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Resumo - Bertrand Russell - História da Filosofia Ocidental - Filosofia Antiga

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RUSSELL, Bertrand. História da Filosofia Ocidental - Livro 1: A Filosofia Antiga. Tradução: Hugo Langone. 1ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015. 
Introdução
1. “Filosofia é algo que se encontra entre a teologia e a ciência.”
2. “Para quê, então, você pode perguntar, perder tempo com tais problemas sem solução? [...] Desde que os homens se tornaram capazes de especulação livre, suas atitudes dependeram, em inúmeros aspectos importantes, de teorias referentes ao mundo e à vida humana, ao que é bom e ao que é mau. [...] Para que compreendamos determinada época ou nação, devemos compreender sua filosofia [...]. Ensinar-lhes como viver sem certezas, sem, porém, se sentirem paralisados pela hesitação, essa talvez seja a principal contribuição que a filosofia, em nossa era, pode oferecer àqueles que a estudam.”
3. “A filosofia nasceu, como ramo distinto da teologia, na Grécia no século VI a.C. Após seguir seu curso na Antiguidade, mergulhou novamente na teologia quando da ascensão do cristianismo e da queda de Roma.” 
4. Na Grécia havia devoção religiosa e patriótica a cidade; os macedônicos quebram essa tradição grega, nesse momento os estoicos ganham notoriedade ao defender a que a vida virtuosa era a relação alma com Deus, e não cidadão com Estado. 
5. Na idade as trevas o conflito Deus x Estado, transformou-se em Igreja x Rei, que também representava o conflito Mundo mediterrâneo x Bárbaros do Norte. 
6. “Toda a força armada estava do lado dos reis, mas ainda assim a Igreja se saiu vitóriosa. Seu triunfo se deu, em parte, por ter ela quase o monopólio da educação, em parte, por estarem os reis sempre em batalha uns com os outros; no entanto, o principal motivo estava em que tanto os governantes quanto o povo – com pouquíssimas exceções – acreditarem piamente que a Igreja possuía o poder das chaves. A Igreja podia decidir se determinado rei deveria passar a eternidade no céu ou no inferno; a Igreja podia absolver os súditos do dever da lealdade, estimulando assim a rebelião. Além disso, a Igreja representava a ordem em vez de a anarquia, e como consequência ganhou o apoio da classe mercantil emergente.”
7. “A filosofia explícita da Idade Média não é um reflexo preciso da época, mas apenas daquilo que um de seus grupos pensava.”
8. “No período do Renascimento, novos conhecimentos, referentes tanto à Antiguidade quanto à superfície da Terra, fizeram com que os homens se cansassem de sistemas que passaram então a ser vistos como prisões mentais.”
9. “[...] na teoria política a ordem entrou em colapso.”
10. “Essa desordem política foi expressa no livro O príncipe de Maquiavel. Na falta de um princípio norteador a política se torna uma disputa crua pelo poder; a obra fornece conselhos perspicazes para quem deseja ter sucesso nesse jogo. O que se dera no grande auge da Grécia ocorreu novamente na Itália renascentista: as restrições morais tradicionais desapareceram por causa de sua suposta associação com a superstição; a libertação dos grilhões tornou as pessoas energéticas e criativas, gerando um raro florescer de gênios”. 
11. “A Reforma foi um movimento [...] cujo sucesso se deveu a uma série de causas. Tratou-se, em grande parte, e uma revolta das nações do norte contra o domínio renovado de Roma. [...] o papado continuou a ser uma instituição e cobrava altos tributos da Alemanha e da Inglaterra [...]. Além disso, os príncipes logo perceberam que, se em seus territórios a Igreja se tornasse meramente nacional, eles seriam capazes de dominá-la e tornar-se-iam muito mais poderosas em casa do que estiveram quando dividiam seu domínio com o papa. Por todas essas razões, as inovações teológicas de Lutero foram acolhidas pelos governantes e povos de grande parte do norte da Europa.”
12. “Os protestantes [...] rejeitavam a igreja como veículo de revelação; a verdade só deveria ser buscada na Bíblia, a qual cada um poderia interpretar por conta própria.”
13. “Os efeitos dessa mudança foram profundos. [...] Rapidamente desenvolvida foi a tendência ao anarquismo, na política, e ao misticismo, na religião [...]. Como consequência, tanto no campo do pensamento quanto no campo da literatura, consolidou-se um subjetivismo cada vez mais profundo [...].
14. “A filosofia moderna tem início com Descartes, cuja certeza fundamental da qual o mundo externo deve ser deduzido, é a existência de si e dos próprios pensamentos. Esse foi apenas o primeiro passo de um desdobramento que vai de Berkeley e Kant até Fichte [...].”
Capítulo 2 – A escola de Mileto
1. Anaximandro, o segundo filósofo da escola de Mileto, [...] afirmava que todas as coisas vinham de uma única substância primária, mas que essa substância não era a água como tales dizia, nem qualquer outra conhecida. Tratava-se do infinito, eterno e imperecível, que “abarca todos os mundos” – a seus olhos, nosso mundo era apenas um de muitos. A substância primária é transformada nas várias substâncias que conhecemos, as quais, por sua vez, convertem-se umas nas outras.”
2. Justiça em Anaximandro: há no mundo uma proporção de fogo, terra e água. E a uma lei natural restaura o equilíbrio entre os três. A ideia de justiça estava ligada a ideia de não violação de limites eternamente estabelecidos. 
3. Anaximandro x Tales: A substância primária não poderia ser a água ou qualquer outra conhecida, pois se o fosse, a substância primária sobrepujaria as outras, que deixariam de existir.
4. Anaximandro dizia que no reino animal havia evolução e que a Sol poderia ser 27 ou 28 vezes maior.
5. Anaxímenes: o último da tríade de Mileto. Anaxímenes dizia que a substância fundamental era o ar. “A alma é ar, o fogo, ar rarefeito; quando condensado, o ar se torna água; condensado ainda mais, se converte em terra e, por fim, pedra. Essa teoria tem o mérito de tornar quantitativas todas as diferenças entre as substâncias; tudo depende do grau de condensação.”
6. A escola de Mileto é importante não em virtude daquilo que logrou, mas em virtude do que tentou produzir. 
Capítulo 3 – Pitágoras
1. “Pitágoras tornou-se uma figura mítica, à qual eram creditados milagres e poderes mágicos; no entanto, foi também o fundador de uma escola de matemáticos. Desse modo, duas tradições opostas disputam sua memória, e é difícil deslindar a verdade.”
2. “Ele fundou uma religião cujas principais doutrinas eram a transmigração das almas e a iniquidade do ato de comer feijão. Sua religião ganhou corpo numa ordem religiosa que, aqui e ali, alcançou o controle do Estado [...].”
3. “[...] Pitágoras afirmou que todas as coisas são números. [...] para Pitágoras o mundo era atômico, e os corpos um complexo de moléculas composto de átomos dispostos em várias formas.”
Capítulo 4 – Heráclito
1. “Quando se estuda um filósofo em particular, a postura correta a ser adotada não é nem de reverência, nem de desprezo. Deve iniciar com uma espécie de simpatia hipotética, até que seja possível descobrir como é acreditar em suas teorias; somente então é que renascerá a atitude crítica”. 
2. Xenófanes: Entre Pitágoras e Heráclito existiu Xenófanes. “Segundo Xenófanes, era impossível certificar-se da verdade em questões teológicas. ‘A verdade exata sobre os deuses e sobre aquilo que trato não há homem que saiba, nem jamais haverá. Com efeito ainda que alguém diga algo irretocavelmente correto, não obstante ele o desconhece – só há conjecturas’”. 
3. Química dos antigos: Heráclito considera o fogo o elemento primordial do qual tudo o mais procedera. Tales como recordará o leitor, acreditava que tudo surgira da água; Anaxímenes, que o ar era o elemento primitivo; Heráclito preferiu o fogo. Por fim, Empédocles sugeriu um meio termo diplomático, reconhecendo os quatro elementos: terra, ar, fogo e água. A química dos antigos parou por aí. Nenhum progresso ulterior se deu nessa ciência até os alquimistas maometanos iniciarem sua busca pela pedra filosofal, pelo elixir da vida e por uma forma de transformar metais ignóbeis em ouro.”
4. Heráclito acreditava na mudança perpétua. Ele acreditava também na doutrina da mistura de opostos.“Sua crença no conflito está associada à sua teoria, dado que no conflito os opostos se unem para produzir um movimento que é harmonia. 
5. Tanto Platão como Aristóteles afirmam que Heráclito ensinava que “nada é, tudo é devir” (Platão), e que “nada é constante” (Aristóteles).
6. “A busca de algo permanente é um dos instintos mais profundos a conduzirem os homens à filosofia. Ela deriva, sem dúvida do amor ao lar e da ânsia por proteger-se do perigo”. 
7. O delinear da ciência mostrou que é impossível refutar a doutrina do fluxo perpétuo. O princípio de conservação das massas indica que tudo se transforma; a radioatividade mostrou que os átomos podem se desintegrar; e, partindo para o campo da astronomia, sabe-se que os próprios corpos celestes não são eternos. 
8. “Uma das principais ambições dos filósofos tem sido revigorar esperanças que a ciência parece ter sufocado. Por conseguinte, eles têm ansiado, com enorme persistência, por algo que não esteja sujeito ao império o Tempo. Essa busca teve início com Parmênides.”
Capítulo 5 – Parmênides
1. Para Parmênides aquilo que é pensado existe. E aquilo que existe não pode não ser, não pode ser devir, pois aquilo que é devir não é, e se não é não pode ser pensado. 
2. O que a filosofia subsequente, até os tempos modernos, aceitou de Parmênides, não foi a impossibilidade de mudanças, mas a indestrutibilidade da substância. 
Capítulo 6 – Empédocles
1. Empédocles definiu a terra, o ar, o fogo e a água como quatro elementos.
2. “Os elementos se combinavam pelo Amor e pelo Ódio. Amor e Ódio eram, para Empédocles, substâncias primárias tais quais a terra, o ar, o fogo e a água.”
3. Elaborou uma teoria da evolução e sobrevivência dos mais aptos. 
Capítulo 7 – Atenas em relação a cultura 
1. A grandeza de Atenas se inicia com a vitória sobre os persas.
2. Primeiro Dário é derrotado em 490 a.C., depois Xerxes, seu filho, é derrotado (Atenas liderava o exército). 
3. Os estados aliados araram com os custos das embarcações, Atenas consolidou sua supremacia naval e gradualmente a aliança se transformou num império ateniense. 
4. Atenas enriqueceu e prosperou sob o comando de Péricles por 30 anos, até 430 a.C., quando caiu. 
5. “No início do período histórico, consistia a Ática numa pequena região agrícola autossubsistente; Atenas, sua capital, não era grande, mas abarcava uma população crescente de artesãos e artífices talentosos. [...] Ática fora monárquica no período homérico, mas o rei tornou-se mero oficial religioso destituído de poder político. O governo passou para às mãos da aristocracia, que oprimiu tanto os lavradores do campo quanto os artesãos da cidade. Um meio-termo em direção à democracia foi alcançado por Sólon no início do século VI [...]. Ao cabo desse período, os aristocratas, na condição de adversários da tirania, confiaram-se à democracia. Até a queda de Péricles, os processos democráticos concederam poder aos aristocratas [...]. 
6. O imperialismo de Atenas incomodou Esparta, dando início a Guerra do Peloponeso.
7. Dramaturgia: Ésquilo, de “Os persas”, que combatera nas guerras persas, inaugura a tragédia grega; depois vieram Sófocles e Eurípides, que presenciaram a Guerra do Peloponeso. 
8. Sócrates, Anaxágoras e Platão situam-se no período de Péricles. 
9. Templos da Acrópole foram destruídos por Xerxes; Péricles ergueu o Panteão e outros templos cujas ruinas sobrevivem até hoje. 
Capítulo 8 – Anaxágoras
1. Anaxágoras foi o primeiro a explicar que a Lua brilha com luz refletida.
2. Anaxágoras articulou a teoria correta dos eclipses e tinha ciência de que a Lua está abaixo do Sol.
Capítulo 11 – Sócrates
1. Quando se estuda Sócrates é importante diferenciar o Sócrates histórico do Sócrates. Certamente o Sócrates histórico é aquele retratado na obra Apologia de Platão.
2. A Apologia retrata com clareza um certo tipo de homem: um homem muito seguro de si, generoso, indiferente ao sucesso mundano, acreditando-se guiado por uma voz divina e convencido de que o pensamento claro é o requisito mais importante de uma vida reta. Excetuando-se esta última declaração, assemelha-se ele a um mártir cristão ou a um puritano.”
3. “Seu domínio sobre as paixões corporais é enfatizado com frequência. [...] Permaneceu ‘platônico’ mesmo sob as mais intensas tentações. [...] alcançara o domínio da alma sobre o corpo. Sua indiferença ante a morte é a prova derradeira desse controle.”
4. Sócrates foi soldado e tinha uma resistência física extraordinária. 
5. “O Sócrates platônico afirma consistentemente que nada sabe e que é mais sábio do que os outros apenas porque tem ciência disso; todavia, não acha que o conhecimento seja inalcançável – pelo contrário: Sócrates acredita que sua busca é de extrema importância.”
6. Há bons motivos para acreditar que o método dialético foi praticado e desenvolvido (não criado, mas desenvolvido). A dialética é o método de buscar o conhecimento por meio de perguntasse e respostas. O método dialético, porém, é adequado apenas para algumas questões (questões em que é possível evocar um conhecimento que o questionado já possui). “Sempre que o objeto do exame for lógico, e não factual, o diálogo será um bom método de esclarecer a verdade”.
7. Sócrates foi condenado a pena de morte, acusado de introduzir novas divindades e corromper a juventude. Mas certamente o motivo de o tratarem com hostilidade foi o fato de ele ser considerado aliado do partido aristocrata, uma vez que a maioria dos seus pupilos pertencia a esse grupo. 
8. De acordo com a legislação ateniense, em caso de condenação os juízes decidiriam entre a pena de morte a pena proposta pelo próprio réu. “Entretanto, tudo o que propôs foi uma multa de trinta minas, pela qual alguns de seus amigos (incluindo Platão) estavam dispostos a se responsabilizar. Tratava-se de uma punição tão pequena que a corte aborreceu-se, e uma maioria mais ampla do que aquela que o julgara culpado o condenou à morte. Ele sem dúvida previra o resultado. Claro está que Sócrates não desejava evitar a pena de morte por meio de concessões que poderiam dar a impressão de que reconhecia sua culpa.”
9. “entre os presentes se encontram velhos pupilos seus, bem como os pais e irmãos desses pupilos; nenhum deles a acusação convocara para provar que ele corrompia a juventude. (Esse é praticamente único argumento, na Apologia, a que um advogado de defesa daria assentimento.) Sócrates se recusa a seguir o costume de convocar filhos chorosos para amolecer o coração dos juízes; episódios assim, dez ele, fazem que tanto o acusado quanto a cidade pareçam ridículos. É seu dever convencer os juízes, e não pedir-lhes favores. 
Capítulo 12 – A influência de Esparta
1. “Lacônia, da qual Esparta, ou Lacedemônia, foi capital, ocupava o sudeste do Peloponeso. Os espartanos, raça dominante, haviam conquistado o país na época da invasão dórica proveniente do norte, reduzindo a população encontrada à condição de servos. Esses servos eram chamados de hilotas. Em tempos históricos toda a terra pertenceu aos espartanos, mas a lei e o costume os impediam de cultivá-la com as próprias mãos, uma vez que o trabalho era considerado degradante e eles precisam estar sempre livres para o sérvio militar. Os servos não eram comprados ou vendidos permaneciam atrelados à terra, da qual cada adulto espartano possuía um lote ou mais. A exemplo dos hilotas, esses quinhões não podiam ser comprados ou vendidos, sendo, antes, passados de pai para filho segundo a lei.” 
2. “A única atividade do cidadão espartano era a guerra, para a qual se preparava desde o nascimento”. 
3. “Durante muito tempo, os espartanos se mostraram invencíveis em terra. Conservaram essa supremacia até 371 a.C., quando foram derrotados pelos tebanos na batalha de Leuctra. Foi esse o fim de sua grandeza militar.”
Capítulo 13 – Fontes das opiniões de Platão
1. Aversão a democracia. Platão era “jovem quando Atenas foi derrotada e atribuiu tal fracasso à democracia, a qual estava inclinado a desprezar em virtude de sua posição social e seus contatos familiares”. Além dissoSócrates foi condenado a morte pela democracia. 
2. Pitágoras. De Pitágoras Platão assimilou a tendência religiosa, a crença na imortalidade e o tom sacerdotal. 
3. Parmênides. Como Parmênides acreditava que toda mudança é ilusória. 
4. Heráclito. Nada no mundo sensível é permanente.
5. Sócrates. “De Sócrates ele provavelmente assimilou o interesse por problema éticos e a tendência a buscar explicações teleológicas, e não mecânicas, do mundo”.
Capítulo 14 – A Utopia de Platão
1. A República se divide em três partes: a primeira se debruça sobre a construção de uma sociedade ideal (que via até o final do livro V), foi a primeira de todas as utopias; os livros VI e VII tem como objetivo definir o termo filósofo; e a terceira trata-se de ume exame dos diversos tipos de constituição existentes.
2. “O objetivo nominal a República é definir “justiça”. No entanto, fica antes estabelecido que, sendo mais fácil ver as coisas em algo amplo do que nos detalhes, mais vale investigar o que torna um Estado justo do que investigar o que faz um indivíduo sê-lo.”
3. “Platão primeiro define que os cidadãos devem se dividir em três classes: as pessoas comuns, os soldados e os guardiões. Apenas a estes últimos cabe o poder político”. 
4. “O principal problema, como Platão bem percebe, está em assegurar que os guardiões se conservem fiéis às intenções do legislador. Para garanti-lo, ele formula várias propostas nos campos educacional, econômico, biológica e religioso.”
5. Educação. A educação se dividiria em duas partes: música (que é se trata de um conceito tão amplo quanto o de cultura) e a ginástica (que tem significado semelhante a “esporte”).
6. Censura. Para evitar que a literatura incuta o medo da morte nos jovens a literatura era censurada; segundo Platão um homem bom não poderia se dispor a imitar um homem mal: a dramaturgia era censurada; na música, os ritmos permitidos eram aqueles que estimulassem uma vida corajosa. 
7. Aspecto teológico. Deus teria criado três tipos de homem: os melhores, feitos de ouro; em segundo lugar, aqueles feitos de prata; e, por fim, o rebanho comum, composto de bronze e ferro. “Os homens feitos de ouro estavam aptos a se tornarem guardiões; os que são feitos de prata devem ser soldados; enquanto ao restante cabe o trabalho manual”. Tratava-se de uma mentira que Platão julgava necessária para ludibriar a cidade. “O que Platão não parece perceber é que a aceitação compulsória de mitos como esse é incompatível com a filosofia, implicando um tipo de educação que atrofia a inteligência”. 
8. Definição de justiça. É quando cada um faz seu próprio trabalho e não é intrometido. 
Capítulo 20 – A ética de Aristóteles
1. “Em linha gerais, sua visão sobre a ética representa as opiniões que predominavam entre os homens educados e experimentados da época”.
2. “Nós acreditamos que os seres humanos, ao menos em teoria ética, possuem direitos iguais e que justiça subentende igualdade; Aristóteles, por sua vez, acredita que não é igualdade o que a justiça subentende, mas a justa proporção, a qual só as vezes é igualdade”. Aristóteles defendia que “Em relações desiguais, é correto que o inferior ame o superior mais do que este ame aquele; afinal, todos devem ser amados em proporção a seu valor: esposas, filhos e súditos deem amar mais os maridos, pais e monarcas do que o contrário. 
3. Homem magnânimo. “Na concepção de Aristóteles, o melhor indivíduo é alguém muito diferente do santo cristão: ele deve ter amor-próprio e não subestimar os próprios méritos; deve também desprezar quem é digno de desprezo”. Deve ser altivo e magnânimo.
4. Política. “Aristóteles considera a ética uma ramificação da política, e não surpreende, após os elogios que destina à altivez, que considere a monarquia a melhor forma de governo, e a aristocracia, a segunda melhor”. “Isso levanta uma questão que é em parte ética e, em parte política. Podemos considerar moralmente satisfatória a comunidade que, por sua constituição essencial, limita o que há de melhor a uns poucos e exige que a maioria se contente com o que é menos desejável? Platão e Aristóteles dizem que sim, e Nietzsche concorda. Estoicos, cristãos e democratas acreditam que não”. 
5. Doutrina da mediocridade áurea. “Toda virtude é meio termo entre dois extremos, cada qual um vício”.
Capítulo 21 – A política de Aristóteles
01. “Na ordem do tempo, a família vem primeiro; ela se alicerça sobre as duas relações basilares: homem e mulher, senhor e escravo, ambas naturais. Várias famílias unidas formam uma aldeia; várias aldeias, um Estado, contanto que a combinação seja grande o bastante para se autossuficiente.” Aristóteles parece ser um pouco contraditório em falar em autossuficiência, pois também defende que haja comércio com o exterior.
02. “A finalidade do Estado é a boa vida. (...) Ademais, o Estado é a união das famílias em aldeias numa vida perfeita e autossuficiente, isso é, uma vida feliz e honrável” Citação de Aristóteles
03. “Sem lei o homem é o pior dos animais, e a existência da lei depende do Estado”. 
04. Família. “É pela família que o exame da política deve ter início. [...] na Antiguidade os escravos eram sempre vistos como parte da família. A escravidão é conveniente e correta [...]. Os escravos não devem ser gregos mas de uma raça inferior e menos vigorosa, [...] a guerra é justa quando travada contra homens que embora devam por natureza ser governados, não se submeterão [...]”.
05. Comércio. Aristóteles criticava a usura (empréstimos com juros). Os filósofos gregos pertenciam a classe dos proprietários de terras, que eram do grupo dos que pediam dinheiro emprestado (aos comerciantes), por isso a crítica a usura. 
06. Crítica à utopia de Platão. Aristóteles critica o comunismo da Utopia de Platão, defende que a propriedade deve ser privada. Mas afirma que as pessoas deveriam “ser instruídas na benevolência de modo a permitirem que seu uso fosse em grande medida comum”. 
07. Formas de governo. “O governo é bom quando almeja o bem de toda a comunidade e mau quando só se preocupa consigo mesmo. Há três boas classes de governo: a monarquia, a aristocracia, e o governo constitucional (ou politeia); três são as más: a tirania, a oligarquia e a democracia.” A oligarquia se distingue da aristocracia: o primeiro é o governo dos ricos e o segundo é o governo dos homens de virtude. A diferença entre monarquia e tirania é ética: monarquia, governo de um só, e tirania, governo de um tirano (demagogo, mal, totalitário). Entre as formas boas de governo a monarquia seria melhor que a aristocracia, e a aristocracia melhor que a politeia. Entre as formas ruins de governo a democracia seria melhor que as outra duas. O conceito de democracia em Aristóteles é mais radical que o nosso. Democracia para Aristóteles envolvia eleger magistrados à sorte e as assembleias dos cidadãos estariam acima da lei. 
08. Cavalheiros doutos (mentalidade aristocrática + amor pelas artes): Para Aristóteles a o Estado tinha o objetivo de produzir cavalheiros doutos, mas essa combinação perfeita só existiu na Atenas de Péricles. “Ao longo da Antiguidade tardia, poder e cultura em geram estiveram separados: poder, nas mãos dos soldados brutos; a cultura, com gregos impotentes [...]”. Em parte da história Romana isso também ocorreu. Após as invasões bárbaras os “cavalheiros” passaram a ser os bárbaros do norte, e o os homens de cultura passaram a ser os clérigos do Sul. Como Renascimento a concepção de governo realizado por cavalheiros doutos retorna, tendo seu auge no século XVIII. Isso acaba após a Revolução Francesa, o industrialismo (que traz a técnica científica, muito diferente da cultura tradicional) e a educação popular. 
Capítulo 22 – A lógica de Aristóteles
01. “O que Aristóteles fez de mais importante na lógica encontra-se em sua doutrina do silogismo. Silogismo é o raciocínio que consiste em três partes: uma premissa maior, uma premissa menor e uma conclusão.” 
Exemplo:
Todos os homens são mortais (premissa maior).
Sócrates é homem (premissa menor).
Logo, Sócrates é mortal (conclusão)02. Essência. “A noção de ‘essência’ será parte íntima de toda filosofia realizada desde Aristóteles até os tempos modernos. Trata-se, em minha opinião, de uma noção confusa, mas sua relevância história exige que lhe dediquemos algumas palavras”. “ [...] essência de uma coisa se entendia ‘aquelas de suas propriedades que não podem se alterar sem que ela perca sua identidade’”. 
Capítulo 28 – O estoicismo
1. “[...] Zenão, seu fundador, [...] foi um materialista cujas doutrinas em geral combinavam cinismo e Heráclito.” Aos poucos, porém, os estoicos afastaram-se do materialismo. 
2. “Zenão não tinha paciência para sutilizas metafísicas; era a virtude o que julgava importante”. 
4. “Na vida de cada um dos homens, a virtude é o único bem [...]. Os outros homens só têm poder sobre aquilo que lhe é extrínseco; a virtude, único bem verdadeiro, depende apenas do indivíduo. Desse modo, cada um possui liberdade plena, contanto que se livre dos desejos mundanos”. 
3. “As principais doutrinas a que a escola permaneceu fiel ao longo de todo o tempo foi as que dizem respeito ao determinismo cósmico e à liberdade humana”.
5. Há uma dificuldade lógica nisso: “Se o mundo é completamente determinista, as leis naturais decidirão se serei ou não virtuoso. Caso me torne iníquo, será por força da natureza e a liberdade que a virtude supostamente oferece não me é possível”. Eu todos os estoicos encontramos a dificuldade de conciliar o determinismo com a liberdade da vontade. 
6. “Do ponto de vista histórico (mas não filosófico), muito mais importantes do que os primeiros estoicos foram aqueles que manifestaram relação com Roma: Sêneca, Epiteto e Marco Aurélio”. 
7. “Há um quê de amargura no estoicismo. A felicidade nos é impossível, mas podemos ser bons; finjamos, portanto, que, na medida em que somos bons, não importa se somos infelizes. Essa doutrina é heroica e, num mundo ruim, útil; todavia, não é verdadeira ou fundamentalmente sincera.”. 
8. Nos séculos XVI, XVII e XVIII a doutrina do direito natural resgata a doutrina estoica. Os estoicos diziam que todos os seres humanos são iguais e no século XVII o despotismo é combatido de maneira eficaz com as doutrinas estoicas do direito e da igualdade naturais. 
Capítulo 30 – Plotino
1. Em sua época, o mundo dos afazeres práticos parecia não oferecer qualquer esperança, e somente o Outro mundo soava digno de lealdade.
2. Plotino “é historicamente importante porque ajudou a forjar o cristianismo do medievo e a teologia católica”.
3. Plotino foi um otimista melancólico, verdadeiro de filosofia bela. 
4. “A metafísica plotiniana se inicia com uma Santíssima Trindade: o Uno, o Espírito e a Alma. Os três, porém, não são iguais como as Pessoas da Trindade cristã; o Uno é supremo, e a ele se segue o Espirito e, por fim, a Alma.”
5. Plotino fala em nous que possui um significado parecido com “espirito”, mas que também se assemelha a “razão”. O nous é entendido como “a luz por que o Uno vê a si mesmo”. 
6. “Podemos conhecer a Mente Divina, da qual nos esquecemos por teimosi. Para que isso aconteça, temos que investigar nossa alma quando em seu estado mais divino: devemos colocar de lado tanto o corpo junto da parte da alma que o forjou quanto ‘sentido, com seus desejos, impulsos e todas as futilidades”; o que resta é a imagem do Intelecto Divino”

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