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Helmintíases Intestinais NEMATODA - Cilíndrico, sistema digestório completo, simetria bilateral, sexos separados . Ascaris lumbricoides . Trichuris trichiura . Enterobius vermiculares . Ancylostoma duodenale . Necator americanos . Strongyloides stercoralis - Apresentam formas adultas, ovos e 5 estádios larvários de forma alongada L1 e L2 denominadas larvas rabditoides - L3, L4, L5: larvas filarioides - L3 é a larva infectante para os ancilostomatídeos S. stercoralis e A. costricencis. CESTODA - Achatados, órgão de fixação (escólece), corpo alongado em forma de fita onde se visualizam a proglótides, hermafroditas, ser humano hospedeiro definitivo - Vermes adultos, ovos, e um único estádio larvário de forma arredondada. - A infecção pode ocorrer após ingestão de ovos viáveis provenientes do solo, água ou alimentos contaminados (A. lumbricoides, T. trichiura, E. vermicularis e H. nana) ou penetracao ativa de larvas L3 existentes também no solo (ancilostomatideos e S. stercoralis) - Para o ser humano adquirir a teníase ele precisa ingerir carne bovina ou suína crua ou malcozida, contendo cisticercos de T. solium ou T. saginata. - Caso ingerir os ovos da tênia, torna-se hospedeiro intermediário, com cisticercose. Epidemiologia - Doenças negligenciadas: áreas tropicais e subtropicais (África, Ásia e América Latina), faixa etária infantil, associação com desnutrição, recorrência - Transmissão favorável em ambientes domésticos ou coletivos - OMS: teníase endêmica Patogenia e patologia - Em geral, efeito patogênico no intestino delgado, embora a tricuriase e oxiuriase no intestino grosso - Disseminação hepática e pulmonar - Múltiplos órgãos nas disseminadas especialmente em imunossuprimidos Enterobius vermiculares Oxiuríase,oxiurose, enterobíase, enterobiose Manifestações clínicas - Assintomáticos: raros - Prurino anal - Náusea leve e vomito - Insônia e irritabilidade - Mucosa recoberta de muco e larvas - Vaginite Transmissão - Heteroinfecção - Indireta: ovos atingem o mesmo hospedeiro - Autoinfecção externa ou direta: ovos levados pela mão (cronicidade da doença) - Autoinfecção interna: eclosão das larvas dentro do reto e migram para o ceco adulta. - Retroinfecção: larvas eclodem na região perianal e penetram pelo ânus. Diagnóstico laboratorial - Método da fita adesiva transparente ou método de Graham. Profilaxia - Lavar roupas do hospedeiro separadamente com água fervente. - Tratamento de todas as pessoas da casa - Cortar unhas e lavar as mãos. Trichuris trichiura - Importância médica - 1 bilhão de pessoas infectadas - Prevalente em regiões úmidas e quentes - Larva adulta: chicote - Antiga: relatada em múmia - Homem: principal hospedeiro - Relatos: macacos e porcos. TRICURÍASE - Formas: ovos e larvas - Forma infectante: ovos larvados (L2) ingeridos pelo ser humano. - Sobrevivência da larva adulta no homem: 5-8 anos. - Morfologia dos ovos: . Três camadas: lipídica externa, quitinosa intermediária, vitelínica interna. . Forma elíptica, barril, com poros transparentes e salientes. Sintomas - Dependem da carga parasitária - Fatores: idade, estado nutricional, disposição das larvas no intestino. - Infecções leves: assintomática ou discreta - Infecções moderadas: 1000-9999 ovos g/ fezes. - Dores de cabeça, dor epigástrica e abdominal, vomito, náuseas e diarreia. - A distribuição dos parasitas no intestino é maior na região do ceco e do colo ascendente. - Infecções intensas: diarreia intermitente com muco e sangue, dor abdominal com tenesmo, anemia, desnutrição grave (peso e altura diminuídos para a idade). - Prolapso retal: exteriorização do reto por infecções maciças. Esforço continuado na defecação associado a alterações nervosas locais. Profilaxia - Condições ambientais que favorecem o desenvolvimento do ovo; - Inexistência de saneamento básico adequados; - Tratamento dos doentes. Diagnóstico - O diagnóstico clínico não é específico. - O diagnóstico laboratorial é feito por método direto ou de concentração. - Kato-Katz (avaliação quantitativa e qualitativa) Ascaris lumbricoides ASCARIDÍASE - “Lombriga” - Maior nematódeo que infecta o ser humano - Homem como hospedeiro definitivo - Transmissão oral-fecal - Considerada a parasitose mais prevalente no mundo, cerca de 1,3 bilhões. Morfologia das larvas - Macho: mede cerca de 20-30 cm de comprimento - Apresenta extremidade posterior fortemente encurvada para a face ventral. - Fêmea: mede cerca de 30-40 cm - Apresenta extremidade posterior retilínea - 200mil ovos não embrionados Ovos: são brancos, cor castanha nas fezes, ovo fértil, ovo infértil (fêmeas não fecundadas). Sintomas: assintomática a infecção grave - Os vermes adultos podem sair pelo nariz, boca ou ânus. Fase de migração: Síndrome de Loeffler ou Loss: tosse, febre, eosinofilia, pneumonia. Fase intestinal: má digestão, dores abdominais, perda de peso e irritabilidade. Obstrução intestinal: enovelamento de vermes adultos. Diagnóstico laboratorial - Exame parasitológico de fezes: pesquisa macroscópica de vermes adultos e pesquisa microscópica de ovos. - Método direto feito com lugol (sensibilidade >90%); sedimentação Hoffman; Kato-Katz: carga parasitária quantitativa. Ancylostomidae ANCILOSTOMOSE - Duas espécies diferentes: Ancylostoma duodenale e Necator americanos. - Não é possível diferenciá-los peloovo - Prevalência das espécies varia de acordo com a região. A doença é chamada de ancilostomose ou amarelão. - Esôfago com duas dilatações . Larva rabditoide: larva de primeiro estágio, não infectante, alimenta-se, tem esofago e bulbo refrigerante. - Esôfago retilíneo . Larva filarioide: larva de terceiro estágio, não se alimenta, tem bainha, esofago longo e estreito, cutícula externa, movimentos serpentiformes estimuladas por efeitos térmicos (pele), suco gástrico (oral), penetração dura 30min (pele). Sintomas: forma aguda causa prurido na pele, eritema, erupção papulo-veniculosa. Obs.: perda sanguínea crônica com anemia ferropriva secundária. Forma infectante e diagnóstico - L3 filarióide - Pesquisa de ovos: Hoffman - Larvas: método Rugai, devem ser diferenciadas de larvas rabdoideas de filarioides de Strongyloides stercoralis. - Pesquisa de sangue oculto nas fezes - Hemograma auxiliar para avaliar anemia. - Testes imunológicos com imunofluorescência, hemaglutinação e ELISA. Strongyloides stercoralis ESTRONGILOIDIASE - Ocorre em regiões tropicais e subtropicais - Elevada prevalência Morfologia: fêmea partenogenética; capaz de reprodução unissexual; não é necessário fertilização. - Fêmea de vida livre ou estercoral, aspecto fusiforme, medem de 0,8-1,2mm, 30-40 ovos por dias. - Macho de vida livre: aspecto fusiforme, medem 0,7 por 0,04 mm. Ovos: são elípticos, parede fina, idênticos aos dos ancilostomídeos, medem 0,5 por 0,03. Excepcionalmente podem ser observados nas fezes de indivíduos com diarreia grave ou após utilização de laxantes. Diagnóstico: método de Rugai para pesquisa de larvas nas fezes; pesquisa de larvas em secreções ou líquidos orgânicos. - Métodos auxiliares ou indiretos: hemograma; diagnóstico por imagem. Testes imunológicos: boa sensibilidade e especificidade; suspeita da doença não determinada por outros métodos; ELISA e imunofluerescencia indireta. Desvantagem: custo, reações cruzadas com a filariose, não diferenciam infecção anterior de recente. Profilaxia: hábitos de higiene, lavagem adequada dos alimentos, utilização adequada dos alimentos, utilização de calçados, educação sanitária e saneamento básico. Tratamento: Tiabendazol; forma líquida para crianças (30mg/kg/dia); duas tomadas por dois ou três dias. Albendazol líquido ou comprimido (800mh/dia/kg durante três dias consecutivos).
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