrush) e fotopolimerizar 
por aproximadamente 15s; 
12. Colocar a matriz de poliéster para 
realizar a restauração; 
13. Inserir a resina composta na cavidade 
em pequenos incrementos para 
minimizar a contração de polimerização 
e fotopolimerizar incremento por 
incremento por 40s. A inserção da 
resina deve ser feita de forma que 
devolva a estrutura anatômica do 
dente; 
14. Utilizar o pincel pelo de Marta para 
alisar a superfície; 
15. Fotopolimerizar por 40s; 
16. Aplicar algum lubrificante (ex: KY) na 
última camada e fotopolimerizar 
novamente por 20s; 
17. Após a inserção, remover o isolamento; 
18. Fazer o ajuste oclusal com carbono; 
19. Fazer o acabamento e polimento. 
 
 
Figura 44. Remoção do tecido cariado. 
Matriz de aço já posicionada. 
 
Figura 45. Condicionamento ácido, secagem, aplicação 
do adesivo e fotopolimerização, respectivamente. 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 34 
 
Figura 46. Adição dos incrementos de resina, com a tira de 
poliéster já posicionada, e confecção da parede proximal. 
 
Figura 47. Adição dos incrementos de resina, com a parede 
proximal confeccionada e tira de poliéster removida, seguida 
de fotopolimerização. 
 
Figura 48. Acabamento e polimento. 
 
Figura 49. Resultado final. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Preparo para classe IV 
 
1. Fazer isolamento do campo operatório 
(sempre que possível, fazer com dique 
de borracha); 
2. O preparo deve ser restrito a área da 
lesão cariosa; 
3. Em casos de acidentes (fraturas), se não 
tiver lesão cariosa, deve-se fazer o bisel 
com a ponta diamantada em forma de 
chama; 
4. Antes de iniciar o preparo, deve-se 
colocar a matriz de aço para proteger o 
dente vizinho; 
5. Iniciar o preparo com broca esférica lisa 
para corte (alta ou baixa rotação), 
fazendo o acesso pela face vestibular ou 
lingual/palatina; 
6. Pode-se utilizar também as pontas 
diamantadas esféricas para desgaste 
(1011,1012,1013,1014,1015) e a ponta 
em forma de chama (nº 1111, 3118) 
para fazer o bisel. O tamanho da ponta 
ativa deve ser escolhido de acordo com 
o tamanho da lesão cariosa; 
7. O ângulo cavosuperficial deve estar 
biselado; 
8. Com o preparo feito, deve-se fazer o 
condicionamento ácido com ácido 
fosfórico a 37% por 30s em esmalte e 
15s em dentina; 
9. Lavar por 30s e secar levemente; 
10. Aplicar o sistema adesivo (pode ser com 
pincel ou microbrush) e fotopolimerizar 
por aproximadamente 15s; 
11. Colocar a matriz de poliéster para 
realizar a restauração; 
12. Inserir a resina composta na cavidade 
em pequenos incrementos para 
minimizar a contração de polimerização 
e fotopolimerizar incremento por 
incremento por 40s. A inserção da 
resina deve ser feita de forma que 
devolva a estrutura anatômica do 
dente. 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 35 
13. Utilizar o pincel pelo de Marta para 
alisar a superfície; 
14. Fotopolimerizar por 40s; 
15. Aplicar algum lubrificante (ex: KY) na 
última camada e fotopolimerizar 
novamente por 20s; 
16. Após a inserção, remover o isolamento; 
17. Fazer o ajuste oclusal com carbono; 
18. Fazer o acabamento e polimento. 
 
 
Figura 50. Preparo do dente, com matriz de aço já 
posicionada. 
 
Figura 51. Bisel sendo confeccionado com 
ponta em forma de chama a 45º. 
 
Figura 52. Condicionamento ácido, secagem, aplicação 
do adesivo e fotopolimerização, respectivamente. Tira de 
poliéster já posicionada. 
 
Figura 53. Adição dos incrementos de resina, com a face 
palatina e proximal já confeccionada e tira de poliéster 
removida, seguida de fotopolimerização. 
 
Figura 54. Acabamento e polimento. 
 
Figura 55. Resultado final. 
Preparo para classe V 
 
1. Fazer isolamento do campo operatório 
(sempre que possível, fazer com dique 
de borracha); 
2. O preparo deve ser restrito a área da 
lesão cariosa; 
3. Iniciar o preparo com broca esférica lisa 
para corte (alta ou baixa rotação); 
4. Pode-se utilizar também as pontas 
diamantadas esféricas para desgaste 
(1011,1012,1013,1014,1015) e a ponta 
em forma de chama (nº 1111, 3118) 
para fazer o bisel. O tamanho da ponta 
ativa deve ser escolhido de acordo com 
o tamanho da lesão cariosa; 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 36 
5. O ângulo cavosuperficial deve estar 
biselado; 
6. Com o preparo feito, deve-se fazer o 
condicionamento ácido com ácido 
fosfórico a 37% por 30s em esmalte e 
15s em dentina; 
7. Lavar por 30s e secar levemente; 
8. Aplicar o sistema adesivo (pode ser com 
pincel ou microbrush) e fotopolimerizar 
por aproximadamente 15s; 
9. Inserir a resina composta na cavidade 
em pequenos incrementos para 
minimizar a contração de polimerização 
e fotopolimerizar incremento por 
incremento por 40s. A inserção da 
resina deve ser feita de forma que 
devolva a estrutura anatômica do 
dente; 
10. Utilizar o pincel pelo de Marta para 
alisar a superfície; 
11. Fotopolimerizar por 40s; 
12. Aplicar algum lubrificante (ex: KY) na 
última camada e fotopolimerizar 
novamente por 20s; 
13. Após a inserção, remover o isolamento; 
14. Fazer o acabamento e polimento. 
 
 
Figura 56. Remoção do tecido cariado com broca esférica. 
 
Figura 57. Condicionamento ácido, secagem, aplicação 
do adesivo e fotopolimerização, respectivamente. 
 
Figura 58. Material restaurador sendo inserido em 
pequenos incrementos e fotopolimerizado. 
 
Figura 59. Acabamento e polimento. 
 
Figura 60. Resultado final. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 37 
Aula 10 
 
Protocolos para atendimento 
em dentística 
 
 Para dar início a cada procedimento, é 
necessário que o

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