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auditoria e atividades períciais

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Autor: Prof. Ricardo Calasans
 Profa. Carla Batista Baralhas
 Prof. Fernando Gorni Neto
Auditoria e 
Atividades Periciais
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Professores conteudistas: Ricardo Calasans / Carla Batista Baralhas / 
Fernando Gorni Neto
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Z13 Zacariotto, William Antonio
Informática: Tecnologias Aplicadas à Educação. / William 
Antonio Zacariotto - São Paulo: Editora Sol.
il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XVII, n. 2-006/11, ISSN 1517-9230.
1.Informática e tecnologia educacional 2.Informática I.Título
681.3
?
Ricardo Calasans
Graduado em Engenharia de Produção Mecânica pela Universidade 
Metodista de Piracicaba (1994), em Direito pela UNIP – Universidade Paulista 
(2008) e em Medicina Veterinária pela UNIP – Universidade Paulista (2014).
Possui especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho pela 
Universidade Paulista (1996), especialização em Informática pela Universidade 
Paulista (1997) e mestrado profissional em Engenharia de Produção pela 
Universidade Paulista (1999). Doutorando pela Faculdade de Saúde Pública da 
USP em Organização dos Processos Produtivos e Saúde do Trabalhador.
Diretor da Associação Brasileira dos Profissionais de Medicina e Segurança 
do Trabalho e Meio Ambiente – Abraphiset – desde 1997, órgão em que atua 
como consultor e perito em questões de insalubridade, periculosidade, doenças 
e acidentes do trabalho, cursos e treinamentos em SST.
Coordenador do Congresso Brasileiro de Segurança e Medicina no 
Trabalho (Cobrasemt) e do Congresso Brasileiro de Perícias (Cobrape). 
Coordenador do Simpósio de Criminalística e Atividades Periciais e do 
Simpósio de Meio Ambiente.
Professor-adjunto dos cursos de graduação nas seguintes 
modalidades de Engenharia: Mecânica, Mecatrônica, Produção, 
Elétrico-eletrônica e Civil. Nessa função, também atua nas disciplinas 
de Arquitetura e Urbanismo, Administração, Medicina Veterinária, 
Biomedicina, Gestão Ambiental e Agronegócios.
Tecnólogo em Segurança do Trabalho pela UNIP. Coordenador-geral 
do curso de Tecnologia de Segurança do Trabalho e do curso técnico de 
Segurança do Trabalho – Pronatec da UNIP. Também é coordenador do 
curso de pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho da 
UNIP-Anchieta.
Líder das disciplinas de Ergonomia – nos cursos de Engenharia e Gestão 
Laboratorial – e Controle de Qualidade – do curso de Biomedicina.
Carla Batista Baralhas
Formada em Direito pela Universidade São Francisco – USF/SP, 
mestranda em Direito: Positivação e Concretização Jurídica dos Direitos 
Humanos pela UniFieo – Osasco/SP e em Saúde Pública pela Faculdade de 
Saúde Pública – FSP/USP. Soma alguns títulos de especialista em nível de pós-
graduação na área jurídica, em especial nas esferas do Direito Cível, Seguridade 
Social e Processo Civil e Empresarial, e de MBA em Prática Previdenciária, bem 
como em formação de Ensino Superior a Distância. É advogada atuante, com 
escritório em Osasco/SP, e palestrante nas áreas do Direito do Consumidor 
e Previdenciário e da Responsabilidade Civil. Como professora universitária, 
ministra várias disciplinas em cursos como Direito e Administração de 
Empresas e é professora-tutora de pós-graduação em Direito na modalidade 
EaD. Também é professora conteudista no curso superior de Tecnologia em 
Segurança do Trabalho EaD nas disciplinas Legislação e Normas Técnicas de 
Segurança do Trabalho e Legislação Previdenciária. 
Fernando Gorni Neto
É graduado e pós-graduado (2004) em Marketing pela Universidade 
Nove de Julho – Uninove. Também possui pós-graduação (2006) em 
Agronegócios pela Universidade Federal do Paraná – UFPR – e em Formação 
em Educação a Distância (2015) pela Universidade Paulista – UNIP. Foi 
professor de Transportes Internacionais na Exportacian Assessoria em 
Comércio Exterior.
No curso de graduação em Administração de Empresas da UNIP, leciona 
as seguinte disciplinas: Gestão de Suprimentos e Logística, Elaboração e 
Análise de Projetos. Em Logística Empresarial, é professor de Comércio 
Internacional e Marketing Internacional.
Detém mais de 30 anos de experiência em comércio internacional 
nas áreas de desembaraço aduaneiro de importação e exportação, tráfego 
marítimo internacional de granéis tramp, tráfego marítimo de navios 
liners, distribuição de produtos por via rodoviária, ferroviária e marítima de 
cabotagem e em Business Intelligence Center.
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Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Vitor Andrade
 Juliana Mendes
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Sumário
Auditoria e Atividades Periciais 
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................8
Unidade I
1 TIPOS DE AUDITORIA ........................................................................................................................................9
1.1 Origem da auditoria ............................................................................................................................ 12
1.2 Auditoria .................................................................................................................................................. 13
1.3 Princípios de auditoria ....................................................................................................................... 16
1.4 Termos empregados nas definições de auditoria de sistema de gestão da SST ......... 17
1.5 Objetivos da auditoria ........................................................................................................................ 17
1.6 Definição de critérios .......................................................................................................................... 18
1.7 Objetivos de um programa de auditoria ..................................................................................... 20
1.8 Definição dos recursos usados na auditoria .............................................................................. 21
1.9 Definição do escopo ............................................................................................................................ 21
1.10 Elaboração do questionário........................................................................................................... 22
1.11 Questionário de pré-auditoria, protocolo e lista de verificação (checklist) ............... 23
2 COMPREENSÃO DA UNIDADE E DE SUA GESTÃO .............................................................................. 24
2.1 Coleta de evidências ........................................................................................................................... 24
2.2 Avaliação das evidências ................................................................................................................... 25
2.3 Apresentação dos resultados ........................................................................................................... 26
2.4 Conteúdo do relatório ........................................................................................................................ 27
2.5 Formato do relatório ........................................................................................................................... 27
2.6 Modelo de protocolo de auditoria em SST ................................................................................ 28
2.7 Fiscalização do trabalho .................................................................................................................... 30
2.8 Exigências do auditor na fiscalização .......................................................................................... 31
3 LEGISLAÇÃO ....................................................................................................................................................... 33
4 ACIDENTE DA PIPER ALPHA ........................................................................................................................ 35
Unidade II
5 A MEDIAÇÃO E A ARBITRAGEM COMO FORMAS ALTERNATIVAS DE 
RESOLUÇÃO DE CONFLITOS E GARANTIA DO DIREITO FUNDAMENTAL ........................................ 41
5.1 Soluções alternativas para os conflitos ....................................................................................... 42
5.1.1 Mediação .................................................................................................................................................... 42
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5.1.2 Conciliação ................................................................................................................................................ 42
5.1.3 Arbitragem ................................................................................................................................................. 42
6 PERÍCIA ................................................................................................................................................................ 44
7 PERICULOSIDADE ............................................................................................................................................ 47
7.1 Características de armazenamento .............................................................................................. 50
8 CONCLUSÃO DA AUDITORIA ....................................................................................................................... 57
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APRESENTAÇÃO
Nesta disciplina, iniciamos nossos estudos com a auditoria, em especial a auditoria de sistemas de 
gestão. Assim, poder-se-á compreender sua relevância num processo de controle e melhoria contínua 
em suas etapas, permitindo identificar falhas ou vulnerabilidades em seu sistema. Então, com tais 
informações em mãos, a organização poderá buscar soluções mais adequadas, dentro da sua realidade 
técnica, financeira e cultural, a fim de atingir seus objetivos de forma eficiente.
Há muitos anos que a área de segurança e saúde no trabalho (SST) tem sido tratada, na maioria dos 
países, por meio de leis e regulamentos (ou normas regulamentadoras) de aplicação obrigatória. As 
normas técnicas, nacionais ou internacionais, produzidas no âmbito da SST, têm aplicação voluntária, 
mas complementam essas especificações, e muitas vezes são imprescindíveis para a efetivação prática 
das exigências legais e regulamentares. Nesses casos, a legislação tem abordado cada vez mais a 
exigência de aplicação de muitas dessas normas técnicas, que passam a ter caráter obrigatório. Em 
suma, as normas técnicas são, por natureza, de aplicação voluntária, a menos que uma lei ou um 
regulamento as tornem compulsórias.
No entanto, o crescente conhecimento de novos perigos, bem como os correspondentes riscos a que 
estão expostos os trabalhadores, resultam, em geral, na produção de novos regulamentos, leis e normas 
técnicas ou na adaptação dos existentes à nova realidade, tendo em conta a evolução tecnológica 
dos processos produtivos de cada atividade econômica. Em cada país, o número de leis, regulamentos 
e normas técnicas no âmbito da SST é cada vez mais elevado, como também é elevado o número 
de empregadores e outras partes interessadas (donos de obra, proprietários), que têm a obrigação de 
implementá-las, dificultando a verificação do seu cumprimento.
No conjunto, todos esses preceitos jurídicos formam um sistema de gestão da SST. Entretanto, 
muitas vezes esse sistema apresenta difícil articulação, por conta do exorbitante número de documentos 
aplicáveis em constante adaptação. Em grande parte, as inúmeras alterações desses regimentos têm sido 
ressaltadas por muitos profissionais da SST, que as destacam como um problema que tem dificultado o 
estabelecimento de soluções-padrão que perdurem.
Para facilitar essa articulação, surgem os modelos de sistemas de gestão da SST, que são organizados 
e sistematizados. Muitas empresas os utilizam para efetivar e demonstrar o cumprimento desse elevado 
número de leis, regulamentos e normas técnicas, por exemplo, Diretrizes da OIT (ILO-OSH 2001) a 
recente norma brasileira (ABNT NBR 18801:2010), ambas relativas a sistemas de gestão da SST e de 
aplicação voluntária por qualquer organização. Em qualquer dos casos, as auditorias desempenham 
um papel fundamental na melhoria contínua da SST. Permitem salientar o cumprimento das medidas 
previstas no referencial considerado na auditoria (aspectos positivos), assim como determinar as medidas 
preconizadas nesse referencial que não estão sendo executadas (aspectos negativos).
O balanço ponderado de ambos os aspectos (positivos e negativos) determinam o nível (score) da 
auditoria realizada, dando pistas aos auditados para as correções ou ponderação das situações que 
carecem de revisão, sempre com o intuito de evolução constante.
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Contudo, em muitos países ainda se deixa a cada destinatário dessas leis a responsabilidade pela 
definição das soluções técnicas para cada exigência legislativa e/ou regulamentar, situação que não 
considera a reduzida dimensão da maioria das empresas, incentivando a aplicação de soluções muitas 
vezes pouco ponderadas. Em geral, aplicam-se soluções de equipamentos de proteção coletiva (EPC) 
que respondem às exigências dimensionais impostas, mas não verificam as de resistência, isto é, não 
cumprem integralmente com a sua principal função, que é impedir acidentes com trabalhadores.
INTRODUÇÃO
Neste livro-texto vamos diferenciar auditoria de perícia.
Auditoria é uma consulta feita em diversas áreas da empresa com a finalidade de verificar se as 
funções estão sendo exercidas de maneira correta dentro dos padrões ou normas exigidas pela política 
da organização. Temos dois tipos distintos de auditoria.
Exemplificaremos em pormenores a diferençaentre auditoria interna e externa.
Este livro-texto também apresenta como se realiza um processo de perícia e os seus benefícios 
para o empregador.
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AUDITORIA E ATIVIDADES PERICIAIS
Unidade I
1 TIPOS DE AUDITORIA
A auditoria pode ser classificada em externa ou interna.
A auditoria interna é feita por uma equipe ou por um auditor que fica na instituição constantemente, 
podendo trabalhar com a diretoria executiva ou a presidência. Esse processo almeja administrar e 
verificar se os procedimentos estão de acordo com os padrões exigidos pela entidade. Uma auditoria 
pode ser originada por qualquer parte interessada de uma corporação e ter objetivos diferenciados. Por 
exemplo, uma empresa de construção pode determinar a realização de auditorias em matéria de SST 
para melhorar o seu desempenho e eliminar ou reduzir as não conformidades de uma norma voluntária 
de gestão da SST que decidiu adotar, bem como algumas exigências legais que não está cumprindo. 
Neste caso, trata-se de uma “auditoria interna ou de primeira parte”.
Na auditoria externa, o auditor externo deve ser independente, sem nenhum vínculo empregatício 
com a entidade em questão. Pode atuar em parceria com o auditor interno. Além dessas características, 
o auditor externo trabalha como uma espécie de consultor e tem seu foco voltado para a confiabilidade 
dos registros contábeis de uma entidade. O proprietário ou dono de uma obra pode determinar a 
realização de uma auditoria sobre a elaboração do projeto ou a execução de uma obra. Então, contrata 
uma empresa para elevar a probabilidade de esse projeto e/ou obra contemplar todas as medidas de 
segurança e saúde, reduzindo a ocorrência de acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. Neste caso, 
trata-se de uma “auditoria de segunda parte”, pois uma organização determina um trabalho para outra 
organização (proprietário ou dono da obra), e ambas as partes estão interessadas no mesmo objetivo. 
Fato similar ocorre quando há uma auditoria determinada por um construtor a um subcontratado, a um 
fornecedor ou a um prestador de serviços. Em determinados casos (dependendo dos referenciais), uma 
instituição pode decidir implementar um sistema de gestão abrangendo toda ou parte da sua atividade 
e, posteriormente, solicitar a uma entidade externa independente (e acreditada explicitamente para a 
certificação desse sistema por um organismo nacional de acordo com a legislação) a realização de uma 
auditoria para efeitos de certificação do sistema de gestão efetivado. Nesta situação, trata-se de uma 
“auditoria externa ou de terceira parte”.
Na Figura 1 ilustram-se os principais tipos de auditorias mencionadas. Na sequência de qualquer 
uma delas, podem-se realizar auditorias de seguimento com o objetivo de verificar se a organização 
auditada executou as medidas corretivas e/ou preventivas mencionadas nas conclusões da auditoria 
realizada. Importa destacar que, além dessas auditorias (primeira parte ou internas, segunda e terceira 
parte, ambas também designadas por externas, e auditorias de seguimento), existem outros tipos, por 
exemplo, auditorias conjuntas, combinadas, de concessão, de acompanhamento e de renovação, cada 
uma com características e objetivos bem-definidos.
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Unidade I
Eleva-se a exigência das auditorias de segunda parte no âmbito da segurança e saúde no trabalho 
em muitos países, sobretudo quando a legislação nacional atribui a estes responsabilidades de primeiro 
nível, como acontece em todos os países da União Europeia no que diz respeito à SST, e as empresas 
mantêm as responsabilidades pela execução das obras em segurança que as leis nacionais naturalmente 
lhes atribuem.
As incumbências dos proprietários justificam o grande desenvolvimento das auditorias de segunda 
parte e têm contribuído significativamente para explicar parte da redução do número de acidentes de 
trabalho e de doenças ocupacionais na indústria nos referidos países.
Acredita-se que essa seja a via a seguir por todos os que pretendem contribuir para a evolução 
constante da segurança e saúde no trabalho, pois é notória a impossibilidade de haver um auditor 
fiscal do trabalho para cada entidade. Assim, considera-se que todas as partes interessadas numa 
instituição devam contribuir para a evolução da segurança e saúde no trabalho no âmbito das suas 
competências. Em especial, os proprietários devem incluir as exigências específicas e objetivas sobre SST 
e fazer periodicamente (com meios próprios ou subcontratados) auditorias técnicas de SST (auditorias 
de segunda parte) durante a execução dos trabalhos com vistas a verificar e comprovar o cumprimento 
daquelas exigências pelas empresas. Essas exigências devem ser proativas, não podendo limitar-se a 
determinar o cumprimento, por parte das construtoras, da legislação de SST aplicável. Por sua vez, as 
organizações deverão também assumir uma ação proativa, designadamente, integrando a segurança e 
saúde no trabalho nos seus processos de produção e implementando auditorias técnicas internas, por 
meios próprios ou subcontratados.
 Saiba mais
Para mais informações, consulte:
APOLLO 13: do desastre ao triunfo. Dir. Ron Howard. EUA: 1995. 
140 minutos.
Auditoria interna ou 
de Primeira parte 
Realizada pela própria organização, 
podendo recorrer a pessoas externas
Auditoria externa
Segunda parte 
Realizada por uma organização, que 
elege um (sub)contratado, podendo 
recorrer a pessoas externas
Terceira parte
Realizada para efeitos de 
certificação por entidades externas 
independentes e acreditadas
Auditoria de seguimento
Realizada após qualquer das outras auditorias, dependendo do número e tipo de não conformidades encontradas 
Figura 1 – Principais tipos de auditorias
Já a perícia é uma avaliação empregada por uma equipe ou profissionais especializados para 
esclarecer a ocorrência, com a finalidade de apurar as causas e chegar a uma conclusão definitiva do 
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AUDITORIA E ATIVIDADES PERICIAIS
fato em questão. Por exemplo, quando ocorre algum acidente, com ou sem vítimas fatais, é preciso que 
a perícia seja chamada imediatamente para iniciar o processo investigativo para que as causas ou os 
culpados possam ser identificados e responsabilizados pelo acontecido.
A perícia pode ser definida como a vistoria ou exame de caráter técnico e especializado. É a mesma 
conceituação que traz o Código de Processo Civil:
Art. 464. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.
§ 1o O juiz indeferirá a perícia quando:
I – a prova do fato não depender de conhecimento especial de técnico;
II – for desnecessária em vista de outras provas produzidas;
III – a verificação for impraticável (BRASIL, 2015b).
 Observação
A perícia é prova elucidativa dos fatos, tem caráter de eventualidade e 
trabalha com o universo completo, já a auditoria é a revisão, utiliza-se da 
amostragem, repetindo-se de quando em quando.
O médico perito é o profissional capacitado para os procedimentos que envolvem a perícia médica 
e a perícia médica judicial.
A perícia médica é, portanto, um procedimento executado por um médico. É uma avaliação (exame 
médico do periciado – que pode ser um segurado, um autor, um réu etc.) específica para avaliar a 
questão em análise. Já a perícia médica judicial visa determinar o estado de saúde do periciado e sua 
capacidade, incapacidade ou redução de capacidade geral e/ou laborativa.
Ao longo dos últimos anos, várias séries de novas normas de sistemas de gestão surgiram. Isso 
mostra comoo mercado competitivo exige que as empresas invistam em sistemas de gestão na busca 
de eficiência e maior competitividade sem comprometer seus processos.
Nesse cenário, tornou-se necessário padronizar uma forma de se avaliar esses sistemas de gestão. 
Nesse sentido, a ABNT publicou em 2002 a primeira edição da norma NBR ISO 19011, a qual apresenta 
diretrizes para a auditoria de sistemas de gestão. Esta norma foi tecnicamente revisada e teve uma 
evolução do seu escopo, não se limitando mais à auditoria de sistemas de gestão da qualidade e meio 
ambiente, mas sim a sistemas de gestão de qualquer natureza.
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Unidade I
 Lembrete
Perícia é uma avaliação realizada por uma equipe ou profissionais 
especializados para esclarecer uma ocorrência. Tem o dever de apurar as 
causas e chegar a uma conclusão definitiva sobre a questão em análise.
Com essa atualização, essa norma pôde atender à demanda do mercado. Diversas normas de 
sistema de gestão se iniciavam, exigindo uma ferramenta que pudesse avaliar todos esses sistemas. 
Assim, a NBR ISO 19011 traz diretrizes de forma a atender todos os usuários, sejam eles micro, 
pequenas ou médias organizações.
 Lembrete
Auditoria interna: é feita por uma equipe ou um auditor que fica na 
empresa constantemente. Auditoria externa: o auditor externo deve ser 
independente, sem vínculo empregatício com nenhuma empresa.
1.1 Origem da auditoria
A origem da auditoria tem raízes na Antiguidade. É difícil precisar quando a atividade de auditoria 
teve início, mas pode-se supor que foi bem antes da definição do próprio termo. Em ruínas da civilização 
da Mesopotâmia, os arqueólogos encontraram marcas ao lado de números de transações financeiras 
que retratam um sistema de verificação. Outros registros indicam que sistemas similares também foram 
usados por egípcios, persas e hebreus.
Os gregos preferiam manter escravos, em vez de homens livres, como encarregados dos registros 
de controle financeiros, porque podiam ser torturados para revelar a verdade. Os governantes romanos 
nomeavam pessoas responsáveis por controlar a contabilidade de suas províncias, como questores, 
magistrados e funcionários do Tesouro, que ouviam a prestação de contas dos governantes das províncias 
e verificavam a existência de fraudes ou de uso impróprio dos fundos. A tarefa de ouvir as contas deu 
origem ao termo auditoria, que provém do latim auditus.
Entende-se que a auditoria surgiu nos governos como forma de controlar a arrecadação de tributos, 
de inibir e identificar os atos fraudulentos. Durante muitos anos, as auditorias foram realizadas somente 
em impérios, monarquias e igrejas, cujas atividades eram suficientemente amplas para exigir e justificar 
a realização de auditorias que examinassem e confirmassem os registros contábeis.
Observa-se que a história da auditoria está intimamente relacionada com a evolução histórica 
da contabilidade e da área financeira. Com o passar do tempo, as organizações públicas e privadas 
tornaram-se maiores e mais complexas, demandando a realização de diferentes tipos de auditorias.
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AUDITORIA E ATIVIDADES PERICIAIS
A respeito das auditorias na área de SST, no fim da década de 1970, somente algumas das maiores 
e mais prestigiadas corporações industriais dispunham de programas de auditorias em SST. No decênio 
seguinte, principalmente após a ocorrência de acidentes graves na indústria química, muitas entidades 
passaram a realizar auditorias internas para identificar e resolver rapidamente os problemas envolvendo 
a segurança dos trabalhadores ou da comunidade, e/ou avaliar a conformidade da empresa com as leis 
e os regulamentos governamentais.
Entre 1980 e 1990, muitas instituições se conscientizaram dos benefícios da auditoria na área de SST 
e de meio ambiente, e introduziram técnicas e processos de auditoria em seus negócios. Atualmente, 
as auditorias são empregadas nos mais diversos tipos e tamanhos de organizações, e são consideradas 
fundamentais para a evolução contínua do sistema de gestão.
1.2 Auditoria
As auditorias constituem processos sistemáticos, independentes e documentados para obter 
evidências e avaliar objetivamente o nível de cumprimento dos referenciais especificados por uma 
organização. Assim, para realizar uma auditoria, é necessário, fundamentalmente: definir a empresa a 
auditar; identificar os referenciais (critérios); e designar a equipe auditora.
A auditoria vem sendo destacada como uma importante ferramenta de gestão, a qual possibilita 
à administração da empresa a avaliação das conformidades de seus sistemas, como em situações de 
certificação ou registro externo, ou mesmo a análise e o acompanhamento de seus fornecedores dentro 
da sua cadeia produtiva.
A auditoria faz parte dos princípios básicos que foram instituídos pela Teoria da Administração, 
concentrando os esforços na eficiência e na eficácia administrativa. Para tal, procura-se utilizar da melhor 
forma possível os recursos humanos, materiais e financeiros da organização. Como ferramenta administrativa, 
já vem há muitos séculos sendo exercida pelas instituições, e seu objetivo é reconhecer problemas pontuais 
na estrutura administrativa. Geralmente, trata-se de auditoria interna, feita por funcionários da própria 
entidade, com o intuito de identificar os problemas e determinar as ações necessárias para eliminá-los.
Quando se fala em auditorias externas, estas podem ser contratadas para comparar os resultados com 
as auditorias internas e garantir que certos detalhes ignorados pelas auditorias internas, muitas vezes 
por terem estes como parte da rotina e não entendê-los mais como problemas, sejam identificados. Isso 
ocorre porque muitas dessas informações fazem parte da rotina da instituição, e os designados não as 
compreendem como problemas. Também há as auditorias externas por exigências de clientes ou mesmo 
para obtenção de certificações, exigindo escritórios reconhecidos para certificações.
De uma forma geral, toda organização é regida por princípios que visam estabelecer excelente 
administração. Vejamos seus princípios básicos:
• economicidade: um princípio fundamental para a redução de custos, que verifica os processos 
administrativos empregados a fim de buscar práticas que agreguem valor e eliminem ou minimizem 
as práticas que não o fazem;
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• eficiência: busca desenvolver atividades que tenham a menor margem de erros possível, uma vez 
que os erros causam retrabalho, consumindo mais recursos humanos, materiais e financeiros;
• eficácia: almeja garantir que sejam tomadas as medidas corretas e, para evitar o desperdício de 
recursos, busca reconhecer as causas da ineficiência do sistema;
• efetividade: trata-se de um princípio comum a todas as atividades humanas, e busca-se averiguar 
os resultados, verificando se foram ou não alcançados conforme haviam sido estabelecidos – 
segundo os três princípios já descritos.
 Observação
De acordo com o Código de Processo Civil, artigo 156, o juiz será 
assistido por perito quando a prova do fato depender de conhecimento 
técnico ou científico.
“§ 1º Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente 
habilitados e os órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em 
cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado” (BRASIL, 2015).
Há diversas normas, como a NBR ISO 9000 e a NBR ISO 14000, que destacam a importância dessa 
ferramenta para monitorar e verificar a eficácia com que as políticas de qualidade e meio ambiente 
foram e estãosendo executadas pela empresa.
Nesse sentido, a NBR ISO 19011 traz orientações de como gerir programas de auditoria, interna ou 
externa, em seus sistemas de gestão, e também apresenta as competências dos auditores e de como 
estes devem ser avaliados.
A NBR ISO 19011 (2012) é uma referência para a atividade de auditoria, pois regula os principais 
procedimentos dessa atividade, permitindo que seus resultados possam ser comparados com outras 
auditorias que se utilizam da mesma metodologia. Por tais razões é que teremos tal norma como 
base nesta obra.
Todas as normas ISO enfatizam a relevância de auditorias e são consideradas como ferramentas 
de gestão. Assim, elas são conduzidas para monitorar e verificar a eficácia da aplicação das políticas 
desenvolvidas e executadas pela organização. As auditorias também serão aplicadas para possibilitar a 
avaliação da conformidade dos processos produtivos, bem como para a avaliação e o acompanhamento 
ao longo da cadeia de fornecedores da entidade.
Nesse contexto, a NBR ISO 19011 traz orientações sobre como desenvolver as auditorias, a metodologia 
a ser empregada, destaca a referência sobre a gestão de um programa de auditorias – e sua realização, 
tanto interna quanto externa; ainda aborda outro ponto fundamental nas auditorias: o fator humano, 
ou seja, o preparo, a competência e a avaliação desses profissionais.
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AUDITORIA E ATIVIDADES PERICIAIS
 Saiba mais
Para mais informações, acesse:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) NBR ISO 
19011. Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão. Rio de Janeiro, 
2012. Disponível em: <https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx? 
ID=90603>. Acesso em: 10 maio 2016.
Considerando que o nosso foco está voltado para segurança e saúde do trabalhador, ao se falar em 
capacitação de auditores para avaliar um sistema de gestão de segurança e saúde do trabalho, passa 
a ser essencial que dentro da equipe de auditores tenhamos ao menos um profissional de SST. Para 
garantir bons resultados, também é preciso que esse profissional tenha experiência na área, uma vez que 
a SST exige um vasto horizonte de conhecimentos multidisciplinares.
Desse modo, a organização deve ter confiança na equipe de auditores: primeiro, pelo acesso às 
informações que eles terão; segundo, pela importância do relatório final, o qual será utilizado pela 
alta administração em suas tomadas de decisões. Então, se houver erros no relatório, as conclusões 
apresentadas no documento poderão causar decisões equivocadas, prejudicando a entidade.
A auditoria é uma ferramenta administrativa, e este livro-texto a retrata como um mecanismo 
confiável para garantir que as políticas definidas e adotadas pela empresa estejam realmente de acordo 
com a sua realidade e cultura. Assim, caso caso haja desvios ou interferências em sua aplicação, a 
empresa pode agir para aprimorar seu desempenho.
Nessa conjuntura, a equipe de auditores é vital para assegurar os resultados esperados. Para tal, é 
imperioso que os profissionais sigam princípios basilares de auditoria. Então, as conclusões que serão 
relatadas pela auditoria serão substanciais o suficiente para que a organização possa tomar suas decisões 
de modo embasado e consistente.
Para entender melhor esse cenário, vamos destacar os princípios que se aplicam aos auditores:
Primeiro, temos a conduta ética do auditor. Fundamental, é responsável por garantir a relação de 
confiança entre a organização e o auditor, o qual deverá asseverar a confidencialidade das informações 
que forem acessadas e registradas ao longo da auditoria, bem como uma postura discreta e íntegra ao 
longo da sua atividade.
Depois, destaca-se a apresentação justa dos dados coletados, ou seja, a preocupação em se 
trazer os informes com precisão, a fim de retratar a realidade dos fatos. O relatório da auditoria 
deve ser consenso entre a equipe. Deve-se, ainda, registrar todos os fatos, dificuldades encontradas, 
obstáculos ou situações que posam ter comprometido os resultados, ficando tudo evidenciado nos 
documentos da auditoria.
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Unidade I
Então, ressalta-se a independência do auditor, que deve ser imparcial e objetivo em suas conclusões, 
não permitindo que nada possa afetar suas observações e conclusões. Assim, não deve haver nenhum 
impedimento do auditor, por exemplo, algum parentesco com funcionário do setor auditado que possa 
gerar algum conflito de interesse, comprometendo as observações e o relatório final.
Por fim, acentua-se a abordagem baseada em evidências, outro princípio fundamental. Tudo deve 
ser comprovado, documentado, de forma que possa ser confirmado em outro processo de auditoria.
1.3 Princípios de auditoria
Segundo a NBR ISO 19011, a auditoria é um processo sistemático, documentado e independente 
para obter evidências de auditoria e avaliá-las objetivamente, a fim de determinar a extensão na qual os 
critérios da auditoria são atendidos.
O critério de auditoria é definido como o conjunto de políticas, procedimentos ou requisitos que são 
usados como uma referência com a qual a evidência de auditoria é comparada. A evidência, que pode 
ser qualitativa ou quantitativa, compreende os registros, a apresentação de fatos ou outras informações 
verificáveis pertinentes aos critérios de auditoria.
Já a constatação de auditoria envolve os resultados da avaliação da evidência de auditoria coletada, 
que é comparada com os critérios de auditoria. Estes podem indicar tanto conformidade quanto não 
conformidade com o critério de auditoria ou oportunidades para desenvolvimento.
Finalmente, temos a conclusão de auditoria, que é o resultado indicado pela equipe de auditoria. Tal 
documento pode ser apoiado por especialistas no assunto.
A auditoria é caracterizada pela confiança em alguns princípios. Eles fazem da auditoria uma 
ferramenta eficaz e confiável em apoio a políticas de gestão e controles, fornecendo informações nas 
quais uma empresa pode se basear para melhorar seu desempenho. A aderência a tais princípios é um 
pré-requisito para que sejam fornecidas conclusões de auditoria relevantes e suficientes, permitindo 
que auditores que trabalhem independentemente entre si cheguem a conclusões semelhantes em 
circunstâncias equivalentes.
Os princípios destacados a seguir estão relacionados aos auditores.
• Conduta ética: o fundamento do profissionalismo
Confiança, integridade, confidencialidade e discrição são essenciais para auditar.
• Apresentação justa: a obrigação de reportar com veracidade e exatidão
Constatações, conclusões e relatórios de auditoria refletem verdadeiramente e com precisão as 
atividades em questão. Nesse processo, obstáculos significantes encontrados durante a auditoria e 
opiniões divergentes não resolvidas entre a equipe e o auditado são relatados.
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• Devido cuidado profissional: a aplicação de diligência e julgamento na auditoria
Auditores devem ter o cuidado necessário em sua análise. Obviamente a devida competência é 
crucial. Outros princípios se relacionam à auditoria, que, por definição, é independente e sistemática.
• Independência: a base para a imparcialidade da auditoria e a objetividade das conclusões de auditoria
Auditores são independentes da atividade a ser auditada e são livres de tendência e conflito de 
interesse. Devem manter um estado de mente aberta ao longo do processo de auditoria para assegurar 
que as constatações e conclusões serão baseadas somente nas evidências de auditoria.
• Abordagembaseada em evidência: o método racional para alcançar conclusões de auditoria confiáveis
A evidência de auditoria é verificável. É baseada em amostras das informações disponíveis, uma 
vez que uma auditoria é realizada durante um período finito de tempo e com recursos limitados. O uso 
apropriado de amostragem está intimamente relacionado com a confiança que pode ser colocada nas 
conclusões de auditoria.
1.4 Termos empregados nas definições de auditoria de sistema de gestão da SST
Na atualidade, ao se analisarem os termos comuns empregados nas definições de auditoria de 
sistema de gestão da SST, diversos fatores podem ser identificados.
A auditoria de sistema de gestão é um processo sistemático, pois implica uma série metódica, 
lógica, estruturada e organizada de etapas ou procedimentos. Para ser formal, o processo deve ser 
documentado e fazer parte das atividades planejadas e controladas pela empresa. O processo deve 
ser o mais independente possível; todavia, deve-se considerar que numa auditoria interna o nível de 
independência não é total e é menor que numa auditoria externa. Para verificar o cumprimento dos 
critérios da auditoria, o processo precisa obter e avaliar evidências, como registros, relatos de fatos ou 
outras informações relevantes.
O processo deve verificar se as providências planejadas estão sendo efetivamente aplicadas e se são 
adequadas para atender à política e aos objetivos da entidade, ou seja, deve-se verificar se as ações 
programadas para a área de SST estão sendo cumpridas adequadamente e se satisfazem as metas e a 
política da instituição. Então, os resultados da auditoria devem ser comunicados às partes envolvidas, 
o que envolve a elaboração de um relatório escrito e sua distribuição àqueles que têm responsabilidade 
na correção e melhoria do sistema auditado.
1.5 Objetivos da auditoria
Os objetivos podem variar de uma auditoria para outra. Nas organizações que ainda não 
implementaram efetivamente o sistema, a auditoria deve ser dirigida para a identificação dos 
problemas existentes.
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A meta principal de uma auditoria de gestão de segurança do trabalho é produzir um diagnóstico 
específico, a fim de obter a correção de possíveis desvios em relação às práticas prevencionistas.
Nesse caso, o uso de checklists com pontuação pode ser útil para o acompanhamento do progresso 
da efetivação do sistema.
À medida que o sistema de gestão da SST vai se consolidando, a organização pode estabelecer 
objetivos particulares para avaliar a conformidade desse sistema com os critérios definidos e confirmar 
a ausência de avarias.
Com o passar do tempo, o foco da auditoria é deslocado naturalmente para a confirmação da 
legitimidade do sistema. Em geral, elas são mais frequentes nos locais que apresentam riscos mais 
elevados ou maior quantidade de não conformidades com os critérios da auditoria. Os locais que 
indicam impactos potenciais avaliados como “médios” e “baixos” devem ser auditados para verificação 
do desempenho das operações e garantia de que o nível de risco percebido seja preciso. Ocasionalmente, 
pode-se optar pela realização de auditoria não programada (de surpresa), desde que esteja de acordo 
com a política da entidade.
A duração de uma auditoria varia basicamente de acordo com a quantidade de auditores disponíveis, 
seu nível de conhecimento e experiência, a quantidade de atividades ou departamentos a serem auditados, 
o tempo médio despendido em cada atividade ou departamento e a jornada de trabalho da equipe.
Deve-se levar em consideração que um período demasiadamente curto para a realização da auditoria 
pode representar uma falsa economia, pois há uma etapa inicial na qual os benefícios obtidos são baixos. 
Subsequentemente, há um aumento da quantidade de evidências objetivas coletadas pelo auditor.
Finalmente, quando se atinge o ponto de inflexão, ou seja, quando se inicia a redução dos benefícios 
obtidos, o tempo empregado com a continuação da auditoria praticamente revelará os mesmos tipos 
de evidências objetivas.
1.6 Definição de critérios
Os critérios da auditoria correspondem às políticas, práticas, aos procedimentos ou regulamentos 
(legais, organizacionais, normas) que serão utilizados pelo auditor como referência para a coleta das 
evidências da auditoria. Eles serão selecionados de acordo com o objetivo e o escopo. Devem ser 
relacionados criteriosamente, a fim de acelerar o trabalho dos auditores.
Os materiais de apoio à aplicação da auditoria – lista de verificação (checklist), protocolos, guias 
de entrevistas e outros – são elaborados à luz dos documentos de referência, ou seja, dos critérios 
estabelecidos para a auditoria
Convém que os checklists usados pelos auditores, geralmente empregados para verificar a 
conformidade das operações com os critérios definidos, sejam concebidos e aplicados de forma que não 
limitem as atividades ou investigações adicionais; estas, dependendo de informações obtidas durante a 
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auditoria, poderão ser necessárias. Os checklists atuam como guias para os auditores e, como tais, não 
devem determinar rigidamente o que deve ser auditado.
O auditor deve perseguir as pistas para aprofundar as investigações e assim chegar a conclusões 
consistentes. Em muitos casos, antes do início da auditoria, pode ser útil o auditado receber os checklists 
que serão aplicados para auxiliá-lo nas providências a serem tomadas.
Os materiais de apoio à aplicação da auditoria – lista de verificação (checklist), protocolos, guias de 
entrevistas e outros – devem ser elaborados de acordo com os documentos de referência, ou seja, os 
critérios estabelecidos para a auditoria.
O uso de softwares reduz o custo da auditoria em 40% ou 50%, economizando de 65% a 70% 
do tempo requerido para a condução de uma auditoria. As ferramentas de informática podem incluir 
bancos de dados da legislação, das normas técnicas aplicadas e de substâncias perigosas, como também 
questionários que abordam assuntos específicos.
Entretanto, tal qual ocorreu no estudo de caso da plataforma de petróleo (vide tópico 1.2.2), é 
necessário ter em mãos um programa de auditoria, um conjunto de uma ou mais auditorias planejadas, 
com descrição das atividades e arranjos, incluindo abrangência e limites organizacionais da auditoria.
O planejamento é essencial para que sejam definidos os elementos-chave de uma auditoria: o escopo, 
que indica o local onde será realizada a auditoria. Deve ser clara e objetiva, estando de acordo com: o 
objetivo; os critérios; os recursos necessários; a equipe de auditores e respectivas responsabilidades; as 
datas de realização da auditoria in loco.
Um programa de auditoria pode incluir uma ou mais auditorias, dependendo do tamanho, natureza 
e complexidade da instituição a ser auditada. Elas podem ter uma variedade de objetivos e também 
podem incluir auditorias combinadas ou auditorias em conjunto, já que duas ou mais organizações 
auditoras podem cooperar entre si. Em tal caso, convém que se tenha atenção especial à divisão de 
responsabilidades, à provisão de qualquer recurso adicional, à competência da equipe de auditoria e aos 
procedimentos apropriados.
Um programa de auditoria também inclui todas as atividades imprescindíveis para planejar e 
ajustar os tipos e números de auditorias para fornecer os recursos para conduzi-las de modo eficaz e 
dentro do período de tempo especificado. Convém, ainda, que a alta direção da organização conceda 
autoridade para os peritos gerenciarem o programa de auditoria. Então, esses designados têm a 
responsabilidade de:
• estabelecer, programar,monitorar, analisar criticamente e melhorar o programa de auditoria;
• identificar os recursos necessários e assegurar que eles sejam providos.
Caso uma organização a ser auditada opere sistemas de gestão da qualidade e de gestão ambiental, 
por exemplo, auditorias combinadas podem ser incluídas no programa de auditoria. Assim, deve-se 
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definir o que será auditado, isto é, se a auditoria de segurança do trabalho será aplicada em conjunto 
com auditorias de saúde, ambiental, qualidade do processo produtivo, análise de riscos etc.
Os critérios da auditoria correspondem às políticas, práticas, aos procedimentos ou regulamentos 
(legais, organizacionais, normas) que serão utilizados pelo auditor como referência para a coleta 
das evidências da auditoria. Para facilitar o trabalho dos auditores, tais critérios serão selecionados 
considerando o objetivo. Neste caso, é preciso atentar para a competência da equipe de auditoria, e, 
antes do início da auditoria, é preciso haver consenso sobre esses pontos.
Estabelecendo o programa de auditoria
(5.2, 5.3)
• objetivos;
• responsabilidades;
• recursos;
• procedimentos.
Autoridade para o programa de auditoria
(5.1)
Implementando o programa de auditoria
(5.4, 5.5)
• programando;
• avaliando;
• selecionando equipes;
• dirigindo atividades;
• mantendo registros.
Melhorando o 
programa de 
auditoria
(5.6)
Competência e avaliação 
de auditores
(seção 7)
Atividades de auditoria
(seção 6)
Monitorando e analisando criticamente o 
programa de auditoria
(5.6)
• monitorando e analisando;
• identificando necessidades de ações corretivas e preventivas;
• identificando oportunidades.
Agir
(Act)
Planejar
(Plan)
Fazer
(Do)
Verificar
(Check)
Figura 2 – Ilustração do fluxo do processo de gestão de um programa de auditoria
1.7 Objetivos de um programa de auditoria
É necessário que sejam estabelecidos objetivos para um programa de auditoria, de modo a direcionar 
o planejamento e sua realização. Para tal, vejamos os pontos basilares que devem ser considerados:
• prioridades da direção;
• intenções comerciais;
• requisitos de sistema de gestão;
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• requisitos estatutários, regulamentares e contratuais;
• necessidade de avaliação de fornecedor;
• requisitos de cliente;
• exigências de outras partes interessadas;
• riscos para a organização.
Como exemplos de objetivos de programa de auditoria, podemos citar os seguintes:
• satisfazer os requisitos para certificação em uma norma de sistema de gestão;
• verificar conformidade com preceitos contratuais;
• obter e manter confiança na capacidade de um fornecedor;
• contribuir para a melhoria do sistema de gestão.
Nessa etapa, define-se se a auditoria pretende verificar a conformidade da empresa com a legislação, 
com sua política em segurança e saúde do trabalho, com seu sistema de gestão em segurança e saúde 
do trabalho, dentre outros objetivos possíveis. Deve-se evitar a resolução de inúmeros objetivos, o que 
pode confundir e dificultar a atuação dos auditores.
Um dos elementos fundamentais da gestão da saúde e segurança no trabalho (SST) é o processo 
de auditoria interna, não apenas por fornecer uma avaliação periódica dos fatos consumados, mas 
principalmente por orientar a tomada de decisões e otimizar os procedimentos atuais e futuros.
1.8 Definição dos recursos usados na auditoria
Os recursos devem ser compatíveis com o objetivo e o escopo da auditoria. Devem ser fornecidos 
recursos humanos, físicos e financeiros suficientes para a sua aplicação.
1.9 Definição do escopo
Escopo é o local onde será realizada a auditoria. Deve ser clara e precisa, estando de acordo 
com o objetivo.
Na localização geográfica, define-se o local onde será realizada a auditoria, isto é, as atividades 
que serão empregadas em determinada cidade, estado ou país. Para a corporação que tenha diversas 
unidades em uma mesma cidade, por exemplo, recomenda-se a escolha de uma delas para a aplicação 
da primeira auditoria, seguida, paulatinamente, pelas demais.
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Unidade I
Os limites organizacionais definem se a auditoria será aplicada em toda a organização, em alguma 
de suas unidades ou em alguma área funcional (produção, armazenagem, comercialização etc.) da 
organização.
Já o objeto de auditagem retrata o que será auditado, isto é, se a auditoria de segurança do trabalho 
será aplicada em conjunto com auditorias de saúde, ambiental, qualidade do processo produtivo, análise 
de riscos etc.
No quesito período, define-se a data em que serão levantadas as informações e as evidências 
de conformidade e de não conformidade da unidade submetida à auditoria. Esta é estabelecida de 
acordo com alguns fatores, como: objetivo da auditoria, periodicidade, tipo de atividade da unidade 
auditada, localização, data de instalação e tempo de funcionamento da unidade. Em caso de empresas 
que apliquem auditorias periódicas, o auditor deve avaliar a entidade a partir da data de realização da 
auditoria precedente. Caso se trate de uma primeira auditoria, admite-se a definição de um período de 
dois anos. Desse modo, é possível compreender o funcionamento de uma organização e detectar o risco 
de ocorrência de acidente ambiental.
Enfim, destaca-se o tema ambiental. Nesta etapa, avaliam-se quais os itens que serão estudados 
na auditoria: poluição do ar e da água, gestão de resíduos sólidos, uso de recursos naturais, riscos 
ambientais etc. Em geral, a definição dos itens está correlacionada ao tipo de auditoria e à tipologia da 
atividade em questão.
1.10 Elaboração do questionário
Os auditores em contato prévio com os auditados e com base em objetivo, escopo e critérios estabelecidos 
para a realização da auditoria ambiental, por meio de um questionário, obtêm informações básicas para a 
estruturação do protocolo ou da lista de verificação (checklist), considerando os seguintes aspectos:
• razão social, registros e licenciamentos pertinentes à unidade auditada;
• organograma gerencial com identificação de responsabilidades;
• estrutura de gestão da unidade auditada (política de comunicação, de informação etc.) e da 
corporação a que ela pertence (se for o caso);
• mercado em que a unidade opera;
• planta da unidade auditada;
• fluxograma do processo de produção;
• registro e inventário de poluentes (líquidos, gasosos, sólidos e material radioativo), ruídos, vibrações 
e odores;
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AUDITORIA E ATIVIDADES PERICIAIS
• registro de acidentes;
• relação de insumos utilizados;
• legislação, normas e regulamentos pertinentes;
• exigências específicas para a unidade a ser auditada;
• registro de treinamentos; 
• relatórios de auditorias ambientais anteriores ou inspeções anteriores, se for o caso.
Os protocolos e as listas de verificação conterão questões gerais e específicas. De posse das 
informações, os auditores as analisam, estabelecem e preparam os instrumentos e os documentos 
essenciais à atividade de campo.
Se o auditor já possuir tais registros, eles serão adaptados às exigências da unidade em análise. A 
partir dessa fase, a equipe de auditores deve conhecer e compreender o sistema de produção, os aspectos 
ambientais, os mecanismos de controle e gestão, bem como as atribuições de tarefas e responsabilidades 
da unidade auditada. Em alguns casos, já épossível detectar não conformidade ou parâmetros falhos 
em termos de controle ambiental.
Além disso, pode ser identificada a urgência de incorporar à equipe auditores especialistas numa 
determinada questão ambiental. Exemplo: a partir da avaliação do material enviado pelo auditados, a 
equipe pode apontar a necessidade de agregar ao grupo algum especialista em tratamento de efluentes 
líquidos e que seja capaz de avaliar a tecnologia aplicada na unidade.
A data da realização da auditoria em campo é agendada entre auditores e auditados. A equipe 
deve enviar ao gerente da unidade auditada uma carta confirmando a data de aplicação da auditoria 
ambiental, objetivos, escopo, critérios da auditoria e de seus objetivos. Todos os trabalhadores da unidade 
devem ter conhecimento da auditoria.
1.11 Questionário de pré-auditoria, protocolo e lista de verificação (checklist)
O questionário de pré-auditoria é um instrumento que contém uma relação de perguntas visando 
à obtenção de respostas detalhadas, que esclareçam bem os procedimentos, as rotinas, os registros e as 
responsabilidades da empresa, auxiliando na elaboração dos demais instrumentos a serem empregados 
em campo para a identificação de evidências de conformidades e não conformidades com os critérios 
estabelecidos para a auditoria.
O protocolo é um guia para ser usado pelo auditor na condução da auditoria. Contém completa orientação 
para a verificação das evidências de cumprimento ou não cumprimento dos critérios definidos para a auditoria. 
Na fase de preparação, os auditores adéquam o protocolo genérico às exigências específicas, como legislação, 
normas e requisitos aplicáveis à unidade auditada, as quais devem ser identificadas e revistas.
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Unidade I
A lista de verificação (checklist) é uma relação de perguntas que procura identificar a existência 
de conformidade ou não conformidade na unidade auditada. A princípio, um profissional com 
pouca ou média experiência não conduz uma auditoria apenas com uma lista de verificação; 
há de se fazer uso do protocolo. Profissionais familiarizados com a metodologia de auditoria 
ambiental e com a tipologia da unidade a ser auditada podem usar apenas a lista de verificação, 
dispensando o protocolo.
2 COMPREENSÃO DA UNIDADE E DE SUA GESTÃO
Na busca das evidências, cinco perguntas devem estar sempre na mente dos auditores: Quem?; O 
quê?; Como?; Onde?; e Quando?
Para identificar as evidências de conformidade e não conformidade, os potenciais riscos e as 
atribuições de cada indivíduo dentro da unidade, é imperioso compreender não apenas o que é realizado, 
mas também conhecer o local e como e com que frequência se dá a ocorrência. Esta é uma etapa 
essencial na realização de qualquer auditoria.
O processo de assimilação da gestão da unidade começa com a obtenção de uma ampla visão das 
atividades desenvolvidas, que se inicia na preparação da auditoria (fase de pré-auditoria), com a análise 
dos dados disponíveis na unidade propriamente dita; é retomada na reunião de abertura e prossegue na 
condução de três procedimentos.
O primeiro deles é a reunião de trabalho. Os auditores e os membros indicados pela gerência da 
unidade se reúnem para discutir, dentro do escopo da auditoria, os aspectos ligados à operação e à estrutura 
organizacional da unidade e onde serão estabelecidas as diretrizes gerais para a operacionalização da 
auditoria no local, como a definição dos locais e horários das entrevistas e as pessoas da unidade que 
acompanharão os auditores nos locais e horários designados.
Depois, temos a visita de reconhecimento. Acompanhada pelos funcionários indicados, a equipe 
de auditores visita a unidade, orientando-se com relação ao leiaute e às atividades que pertencem ao 
escopo da auditoria. Os funcionários destacados para acompanhar os auditores devem ser capazes de lhes 
responder e explicar questões e dúvidas apresentadas. Então, a equipe pode obter maior conhecimento 
sobre os processos existentes e avaliar melhor como os procedimentos podem afetar o meio ambiente, 
seja em rotina, seja em ocasiões especiais.
Por fim, destaca-se a revisão do plano de auditoria. Nessa etapa, a equipe se reúne para verificar 
os seguintes aspectos: se considerou no protocolo ou na lista de verificação todos os tópicos aplicáveis 
à auditoria na unidade; se os recursos estão adequadamente distribuídos. Deve, ainda, discutir não 
conformidades já identificadas, a fim de obter, na etapa seguinte, as evidências.
2.1 Coleta de evidências
O maior tempo da auditoria local será destinado à obtenção das evidências que darão suporte às 
avaliações e conclusões da auditoria. As evidências são conquistadas em: entrevistas com empregados; 
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observação das práticas de trabalho; exame dos processos de produção; controle dos equipamentos; 
revisão da documentação – manuais de procedimentos, manifestos de resíduos, mapas de risco.
O protocolo ou a lista de verificação auxilia a coleta de evidências, direcionando a atuação dos 
auditores de modo que não se desviem do objetivo principal. A capacitação da equipe de auditores e 
as técnicas por ela usadas nas entrevistas, nos testes e na observação também influenciam a qualidade 
dos resultados.
Durante a condução da auditoria, pode ser que uma observação leve o auditor a identificar uma 
evidência não relacionada no protocolo. Nesse caso, registra-se a ocorrência. Depois, o desvio de 
protocolo deve ser documentado para auxiliar na execução de uma nova auditoria na mesma unidade e 
na demonstração dos resultados. É importante que o auditor esteja ciente de que a constatação de uma 
não conformidade não deve ser registrada a partir de apenas uma observação, mas que há necessidade 
de apresentá-la aos auditados, acrescida da coleta de evidência da descoberta.
Conclui-se que a coleta de informações precisas deve ir além da simples consideração de documentos 
preexistentes. Para tanto, podem-se usar, alternativamente ou cumulativamente, três técnicas:
Inicialmente, faz-se a entrevista, que pode desenrolar-se de maneira formal ou informal, em geral 
fazendo uso do material preparado durante a pré-auditoria. Em seguida, acentua-se a observação. O 
auditor deve ser bom observador. Tudo aquilo que pode ser visto, sentido e entendido pode se constituir 
em elemento de informação, de constatação. Após esses processos, temos o teste de verificação, que 
são úteis para avaliar os sistemas de controle interno (de gestão e técnica), bem como para identificar 
a conformidade com os critérios da auditoria em situações de atividade “anormais” na unidade. Os 
sistemas de controle se sofisticam principalmente com o potencial de risco da unidade.
2.2 Avaliação das evidências
A avaliação é realizada juntamente com a etapa de coleta de evidências da auditoria, evitando que 
se tenha ao final da auditoria resultados indesejados, como:
• a descoberta de que não houve evidências suficientes;
• que as evidências não estavam devidamente comprovadas;
• algumas das evidências haviam sido mal-interpretadas, não resultando em real evidência;
Além disso, algumas das evidências detectadas poderiam ter influência em uma não conformidade não 
verificada, podendo gerar resultados incompletos para a auditoria. Nessa conjuntura, poderia ser necessária 
a permanência dos auditores por maior tempo do que o planejado para conduzir a auditoria no local.
É importante identificar se todos os itens no protocolo ou na lista de verificação estão sendo 
respondidos. Para que a auditoria tenha sua missão cumprida, é mister responder a todos os itens 
acentuados na documentação previamentepreparada.
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No fim do dia, recomenda-se que os auditores se reúnam para apresentar e discutir as evidências 
encontradas e as razões para caracterizá-las. Em geral, esta atividade é realizada em duas reuniões.
A primeira é a reunião da equipe de auditores. Cada auditor identifica se os itens do protocolo 
ou da lista de verificação a ele atribuídos estão sendo respondidos. Destaca o sumário das evidências 
e observações obtidas naquele dia e os eventuais obstáculos e dificuldades encontrados durante a 
auditoria. Posteriormente, os membros da equipe, em conjunto, discutem e identificam se as evidências 
e observações obtidas naquele dia são objetivas e comprováveis, se os objetivos da auditoria estão sendo 
alcançados e se as questões levantadas na fase anterior estão sendo respondidas. Em seguida, a equipe 
prepara o sumário das evidências e observações a serem relatadas naquele mesmo dia, e os auditados 
combinam os procedimentos a serem seguidos pelos auditores no dia seguinte.
Depois, temos a reunião com o pessoal da unidade auditada. Seu objetivo é indicar as evidências 
e observações identificadas no dia pelos auditores e esclarecer pontos polêmicos ou divergentes. 
Nessa reunião, o grupo de auditados poderá esclarecer dúvidas suscitadas ou descaracterizar algumas 
não conformidades incorretamente detectadas pelos auditores devido a incorreções de dados e 
informações a eles apresentados ou, ainda, prover as bases para as revisões mais detalhadas a serem 
executadas no dia seguinte.
As observações e evidências não devem ser relatadas pelos auditores individualmente no ato em que 
forem obtidas. Elas devem ser relatadas por cada auditor na reunião da equipe, o que evita a influência 
dos auditados nos resultados, a perda de tempo ou a perda de foco com o debate relativo à conveniência 
ou não de registrar a respectiva não conformidade durante a execução da auditoria.
Apesar de recomendável para maior eficácia da auditoria, nem sempre é possível realizar a reunião 
diária da equipe de auditores com os representantes da unidade em análise. Nesse caso, o auditor-líder 
deve procurar o funcionário da unidade destacada para acompanhá-lo e discutir os aspectos relevantes 
detectados durante o dia.
2.3 Apresentação dos resultados
Ao fim do trabalho de campo, a equipe de auditores apresenta aos auditados as evidências e 
observações detectadas durante a auditoria. Essa demonstração atende a dois objetivos:
• assegurar que a empresa auditada conheça prontamente as evidências detectadas durante a 
auditoria; 
• permitir ao auditados sanar ou esclarecer eventuais desentendimentos por parte dos auditores e 
destacar suas observações quanto às não conformidades elencadas.
Para auxiliar a manutenção de clima agradável, devem ser relatadas as evidências de conformidades 
e de não conformidades. É recomendável que todos os membros da equipe de auditores estejam 
presentes na reunião de apresentação dos resultados. Além disso, essa reunião deve ser conduzida pelo 
auditor-líder, que deve ter em mãos um relatório preliminar preparado em conjunto com os membros 
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da equipe. Assim, haverá concordância de todos quanto aos laudos relativos às áreas funcionais 
auditadas. O relatório deve conter um sumário das evidências detectadas, que serão acuradamente 
relatadas em tópicos.
Após a exposição das evidências, o auditor-líder ressalta eventuais dificuldades encontradas 
durante o processo da auditoria em campo e, se for o caso, requisita as informações solicitadas 
pelos auditores que ainda não foram obtidas. Em seguida, são acentuadas as recomendações 
mais imediatas, com ênfase nos itens que denotam riscos. Depois, define-se o tempo necessário à 
elaboração do relatório final da auditoria. Finalmente, essa reunião encerra a atividade da auditoria 
no local, isto é, na unidade.
2.4 Conteúdo do relatório
O conteúdo do relatório dependerá do objetivo da auditoria. Não obstante, alguns elementos devem 
estar sempre presentes. Os itens do relatório são acordados entre o auditor-líder e o cliente, assim como a 
relação dos destinatários. Observa-se que a auditoria resulta de um contrato entre a equipe de auditores 
e seu cliente, e é importante que a equipe de auditores apresente um certificado de confidencialidade, 
assinalando que os seus resultados só serão indicados ao cliente e a quem este determinar.
O relatório deverá conter todas as evidências objetivas encontradas durante a auditoria, que, por sua 
vez, devem ter sido elencadas e discutidas com a equipe de auditados na reunião final da auditoria. As 
notas de trabalho, comprovando as evidências enumeradas no relatório, devem ficar sob a guarda de um 
membro da equipe da auditoria (em geral com o auditor-líder) por um período de tempo não inferior a 
três anos, caso precisem ser evidenciadas.
Atendendo ao objetivo de servir como instrumento de gestão ambiental, é interessante que o 
relatório de auditoria contenha também as principais evidências objetivas de conformidade com os 
critérios da auditoria. Estas poderão servir de subsídio a uma argumentação por parte do gestor, caso 
necessite requerer novos recursos para corrigir as não conformidades detectadas.
2.5 Formato do relatório
Independentemente do objetivo da auditoria ambiental e de seu destinatário final, existem algumas 
características básicas que devem estar presentes em qualquer relatório de auditoria ambiental para que 
este cumpra sua função, clareza, objetividade, precisão e concisão.
A equipe de auditores deve estabelecer um formato-padrão para as auditorias de uma determinada 
empresa, de modo que possa ser definida a comparação dos resultados de sucessivas auditorias realizadas, 
identificando-se, assim, a efetividade das medidas adotadas para corrigir as não conformidades, bem 
como a evolução no trato das questões ambientais obtidas pela organização auditada.
A redação do relatório deve considerar seu público-alvo e usar linguagem adequada e familiar ao 
grupo em questão. Em particular, deve-se evitar o uso de jargões técnicos.
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As não conformidades devem ser claramente relatadas, evitando:
• conclusões precipitadas;
• exibir opiniões de natureza jurídica;
• estimar consequências;
• generalizar;
• usar mensagens contraditórias;
• focar a crítica em um indivíduo;
• usar adjetivos ou locuções adjetivas, aumentativos e superlativos.
Na introdução ou no item geral é identificada a unidade auditada, o cliente da auditoria, a data de 
realização, os membros da equipe e da unidade auditada que tiveram efetiva participação na auditoria, 
os objetivos e seu escopo. Enfim, essa seção orienta o leitor a respeito dos aspectos administrativos da 
auditoria e de seus objetivos.
O sumário executivo destaca em linhas gerais as evidências-chave detectadas durante a auditoria, 
com o intuito de orientar o gestor da empresa quanto aos aspectos ambientais mais significativos.
Na seção seguinte, são apresentados, em linhas gerais, os critérios utilizados. Como anexo, exibem-se 
as evidências objetivas encontradas durante a auditoria. É recomendável que sejam incluídas, além das 
não conformidades, as conformidades mais significativas, que deverão, elegantemente, ser expostas 
antes das não conformidades.
A conclusão sumariza as principais evidências detectadas na auditoria.
Por fim, é declarada a certificação de confidencialidade quanto aos resultados ali indicados e a lista 
das pessoas para as quais o relatórioestá sendo enviado. Os anexos correspondem ao detalhamento dos 
critérios usados ou de itens que possam subsidiar o melhor entendimento do relatório.
2.6 Modelo de protocolo de auditoria em SST
Como mencionado, o protocolo de auditoria em SST é um item fundamental. A seguir destacamos 
os elementos de um modelo:
• política de SST;
• desempenho do SST;
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• estrutura gerencial;
• gerenciamento de pessoal e treinamento;
• comunicação;
• investimento;
• conformidade legal;
• fornecedores;
• seguro;
• fontes diversas de consumo de energia;
• processos de produção – responsabilidade pela segurança do processo – verificação de normas e 
procedimentos, processo de treinamento, avaliações de risco etc.;
• transporte e distribuição;
• segurança no trabalho;
• higiene e saúde ocupacional;
• gestão de resíduos sólidos;
• gestão de emissão gasosa;
• ruídos e odores;
• gestão de matérias;
• produtos:
— matéria-prima;
— embalagens;
— estocagem.
A auditoria de SST é o retrato momentâneo do desempenho da empresa em SST, isto é, ela verifica se a 
organização está momentaneamente atendendo ao padrão de SST estabelecido nos critérios das normas.
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2.7 Fiscalização do trabalho
Vamos verificar mais detalhadamente os aspectos ligados à fiscalização do trabalho, que nada mais 
é do que uma auditoria do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na organização.
Essa análise do MTE tem a finalidade de garantir que a empresa cumpra o disposto nas leis, normas 
e instruções normativas, que são os direitos dos funcionários, tanto direitos do trabalho em geral como 
os de segurança do trabalho.
A tarefa da fiscalização é garantir que os direitos dos funcionários sejam cumpridos. Quando dizemos 
direitos, estamos nos referindo àqueles adquiridos por força das leis e normas vigentes. O auditor apenas 
exige que a lei seja cumprida. Para tal, pode empregar as seguintes medidas:
• advertir;
• multar;
• embargar (o embargo só vale para obras) total ou parcialmente (conforme definido na NR 3 – 
Embargo e Interdição);
• interditar, total ou parcialmente, máquina, setor ou empresa (conforme definido na norma citada).
Segundo o Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 (CLT), artigo 630, o auditor é obrigado a se 
identificar para o exercício do trabalho. Essa obrigação é uma considerável garantia de segurança na 
relação entre auditor e empresa.
A lei dispõe que “nenhum agente da inspeção poderá exercer as atribuições do seu cargo 
sem exibir a carteira de identidade fiscal, devidamente autenticada, fornecida pela autoridade 
competente” (BRASIL, 1943).
Somente a partir da identificação deve-se permitir a entrada do funcionário. Caso cumpra com seus 
deveres, a empresa não pode impedir sua entrada, não importando horário ou dia. Obviamente que tal 
profissional deverá agir com bom senso – e é bem-instruído para isso.
O empregador é quem escolhe quem receberá o auditor do MTE na organização. Na maioria dos 
casos, o Departamento de Pessoal ou o técnico de segurança do trabalho são os designados. Algumas 
corporações preferem que o pessoal do Departamento Jurídico acompanhe a fiscalização, mas essa 
escolha é totalmente livre. Já que o empregador vai responder legalmente pela fiscalização na empresa, 
é justo que ele escolha a seu critério.
Segundo o Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, artigo 630, inciso 3º:
O agente da inspeção terá livre acesso a todas as dependências dos 
estabelecimentos sujeitos ao regime da legislação, sendo as empresas, por 
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seus dirigentes ou prepostos, obrigadas a prestar-lhes os esclarecimentos 
necessários ao desempenho de suas atribuições legais e a exibir, quando 
exigidos, quaisquer documentos que digam respeito ao fiel cumprimento 
das normas de proteção ao trabalho (BRASIL, 1943).
A empresa deverá fornecer os esclarecimentos necessários ao desempenho do trabalho do auditor 
do MTE, exibindo os documentos exigidos em relação às normas de proteção ao trabalho. É notório que 
devemos tratar todas as pessoas com atenção e gentileza, mas algumas organizações encaram esse 
profissional como um inimigo, iniciando um grande problema.
Devemos lembrar que o auditor é um trabalhador como outro qualquer. Ele só quer fazer o trabalho 
dele, que é fiscalizar o trabalho da entidade, apenas exigindo o cumprimento das normas e leis.
Recomenda-se sugerir ao auditor um lugar confortável para se instalar temporariamente, local onde 
possa examinar os documentos em questão. Se o designado da empresa for interrogado sobre qualquer 
assunto relacionado à inspeção, deverá falar pouco, mas jamais deixar perguntas sem respostas.
A documentação é um item vital na segurança do trabalho, pois é a defesa da empresa. Para a 
organização que registra tudo por escrito, a inspeção do trabalho é tranquila.
 Observação
Sempre que o auditor retirar qualquer documentação, ele deverá deixar 
um protocolo na empresa. Se a organização não concordar com alguma 
ação do auditor, poderá denunciá-lo à SRTE (Superintendência Regional do 
Trabalho e Emprego) ou a outro órgão competente para que sejam tomadas 
as atitudes cabíveis.
A inspeção do auditor às vezes promove ações de segurança do trabalho na empresa. Afinal, a parte 
que mais atinge o empregador é o dinheiro. O medo da multa faz as coisas acontecerem com facilidade. 
Há casos em que os próprios funcionários denunciam a empresa para conseguir melhores condições de 
trabalho. Isso pode ser considerado errado? Claro que não! Errado é padecer no trabalho. O trabalho não 
foi feito para gerar sofrimento, e sim suprimento.
2.8 Exigências do auditor na fiscalização
As exigências do auditor dependem do ramo de atividade da empresa e seu porte. Há outros fatores 
que também podem pesar na fiscalização. Grosso modo, podemos dizer que a documentação mais 
requisitada no Departamento Pessoal compreende os seguintes itens:
• livro de inspeção;
• fichas de registros de funcionários;
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Unidade I
• folhas ou cartões de ponto (para ver turno de trabalho e horas extras);
• contracheques;
• comprovantes relacionados às horas extras de trabalho.
O auditor poderá pedir outros documentos, mas os exemplos destacados são os mais comuns.
Em relação à segurança do trabalho, todos os documentos exigidos são pedidos com base nos riscos 
da atividade e no segmento da organização.
No caso de fiscalização, a gama de documentos pode ser imensa. Em geral, dão mais atenção a oito itens.
O primeiro deles é a ordem de serviço, um instrumento de extrema importância em toda gestão de 
segurança do trabalho. Este documento serve para conscientizar o trabalhador dos riscos do ambiente 
de trabalho, bem como para mostrar as medidas adotadas pela entidade em favor da segurança do 
funcionário. É muito importante pelo fator “documentação”. Por meio dela, o funcionário se compromete 
a trabalhar de forma segura. A CLT relata que cabe às empresas “instruir os empregados, através de 
ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças 
ocupacionais” (BRASIL, 1943). Como vimos, a lei é bem clara quando se trata de ordem de serviço, que é 
um mandamento, uma ordem, portanto deve ser bem-elaborada para que seja eficiente.
Outros elementos requisitados são: PPRA

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