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POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) hemorragia Perda anormal de sangue, podendo ser arterial ou venosa. Pode ser: EXTERNA – é mais fácil de ser percebida do que a interna, porque o local do sangramento é visível. O sangue pode-se exteriorizar através de um orifício natural, como ouvidos, boca, vagina, uretra, ânus ou pela ferida operatória e/ou drenos. INTERNA – Mais difícil de ser detectada porque os sinais e sintomas se manifestam quando o paciente já perdeu uma grande quantidade de sangue. A consequência, é a instalação de um quadro hipovolêmico. CAUSAS Comprometimento na ligadura dos vasos (hemostasia inadequada); Distúrbio de coagulação; Tensão sobre o local da operação (movimentos bruscos, tosse, esforço do paciente); SINAIS E SINTOMAS Movimentos respiratórios rápidos e superficiais (taquipneia), passando para hiperventilação à medida que há aumento da perda sanguínea, podendo hipoventilar (aumento da gravidade); Pulso vai do rápido para o mais rápido, fraco, filiforme e irregular; Pressão arterial vai caindo paulatinamente, chegando a uma pressão sistólica máxima abaixo de 60 mmHg, nos casos mais graves (choque hipovolêmico); Pele fria e pálida, inicialmente. Depois, passa para úmida e, finalmente, pegajosa, com lábios e unhas cianóticas.; Diurese abaixo de 30 ml/hora; Rebaixamento do nível de consciência, podendo gradativamente migrar para confuso e comatoso. PROCEDER Controlar sinais vitais de forma contínua até estabilização. Determinar a causa da hemorragia. Manter repouso, evitando o excesso de movimentos, para não aumentar a perda sanguínea. Se hemorragia externa – ferida operatória fazer curativo oclusivo compressivo sobre o local que está sangrando; Comprimir as artérias que irrigam o local do sangramento, para diminuir a perda sanguínea. Comunicar imediatamente a equipe médica (cirúrgica). Posicionar o paciente em decúbito dorsal, com as extremidades inferiores elevadas até um ângulo de 20º com joelhos retos, o tronco horizontal com a cabeça discretamente elevada (exceto nos casos em que ele tiver sido submetido a cirurgias neurológicas). CUIDADOS Transfusão de hemocomponentes (sob prescrição); Reposição volêmica; Cateterismo vesical (se alteração vesical); Cateterização gástrica (lavagem gástrica- hemorragia digestiva); Hemorragia oculta (reoperação); POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) Realização e monitorização do balanço hídrico; Controle do débito e aspecto da eliminação urinária; Controle do nível de consciência. choque É a diminuição da passagem do sangue para os tecidos, provocando danos aos órgãos com risco de vida (hipovolemia). SINAIS E SINTOMAS Palidez Pele fria e úmida Respiração rápida Cianose dos lábios, gengivas e língua Pulso rápido, filiforme. Pressão arterial baixa (chegando PAS abaixo de 60 mmHg – casos mais graves) / urina concentrada. CUIDADOS Detecção precoce dos primeiros sinais (pela observação constante e rigorosa do controle dos sinais vitais) Comunicar imediatamente ao médico Administração de líquido via endovenoso (EV) (Ringer Lactato) – sob prescrição. Administração de hemocomponentes (se causa hemorrágica) – sob prescrição. Administração de oxigênio – sob prescrição. Manter paciente aquecido (sem excessos) Elevação de membros inferiores (MMII) Monitorizar PA, P, FC, T, FR, SAT O2, nível de consciência, pressão venosa central, função renal (continuada até a estabilização). constipação / distensão abdominal Comprometimento do RHA (causa dos anestésicos); Imobilidade no pós-operatório; Alimentação imprópria ao pós- operatório; Traumatismo cirúrgico abdominal no transoperatório. MEDIDAS PROFILÁTICAS Mobilização no leito; Deambulação precoce: estimula o peristaltismo intestinal. Promove também, expansão pulmonar, ativa a circulação nos membros inferiores SINAIS E SINTOMAS Aumento da circunferência abdominal; Dor abdominal (tipo cólica); Dificuldade respiratória (compressão diafragmática / casos mais severos); Hipertimpanismo (distensão abdominal por retenção de ar); Macicez (constipação); Diminuição ou ausência de RHA (íleo paralítico); CUIDADOS Estimular a deambulação; Mobilizar o paciente no leito (se não consegue fazê-lo); Incentivar a adequada ingestão alimentar (evitar alimentos formadores de gazes; Realizar sondagem retal por aproximadamente 20 minutos (eliminação dos flatos) do cólon inferior; POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) Administrar clisteres ou laxantes (sob prescrição) – estimulação da peristalse; Aplicar calor sobre abdome (se não tiver contraindicação); Cateterização gástrica (aspiração manual em intervalos regulares – para distensão abdominal por gazes); vômito Efeito anestésico; Deglutição de sangue, muco e saliva no período de inconsciência; Não observância do jejum no pré- operatório; CUIDADOS Lateralizar a cabeça / decúbito lateral; Administrar antiemético sob prescrição; Realizar higiene oral a cada episódio de vômito; Cateterização gástrica / aberta para drenagem; Monitorar a frequência dos episódios de vômito, volume e aspecto do conteúdo eliminado; Se sondagem nasogástrica (SNG) - monitorar volume e aspecto do líquido drenado. atelectasia / pneumonia SINAIS E SINTOMAS (ATELECTASIA): Dispneia variável; Ausência de MV; Macicez; Dor torácica imprecisa; Febre; Cianose (grande extensão); SINAIS E SINTOMAS (PNEUMONIA) Febre; Dispneia; Taquicardia; Tosse com expectoração; Dor torácica; Sensação de mal estar; MV diminuído ou ausente / RA presentes Macicez; ASSISTÊNCIA Identificar precocemente, os primeiros sinais de hipertermia, taquicardia, taquipneia, dispneia, dor torácica, tosse; Manter ventilação adequada; Aspiração traqueal (secreções); Estimular a tosse: saída de secreção; Estimular exercícios respiratórios; Mudança de decúbito; Promoção da expectoração; Administração de antibioticoterapia; Ingesta hídrica; Estimular deambulação; dor É um dos primeiros sintomas do pós- operatório. Pode gerar: ansiedade e tensão, disfunção respiratória (limitação da expansibilidade pulmonar) e acúmulo de secreção brônquica. CUIDADOS Identificar o local e o tipo da dor (nem toda dor é medicável); POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) Administrar analgésico prescrito; cefaleia Consequência da pressão diminuída do LCR resultante da saída deste fluido por um orifício criado na dura-máter por uma agulha (baixa da pressão intracraniana). CUIDADOS Manter decúbito em posição supina; Manter hidratação adequada por via oral ou endovenosa; Administração de analgésicos prescritos; Blood patch - infiltra-se o sangue do próprio paciente no espaço epidural e não no espaço subaracnóide, a fibrina do sangue faz com que o processo seja tratado (visa cicatrizar este pertuito que ocorreu após uma punção lombar ou raquianestesia). retenção urinária CAUSAS Anestésicos, opióides (morfina, fentanil, codeína) - (interferem na percepção da plenitude vesical e desejo de urinar / inibe a capacidade de iniciar a micção e esvaziar por completo a bexiga; Cirurgia abdominal, pélvica e quadril (dor); Cistite aguda pelo uso de sonda;. ASSISTÊNCIA Realizar métodos para estimulação miccional (aplicar calor no períneo, fazer ouvir som de água corrente, verter água morna em períneo...); Aquecer a comadre (fria tenciona músculo – esfíncter uretral); Favorecer o uso do sanitário (se possível); Melhorar um mau posicionamento; Se ausência de urina (cateterização vesical de alívio – pode ser necessária a cada 4 a 6 horas); trombose venosa profunda FATORES ASSOCIADOS Idade acima de 40 anos; Obesidade; Gravidez e pós parto; Uso de anticoncepcionais; Dificuldade de deambulação; Veiasvaricosas; Tabagismo; Cirurgias de longa duração; Insuficiência cardíaca e/ou respiratória; Desidratação; SINAIS E SINTOMAS Dor; Edema; Sensação de peso; Impotência funcional; Hipersensibilidade local; Hipertermia local; Cianose nos casos mais graves; POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) PREVENÇÃO Manter o peso dentro dos limites saudáveis; Restrição do consumo de bebidas alcóolicas; Abolição do tabagismo; Uso de meias elásticas / meias pneumáticas; Promover mobilidade precoce, deambulação; Uso de anticoagulantes; TRATAMENTO Anticoagulantes (heparina e warfarina) e os fibrinolíticos que ajudam a dissolver os trombos; Alguns casos intervenção cirúrgica; ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Medida de perna e coxa com fita métrica (1x ao dia); Nunca massagear; Quando anticoagulado observar presença de sangramento, petéquias e hematúria; Manter repouso do membro afetado pela TVP / evitar movimentos bruscos no membro afetado. Monitorar exames laboratoriais (coagulograma) INR (Proporção Normalizada Internacional) – recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS): (teste que aponta a tendência de coagulação). Valores: Normal: INR deve ficar entre 2 e 3 (tratamento anticoagulante na prevenção da trombose venosa profunda, pré-operatório de alto risco trombótico ou em tratamento de trombose venosa ou embolia pulmonar. Obs: considera-se alto o resultado de INR acima de 5 (risco hemorrágico grande). Promover: ajustes na dose dos anticoagulantes / ajustes alimentares: redução do consumo de verduras e legumes ricos em vitamina K (cenoura, aspargos, repolho, rúcula, agrião, espinafre). infecção do sitio cirúrgico Infecção que ocorre na ferida criada por um procedimento cirúrgico invasivo. Presença de exsudato purulento, abcesso ou celulite em expansão no local cirúrgico. FATORES DE RISCO Idade, estado nutricional, diabetes, tabagismo, obesidade, infecções a distância, resposta imune alterada, duração da internação pré- operatória, gravidade da doença. Método de preparação pré-operatória da pele, quebra de técnica cirúrgica, profilaxia antimicrobiana inadequada. Cirurgias infectadas (apendicite supurada, abcesso hepático). Contaminação após a cirurgia (recurso humano). SINAIS E SINTOMAS Febre, mal estar, cefaleia. Dor, hiperemia, tumefação, exsudação local. ASSISTÊNCIA Avaliação do sítio cirúrgico; Controle de temperatura axilar; POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) Curativo (adequado / técnica asséptica) – sempre que saturado; Colher material para cultura / antibiograma; Registrar aspecto, quantidade e odor da secreção. Administrar antibióticos, analgésicos e antitérmicos (prescritos). Medidas assépticas rigorosas;. Órgãos e cavidades (reoperação); deiscência de ferida / evisceração FATORES DE RISCO Afrouxamento das suturas; Rejeição do fio de sutura; Infecção da ferida; Distensão local acentuada / tosse vigorosa; Estado nutricional deficiente; Doenças como Diabetes / Anemia; ASSISTÊNCIA Fazer curativo oclusivo; Usar faixas abdominais; Pontos falsos; Alcamar o paciente; Cobrir as vísceras com gaze estéril embebidas em SF 0,9%; Enfaixar o abdome levemente sem comprimir as vísceras; Manter o paciente em jejum; Encaminhar o paciente ao centro cirúrgico (CC) - assim que solicitado. * Em caso de evisceração, você nunca deve tentar colocar as vísceras para dentro da cavidade.
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