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URGENCIA E EMERGENCIA III Deisy Gonçalves Mendes – XLI Maria Clara Conti – XLI Professora Manuella Stravini de Oliveira 3° período – 2021/1 - Todo que for analisado no ABCDE, vai ser identificado agora. PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO - Entrada de ar na cavidade pleural de forma contínua, por uma lesão na pleura visceral. CAUSAS - Fratura de costela: machuca a pleura parietal e a visceral. Quando lesa a pleura visceral, o ar entra pelo pulmão e “vaza”, se acumulando entre essas duas pleuras. Esse ar começa a comprimir o pulmão (ipsilateral), quanto mais acumular ar, começa a comprimir o mediastino (coração e grandes vasos) e isso reduz o retorno venoso, e diminui a PA (não volta sangue para o coração e não tem como ele ejetar). Depois comprime o pulmão contralateral, isso causa uma insuficiência respiratória franca no paciente. * Paciente tem insuficiência respiratória franca e baixa pressão arterial. - Lesão penetrante EXAME FÍSICO - Saturação de O2: vai estar baixa. - Um lado do tórax levanta e o outro não. - Ausência ou diminuição do murmúrio vesicular no hemitórax acometido: murmúrio vesicular é um som que auscultamos normalmente nos pulmões. Quando não ouvimos esse murmúrio, ao fazer o B do ABCDE do trauma, diagnosticamos pneumotórax hipertensivo. - No C também vamos ver a pressão mais baixa também. ATENÇÃO - Erro imperdoável é pedir RX antes: o diagnóstico é clínico! - O paciente ao ir para o RX, espera muito, e pode voltar com uma parada cardiorrespiratória. TRATAMENTO - Transformar hipertensivo em aberto. 1. Toracocentese de alívio: jelco 14 ou 16 no 5º espaço intercostal, entre a linha axilar média e anterior. * Jelco é uma marca. Isso é uma agulha bem calibrosa. Isso descomprime o tórax, retirando o ar e salvando a vida do paciente. - Esse é o tratamento imediato, de emergência. 2. Toracostomia com drenagem em selo d’agua: entre 5º e 6º espaço intercostal entre as linhas axilar anterior e média. * Precisa usar bisturi e tesoura. - Coloca o dreno entre as pleuras e coloca a ponta imersa em um líquido (soro fisiológico). Quando o paciente expira, o ar sai das pleuras e borbulha na água e na hora que ele inspirar, o ar não volta, pois, está imerso na água. Não temos força para puxar o líquido do chão, pra entrar no peito, então não entra mais ar, só sai. - Esse pote com líquido tem que ficar mais baixo que o paciente, porque senão o líquido volta pelo tubo. A pressão atmosférica é maior que a pressão do corpo, então qualquer abertura que você faz no corpo, vai entrar ar e não sair. Para todos os procedimentos intercostais: - Tem que utilizar a borda superior da costela inferior ao espaço intercostal, porque na borda inferior da costela superior passa um feixe vaculo-nervoso (veias, artérias e nervos). Então, se penetrar nessa região pode gerar sangramentos e até mesmo paralisia da região. PNEUMOTÓRAX ABERTO CAUSA - Trauma penetrante: ferimento por arma de fogo ou arma branca. - Para considerar um pneumotórax aberto, a ferida com diâmetro superior a 2/3 da traqueia. Ou seja, tem que ser uma ferida grande o suficiente para o ar entrar por ela. TRATAMENTO IMEDIATO - Curativo de 3 pontas: coloca uma compressa ou papel laminado e fecha 3 pontas dele, a outra fica aberta. Com isso, quando o paciente inspira, ele faz um mecanismo de valva, puxando a compressa para dentro do curativo, e com isso o ar só sai e não entra. TRATAMENTO DEFINITIVO - Dreno em selo d’água + oclusão da ferida – é o mesmo do pneumotórax hipertensivo. * Obs.: Caso a ferida seja no lugar da incisão do dreno, NÃO usar a ferida para passar o dreno! Porque a ferida é suja, tem bactérias. Então, chega um pouco para o lado e passa o dreno. * Deixa um tempo com o dreno, para dar tempo de a pleura visceral cicatrizar. Depois tira o dreno e sutura. A pessoa fica em média 7 dias com o dreno. - Penetrante: arma de fogo e arma branca. - Contuso (fechado): quando o paciente bate o abdome no volante, por exemplo. - No ABCDE você avalia e decide se vai fazer a cirurgia (laparotomia, quando abre tudo) ou não. TRAUMA PENETRANTE CIRURGIA - Evisceração: saiu um órgão pela ferida. - Irritação peritoneal: todo o sangue dentro da cavidade abdominal irrita o peritônio, causando uma peritonite. O abdome fica rígido (abdome em tabua) e na palpação o paciente sente dor. - Choque: quando a pressão está abaixo que 90x60mmHg. Indica um provável sangramento. TRAUMA CONTUSO CIRURGIA - Irritação peritoneal: peritonite, abdome em tábua, rígido. LESÃO POR ARMA DE FOGO - 99% dos casos de lesões por arma de fogo, o paciente vai para laparotomia: enquadra em cirurgia, então vai ter evisceração, irritação peritoneal ou choque. LESÃO POR ARMA BRANCA - Exploração digital da ferida: você coloca o dedo dentro da ferida e palpa. Se você sente o peritônio íntegro, só pegou pele e músculo, você sutura e dá alta. Se tiver alteração de peritônio, ele estiver lesado, violado ou se você estiver em dúvida, observa o paciente e vai coletando exames de hemograma a cada 8 horas (baixa hemoglobina, indica hemorragia). Se o paciente evoluir para alguma indicação cirúrgica, ele vai para laparotomia. Senão, reinicia a dieta, se tudo correr bem, sutura e dá alta. FRATURAS DE CRÂNIO - Para identificação da fratura é necessário TC – isso é obrigatório. - Sinais clínicos que levam à suspeita: Rinorreia/otorreia: sangramento nasal ou do ouvido – indicam lesão da meninge. Paralisia facial Equimose periorbitária – Sinal de Guaxinim: suspeita de fratura de base de crânio. Equimose retroauricular – Sinal de Battle: suspeita de fratura de base de crânio. TRATAMENTO - Faz a TC e manda para o neuro, a conduta é dele. Mas, geralmente, se não teve sangramento, o tratamento é manter em observação, apenas. LESÕES INTRACRANIANAS CONCUSSÃO Desaceleração súbita: “nocaute”. - A calota craniana é dura e o cérebro se movimenta lá dentro de forma lenta. Se tiver uma desaceleração súbita, o cérebro “bate” na calota de forma muito súbita, mais forte do que deveria e lesa dentro dela. - Breve perda da consciência = < 6 horas - Amnésia (dura pouco). - Mantem em observação. LESÃO AXONAL DIFUSA (LAD) “Quadro grave de concussão” – aceleração rotacional: muitas vezes a cabeça não acompanha a rotação do corpo e isso gera uma lesão dos axônios (não rompe, se romper fica tetraplégico). - Lesão dos axônios dos neurônios. - Coma > 6 horas - Fazer tomografia – sem sangramento: observar. HEMATOMAS EPIDURAIS (EXTRADURAIS) - Sangramento entre a dura-máter e o crânio. - Indica lesão da A. meníngea média – então, é sangue arterial. - Traumas na região temporal. - Forma biconvexa (formato de uma bexiguinha): desvia a linha média, comprime ventrículo. - Intervalo lúcido: paciente tem uma breve perda de consciência na hora do trauma. Do momento do trauma até umas 6 horas ele fica lúcido e depois, perde a consciência e entra em coma. HEMATOMAS SUBDURAIS - Sangramento entre a dura-máter e a aracnoide. - Pequenas veias (veias em ponte) – o sangue é venoso. - Imagem em crescente – o sangue “escorre” entre as duas camadas, isso acontece porque as veias não pulsam, elas “babam” sangue. - Maior risco em alcoólatras e idosos – eles caem e batem muito a cabeça. - Não tem intervalo lúcido, se o sangramento for muito grande, o paciente já entra logo em coma.
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