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Unidade 2 As áreas da manutenção Andrew Schaedler e Giselly Mendes Metodologia da Manutenção Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Diretora Editorial CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA Projeto Gráfico TIAGO DA ROCHA Autores ANDREW SCHAEDLER E GISELLY MENDES Andrew Schaedler Eu, Andrew, sou formado em Engenharia Mecânica, com uma experiência técnico-profissional na área de engenharia de processos e usinagem de precisão, de mais de 8 anos. Passei por empresas como a TDK multinacional Japonesa produtora de componentes eletrônicos, John Deere multinacional Americana produtora de equipamentos agrícolas e hoje sou sócio proprietário de uma metalúrgica especializada em usinagem de precisão atendendo empresas de grande porte do ramo automotivo. Giselly Mendes Eu, Giselly, sou Mestra em Qualidade Ambiental, Tecnóloga em Polímeros, Administradora, Educadora com uma experiência técnico- profissional na área de Processos Gerenciais e Educacionais de mais de 12 anos. Somos apaixonados pelo que fazemos e adoramos transmitir nossa experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fomos convidados pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estamos muito felizes em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte conosco! OS AUTORES Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: ICONOGRÁFICOS INTRODUÇÃO: para o início do desenvolvimento de uma nova com- petência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamen- to do seu conheci- mento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma atividade de au- toaprendizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; SUMÁRIO Macroprocessos da manutenção mecânica ............................................ 10 Processos da manutenção mecânica ........................................................................... 10 Ferramentas para manutenção .......................................................................... 11 Técnicas de montagem e desmontagem de equipamentos ...... 15 Fundamentos de usinagem ...................................................................................17 Manutenção predial civil ..................................................................................21 Conhecendo a manutenção predial ................................................................................21 Inspeção Predial ............................................................................................................24 Manutenção predial x Inspeção Predial ......................................................27 Classificação de falhas .............................................................................................28 Manutenção elétrica predial ..........................................................................31 Entendendo a Manutenção Elétrica Predial ............................................................. 31 Periodicidade da manutenção elétrica predial ......................................34 Verificação de rotina em manutenção preventiva ...............................34 Processos da manutenção elétrica predial ...............................................................36 Normas regulamentadoras aos processos de manutenção ............. 40 O que são as Normas? ............................................................................................................ 40 Normas Técnicas Brasileiras ................................................................................................42 Metodologia da Manutenção 7 AS ÁREAS DA MANUTENÇÃO UNIDADE 02 Metodologia da Manutenção8 Você sabia que a área da manutenção é uma das maiores demandas na indústria? A manutenção também está presente em nosso dia a dia praticamente em todo lugar que frequentamos. Essa área de atuação profissional existe em todas as regiões do mundo. Nesta unidade vamos iniciar nossos estudos nesta área de conhecimento tão utilizada pela sociedade atual. Iremos aprender sobre os conceitos e definições da manutenção. Veremos como a gestão da manutenção é realizada e o impacto que ela tem no ramo industrial predial e elétrico. Ainda entenderemos o que é uma manutenção corretiva, o que é uma manutenção preventiva, suas diferenças, quando e como utilizá-las. Ficou empolgado? Ótimo! Então seguimos aprendendo sobre essa vasta área de conhecimento! INTRODUÇÃO Metodologia da Manutenção 9 Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 02 – As áreas da manutenção. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos: 1. Compreender o macroprocesso da manutenção mecânica; 2. Entender como se processa a manutenção predial civil; 3. Discernir sobre as especificidades da manutenção elétrica predial; 4. Aplicar as normas regulamentadoras ao processo de manutenção.. Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! OBJETIVOS Metodologia da Manutenção10 Macroprocessos da manutenção mecânica INTRODUÇÃO: Neste capítulo iremos conhecer um pouco mais sobre manutenção mecânica. Entenderemos onde ela é aplicada, como os profissionais de manutenção trabalham. Também iremos conhecer um pouco sobre processos e equipamentos utilizados para a execução de manutenção mecânica, reparo de peças quebradas ou desgastadas e até mesmo a confecção de novas peças para reposição. Ficou curioso não é mesmo? Ótimo, vamos em frente! Processos da manutenção mecânica Podemos entender como manutenção mecânica o conjunto de reparos e cuidados técnicos para o bom funcionamento e reparo de máquinas, equipamentos, peças, moldes ou ferramentas. A manutenção não atua exclusivamente em máquinas e equipamentos que estão em operação, mas também na concepção de um projeto, a acessibilidade dos conjuntos pelo mecânico ou o dimensionamento de peças e dos componentes devem atender a critérios para facilitar as operações de manutenção que serão executadas no futuro. Assim como as máquinas, as ferramentas, os materiais e a tecnologia evoluíram desde o surgimento da mecanização, industrialização e automatização, a mecânica também evoluiu, não só no que se refere aos procedimentos práticos de montagem, desmontagem, substituição de peças e alinhamento, a parte de gestão da manutenção evoluiu significativamente (ALMEIDA, 2018). Metodologia da Manutenção 11 Figura 1 – Exemplo de manutenção mecânica. Fonte: adaptado de Almeida (2018, s.p. – Kindle). Vamos agora conhecer sobre as ferramentas utilizadas nos processos de manutenção montagem e desmontagem por exemplo, processos de usinagem e soldagem. Ferramentas para manutenção Para que o mecânico de manutenção efetue as operações de manutenção necessárias garantindo o bom funcionamento de máquinas e equipamentos é essencial que ele conheça as ferramentas que podem ser empregadas nos procedimentos que ele irá executar. 1. Chaves fixas de montagem e desmontagem: • Chave de boca é utilizada para apertar e desapertar porcas e parafusos com perfil quadrado e sextavado. • Chave estrelapossui o mesmo campo de atuação que a chave de boca, porém possibilita maior quantidade de posições de trabalho. Metodologia da Manutenção12 Figura 2 – Exemplo de chaves de boca (esquerda) e de estrela (direita). Fonte: adaptado de Almeida (2018, s.p. – Kindle). • Chave combinada possui em uma de suas extremidades uma chave de boa e uma chave de estrela, sendo assim extremamente prática. Figura 3 – Exemplo de chaves combinada. Fonte: adaptado de Almeida (2018, s.p. – Kindle). 2. Chave de soquete: entre as chaves intercambiáveis, a chave de soquete é o tipo mais comum e versátil, devido à ampla gama de acessórios fornecidos, esse tipo de chave se torna uma ferramenta extremamente prática. Os Metodologia da Manutenção 13 soquetes podem ter o perfil sextavado ou estriado. A chave de soquete possibilita o acesso a porcas ou parafusos em locais onde outros tipos de chaves não conseguem alcançar, além de permitir o acoplamento em catracas que possibilitam o aperto dos parafusos sem a retirada da chave. Figura 4 – Exemplo de jogo de chaves de soquete com catraca. Fonte: adaptado de Almeida (2018, s.p. – Kindle). 3. Chave hexagonal tipo Allen: A chave allen é utilizada para fixar ou soltar parafusos com sextavados internos, com ou sem cabeça. O tipo de chave Allen mais utilizado possui perfil “L”, o que possibilita o efeito alavanca durante o aperto ou desaperto de parafusos. Figura 5 – Exemplo de jogo de chaves allen. Fonte: adaptado de Almeida (2018, s.p. – Kindle). Metodologia da Manutenção14 4. Chave para canos e tubos: também conhecida como grifo é uma ferramenta específica para a instalação e manutenção de tubulações. 5. Chave de boca ajustável: conhecida como chave inglesa, é muita utilizada na mecânica, também podendo ser usada em trabalhos de manutenção predial como montagem de tubulações ou eletrodutos com elementos de fixação rosqueáveis. Figura 6 – Exemplo de chaves de canos (esquerda) e chave inglesa (direita). Fonte: adaptado de Almeida (2018, s.p. – Kindle). 6. Alicate universal: Ferramenta manual destinada a segurar, puxar ou dobrar objetos possui a função de uma morsa. 7. Alicate de pressão: tem a mesma função que o alicate universal porém o alicate de pressão, possui regulagem de abertura das garras. Figura 7 – Exemplo de alicate de pressão. Fonte: adaptado de Almeida (2018, s.p. – Kindle). Metodologia da Manutenção 15 8. Martelo: ferramentas utilizadas na conformação de chapas, pregos, peças entre outras. Utilizado nas diversas áreas da mecânica, caldeiraria, funilaria, marcenaria e construção civil. Apesar de ter uma construção simples, o tipo martelo deve ser selecionado corretamente assim evitando danos a peça que estão sendo utilizadas (ALMEIDA, 2018). Figura 8 – Exemplo de martelos, de cima para baixo: martelo de borracha, martelo para pregos, martelo bola, martelo de pena. Fonte: adaptado de Almeida (2018, s.p. – Kindle). Bastante ferramentas não é mesmo? Imagine como esse número aumenta quando começamos utilizar ferramentas especiais ou com tamanhos variáveis. É fundamental para o profissional de manutenção conhecer e saber escolher as ferramentas que irá utilizar. Técnicas de montagem e desmontagem de equipamentos Quando pensamos em manutenção de máquinas qual a imagem que vem a sua imaginação? Aposto que é uma máquina desmontada com um profissional de manutenção segurando uma ferramenta certo? Montar e desmontar equipamentos está diretamente ligado a manutenção dos mesmos. E para esses processos existem normas e boas práticas a fim de assegurar a melhor execução da atividade de manutenção. Metodologia da Manutenção16 Durante a desmontagem de equipamentos é necessário assegurar a integridade das peças e dos componentes, além de garantir que a montagem não comprometa a eficiência do equipamento. Vamos aprender sobre os procedimentos que visam reduzir o risco de problemas na desmontagem e montagem de máquinas e equipamentos, sempre usando as técnicas de manutenção e os requisitos da norma ABNT 15154 (Requisitos para mecânico de manutenção) (ALMEIDA, 2018). • Procedimento para a correta desmontagem de máquinas: 1. Desligar a chave geral da máquina; 2. Sinalizar com placas ou faixas de atenção a área de manutenção; 3. Organizar as ferramentas necessárias para a desmontagem do equipamento; 4. Elaborar a sequência de procedimento em folha de execução; 5. Quando disponível, ter em mãos o desenho explodido da máquina em que será executada a manutenção; 6. Limpar a máquina e drenar lubrificantes ou fluidos de corte; 7. Remover alavancas, mangueiras, tubulações, ou cabos existentes sempre identificando-os para posterior montagem; 8. Os conjuntos mecânicos pesados devem ser calçados para evitara queda ou desequilíbrio do equipamento. 9. Separar as peças em lotes levando em conta o estado em que elas se encontram, sendo eles: Lote 1 – peças em perfeito estado; Lote 2 – Peças que precisam recondicionamento ou troca de reparos; Metodologia da Manutenção 17 Lote 3 – peças danificadas que devem ser substituídas ou fabricadas; Lote 4 – peças a serem examinadas em laboratório. Após o conserto das partes identificadas segue-se com a montagem do equipamento (ALMEIDA, 2018). • Procedimento para a correta montagem de máquinas: 1. Consultar os manuais e desenhos técnicos disponíveis; 2. Verificar os elementos e peças a serem montados; 3. Verificar as ferramentas e instrumentos de aferição que serão utilizados e organizá-los de maneira que facilite o manuseio; 4. Iniciar a operação de montagem de acordo com o planejado, sempre cuidando para que não haja impurezas ou fragmentos que possam contaminar as peças e componentes; 5. Após a finalização das operações de montagem, testar o equipamento montado. É fundamental que o profissional de manutenção esteja habilitado e treinado para a tarefa que vá exercer. Na montagem e desmontagem não é diferente, o profissional precisa estar preparado para executar a função e não ter problemas inesperados devido à falta de conhecimento. Fundamentos de usinagem Você certamente já ouviu falar em usinagem de peças certo? Com certeza já viu peças metálicas com design complexo e ficou se perguntando como elas foram fabricadas. Normalmente é usado o processo de usinagem para essas situações. Usinagem é o processo de fabricação mecânica que consiste na remoção de material por corte ou abrasão visando a fabricação ou reparo de peças de material metálico e não metálicos, obedecendo a medidas, geometria e normas de desenho técnico. Metodologia da Manutenção18 A maneira como a peça será usinada, como a peça será fixada, a ferramenta de corte a ser utilizada, as condições de manutenção da máquina em que a operação será realizada e principalmente a competência técnica do profissional que irá executar a usinagem impactam diretamente no processo de usinagem e resultado final. O processo de usinagem é dividido nas seguintes etapas: • Desbaste: retirada do excesso de material, deixando-se uma pequena quantidade dele, chamada de sobremetal que será retirado na fase de acabamento. • Acabamento: retirada do sobremetal, respeitando as medidas dimensionais e geométricas exigidas no desenho técnico da peça. • Controle: processo de inspeções das dimensões e requisitos solicitados da peça que foi usinada. É possível realizar a usinagem com ferramentas manuais, como limas ou com auxílio de máquinas operatrizes. Entre as máquinas operatrizes de usinagem presentes no cotidiano mecânico de manutenção temos: • Torno mecânico; • Fresadora mecânica; • Retifica plana e cilíndrica. 1. Torno mecânico: é uma das máquinas mais comuns da indústria metalomecânica e também uma das mais antigas. O Torno mecânico possui inúmeras variações e tipos sendo eles utilizados em diversos processos de fabricação. Ele é uma máquina usada com frequênciana realização de manutenção de peças ou ferramentas (ALMEIDA, 2018). Metodologia da Manutenção 19 Figura 9 – Exemplo de torno mecânico universal. Fonte: Almeida (2018, s.p. – Kindle). 2. Fresadora mecânica: é uma máquina de usinagem destinada a usinagem de peças com diversas faces, geometrias, canais, rasgos, engrenagens, rebaixo, furações entre outras formas. As fresadoras são máquinas versáteis e muito comuns nas empresas devido à grande variedade de peças que é possível produzir utilizando-as. A ferramenta e corte utilizada na fresadora recebe o nome de fresa, podendo ser ela de aço rápido ou metal duro. Figura 10 – Exemplo de fresadora mecânica universal. Fonte: Almeida (2017, s.p. – Kindle). Metodologia da Manutenção20 3. Retifica plana e cilíndrica: As retíficas são máquinas com mesa magnética que executa movimentos longitudinais ou transversais para retificar uma superfície, e movimentos verticais, são controlados pelo operador manualmente, assim posicionando o rebolo e controlando a quantidade de material que irá ser retirado em cada passe na peça (ALMEIDA, 2018). A usinagem está sempre presente na manutenção mecânico devido a necessidade de confeccionar ou reparar peças metálicas. É de suma importância que o profissional de manutenção mecânica tenha conhecimentos técnicos em usinagem. RESUMINDO: Pois então bastante informação não mesmo? Garanto que você nunca mais irá olhar para suas ferramentas da mesma maneira não mesmo? Também aposto que você nunca tinha visto a desmontagem e montagem de equipamentos como um dos processos de manutenção certo? E ainda mais com complexidade e importância tão significantes não é mesmo? Pois então neste capítulo vimos alguns dos processos de manutenção e suas ferramentas. Aprendemos sobre o processo de usinagem tão utilizado no reparo e confecção de peças de reposição. Vimos ainda modelos de máquinas operatrizes. Também aprendemos sobre as principais ferramentas utilizadas em montagem e desmontagem nas operações de manutenção. E entendemos a importância e as etapas dos processos de desmontagem e montagem executados durante as manutenções mecânicas. Metodologia da Manutenção 21 Manutenção predial civil INTRODUÇÃO: Neste capítulo vamos estudar sobre manutenção predial, entender um pouco como os profissionais da área a executam. Também vamos aprender sobre os processos utilizados para realizar a manutenção predial, quais são os problemas mais comuns e como eles podem ser resolvidos. Acredito que tenha despertado seu interesse não é mesmo? Seguimos em frente! A manutenção predial é regida pela NBR 5674 da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT, mas na prática temos poucos edifícios que possuem um sistema ou cultura de manutenção implementado. O que acontece na prática é a simples correção dos problemas que surgem com o tempo, ou como nós já vimos, apenas a manutenção corretiva é efetuada, é difícil encontrarmos um edifício ou condomínio com uma gestão da manutenção preventiva em funcionamento. Esse fato muitas vezes acaba expondo o edifício e suas estruturas a certos riscos. Vamos usar aqui a definição utilizada pela Norma de Inspeção Predial do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape): a manutenção predial é o conjunto de atividades e recursos que garanta o melhor desempenho da edificação para atender as necessidades dos usuários, com confiabilidade e disponibilidade, ao menos custo possível (GOMIDE, 2014). Conhecendo a manutenção predial Você com certeza já se deparou com manutenções em sua casa, edifício ou condomínio certo? Com certeza alguns pequenos reparos você mesmo teve que executar ou chamou um profissional para fazê-lo não é mesmo? Metodologia da Manutenção22 Pois pensando na gestão da manutenção e nos nas manutenções corretivas, preventivas e preditivas que vimos serem tão eficientes no mundo industrial, podemos trazer esses conceitos para a manutenção predial. É comum nos depararmos com manutenções corretivas sendo feitas em edifícios, porém a manutenção preventiva e até mesmo a preditivo já é mais difícil de enxergarmos não é mesmo. Claro que a maioria dos edifícios possuem uma boa durabilidade, mas será que não precisam de um olhar mais cauteloso no quesito de manutenção? Não só para identificar e corrigir problemas serve a manutenção predial, ela ajuda a prevenir falhas para manter a funcionalidade das construções, atender exigências de segurança e garantir vida longa às edificações. Toda construção deve ser monitorada por profissionais de manutenção predial ao longo de sua vida útil. Quando a manutenção é ignorada, o edifício corre o risco de perder sua capacidade funcional, e expor os usuários a situações de risco e insegurança, além de desvalorizar o patrimônio. Figura 11 – Exemplo de manutenção predial em fachada. Fonte: Pexels Metodologia da Manutenção 23 Em condomínios, ignorar a manutenção pode resultar em responsabilização civil de proprietários, síndicos e administradores. Para evitar problemas, é necessário que um plano de gestão da manutenção seja implantado, começando com a realização da inspeção predial. A partir daí o administrador passa a ter um laudo com as informações do edifício o qual mostra a situação real do prédio no que diz respeito à funcionalidade, atendimento às normas técnicas, presença de falhas e/ ou falhas. A inspeção predial funciona como uma revisão de um carro, ela aponta os problemas já existente e alguns problemas que irão surgir com o tempo. Todos os sistemas que compõem a edificação são analisados, da cobertura ao subsolo. SAIBA MAIS: A Câmara de Inspeção Predial do IBAPE/SP no ano de 2009, preocupada com a relação “causa x efeito” dos acidentes e sua forte correlação com a Manutenção Predial, realizou um estudo sobre acidentes ocorridos em edificações com mais de 30 anos. O estudo considerou dados de conhecimento comum, publicados pela imprensa, e informações cadastradas no banco de dados do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo. Nesse estudo, os acidentes prediais analisados ocorreram, exclusivamente, em edificações na sua fase de uso. Excluídos dessa análise, portanto, acidentes ocorridos na fase de obras e em edificações com menos de 10 anos. Dos resultados obtidos, 66% das prováveis causas e origens dos acidentes são relacionadas à deficiência ou a falta de manutenção, perda precoce de desempenho e deterioração acentuada. Apenas 34% dos acidentes possuem causa e origem relacionada a problemas de construção dos edifícios (IBAPE SP, 2015). A figura abaixo ilustra os resultados: Metodologia da Manutenção24 Figura 12 – Gráfico com resultado sobre a pesquisa de falhas em edifícios. Fonte: Adaptado pelo editorial Telesapiens Os dados acabam apontando para uma conclusão: há meios de se diminuir o colapso e a deterioração precoce das edificações. É necessário implementar sistemas de gestão da manutenção predial e realizar avaliações periódicas das condições técnicas, de uso e de manutenção dos edifícios. O termo utilizado para essa avaliação da edificação é denominado Inspeção Predial ou Vistoria de Check-up. Essa avaliação é uma manutenção preventiva, sendo assim, diminui o risco de acidentes prediais e auxilia no direcionamento de investimentos na edificação e nas adequações do plano de manutenção. A inspeção predial é uma atividade que possui normas e métodos já pré-estabelecidos, classifica as deficiências constatadas na edificação com uma visão sistêmica e gera uma lista de prioridades técnicas com orientações ou recomendações para a sua correção, o resultado dessa avaliação corresponde a ações do plano de manutenção do edifício (IBAPE SP, 2015). Inspeção Predial Como podemos ver a inspeção predial é parte fundamental da gestão da manutenção predial. É a partir da inspeção predial que temos a análise da situação do edifício emavaliação e com ela podemos definir as Metodologia da Manutenção 25 ações de correção que será preciso executar. Também usamos o laudo da inspeção predial para montar o plano de manutenção e planejar os custos envolvidos para executar a manutenção. DEFINIÇÃO: De acordo com a Norma de Inspeção Predial do IBAPE/SP, é a “análise isolada ou combinada das condições técnicas, de uso e de manutenção da edificação”. Outras normas técnicas definem Inspeção Predial. Temos como exemplo: • Avaliação do estado da edificação e de suas partes constituintes, realizada para orientar as atividades de manutenção (ABNT NBR 5674). • Verificação, através de metodologia técnica, das condições de uso e de manutenção preventiva e corretiva da edificação (ABNT NBR 15575-1). O que acontece na prática, é uma avaliação com o objetivo de identificar o estado geral da edificação e se seus sistemas construtivos, observados os aspectos de desempenho, funcionalidade, vida útil, segurança, estado de conservação, manutenção, utilização e operação, sempre visando o bem estar dos usuários. Vamos agora analisar o método dessa avaliação técnica e suas etapas, de acordo com a Norma de Inspeção Predial do IBAPE/SP: Figura 13 – Etapas da inspeção predial. Metodologia da Manutenção26 Fonte: Adaptado pelos autores Metodologia da Manutenção 27 As etapas da inspeção predial seguem uma ordem lógica para ajudar na classificação e na solução dos problemas encontrados nas edificações. É importam que as etapas sejam seguidas e bem executadas só assim o a inspeção predial será eficiente. O profissional de manutenção predial deve saber ler e interpretar o documento de inspeção predial, assim ele poderá executar as ações de manutenção de forma correta e eficaz. Manutenção predial x Inspeção Predial É importante entendermos que a inspeção predial não é manutenção da edificação. A inspeção predial é uma das ferramentas que auxiliam na elaboração ou na revisão do plano de manutenção e na gestão predial. Manutenção, por definição, é o conjunto de atividade que garante e recupera os desempenhos de elementos e sistemas construtivos, conforme previsto em projeto e dentro do prazo de vida útil. Trata-se de atividade técnica de Engenharia ou outro profissional qualificado. Conforme a ABNT NBR 5674, as responsabilidades técnicas de quem realiza a Manutenção são: 1. Assessorar o proprietário na tomada de decisão sobre a manutenção e sua organização; 2. Providenciar e manter atualizados os registros da manutenção; 3. Realizar rondas de manutenção e contratar inspeções técnicas periódicas; 4. Preparar previsões orçamentárias para os serviços de manutenção; 5. Supervisionar as atividades de manutenção; Metodologia da Manutenção28 6. Planejar as atividades e reavaliar a programação; 7. Orçar serviços de manutenção terceirizados ou próprios; 8. Realizar ou assessorar o proprietário na contratação de serviços; 9. Definir e implementar sistema de gestão da manutenção predial; 10. Orientar os usuários sobre o uso adequado da edificação; 11. Assessorar o proprietário em situações de emergência; 12. Acompanhar o valor dos investimentos, bem como o valor do imóvel ao longo de sua vida útil, em função das atividades de manutenção executadas. A falta de Manutenção nos edifícios causa a falha ou parada nas funcionalidades que o edifício possui e redução do prazo de vida útil. Logo, quando não se faz Manutenção, os gastos com reparos corretivos e reformas são maiores e ocorrem de forma mais acentuada e precoce. É importante observar, ainda, que a Manutenção garante a funcionalidade e, principalmente, a segurança do uso das instalações e dos sistemas da edificação. Se realizada sem critério técnico, a manutenção pode causar problemas, gastos indevidos sem os benefícios esperados, danos materiais, físicos e gerar preocupações desnecessárias aos usuários, além da desvalorização acentuada do imóvel, indenizações por acidentes, condenações jurídicas por negligência, impedimento ao uso, interdições entre outros problemas. Classificação de falhas As falhas de manutenção podem ter diversas causas. Quando se realiza a Inspeção Predial, elas são analisadas para a classificação do grau de prioridade. Podem ter origem em execução de atividades inadequadas, mau planejamento, uso indevido de materiais, deficiências com mão de obra, problemas com ausência de registros, contratos de terceirizadas incompatíveis com a realidade operacional das instalações, dentre outras. Metodologia da Manutenção 29 As falhas podem ser: • Críticas – Implicam em danos à saúde e à segurança dos usuários, perda excessiva de desempenho causando possíveis paralisações, comprometimento sensível de vida útil e desvalorização acentuada. Esse tipo de falha exige intervenção imediata. Exemplo: parada dos elevadores, trincas que comprometam a estrutura do prédio. • Regulares – Promovem perda de funcionalidade sem prejuízo à operação direta de sistemas, redução pontual de desempenho, deterioração precoce e pequena desvalorização. Esse tipo de problema requer programação e intervenção em curto prazo. Exemplo: Fachada do edifício está descascando. Degraus da escada estão perdendo o revestimento. • Mínimas – Causam pequenos prejuízos à estética ou à atividade programável e planejada, sem incidência ou sem a probabilidade de ocorrência dos riscos críticos e regulares. Exemplo: Bolhas na pintura no hall de entrada. A deficiência no diagnóstico das falhas causa retrabalho e gastos desnecessários, sem contar que o problema poderá ressurgir, agravando a situação e causando prejuízo ainda maior (IBAPE SP, 2015). Outro ponto que precisamos saber diferenciar é que a manutenção não é Reforma, Modernização e/ou Retrofit. Essas atividades alteram as características originais dos sistemas construtivos, o que não ocorre na manutenção predial. De acordo com a recente ABNT NBR 16280:2014 – Norma de Reforma em Edificações – Sistemas de Gestão de Reformas – Requisitos, tem-se como definição para reforma de edificação: “Alteração nas condições da edificação existente com ou sem mudança de função, visando a recuperar, Metodologia da Manutenção30 melhorar ou ampliar suas condições de habitabilidade, uso ou segurança, e que não seja manutenção”. As reformas em geral podem ocorrer nas edificações para repor sistemas que já se encontram com vida útil ultrapassada, como também para alterar características. As reformas, tanto quanto as atividades de manutenção, necessitam de profissionais habilitados para sua execução, porque envolvem prestações de serviços de engenharia e arquitetura. Logo, é importante existirem responsáveis técnicos. RESUMINDO: E aí conseguindo absorver toda a informação? Bastante coisa não é mesmo? Aquelas obras que vemos sendo realizadas nas fachadas dos edifícios quando caminhamos nas ruas não serão mais as mesmas para você certo? Eu gosto de pensar como o conhecimento muda a forma como olhamos para o mundo e as coisas que nos cercam! Pois bem nesta unidade aprendemos sobre a manutenção predial, como a gestão da manutenção interfere na qualidade e custos das manutenções prediais. Também foi possível observar a importância de manter uma boa cultura de manutenção predial sempre visando a segurança e bem estar dos usuários. Conhecemos como é complexo uma inspeção predial o laudo que ela gera e como utilizamos esse laudo para alimentar o plano de manutenção do edifício que está sendo analisado. Foi possível observar também que manutenção predial, por tratar da segurança das pessoas, possui várias normas regulamentadoras para garantir a qualidade da manutenção e a responsabilidade das ações executadas. Vamos em frente aprendendo cada vez mais sobre essa área de conhecimento que é a manutenção. Metodologia da Manutenção 31 Manutenção elétrica predial INTRODUÇÃO: Neste capítulo vamosestudar sobre manutenção elétrica predial, entender um pouco como os profissionais da área a executam. Também vamos aprender sobre os processos utilizados para realizar a manutenção elétrica predial, quais são os problemas mais comuns e como eles podem ser resolvidos. Acredito que tenha despertado seu interesse não é mesmo? Seguimos em frente! Entendendo a Manutenção Elétrica Predial Vamos rever o conceito de manutenção, mas agora focando a manutenção elétrica predial, vamos pensar em coisas que fazemos habitualmente. Por exemplo: pegar o ônibus, ou o metrô, para ir à escola ou ao trabalho. Ou, então, passear no shopping; fazer um exame médico; pesquisar um assunto qualquer na internet; abastecer o tanque da motocicleta; tomar sorvete; comprar carne para um churrasco; fritar um ovo entre outras coisas. Com certeza você se lembra de que a falta de manutenção faz com que o ônibus quebre, o ar-condicionado do vagão do metrô não funcione, a escada rolante do shopping pare, não se pode fazer um exame médico porque o aparelho está quebrado, não se consegue acessar a internet devido à pane no provedor, a bomba de combustível está parada, não é possível tomar sorvete nem comprar carne porque não há fornecimento de energia no seu bairro. Vamos supor a seguinte situação. Bem, seu fogão tem acendimento (elétrico) automático e seu bairro não tem energia! Na sua casa, não há uma caixa de fósforos sequer no armário. Resultado: sem energia elétrica, você não pode nem fritar um ovo! Metodologia da Manutenção32 Analisando e refletindo sobre esses exemplos, fica fácil entender o conceito de manutenção: um processo que se destina à conservação das instalações ou equipamentos, mantendo suas características técnicas, funcionais e de segurança. Isto é, um conjunto de cuidados técnicos indispensáveis ao funcionamento regular e permanente de máquinas, equipamentos, ferramentas e instalações. Os defeitos e falhas comprometem o funcionamento dos componentes elétricos, reduzindo a sua vida útil e provocando as paradas não programadas. O objetivo do serviço de manutenção elétrica predial é garantir a continuidade e funcionamento do sistema elétrico e evitar que defeitos e falhas, caracterizados pelo funcionamento irregular ou até mesmo pela própria interrupção do funcionamento normal do sistema, venham ocorrer. As causas mais frequentes de defeitos e falhas são provocadas por: • falta de cuidados na execução da instalação; • má qualidade no fornecimento da energia elétrica; • falta de qualidade da manutenção realizada; • sistema elétrico sobrecarregado; • temperatura ambiente, produtos abrasivos ou químicos presentes no ambiente do sistema elétrico, não previstas em projeto. (SILVA, 2014). O profissional de manutenção elétrica predial, é responsável por fazer com que a energia elétrica chegue a todos os componentes dos circuitos das instalações, a fim de manter o funcionamento das máquinas e equipamentos a eles conectados. Figura 13 – Exemplo de profissional de manutenção elétrica predial. Fonte: Silva (2014, locais do Kindle 126). Metodologia da Manutenção 33 Sabemos que a gestão da manutenção divide a manutenção em corretiva, preventiva e preditiva. Vamos agora ver a descrição desses três tipos de manutenção com o foco na manutenção elétrica predial. Manutenção corretiva: é realizada quando o equipamento ou a instalação apresenta falhas ou danos, mesmo que a manutenção preventiva tenha sido realizada. A manutenção corretiva tem o objetivo de consertar o defeito apresentado e colocar novamente o equipamento ou a instalação em operação, assim reduzindo os prejuízos causados por sua paralisação. Manutenção preventiva: trata das inspeções periódicas nos equipamentos ou nas instalações. Essas inspeções permitem que sejam verificadas as condições de funcionamento, segurança e o nível de deterioração de equipamentos e instalações e podem indicar a necessidade de limpeza, lubrificação, ajustes, adequações ou substituição de componentes. Portanto, os objetivos da manutenção preventiva são: 1. Prolongar a vida útil de equipamentos e instalações; 2. Evitar paradas não programadas; 3. Reduzir os riscos de acidentes. Manutenção preditiva: tem a finalidade de indicar as reais condições de funcionamento da maquinaria e instalações. É baseada em dados de manuais de fabricantes, que informam desgaste, fadiga ou deterioração dos componentes de um equipamento ou de uma instalação. Desse modo, podemos prever o tempo de utilização dos componentes bem como as condições necessárias para o seu máximo aproveitamento. Os três tipos de manutenção que acabamos de ver podem ser divididos em dois grupos: o da manutenção planejada, no qual se enquadram a preventiva e a preditiva, e o da manutenção não planejada, no qual se enquadra a corretiva (SILVA, 2014). Metodologia da Manutenção34 Periodicidade da manutenção elétrica predial Com certeza você já passou por uma situação em que algo não funcionou corretamente em sua casa ou edifício, podemos assumir que nenhum usuário de uma instalação elétrica predial fica feliz quando algo não funciona. Reflita sobre seu dia a dia e em como a eletricidade tem uma presença tão forte que, simplesmente, não conseguimos viver sem ela. Agora, imagine uma sala de cirurgia. Nela, nada pode falhar, porque isso ameaça a vida de uma pessoa. Esse exemplo demonstra a necessidade da manutenção preventiva, pois não podemos esperar que algo falhe no meio de uma cirurgia para tentar consertar, não é? Assim, o intervalo de tempo em que deve ocorrer a manutenção tem que ser adequado a cada tipo de instalação. Quanto mais complexa e diversificada for a instalação e seu uso, menor deverá ser o intervalo em que são realizadas as intervenções. Por isso, uma sala de cirurgia é o típico local em que uma falha de fornecimento de energia jamais poderá ocorrer. Portanto, ao estabelecer a periodicidade da manutenção, o mais importante é levar em consideração a complexidade das atividades desenvolvidas e as influências externas existentes no local (SILVA, 2014). Para definir a periodicidade o profissional de manutenção deve utilizar as informações sobre vida útil discriminadas nos manuais dos fornecedores. Também é possível utilizar o laudo da inspeção predial ou o histórico de falhas consecutivas, assim estimando qual o tempo necessário para a manutenção entre falhas. O importante na hora de estipular a periodicidade da manutenção em um plano de manutenção é ter em mente que o objetivo é trocar ou realizar reparos em componentes antes que eles falhem, assim garantindo a segurança e a satisfação do usuário. Verificação de rotina em manutenção preventiva A manutenção preventiva deve ser uma rotina em instalações que não podem falhar, já que isso significaria prejuízos tanto materiais quanto Metodologia da Manutenção 35 para a utilização do usuário. Imagine um shopping sem ar-condicionado! Pense, também, em uma incubadora que mantém vivo um bebê prematuro e que fique, mesmo que momentaneamente, em um ambiente sem energia elétrica! São prejuízos que não podem ser resgatados! Por esses motivos, a manutenção preventiva deve fazer parte da rotina de manutenção da instalação elétrica predial. Essa periodicidade da manutenção preventiva é composta por verificações frequentes que são feitas em condutores, dispositivos de conexão e de manobra, quadros de distribuição e painéis. 1. Condutores: A instalação, a isolação e os elementos de conexão dos condutores, incluindo os que alimentam os equipamentos móveis, devem ser inspecionados com o objetivo de verificar se: • estão em boas condições de utilização e limpeza; • estão devidamente identificados; • não apresentam sinais de sobreaquecimentos. 2. Quadros e distribuição de painéis: Os quadros de distribuição e painéis devem ser inspecionados tanto em sua estruturaquanto em seus componentes. Na estrutura de quadros e painéis, devemos verificar o estado geral quanto à fixação, à integridade mecânica, à pintura, à presença de corrosão, ao funcionamento de fechaduras e dobradiças. Devemos, também, avaliar a condição dos condutores e das cordoalhas de aterramento. Em relação aos componentes dos quadros de distribuição e painéis, devemos verificar as condições de funcionamento de contatores, relés, chaves seccionadoras, disjuntores entre outros componentes. A fixação, os ajustes e as calibrações devem ser realizados de acordo com as características técnicas de cada componente. (SILVA, 2014). Metodologia da Manutenção36 Processos da manutenção elétrica predial Como estamos aprendendo, o principal objetivo da manutenção de um sistema elétrico conservar suas condições técnicas, funcionais e de segurança. A realização do serviço de manutenção exige a execução de procedimentos específicos, que garantam a segurança dos profissionais envolvidos nas intervenções e a confiabilidade dos trabalhos realizados. Podemos citar como exemplos: 1. Testes de funcionamento de componentes de uma instalação elétrica; 2. Inspeção visual dos componentes de uma instalação elétrica; 3. Ensaios possíveis de componentes de uma instalação elétrica. Durante a execução de qualquer manutenção elétrica predial, antes da substituição de um componente elétrico, você precisa garantir de que este realmente deva ser substituído. Isso é feito por meio de inspeção, testes e ensaio. É primordial que antes de iniciar a manutenção, você deve realizar procedimentos de desligar a energia dos circuitos atendendo às seguintes prescrições da NR 10: 1. Seccionar o circuito; 2. Impedir sua reenergização por meio de bloqueios mecânicos; 3. Constatar a ausência de tensão; 4. Instalar aterramento temporário; 5. Proteger os elementos energizados existentes na zona controlada; 6. Instalar a sinalização de impedimento de reenergização (SILVA, 2014). Metodologia da Manutenção 37 Exemplo: Agora vamos analisar o exemplo de um procedimento de inspeção de tomadas. Você já utilizou uma tomada portanto já sabe que as conexões entre os aparelhos elétricos portáteis e a rede elétrica são realizadas por meio de plugues e tomadas. O desgaste desses dispositivos é resultado da corrente que circula por eles e de sua elevada utilização. Também é de seu conhecimento que as conexões deficientes podem ocasionar queda de tensão, aquecimento e instabilidade na rede elétrica. Constatado o defeito, devemos efetuar a troca dos dispositivos. Veja, no quadro a seguir, os procedimentos de teste de uma tomada (SILVA, 2014). Quadro 1 –Exemplo de procedimento de inspeção de tomadas. Itens a ser verificado Como testar / Verificar Pressão de contato Verificar se a pressão de contato nos polos da tomada é suficiente para manter conexão com o plugue nela inserido. Bornes de ligação Avaliar conexão do condutor com borne de ligação da tomada. Sinais de aquecimento Verificar se a tomada apresenta sinais de deformação por aquecimento resultante de sobrecarga ou mau contato. Tensão Constatar presença de tensão nos bornes da tomada Fonte: Silva (2014, locais do Kindle 986). Após o profissional de manutenção ter verificado todo o sistema elétrico trocado os componentes e reparos necessários, ele precisa validar seu trabalho e emitir o relatório final de suas atividades. Após a conclusão da manutenção de um sistema elétrico e antes de ser liberado para o cliente, é necessário realizar a validação do serviço. Afinal, na manutenção também deve-se garantir a funcionalidade, Metodologia da Manutenção38 segurança e conformidade com as normas, assim como a integridade das pessoas, do imóvel e dos equipamentos presentes. Para a validação final da manutenção executada é necessário: 1. Verificar a conformidade com os parâmetros do projeto com a ajuda da leitura e interpretação do projeto da instalação elétrica; 2. Realizar as rotinas de teste de funcionamento do sistema e de medição das grandezas envolvidas; 3. Preencher o formulário para liberação do sistema; 4. Encerrar a Ordem de Serviço (OS). Após todas as etapas acima serem executadas e a ordem de serviço assinada e aceito pela pessoa que solicitou a manutenção, o serviço está concluído e o profissional pronto para o próximo trabalho (SILVA, 2014). Como vimos a manutenção elétrica predial é uma área de grande complexidade e com alguns risco também. O profissional de manutenção elétrica predial deve estar devidamente habilitado dentro das normas de segurança e com o conhecimento sobre a profissão em dia, caso contrário a execução das atividades não sairá conforme o esperado e ainda poderá apresentar risco desnecessários. RESUMINDO: Cada área que nos aprofundamos da manutenção parece um mundo novo não é mesmo? A manutenção elétrica predial não seria diferente, é uma área muito importante por tratar da segurança e bem estar das pessoas e exige um nível técnico elevado de seus profissionais. Vimos como ela é executada no dia a dia e como definidos a periodicidade das ações de manutenção preventiva. Metodologia da Manutenção 39 Foi possível entender a importância da manutenção preventiva e preditiva nessa área da manutenção. Pois o impacto de um edifício ficar sem energia elétrica muito grande para o usuário, certo? Também vimos o exemplo de um procedimento de inspeção e entendemos a necessidade de procedimentos para este tipo de manutenção. Ainda temos muito a aprender sobre essa fantástica área de conhecimento que é a manutenção. Seguimos em frente! Metodologia da Manutenção40 Normas regulamentadoras aos processos de manutenção INTRODUÇÃO: Agora vamos conhecer as normas regulamentadoras que regem a atividade de manutenção. Teremos as normas de segurança, legislações sobre a construção civil e algumas boas práticas a serem seguidas. É muito importante conhecer as normas técnicas e legislações sobre a atividade que você desempenha, além de funcionarem como um guia que irá te ajudar também servem para garantir que o profissional e as pessoas ao seu redor estejam seguras durante a execução de sua atividade. Interessante não é mesmo? Seguimos aprendendo sobre a manutenção! Teremos as normas de segurança, legislações sobre a construção civil e algumas boas práticas a serem seguidas. É muito importante conhecer as normas técnicas e legislações sobre a atividade que você desempenha, além de funcionarem como um guia que irá te ajudar também servem para garantir que o profissional e as pessoas ao seu redor estejam seguras durante a execução de sua atividade. Interessante não é mesmo? Seguimos aprendendo sobre a manutenção! O que são as Normas? Se alguém convidar você para participar de um jogo o qual você nunca jogou, a primeira coisa que você irá pedir é como funciona o jogo e quais suas regras, certo? Você faz essa pergunta, pois sabe que se não conhecer as regras, não terá chance de ganhar o jogo. Metodologia da Manutenção 41 Pois na manutenção é a mesma coisa é necessário saber as regras, normas técnicas e boas práticas da manutenção para melhor aplicá-la no dia a dia. Vamos começar entendendo o que é a normalização. Nos dias atuais estamos cercados por normas: de convivência, de linguagem, de padrões de comportamento. Afinal, dizer “bom dia!”, “por favor!”, “muito obrigado!” são expressões que devemos sempre usar e que fazem parte das normas da boa educação. Viver em comunidade exigiu de nós, seres humanos, o estabelecimento desses tipos de regras. A industrialização, atividade econômica que mudou totalmente nossas vidas nos últimos duzentos anos, exigiu o uso de critérios de padronização para facilitar a fabricação, o armazenamento e a comercialização dos produtos. Imagine como seria se cada fabricante resolvesse fabricar o conector de celular diferente para cada modelode celular? Seria muito difícil. A padronização foi o primeiro passo para a normalização, e está nada mais é do que um conjunto de critérios estabelecidos entre as partes interessadas, ou seja, técnicos, engenheiros, fabricantes, consumidores e instituições. As finalidades da normalização são: • Padronizar o produto; • Simplificar processos produtivos; • Garantir produtos e serviços confiáveis para o usuário. Do processo de normalização surgem as normas, sendo estes documentos com informações técnicas para uso de fabricantes e consumidores. As normas são elaboradas com base nas experiências e nos avanços tecnológicos da indústria. As normas englobam assuntos referentes à terminologia, aos glossários de termos técnicos, aos símbolos e aos regulamentos de segurança (SENAI SP, 2015). Atualmente o objetivo das normas técnicas são: Metodologia da Manutenção42 • Simplificação – limitar e reduzir a fabricação de variedades desnecessárias de um produto; • Comunicação – estabelecer linguagens comuns que facilitem o processo de comunicação entre fabricantes, fornecedores e consumidores; • Economia global – criar normas técnicas internacionais que permitam o comércio de produtos entre países; • Segurança – proteger a saúde e a vida humana; • Proteção dos direitos do consumidor – garantir a qualidade do produto comercializado e do serviço prestado. Normas Técnicas Brasileiras Como você já deve ter ouvido falar no Brasil temos inúmeros normas técnicas, e com certeza algumas delas normalizam o setor de manutenção industrial, predial e elétrica. Sendo assim vamos estudar sobre essas normas. Figura 15 –Logo da ABNT Fonte: ABNT O atual modelo brasileiro de normalização foi implementado a partir de 1992 e tem o objetivo de descentralizar e tornar mais rápida a elaboração de normas técnicas. Para isso, foram criados: • O Comitê Nacional de Normalização (CNN), que tem a função de estruturar o sistema de normalização; Metodologia da Manutenção 43 • O Organismo de Normalização Setorial (ONS), que tem como objetivo agilizar a criação de normas específicas para setores. Para que um ONS possa elaborar normas de âmbito nacional, deve se credenciar e ser supervisionado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A ABNT é uma entidade privada sem fins lucrativos. Sua responsabilidade é coordenar, orientar e supervisionar o processo de elaboração de normas no Brasil, bem como editar e registrar as normas existentes (NBRs). Para que os produtos brasileiros sejam aceitos no mercado internacional, as normas da ABNT são elaboradas, de preferência, segundo diretrizes e instruções de associações internacionais de normalização, como estas: • International Standard Organization (ISO), com sede em Genebra, na Suíça, que significa Organização Internacional para Padronização; • International Eletrotechnical Commission (IEC) ou, em português, Comissão Internacional de Eletrotécnica. A ABNT é responsável pela elaboração de normas de procedimento, especificação, padronização, terminologia, classificação, métodos de ensaio e simbologia em diversas áreas de atuação (SENAI SP, 2015). mas técnicas brasileiras entre no Site na ABNT. Link: <http:// www.abnt.org.br>. (Acesso em: 25/07/2020). Também vale visitar o site do Instituo Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO). No INMETRO, a norma recebe uma classificação e é oficialmente registrada. A norma pode ser uma: • NBR1, o que a torna obrigatória; • NBR2, chamada de “referendada” e obrigatória para órgãos públicos; http:// www.abnt.org.br Metodologia da Manutenção44 • NBR3, chamada de “registrada” e que pode ou não ser seguida tanto por órgãos públicos como por empresas privadas. Periodicamente as normas devem ser revistas. Em geral, a revisão deve ocorrer em intervalos de cinco anos. Todavia, o avanço tecnológico pode determinar que algumas normas sejam. Link: <http:// www.inmetro.gov.br>. (Acesso em 25/07/2020). A seguir vamos ver uma lista das normas regulamentadores e seus títulos. A lista serve para orientar o profissional a procurar pela norma completa de acordo com o trabalho que será realizado. Quadro 2 –Lista de NR’s Norma Descrição NR 01 Disposições gerais. NR 02 Inspeção prévia. NR 03 Embargo ou Interdição. NR 04 SESMT − Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. NR 05 Cipa − Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. NR 06 EPI − Equipamento de Proteção Individual. NR 07 PCMSO − Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. NR 08 Edificações. NR 09 PPRA − Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. NR 10 Segurança em instalações e serviços em eletricidade. NR 11 Transporte, movimentação e manuseio de materiais. NR 12 Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos. NR 13 Caldeiras e vasos sob pressão. NR 14 Fornos. NR 15 Atividades e operações insalubres. NR 16 Atividades e operações perigosas. NR 17 Ergonomia. http:// www.inmetro.gov.br Metodologia da Manutenção 45 NR 18 Condições do meio ambiente de trabalho da Indústria da construção civil. NR 19 Explosivos. NR 20 Líquidos combustíveis e inflamáveis. NR 21 Trabalho a céu aberto. NR 22 Segurança e saúde ocupacional na mineração. NR 23 Prevenção contra incêndios. NR 24 Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho. NR 25 Resíduos industriais. NR 26 Sinalização de segurança. NR 27 Registro profissional do técnico de segurança do trabalho no Ministério do Trabalho NR 28 Fiscalização e penalidades. NR 29 Segurança e saúde no trabalho portuário. NR 30 Segurança e saúde no trabalho aquaviário. NR 31 Segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura. NR 32 Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde. NR 33 Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados. NR 34 Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção e reparação naval. NR 35 Segurança e saúde no trabalho em altura. NR 36 Segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes e derivados. Fonte: Os autores É bastante comum no mundo da manutenção você encontrar no currículo dos profissionais treinamentos, por exemplo em NR10 - Segurança em instalações e serviços em eletricidade ou em NR 35- Segurança e saúde no trabalho em altura, isso significa que o profissional está apto para trabalhar de acordo com as normas da NR em questão. Metodologia da Manutenção46 Figura 16 –Exemplo de profissional capacitado para o trabalho. Fonte: SENAI SP (2014, locais kindle 161). Diversos trabalho exigem o treinamento das NR’s necessárias para a contratação do profissional. • ABNT NBR 15154: Vamos comentar aqui sobre a norma de qualificação e certificação de mecânico de manutenção e seus requisitos. A norma tem como objetivo estabelece os requisitos e a sistemática para a qualificação e certificação de mecânico de manutenção e define as atribuições, atitudes e atividades para o nível descrito. Esta Norma aplica-se à qualificação e certificação de profissionais executantes de serviços de manutenção, em equipamentos mecânicos, sistemas hidropneumáticos, sistemas de lubrificação e máquinas. Você certamente já ouviu falar ISO 9001 não é mesmo? Pois bem a ISO (Organização Internacional de normalização), é uma organização internacional, que reúne mais de uma centena de organismos nacionais de normalização. Representando países que respondem por cerca de 95% do PIB mundial, tem por objetivo promover o desenvolvimento da padronização de atividades correlacionadas, de Metodologia da Manutenção 47 forma a possibilitar o intercâmbio econômico, científico e tecnológico entre países. Para saber mais sobre como a ISSO funciona e entender como ela impacta na área de manutenção acesse o site. É importante que o profissional de manutenção tenha conhecimentosobre as normas regulamentadores da sua área de atuação, não apenas para se manter seguro e executar as boas práticas necessárias da sua profissão. Mas também para se manter dentro da legislação. RESUMINDO: Interessante não é mesmo? Podemos ver que a bagagem de conhecimento já conhecido e normalizado é grande na área de manutenção, não poderia ser diferente não é mesmo? A humanidade pratica a manutenção desde os surgimentos das primeiras ferramentas. Nesta unidade foi possível entender como as normas técnicas funcionam e atuam no Brasil, também vimos os órgãos responsáveis por emiti-las. Foi possível entender como as normas técnicas interagem com p profissional de manutenção e conseguimos nos aprofundar um pouquinho nas normas que mais impactam a manutenção, como a NR10 e NR35. Interessante não é mesmo? A frase de conheça as regras do jogo para vencê-lo se aplica muito bem quando falamos das normas técnicas e da manutenção. Seguimos em gente aprendendo sobre essa área de conhecimento tão fantástica que é a manutenção! Metodologia da Manutenção48 REFERÊNCIAS ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Disponível em: <http://www.abnt.org.br>. Acesso em: 27 de jul. 2020. ABRAMAN. Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos. Disponível em: <https://www.abramanoficial.org.br>. Acesso em: 11 jul. 2020. BAPTISTA, José Antônio. Manutenção Industrial: Técnicas, Contos e Causos – 2017. CYRINO, Luis. Downtime, o peso da manutenção. Manutenção em foco, 2019. Disponível em: <https://www.manutencaoemfoco.com.br/ downtime-o-peso-da-manutencao/>. Acesso em: 11 de jul. 2020. DE ALMEIDA, Paulo Samuel. Gestão da Manutenção Aplicada as Áreas Industrial Predial e Elétrica – 2017, Editora Saraiva. DE ALMEIDA, Paulo Samuel. Manutenção Mecânica Industrial Conceitos Básicos e Tecnologia Aplicada – 2018, Editora Érica. FERREIRA GOMIDE, Tito Livio, CABRAL P. FAGUNDES NETO, Jrônimo, GULLO, Marco Antonio. Inspeção Predial Total Diretrizes e Laudos no Enfoque da Qualidade Total e da Engenharia Diagnóstica – 2014, Editora PINI. Gestão de Ativos e Pas 55. ABRAMAN. Disponível em: <https:// abramanoficial.org.br/page/gestao_de_ativos>. Acesso em: 11 de jul. 2020. IBAPE SP. Inspeção Predial “a Saúde dos Edifícios”. 2° edição. Disponivel em: <https://www.ibape-sp.org.br/adm/upload/ uploads/1541781803-Cartilha-Inspecao_Predial_a_Saude_dos_Edificios. pdf>. Acesso em: 25/07/2020. ISO. International Organization for Standardization. Disponível em: <https://www.iso.org/home.html>. Acesso em: 25 de jul. 2020. Metodologia da Manutenção 49 LAASCH, Conaway. Fundamentos da gestão responsável: sustentabilidade, responsabilidade e ética. São Paulo: Cengage Learning, 2015. Manutenção Predial Preventiva. Fullconnection, 2019. Disponível em: <http://fullconnection.com.br/manutencao-preventiva-por-que-e- indispensavel/>. Acesso em: 11 de jul. 2020. Plano de Manutenção Predial Preventiva e Corretiva. Unifesp, 2016. Disponível em:<https://www.unifesp.br/campus/osa2/images/PDF/ Infraestrutura/ANEXO%202.pdf>. Acesso em: 11 de jul. 2020. PORTAL. Inmetro. Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br>. Acesso em: 25 de jul. 2020. Significado de NBR. SIGNIFICADOS, 2018. Disponível em:<http:// significados.com.br/nbr/>. Acesso em: 11 de jul. 2020. Sistemas Elétricos Prediais Instalações. SENAI-SP Editora. 2015. SILVA, Rodrigo de Faria. Sistemas Elétricos Prediais Manutenção. SENAI-SP Editora. 2014. Andrew Schaedler e Giselly Mendes Metodologia da Manutenção Macroprocessos da manutenção mecânica Processos da manutenção mecânica Ferramentas para manutenção Técnicas de montagem e desmontagem de equipamentos Fundamentos de usinagem Manutenção predial civil Conhecendo a manutenção predial Inspeção Predial Manutenção predial x Inspeção Predial Classificação de falhas Manutenção elétrica predial Entendendo a Manutenção Elétrica Predial Periodicidade da manutenção elétrica predial Verificação de rotina em manutenção preventiva Processos da manutenção elétrica predial Normas regulamentadoras aos processos de manutenção O que são as Normas? Normas Técnicas Brasileiras
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