Buscar

RESUMO: O MUNDO FORA DO ARMÁRIO: TEORIA QUEER E RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
LUCIANA ALVES DAS NEVES
O MUNDO FORA DO ARMÁRIO: TEORIA QUEER E RELAÇÕES INTERNACIONAIS
RESUMO DO ARTIGO 
Belém – PA
 2021
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
O MUNDO FORA DO ARMÁRIO: TEORIA QUEER E RELAÇÕES INTERNACIONAIS
RESUMO DO ARTIGO 
Este trabalho tem a finalidade de nota avaliativa para a 1ª avaliação do curso de ensino superior de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia. 
Belém – PA 
2021
O artigo tem o objetivo de esclarecer em âmbito social, a teoria queer, e seus principais argumentos e influências, para então assim examinar as significâncias que essa teoria contribui aos estudos das Relações Internacionais e por fim, analisar todo o cenário mundial perante a sexualidade que os Estados impõem com mero intuito reprodutivo e social, interligado a cultura. 
	Os desejos pluralistas, políticos e de ideais, deram abertura para que muitos autores questionassem em suas obras a cerca de todos os conceitos e pré-conceitos já criados pelo homem. Tais autores passaram a destrinchar opiniões sobre a ideia do sexo, e como ele não poderia ser apenas utilizado para a biologia humana de maneira reprodutiva, e que este estava em constante mudança perante o tempo e que transcorria de uma sociedade para outra. Exemplos citados a cerca dessa divergência entre tempo e sociedade, foi a condenação de indivíduos por “sodomia”, categoria nomeada para variados atos sexuais, vista como pecado que qualquer ser humano estava sujeito a cometer, de maneira que consuma-lo, não modificava o ser humana a uma categoria específica, mas que ainda assim, era considerado uma “aberração temporária”, como cita Foucault. 
	Já o cidadão dos séculos XIX e seguintes, passaram por diferentes transições de controles sobre o comportamento, impostos antes pela igreja mediante a crença religiosa, agora apresentada por aquilo conhecido como ciências fundamentais, tais como a Psiquiatria, a Medicina e o Direito. Foucault afirmava em suas teorias que a sexualidade não havia de ser ponderada como uma forma de “dado natural” que as ciências ou poderes poderiam interferir. E que o homossexualismo, tratado por ele como “a invenção do homossexual”, era parte de que as identidades de cada individuo, eram efeitos colaterais da forma como o conhecimento era organizado, e do âmbito social de identidades no conhecimento pessoal de cada um. Ou seja, o ideial da teoria Foucaltiana, era de que sexualidade era algo construído socialmente e que isso estava interligado a toda história do ser individual e da sociologia.
	A “identidade sexual”, é reconhecida após longos debates em prol dos movimentos LGBTQI+. Tal identidade, abrange ideias que vão além de simples desejos sexuais, ao qual em suas mentes pode haver mais que atos carnais, existindo em cada ser, identidades atribuídas a racionalidade e individualidade. 
	E assim como em outras áreas das ciências do conhecimento humano, a esfera das Relações Internacionais, acolheu a sexualidade “como um dado e partiu de modelos socialmente hegemônicos”. Afinal tudo aquilo que está em constante discussão entre nações, como a exemplo da política e ideologias religiosas, a teoria queer também passou a ser palco de debates em prol da defensoria dos direitos humanos daqueles que pertencem as vastas categorias da comunidade LGBTQI+, que englobam uma grande parte da população mundial. 
	Há inúmeros processos sociais, que categorizam e hierarquizam as estratégias sócias, que são normalizadoras dos comportamentos humanos que produzem a ilusão de indivíduos de ações estáveis e de suas provenientes identidades sociais, as quais são julgadas como coerentes. 
	Cynthia Weber, foi uma das autoras pioneiras em relação a teoria queer nas Relações Internacionais, que ao entrar análise profunda sobre o tema, chega a conclusão que até mesmo as intervenções militares como a dos EUA na América Latina em 1859, é um exemplo de que a politica externa dos EUA era baseada em movimentos estratégicos carregados da ansiedade de castração. De manter um poderia sobre a influência de prosseguir com os ideais das famílias heteropatriarcais, extremamente estereotipadas que acreditavam nesses conceitos como uma forma de regular asa atividades sexuais com o intuito de manter a desigualdade. 
	Contudo, o contexto histórico já seguido desde primórdios da criação dos conceitos humanos fundamentado em conceitos heterossexuais, acabaram por perder forças, pois os movimentos queer e a política feminista desestabilizaram a grande influência que estes arranjos patriarcais possuíam.
	A política feminista veio em apoio a comunidade queer, transcorrer acerca da exploração dessas definições de comportamento social e como os Estados e nações contemporâneos são compostos. Estes estão em constante mudança perante esses arranjos que os integram. 							O formato de normalização do desejo heterossexual como meio prioritário seria apenas representação de meras funções de manutenção social, voltadas exclusivamente para a reprodução biológica, nas quais as identidades de cada indivíduo no meio social são definidas, na busca de um padrão, em grupos iguais de comportamento análogo, onde a diversidade não existe.

Continue navegando