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DIREITO PENAL II versão 2007A

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ESTUDO DAS PENAS
Breves Anotações
2007/A
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Movimentos Políticos Criminais
Diante da necessidade de estabelecer um controle eficiente sobre as práticas delituosas tivemos a origem vários movimentos de política criminal;
Destaca-se três:
Lei e Ordem
Abolicionismo
Direito Penal Mínimo
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Movimento da Lei e da Ordem
Fundamento: 
aumento da criminalidade
“pânico” da sociedade
Características: 
recrudescimento das leis
direito penal excessivamente intervencionista
falsa sensação social de segurança
Zaffaroni: “O poder político quando tem problemas sociais que não consegue resolver, ...., faz o mais barato, que é criar um sonho de que isso vai ser resolvido por meio de uma lei penal.”(Trento,2003, pag.17)
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Abolicionismo
Fundamento:
Direito Penal é ilegítimo ante o sofrimento que ocasiona
Características:
Abolição da forma jurídico penal da sanção punitiva para dar lugar às medidas pedagógicas e outros meios de controle social
Marchi Jr. : “...o sistema penal encontra-se arraigado na consciência popular, insensível à falência dos princípios que legitimam a pena... . Na verdade o povo contenta-se com a idéia de que lugar de criminoso é na cadeia, dando ênfase ao caráter vingativo da punição.”(Trento,2003, pag.24)
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Direito Penal Mínimo
Origem:
no ideário iluminista. É Modelo mais adequado ao Estado Democrático de Direito
Fundamento:
crise do sistema penal
Características
respeito dtos. e garantias individuais e dignidade humana; 
redução das figuras penais ao mínimo 
limitação e/ou eliminação das prisões processuais
Princípios Regentes:
Intervenção mínima – limitação ao legislador. ≠ de legalidade que é o limite ao arbítrio judicial
Fragmentaridade – seleção dos bens jurídicos protegidos
Subsidiariedade – outros meios de controle sociais são insuficientes
Lesividade - lesão ao bem selecionado ( vínculo fragmentariedade)
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Sanções
A sanção é a conseqüência do descumprimento do preceito expresso na norma. ( Costa Jr., 1999, pag.117 )
Distinção:
Disciplinar – relação de supremacia especial atingindo pessoas com vínculos de subordinação (militares, funcionários públicos, etc..)
Penal – voltada para todos, pressupõe relação de soberania exercida sob a forma de jurisdição
Medida de Segurança
Pena
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Teorias da Pena
Teoria Absoluta ou Retributiva
Fundamento moral e ético.
 O mal pelo mal. 
A pena é um castigo
Não há preocupação com o criminoso
Kant
 “pena é um imperativo categórico, conseqüência normal do delito, uma retribuição jurídica, pois ao mal do crime impõe-se o mal da pena, do que resulta a igualdade e só esta igualdade traz justiça”
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Teorias da Pena
Teoria Relativa ou de Prevenção ou utilitária
Finalidade de defesa social
Instrumento para reestabelecer a segurança social
Crime é o pressuposto da sanção
Evita o delito pelo temor
O fim é a prevenção social
Geral (abstrata) 
 intimidação social, medo do castigo
Individual (concreta)
readaptação do indivíduo através da segregação para impedi-lo de delinqüir
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Teorias da Pena
Teoria Mista
Idéia do justo e do útil para justificação da pena necessária
Conjugação das duas teorias
Retribuição e prevenção
Índole retributiva na expiação do agente
Fim utilitário na reeducação do agente e intimidação social
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Conceitos de Pena
Na dialética hegeliana como o delito é a negação do direito, a pena, enquanto negação de uma negação, constitui a afirmação do direito ( Costa Jr., 1999, pag.117 )
Indica a pena como conseqüência jurídica de um crime, ou seja, a sanção prefixada pela violação de um preceito penal. (Bettiol in Kuehne,2003,pag.24) 
É a perda de bens jurídicos imposta pelo Órgão da justiça a quem comete crime. Trata-se da sanção característica do Direito Penal em sua essência retributiva. (Fragioso in Kuehne,2003,pag.24)
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Finalidade da pena
Exposição de motivos à Lei de Execuções Penais:
	penas e medidas de segurança devem realizar a proteção dos bens jurídicos e reincorporação do individuo à comunidade
Prevenção ( Mezger in Trento, 2003,pag.48)
Geral – atuar social e pedagogicamente sobre a coletividade
Especial – proteger a coletividade ante o condenado e corrigir este
Ressocialização do condenado – integração social 
Reeducação do condenado - readaptação
Retribuição – retribuição ao mal injusto previsto no ordenamento jurídico ( castigo )
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Características das Penas
Legalidade – não há crime sem lei anterior que o defina
Anterioridade – a lei já deve estar em vigor à época do cometimento do ato delituoso
Personalidade – a pena não pode passar da pessoa do condenado
Individualidade – imposição e cumprimento individualizado de acordo com a culpabilidade e o mérito
Proporcionalidade – a pena deve ser proporcional ao crime cometido
Inderrogabilidade - certeza da condenação e do cumprimento da pena
Suavização pelo livramento condicional e sursis
Humanidade – Não são admitidas penas de morte (exceto em guerra declarada), trabalhos forçados, banimentos e penas cruéis ( açoites, apedrejamento, etc...).
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Classificação das penas
Classificação Doutrinária
Corporais
Acoites, mutilações, morte
Privativas de Liberdade
Perpétua, temporária
Pecuniárias
Multa, confisco
Restritivas de direitos
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Classificação das penas
Classificação Legal – Art. 32 CP
Privativas de liberdade ( art. 32 CP)
Reclusão
Detenção
Restritiva de Direitos ( art. 44 CP)
Prestação pecuniária
Perda de bens e valores
Prestação de serviços a comunidade ou a entidades públicas
Interdição temporária de direitos
Limitação de fim de semana
Pecuniárias ( art. 50 CP)
multa
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Ensaio
Os presos recebem uma espécie de tranfusão de influxos deletérios que tem o poder de transformá-los para pior. Em geral vai se desadaptando dos condicionamentos sociais extramuros na medida que vai se adaptando aos condicionamentos sociais intramuros. A prisonização leva a desorganização da personalidade, a deformação do caráter, a degredação do comportamento e ao abandono dos padrões de conduta da vida extramuro. (Farias jr. 1996,pag.96)

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