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O Nome da Rosa - Mariana

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCBS
ESCOLA DE ENFERMAGEM ALFREDO PINTO - EEAP
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM MÉDICO – CIRÚRGICA - DEMC
CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO EM ENFERMAGEM
Análise Fílmica: O Nome da Rosa
.
RIO DE JANEIRO
2021
O filme “O Nome da Rosa” de 1986, é baseado no livro de Umberto Eco. Se passa no ano de 1327, onde o Papa e monges franciscanos se reúnem em um monastério beneditino no norte da Itália, durante a baixa Idade Média, para uma conferência, porém, acontece uma série de assassinatos e, dai em diante, William de Baskerville, um monge franciscano, e o seu ajudante Adso de Melk começam a investigar aa misteriosas mortes. Diante das cenas, é possível identificar os principais tópicos, como a cultura renascentista, o papel da Igreja para a sociedade da época, que tange a construção do conhecimento científico.
O mosteiro possuía uma biblioteca com acervo de livros, e eram espaços para o estudo da teologia, pois na época era pregado o teocentrismo, no qual identificamos Deus como o centro do universo, a filosofia e a literatura, todos sob o ponto de vista da religião, sendo alguns deles cristãos e clássicos gregos incluídos no Index Liborum Prohibitorum, que era uma lista de livros proibidos pela Igreja Católica durante a Idade Média. Poucos tinham acesso à biblioteca e, nesse período, a soberania da Igreja Católica estaria em risco se fossem reveladas as contradições e a hipocrisia existentes no mosteiro. O clero mantinha o monopólio do conhecimento. 
As cenas retratam a ciência como o caminho que leva à verdade e ao saber. Na investigação de William e Adso, ambos são movidos pelo conhecimento racional, pela experiência, pela investigação e a dedução, baseados em evidências e na lógica, entretanto, ao longo do filme, fica claro como a ciência ficava subordinada às questões eclesiásticas. 
William e Adso descobrem que os autores dos assassinatos que impediam o acesso à biblioteca dos monges pois os livros continham informações que os incriminavam. As pessoas, ao manusearem um suposto livro de Aristóteles que abordava a comédia e o riso, que eram condenados pela igreja como um ato que levaria os homens à desobediência a Deus, eram envenenadas. Com o tempo, eles passam a associar as pistas e por meio da razão e da lógica encontram a verdade.
Nesse período, o Clero, para manter sua hegemonia, disseminava a ideia de que os livros e as bibliotecas eram perigosos, para as pessoas que tinham pouca ou nenhuma instrução. Nesses tempos, todo o saber transmitido passava pelo crivo da Igreja e tudo que viesse a ser repassado no ensino deveria contribuir para o desenvolvimento da doutrina e teria de ser compatível com a fé. Por isso as bibliotecas eram fechadas com acesso restrito, assim, não seria revelado o conteúdo de certos livros considerados impróprios e hereges que poderiam ameaçar a hegemonia da Igreja Católica com a divulgação dos mesmos.
Em resumo, pode-se facilmente identificar a relação do filme com a disciplina de Construção do Conhecimento Científico, tendo visto que, durante o filme, o monge franciscano e Adso usufruíram de conhecimentos científicos e racionais a fim de chegarem a verdade. Em “O Nome da Rosa”, Willian representa o Renascimento, colocando a razão em primeiro lugar, enaltecendo a ciência e a tecnologia, a arte e, principalmente, a religião, bem como a forma de encarar o cotidiano, que foi influenciada pelo movimento.

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