Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE - IFRN RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA DE QUÍMICA (Reações Químicas) Mossoró, RN Julho, 2016 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 3 2. OBJETIVOS ........................................................................................................................ 4 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................................... 5 3.1 Síntese ou Adição ................................................................................................................ 5 3.2 Análise ou Decomposição ................................................................................................... 5 3.3 Simples Troca ou Deslocamento ......................................................................................... 5 3.4 Dupla Troca ou de dupla substituição ................................................................................. 5 4. METODOLOGIA ............................................................................................................... 6 4.1 Materiais e reagentes utilizados .......................................................................................... 6 4.2 Procedimento Experimental .......................................................................................... 7 5. RESULTADOS ................................................................................................................... 9 6. CONCLUSÕES ................................................................................................................. 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 11 3 1. INTRODUÇÃO Existe um mundo imenso por trás das reações químicas, elas nos rodeiam, se levarmos em conta apenas o nosso corpo, a cada segundo está acontecendo alguma transformação química nele, por isso que estamos vivos. Uma reação química (ou transformação química) é um acontecimento em que uma ou mais substâncias se transformam em uma ou mais novas substâncias. Equação química é representação gráfica de uma reação química (PERUZZO, 2006). Algumas reações são muito lentas (demoram dias, meses, anos), como acontece com o apodrecimento de uma fruta ou o aparecimento de ferrugem em um pedaço de metal, por isso que determinadas das reações passam despercebidas por nossos olhos. Uma reação química ocorre quando certas substâncias sofrem transformações em relação ao seu estado inicial (reagentes). Para que isso possa acontecer, as ligações entre átomos e moléculas devem ser rompidas e devem ser restabelecidas de outra maneira, gerando novas substâncias (produtos). (SOUZA, 2008) Para evidenciar as reações é necessário que ocorra mudança de mudança de cor; liberação de um gás (efervescência); formação de um sólido; aparecimento de chama ou luminosidade. Quando a reação libera calor, é chamado de exotérmica (do grego: exo, “para fora”). (PERUZZO, 2006). As reações químicas podem ser classificadas da seguinte forma conforme o seu produto e o reagente: • Reação de síntese ou de adição; • Reação de analise ou decomposição; • Reação de deslocamento ou de simples-troca; • Reação de dupla-troca ou de dupla substituição. 4 2. OBJETIVOS Identificar os diferentes tipos de reações químicas. Classificar e equacionar reações químicas. 5 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA As reações químicas foram descobertas a muito tempo atrás pelos alquimistas que nessa época ainda não haviam químicos e muito menos um estudo aprofundado das interações moleculares entre os elementos químicos, elas ocorrem quando uma certa quantidade (mol) de elementos reagem entre se produzindo uma substância a partir do reaproveitamento de átomos, as interações intermoleculares podem ocorrer das seguintes maneiras: 3.1 Síntese ou Adição Ocorre quando duas ou mais substâncias reagem, produzindo uma única substancia mais complexa. (FELTRE, 1928) Exemplos: H2(g) + O2(g) → H2O(l) 3.2 Análise ou Decomposição É a reação onde uma substância se divide em duas ou mais substâncias de estrutura mais simples. (FOGAÇA, 2016) Exemplos: 2NaN3(s) → 3N2(g) + 2Na(s) (NH4)2Cr2O7(S) → N2(g) + Cr2O3(S) + 4H2O(g) Alguma reação de decomposição recebe nomes diferenciados, como (FELTRE, 1928): • Pirólise: Se decompõe pelo calor (na indústria é conhecido também como calcinação); Exemplo: 2 Cu(NO3)2(s) → 2 CuO(s) + 4NO2(g) + O2(g) • Fotólise: Decomposição pela luz; Exemplo: H2O2(aq) → H2O(l) + ½ O2(g) • Eletrólise: É decomposta pela eletricidade. Exemplo: H2O(l) → H2(g) + ½ O2(g) 3.3 Simples Troca ou Deslocamento Em uma reação de deslocamento ou de simples troca há dois reagentes e dois produtos. Entre os dois reagentes, um é substância inorgânica simples e o outro é uma substância inorgânica composta; com os produtos acontece o mesmo. (PERUZZO, 2006). Exemplos: Mg(s) + HCl(aq) → H2(g) + MgCl2(s) Fe(s) + 2HCl(aq) → H2(g) + FeCl2(aq) 3.4 Dupla Troca ou de dupla substituição Diz-se que uma reação é de dupla troca quando há dois reagentes e dois produtos, todos de substâncias inorgânicas compostas, e ocorre uma espécie de “troca”, conforme mostra nos exemplos a seguir. (PERUZZO, 2006). Exemplos: HCl(aq) + NaOH(aq) → NaCl(s) + H2O(l) Pb(NO3)2(aq) + 2KI(aq) → 2KNO3(aq) + PbI2(S) 6 Para uma reação de dupla trocar formar um precipitado é necessário que tenhamos reagentes solúveis e ao menos um produto insolúvel. (PERUZZO, 2006). Para ter uma formação de substância volátil com uma reação de dupla troca, pode acontecer mesmo sem haver precipitação. Para isso, basta que tenhamos reagentes não-voláteis e ao menos um produto volátil. (PERUZZO, 2006). As reações químicas necessitam de alguns fatores para ocorrer realmente uma reação, como um contato direto entre os reagentes, pois um elemento precisa ser colocado com outro para ocorrer ou não uma reação, sem esse contato direto os elementos não conseguem promover uma “mistura” entre suas moléculas sendo assim não se pode produzir nada, os elementos reagentes necessitam ter uma afinidade Química, ou seja, um elemento precisa ser menos reagente que o outro, quanto maior for a Afinidade química entre os reagentes mais rápido ocorrera a reação.(FOGAÇA, 2016). Reações de oxirredução Para que uma reação de oxirredução ocorra, um dos reagentes deve apresentar a tendência de ceder elétrons, e o outro, de receber. Em relação a essas tendências, é fundamental destacar o comportamento dos metais e o dos não-metais. Os metais têm sempre tendência para receber elétrons, logo, eles se oxidam e agem como produtos. Para mostrar os metais que tem maior e menor tendência de receber elétrons, foi criada pelos químicos, por meio de comparações, a fila da reatividade dos metais. (FELTRE, 1928) Metais alcalinos e alcalinos-terrosos Metais comuns Metais nobres K, Ba, Ca, Na, Mg Al, Zn, Fe Cu, Hg, Ag, Au Reatividade (eletropositividade) crescente Os não-metais têm sempre a tendência para receber elétrons; consequentemente, os não-metais se reduzem e agem como oxidantes. (FELTRE, 1928) Fila de reatividade dos ametais: F, O, Cl, Br, I, S Reatividade (eletropositividade) crescente 4. METODOLOGIA 4.1 Materiais e reagentes utilizados Para realizarmos as experimentações, foram utilizados os seguintes materiais: • Estantes com tubos de ensaio • Pipetasde 1,0 mL, 5,0 mL e 10 mL 7 • Pinça tesoura • Pinça de madeira • Cápsula de porcelana • Espátula • Béquer de 100 mL • Provetas de 50 mL e 10 Ml • Termômetro • Bastão de vidro 4.2 Procedimento Experimental 1. Em um tubo de ensaio, adicionamos cerca de 5,0 mL de solução de cloreto de sódio à 5,0ml de solução de brometo de potássio 2. Colocamos em um tubo de ensaio de, 5,0 mL de solução de cloreto de ferro III e adicionar, em seguida, 1,0 mL de solução de hidróxido de sódio a 10%. 3. Levamos um pequeno fragmento de magnésio segurado por uma pinça-tesoura à chama de bico de gás. Recolher o produto em uma cápsula de porcelana. Adicionamos 10 Ml água destilada e agitamos com bastão de vidro para homogeneizar. Adicionamos duas gotas fenolftaleína. 4. Em um tubo de ensaio contendo cerca de 3 Ml de solução de nitrato de prata, emergimos cerca de 1 cm de fio de cobre. 5. Colocamos em tubo de ensaio 3 ml de solução de sulfato de cobre II. Introduzimos um pequeno prego, de forma que a mesma fica totalmente imersa na solução. 6. Colocamos em um tubo de ensaio cerca de 1 g de carbonato de cálcio. Adicionamos 5 ml de ácido clorídrico 1 M. 7. Em outro tudo de ensaio colocamos 3 ml de ácido clorídrico, em seguida adicionamos uma pequena quantidade de alumínio. 8. Colocamos 1 ml de cloreto de ferro III em um tubo de ensaio. Juntamos 1 ml de solução de tiocianato de amônio e agitamos. 9. Colocamos 3,0 ml de solução de iodeto de potássio em um tubo de ensaio. Adicionamos 3,0 ml de acetato de nitrato. 10. Dissolvemos uma pequena quantidade de hidróxido de sódio em 5,0 ml de água destilada e verificamos a sua temperatura. 11. Colocamos cerca de 1 g de permanganato de potássio sobre uma placa de reação, em seguida gotejamos lentamente a glicerina sobre o permanganato. 12. Colocamos cerca de 5 ml de ácido nítrico em um tudo de ensaio e em seguida imergimos 1 cm de fio de cobre.OBS: REALIZAMOS ESTE PROCEDIMENTO NA CAPELA. 8 9 5. RESULTADOS • No primeiro experimento, não ocorreu nenhuma reação química, porque quando se tem dois reagentes compostos, eles só podem reagir entre si quando o cátion de um for mais reativo que o outro, o que não é o caso, já que o sódio (Na) é menos reativo que o potássio (K). NaCl(aq) + KBr(aq) • No segundo experimento, o hidróxido de sódio (NaOH) reagiu mudando de cor, ficando com um tom marrom. O hidróxido de ferro III (Fe(OH)3) precipitou, caracteriza-se com uma reação de dupla troca. FeCl3(aq) + 3NaOH(aq) → 3NaCl(aq) + Fe(OH)3(s) • No terceiro experimento, ocorreu a combustão do magnésio (Mg) ocorrendo a liberação de uma energia luminosa, resultou na liberação de calor, desprendimento de gás e luz. Caracteriza- se como uma reação de síntese ou adição. 2Mg(s) + O2(g) → 2MgO(s) • No quarto procedimento, quando o fio de cobre foi colocado na solução de nitrato de prata (AgNO3) ocorreu a oxirredução do cobre metálico por íons de prata, com o passar do tempo a substancia adquire uma coloração azul devido a presença de íons de cobre II, e houve também um desprendimento de gás (Cu(NO3)2).Caracteriza-se como uma reação de simples troca. Cu(s) + 2AgNO3(aq) → Cu(NO3)2(aq) + 2Ag(s) • No quinto experimento notamos com o tempo que a solução predominantemente azul se tornou incolor, O cobre (Cu) oxida o prego formando um deposito de um metal avermelhado sobre ele. Caracteriza-se como uma reação de simples troca. Fe(s) + CuSO4(aq) → FeSO4(aq) + Cu(s) • No sexto procedimento, colocamos carbonato de cálcio (CaCo3) na solução de ácido clorídrico (HCl), e observamos que houve formação de um gás, o dióxido de carbono (CO2). Caracteriza- se como uma reação de dupla troca. 2HCl(aq) + CaCO3(s) → CaCl2(aq) + H2O(l) + CO2(g) • No sétimo experimento, verificamos que ocorreu o desprendimento do gás hidrogênio (H2). Caracteriza-se como uma reação de simples troca. 10 2Al(s) + 6HCl(aq) → 2AlCl3(aq) + 3H2(g) • No oitavo procedimento, adicionamos o tiocianato de amônio (NH4SCN) ao cloreto de ferro III (FeCl3) observamos a mudança de cor, transformando-se em uma substancia vermelho escuro com aparência de sangue. Caracteriza-se como uma reação de dupla troca. FeCl3(aq) + 3NH4SCn(aq) → Fe(SCn)3(aq) + 3NH4Cl(aq) • Na nona experiência • No decima experiência, ao dissolvermos o hidróxido de sódio (NaOH) em água destilada (H2O) ocorreu o aquecimento 40o C. NaOH(s) + H2O(l) → Na+(aq) + OH-(aq) + H2O(l) • No decimo primeiro procedimento, notamos que ocorreu é a oxidação da glicerina, ou seja, o permanganato de potássio se reduz oxidando a glicerina, sendo assim uma reação exotérmica, ou seja ela libera calor e entra em combustão despendendo gás, luz e calor. 14KMnO4(s) + 4C3H5(OH)3(l) → 7K2CO3(s) + 7Mn2O3(s) + 5CO2(g) + 16H2O(g) • No decimo segundo experimento, observamos o ácido nítrico (HNO3) reagir com o cobre (Cu), ocorrendo então uma mudança de cor em um tom esverdeado e o desprendimento de um gás toxico (NO2) de coloração marrom ou castanha, por isso foi realizado na capela. 3Cu(s) + 8HNO3(aq) → 3Cu(NO3)2(aq) + 2NO(g) +4H2O(l) 11 6. CONCLUSÕES A partir do que observamos na aula prática sobre reações químicas, podemos concluir que existe um mundo fascinante atrás de cada experimento, pois cada um tem determinado resultado. Conhecemos melhor esse mundo, distinguindo algumas reações químicas, com as suas mudanças de cores, formação de precipitado, liberação de luz, calor e gás. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SOQ. <http://www.soq.com.br/conteudos/ef/reacoesquimicas/p2.php>. Acesso em: 20/07/2016, 21:15hrs, 2016 http://www.soq.com.br/conteudos/ef/reacoesquimicas/p2.php 12 FOGAÇA, Jennifer. Evidências da ocorrência de reações químicas. Brasil Escola. Disponível em: <http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/evidencias-ocorrencia-reacoes-quimicas.htm>. Acesso em: 29 jul. 2016. SOUZA, Líria Alves de. Reações químicas. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/reacoes-quimicas.htm>. Acesso em: 30 jul. 2016. FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. "Condições para Ocorrência de Reações Químicas"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/quimica/condicoes-para-ocorrencia-reacoes-quimicas.htm>. Acesso em 02 de agosto de 2016. FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. "Tipos de Reações Químicas"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/quimica/tipos-reacoes-quimicas-2.htm>. Acesso em 02 de agosto de 2016. PERUZZO, Francisco Miragaia. Química na abordagem do cotidiano / Francisco Miragaia Peruzzo (Tito), Eduardo Leite do Canto. – 4. Ed. – São Paulo : Moderna 2006. FELTRE, Ricardo, 1928 – Química / Ricardo Feltre. – 7. Ed. – São Pulo : Moderna , 2008. KOTZ, John C. Química geral e reações químicas, vol. 1 / John C Kotz , Paul M. Treichel, Gabriela C. Weaver; tradução técnica Flávio Maron Vichi; tradução Solange Aparecida Visconte – São Paulo: Cengage Learning, 2009.
Compartilhar