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Concurso de Pessoas

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DIREITO PENAL I.
CONCURSO DE PESSOAS.
Conceito: “ Ciente e voluntária participação de duas ou mais pessoas na mesma infração penal” (MIRABETE, Julio F.) 
 A) crimes unissubjetivos: crimes que podem ser praticados por um único agente, sendo, desta forma, o concurso de agentes eventual – ex. homicído, furto, roubo, lesões corporais. Nestes casos, caso o agente venha a realizar a empreitada criminosa mediante o auxílio de outrem ou a divisão de tarefas, ocorrerá o denominado concurso eventual de agentes, regulado pelos art. 29 a 31, do Código Penal.
 B) crimes plurissubjetivos: crimes que exigem para a sua configuração a pluralidade do agente, pluralidade esta descrita no tipo penal, sendo, portanto, o concurso de agentes obrigatório ou necessário. São exemplos de delitos cujo concurso de pessoas é necessário: o delito de bigamia, bando ou quadrilha e associação para fins de tráfico ilícito de drogas.
 2. Requisitos do Concurso de Pessoas. (PRADO, Luiz Regis. Material Didático)
 Pluralidade de agentes e condutas;
 Relevância Causal de cada conduta;
 Liame subjetivo ou psicológico;
 Identidade de infração penal.
 3.Teorias sobre Concurso de Pessoas.
 3.1. Pluralista – teoria subjetiva: à pluralidade de agentes corresponde a pluralidade de crimes face à diversidade de condutas e vontades.
 3.2. Dualista: há um crime para o autor(realiza a conduta principal) e outro para o partícipe (realiza uma conduta acessória).
 3.3. Monista ou Unitária - Teoria Objetiva. ART. 29, CP
 Teoria da Equivalência das Condições – todo aquele que concorre para a prática do delito incide nas penas a ele cominadas – o Crime é único e indivisível.
 O legislador, com a reforma de 1984, adotou a teoria objetiva mitigada de modo a diferenciar autor e partícipe. 
4. Autoria.
 4.1. Conceito Restritivo de Autor (art.29 e 62, I, CP)
 Teoria Objetivo- Formal: autor é o agente que realiza a conduta descrita no tipo penal (núcleo do tipo) e partícipe quem pratica qualquer conduta acessória.
 Falha - não vislumbra autoria mediata e co-autoria
 4.2. Conceito Extensivo de Autor
 Teoria da Equivalência das Condições: autor é o agente que realiza qualquer conduta que contribua para a produção do resultado.
 Falha – não distingue autoria de participação
 4.3. Teoria do domínio final do fato: complementa a teoria objetivo- formal, todavia, aplica-se somente aos crimes dolosos. Para esta teoria autor é o agente que possui o domínio sobre a produção do resultado e, portanto, sobre todas as fases da empreitada criminosa, ainda que não realize a conduta descrita no tipo penal.
 ● Espécies de autoria segundo a teoria do domínio final do fato: 
A) autoria propriamente dita – autor executor; é o agente que realiza a conduta descrita no tipo; age sozinho;
B) autoria intelectual – prevista no art.62, I, CP como circunstância agravante. Trata-se, na verdade, do “mandante” da empreitada criminosa, ou seja, o agente que planeja toda a ação delituosa sem, no entanto, realizar a conduta descrita no tipo penal.
C) autoria mediata – ocorre quando o agente utiliza-se de terceira pessoa como instrumento para a realização de sua ação delituosa. É denominado pela doutrina de “homem de trás” (vide Cezar Roberto Bitencourt).
 Nestes casos, o agente se utiliza de coação moral irresistível ou erro para a prática dos delitos. Cabe salientar que, não há, na verdade, concurso de pessoas sendo o autor mediato o responsável por toda a ação delituosa vindo, inclusive, a ser o único cuja conduta será penalmente relevante.
D) co-autoria: não exige a ocorrência de acordo prévio e compreende a “divisão de tarefas” entre os agentes não havendo qualquer relação de acessoriedade.
● obs. Autoria colateral: ocorre quando dois ou mais agentes concorrem para a prática do mesmo delito sem que haja vínculo, liame subjetivo entre suas condutas (um não tem conhecimento da conduta do outro). Não há que se falar em concurso de pessoas por ausência de um de seus requisitos. Cada agente será responsabilizado pelo resultado que tiver causado.
● obs. Autoria Incerta: quando, no caso de autoria colateral, não for possível identificar-se a conduta responsável pela produção do resultado. Neste caso, por questões de política criminal, as condutas serão tipificadas como incursas na modalidade tentada.
● obs. Não se admite co-autoria em crime omissivo próprio (ex. art.135, CP).
5. Participação.
5.1. Conceito: compreende-se como a dolosa adesão à conduta de outrem. O partícipe realiza condutas acessórias à conduta do autor que, por si só, não configuram crime, tais como o empréstimo de uma chave ou de um carro, u seja, não realiza a conduta descrita no tipo penal, mas concorre para a prática da ação delituosa.
● obs Teoria majoritariamente adotada acerca da participação: Teoria da acessoriedade limitada – para que a conduta do partícipe seja penalmente relevante, basta que a conduta do autor seja típica e ilícita, sendo irrelevante se o autor é culpável, como por exemplo, no caso do autor ser menor de 18 anos.
● obs. Não se admite participação dolosa em crime culposo.
● obs. Admite-se a participação por omissão nos crimes omissivos impróprios.
5.2. Formas de Participação.
Induzimento (moral) 
Instigação (moral)
Auxílio (material)
5.3. Punibilidade no Concurso de Pessoas.
► Cooperação dolosamente distinta – art.29,§2º, CP
► Participação de menor importância - art.29,§2º, CP
► Participação impunível – art.31, CP.
 Art. 31, CP. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. 
5.4. Comunicabilidade das Circunstâncias e Condições Pessoais.
 Art.30, CP. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quanto elementares do crime.
 Elementares. Comunicam-se desde que o agente 
 tenha conhecimento delas; ex. estado puerperal.
 
 REGRAS 
 - objetivas: relativas aos meios de 
 execução; comunicam-se desde que 
 Circunstâncias o agente tenha conhecimento delas.
 - subjetivas: relativas aos motivos
 determinantes do crime e às 
 condições pessoais do agente (ex.
 reincidência); jamais se comunicam.
 
 
 
 
 Prof.ª Daniela Duque-Estrada

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