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HISTÓRIA DO ACRE oficial

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HISTÓRIA DO ACRE
PROF: HUMBERTO MIRANDA
Os povos indígenas
A região da Amazônia, onde está situado o Acre, já era ocupada por
povos indígenas, muito antes da chegada dos colonizadores. Há mais de cinco mil
anos, uma migração de cerca de 50 grupos indígenas, das famílias linguísticas
Aruak e Pano, provenientes da Ásia, ocuparam toda a América do Sul, habitando
também o Acre.
Segundo registros arqueológicos recentes, o povoamento humano do
Acre pode ter iniciado até mesmo entre 20 e 10 mil anos atrás.
Os Povos da família linguística Aruak (Apurinã, Manchineri, Kulina,
Canamari, Piros, Ashaninka) se espalharam desde a confluência
da localidade Pauini/AM com o rio Purus até a região dos Andes, no Peru.
Os espaços do Rio Juruá e seus afluentes, como também os rios Tarauacá, Muru e
Moa, foram ocupados pelos povos da família Pano: Kaxinawa, Jaminawa, Arara,
Xixinawa, Amahuaca, Yawanawá, Poyanawas, Shanenawas e Rununawa.
Na região entre o Purus e o Juruá, habitaram ainda os Katukina, ocupando terras
firmes, menos ricas em alimentos que as margens dos grandes rios.
ACRE - final do século XIX:
150 mil indígenas;
50 grupos tribais;
60% da população regional.
ACRE – início do século XXI:
18 mil indígena;
11 grupos tribais.
3% da população regional.
O Processo de 
povoamento do Acre 
subordinado ao látex, 
foi responsável tanto 
pela anexação do Acre 
ao Brasil, como 
também pelo genocídio 
dos índios.
Devo me orgulhar da 
Revolução Acreana?
RUMO À CIVILIZAÇÃO
1860, acontecem as primeiras viagens de exploração.
• nota-se a presença dos povos indígenas.
• desperta-se a cobiça dos exploradores pela riqueza natural dos rios.
1870, os rios acreanos já estão tomados por milhares de 
homens vindos de todas as partes do Brasil e do mundo.
• a corrida pelo ouro negro era para abastecer as indústrias europeias e 
norte-americanas.
1878 os seringalistas chegaram a boca do rio Acre e o 
médio rio Purus.
1880 ultrapassaram a linha Cunha Gomes, limite terminal 
das fronteiras legais brasileiras.
Ao mesmo tempo os caucheiros peruanos vindos do sudoeste cortavam a 
região das cabeceiras do Juruá e do Purus.
Os primeiros seringalistas bolivianos começavam a se expandir pelo vale do 
Madre de Dios e invadiam as terras acreanas.
Os índios acreanos se viram cercados por brasileiros, peruanos e bolivianos.
foi quando surgiu a prática das correrias: expedições armadas feitas com o 
objetivo de matar as lideranças das aldeias, aprisionar homens para o 
trabalho escravo e obter mulheres que seriam vendidas aos seringueiros.
São muitos os relatos de correrias quando, depois de queimadas as malocas 
e mortos os principais guerreiros, os vencedores se divertiam jogando as 
crianças para cima e aparando-as com a ponta do punhal.
Junto com os brancos, também chegaram muitas doenças. O sarampo, a 
gripe, a tuberculose e outras doenças rapidamente se alastraram entre os 
grupos indígenas da região.
A reação dos grupos indígenas foi variada: Os Jamamadi, Apurinã, 
Manchineri e Ashaninka (Aruaks), decidiram colaborar com os brancos.
Muitos índios tornaram-se remadores, guias, mateiros, seringueiros.
Algumas aldeias negociavam os produtos da caça ou de sua lavoura em 
troca de ferramentas, armas e objetos dos brancos.
Os grupos de língua Pano resistiram à invasão, evitando contatos ou 
relações de qualquer espécie com os brancos.
O resultado imediato foi a perseguição e o extermínio de todos os 
grupos que dificultavam a abertura dos seringais ou a extração do 
caucho.
Certos grupos começaram a esconder sua identidade, como um 
pequeno grupo de Jaminawá que passou a se dizer Katukina para evitar 
a perseguição.
Entre 1880 e 1910 o ritmo da exploração da região só aumentou 
levando ao extermínio de inúmeros grupos indígenas.
Alguns povos desapareceram das florestas acreanas, como os 
Kanamari. Ou os Takana que migraram para o Sul até a Bolívia, ou 
ainda os Apurinã que tiveram seus vastos territórios ocupados por 
brancos, chegando ao ponto de não possuírem nenhuma terra 
demarcada no Acre. 
Tempo do Cativeiro: Nem o fim do primeiro Ciclo da Borracha em 
1913, diminuiu a pressão sofrida por esses grupos já tão 
enfraquecidos.
Alguns pequenos grupos ainda conseguiram se refugiar nas 
cabeceiras mais isoladas, mas a maioria dos índios do Acre foi 
obrigada a se modificar para não desaparecer.
Passaram a adotar o modelo de casa cabocla que o 
branco utilizava, começaram a depender das 
ferramentas dos brancos, foram perdendo suas línguas 
maternas e aprendendo o português ou o espanhol.
A queda nos preços internacionais da borracha, o 
esvaziamento dos seringais e a dificuldade de trazer 
nordestinos, gerou a necessidade de se utilizar cada 
vez mais a mão de obra indígena.
Ângelo Ferreira, famoso amansador de índios, 
que reuniu muitos Kaxinawá, Jaminawá e Kulina, 
entre outros para trabalhar sob suas ordens. 
os índios eram enganados no peso da borracha, 
no preço da mercadoria, na desvalorização de 
seus produtos, no pagamento da renda anual da 
estrada de seringa. 
Quanto aos pequenos grupos indígenas que
conseguiram se refugiar no centro da mata ou nas
cabeceiras, os índios “brabos” como ainda são tratados,
foram caçados sistematicamente para serem
“amansados” e assim poderem ser incorporados à nossa
sociedade.
Ainda assim, alguns destes
grupos conseguiram
escapar ao domínio dos
não-índios e resistiram ao
cerco cada vez mais
apertado da nossa
civilização, perambulando
sempre, sem parar nunca,
varando pela região das
cabeceiras onde os rios e
os brancos não chegam.
A QUESTÃO DOS LIMITES:
O Acre pertencia a quem? 
O Tratado de Madri criou a linha Madeira-Javari. Esta linha é 
o Ponto histórico para a existência do Acre.
Javari-Madeira
TRATADO DE AYACUCHO (1867)
A linha BENI-JAVARI substitui a MADEIRA-JAVARÍ. “Desde o rio BENI,
na sua confluência com o Madeira, para o oeste seguirá a fronteira
por uma paralela tirada da sua margem esquerda, na latitude 10° 20’,
até encontrar as nascentes do Javari... Se o Javari tiver as suas
nascentes ao norte daquela linha leste-oeste, seguirá a fronteira por
uma reta a buscar a origem do referido rio”.
TRATADO DE AYACUCHO (1867)
O princípio do “UTI POSSIDETIS” foi mantido. A comissão
demarcatória, no entanto, se reuniu somente nos anos 1870 e
1878, não chegando a nenhum resultado satisfatório.
A Guerra do Paraguai (1864-1870)
Foi o” pano de fundo” da assinatura do Tratado de Ayacucho. 
O Brasil em 1889
23 de setembro de 1898 – o Brasil reconhecia como bolivianas
as terras abaixo da linha “CUNHA GOMES”.
1894 – Pando denuncia a invasão brasileira em terras
reconhecidamente bolivianas.
1895 – Nova Comissão: O representante do Brasil, Cel. Thaumaturgo
de Azevedo recusa a aprovar os limites de Ayacucho: “O amazonas
irá perder a melhor zona de seu território”. Foi substituído por Cunha
Gomes.
1º CICLO DA BORRACHA
CONTEXTO 
MUNDIAL
1870-1913
CAPITALISMO 
MONOPOLISTA
2º REVOLUÇÃO 
INDUSTRIAL
IMPERIALISMO
NEO-COLONIALISMO
CONCENTRAÇÃO DA 
PRODUÇÃO E DO CAPITAL 
EM TORNO DE GRANDES 
EMPRESAS. TRUSTES E 
CARTÉIS.
A DISPUTA PELO CONTROLE 
DAS FONTES DE MATÉRIAS 
PRIMAS TORNOU-SE 
ESSENCIAL PARA A 
SOBREVIVÊNCIA DA 
INDUSTRIA MODERNA
ACIRRADA COMPETIÇÃO 
ENTRE AS GRANDES 
METRÓPOLES EM BUSCA 
DE “ÁREAS DE 
INFLUÊNCIA”
-A descoberta do valor comercial da borracha fez
parte de uma conjuntura internacional em que
a busca pelo lucro foi levada ao extremo através
da política imperialista dos países “centrais”.
-A conquista territorial e o domínio econômico
sobre outras nações eram vitais para a
sobrevivência das indústrias. Por meio do
controle das fontes de matérias-primas,
pretendia-se vencer a concorrência.
-No final do século XIX, o Acre torna-se um dos
principais alvos do capital, por ter a maior fonte
de látex, elemento essencial à indústria
pneumática.
BRASIL
1894 - 1909
AMAZÔNIA ERA 
CONSIDERADA A 
PERIFERIA DO 
BRASIL
ECONOMIA 
MONOCULTORA DE 
CAFÉ
POLÍTICADO 
CAFÉ COM LEITE
A ECONOMIA 
NORDESTINA 
ESTAVA EM RUÍNAS
A borracha como mercadoria
✓O uso da borracha já existia na cultura indígena desde os
tempos pré-colombianos.
A borracha como mercadoria
✓ Inicialmente, a borracha era uma simples “droga do
sertão”, que passou a ser objeto de curiosidade de
expedições científica. O pesquisador Charles La
Condamine apresentou-a à Europa em 1736.
A borracha como mercadoria
✓O processo que tornou a borracha um produto
comercializável (gerador de lucro), só foi possível graças a
descoberta de sua utilidade para indústria moderna;
A borracha como mercadoria
✓A criação do processo de vulcanização em 1839, por
Charles Goodyear e da pneumática em 1888, por Dunlop
foram o “estopim” para a corrida às “terras non
descobiertas”.
Nordestinos: os heróis anônimos
CAUSAS DA 
MIGRAÇÃO:
Grande Seca no 
nordeste;
Ilusão do 
enriquecimento 
fácil;
Forte patrocínio: 
Belém e Manaus;
Preconceito com os 
cafezais;
Somente entre os 
anos de 1872 a 1900, 
migraram para mais 
de 260.000 
nordestinos; 
SISTEMA DE AVIAMENTO:
Casas Exportadoras
Casas Aviadoras
Seringalistas
Seringueiros
Aviamento vem do verbo “aviar”, que significa fornecer 
mercadoria a alguém em troca de outro produto. 
Na prática, era um sistema semi-escravo
Consequências
Desenvolvimento 
de algumas áreas; 
Processo de 
desenvolvimento 
urbano de Belém e 
Manaus; 
Povoamento de 
áreas mais 
afastadas;
Belém era a grande 
porta de saída do 
produto, com 125.000 
hab.
Manaus se 
transformou, segundo 
Augusto Plane na “Lê 
Paris des selves” com 
50.000 hab.
Centenas de 
mortos;
Processo de Anexação do 
Acre ao Brasil
PROCESSO DE 
ANEXAÇÃO
1899 - 1909
MILITAR
(REV. ACREANA
JOSÉ CARVALHO
MAIO 1899
GALVEZ
JULHO 1899
POETAS
DEZEMBRO 1900
PLÁCIDO DE CASTRO
AGOSTO 1902
DIPLOMÁTICA
(TRATADOS)
BRASIL-PERU
08/09/1909
PETRÓPOLES
17/11/1903
Revolução
Acreana
Promover a 
incorporação 
definitiva do 
Acre ao Brasil
Impedir a 
presença do 
imperialismo 
Anglo-
americano 
nas fronteiras 
Brasileiras.
SERINGUEIROS: Dívidas perdoadas, terra própria e retorno ao nordeste.
SERINGALISTAS: Manutenção dos lucros e baixos impostos.
GOVERNOS DO AMAZ. e PARÁ: Manutenção dos impostos.
PATRIOTISMO e IDEALISMO
A quem interessava a Revolução? Quem saiu beneficiado com ela?
$
2 de Jan de 1899 : 
“O Acre passou a ser administrado pela Bolívia”
A “Revolução” não teve seu início vinculado a uma 
reação Antiimperialistas contra o Bolivian Syndicate.
Ela iniciou, na verdade, com a resistência dos seringalistas 
em pagar elevados impostos aos bolivianos (40%), e com o 
inconformismo do governo do amazonas em perder lucros 
fiscais.
Tudo começou com a Implantação do 
Posto ADUANEIRO em Puerto Alonso
JOSÉ DE CARVALHO
(01-MAIO-1899) 1ª INSURREIÇÃO
A expedição foi 
patrocinada pelo 
governador do 
Amazonas, 
Ramalho Júnior.
Foi liderada por José de 
Carvalho, advogado e 
jornalista que, ao chegar 
em Puerto Alonso, 
intimou o Delegado 
boliviano Moisés 
Santivanez retirar-se 
imediatamente do 
território.
Para surpresa de 
todos, deixou o 
Acre em 3 de 
maio de 1899, 
não precisando 
usar armas.
A Bolívia com medo de perder o Acre para o Brasil, pede ajuda aos EUA. 
Passou-se a planejar o arrendamento da região acreana para 
empresários americanos e ingleses, como forma de garantir a soberania 
boliviana em terras acreanas. 
Luis Galvez
(Jul/1899 à Fev/1900)
14/07/1899 – Em 
Puerto Alonso, 
Galvez proclama 
o Estado 
Independente do 
Acre
O “Império de Galvez” 
foi formado pelos 
“territórios do Acre, 
Purus e Iaco”.
Galvez buscou o 
reconhecimento do 
Acre como país, 
enviando circulares 
para as principais 
potências mundiais.
O Acre não pertenceria nem ao Brasil e nem a Bolívia.
Problemas enfrentados por Galvez
Sofreu resistência:
*seringalistas 
xapurienses;
*Neutel Maia, 
dono do seringal 
Empresa;
*Capitão Leite 
Barbosa, seringal 
Humaitá.
As casas aviadoras 
de Manaus e Belém 
se recusavam a 
pagar 10% de 
imposto pela 
exportação.
Galvez proibiu a 
exportação de 
borracha para 
Manaus e Belém e 
não permitiu mais a 
navegação de navios 
brasileiros nos rios 
Acre e Xapuri.
28/12/1899 – Galvez foi deposto. Assume a presidência o Cel Souza Braga.
30/01/1900 – Galvez retorna – 15/02/1900 – Galvez é deposto novamente.
EXPEDIÇÃO DOS POETAS
23/07/1900
Silvério Néri 
assumi o governo 
do Amazonas com 
o compromisso de 
“libertar o Acre”.
Poetas, advogados, 
médicos, “homens 
de letras” em geral 
discutem a ideia de 
enviar uma 
expedição ao Acre.
Embarcam no navio 
“Solimões”
29/12/1900 – A 
expedição confronta 
o exército Boliviano 
em Porto Acre.
Os Poetas fugiram quando os primeiros tiros das armas bolivianas passaram 
por cima de suas cabeças.
*Forte resistência 
brasileira;
*Falta de recursos 
financeiros humanos;
*A prioridade 
econômica ainda era a 
mineração;
*As condições 
geográficas era um 
grande obstáculo.
A SOLUÇÃO FOI 
ARRENDAR O ACRE!
O Sindicato tinha o 
objetivo de 
administrar os 
impostos e explorar as 
riquezas naturais do 
Acre por 30 anos.
Os lucros 
seriam 
divididos entre 
o sindicato 
(40%) e a 
Bolívia (60%)
1901 – 1902: O ano mais boliviano que o Acre já teve.
BOLIVIAN SYNDICATE 11/07/1901
Dificuldades encontradas pela Bolívia para ocupar o Acre
Os objetivos da vinda 
eram:
• conter definitivamente 
as manifestações de 
independência dos 
acreanos.
• preparar o terreno 
para a transferência da 
administração fiscal do 
Acre para o Bolivian
Syndicate
Abril de 1902
Plácido de Castro 
acerta com 
Rodrigo Carvalho a 
data da 
“revolução” 14/07 
em Puerto Alonso.
Por falta de 
armas a data é 
alterada para 
06/08 em 
Xapuri.
03/01/1902 – Dom Lino Romero, o novo Delegado 
Nacional das Colônias, chega a Puerto Alonso.
A QUARTA Insurreição
06 de agosto de 1902 à 24 de janeiro de 1903
XAPURÍ - Em 6 de agosto de 1902: “É cedo para 
la festa. – Não é festa, é Revolução”. 
VOLTA DO SERINGAL EMPRESA - Em 17 de 
setembro de 1902: Plácido é derrotado pelo exército 
do Coronel boliviano Rozendo Rojas. 
VOLTA DO SERINGAL EMPRESA – 5 à 14 de 
outubro de 1902: A revanche de Plácido de Castro.
Principais Conflitos
03/Dez/1902 – Barão de Rio Branco torna-
se ministro das Relações Exteriores.
PUERTO ALONSO: A Batalha Final – 15 a 24 de 
janeiro de 1903 
Principais Conflitos
Os bolivianos já estava
desgastada: vítimas de doenças,
fome e desânimo. Numericamente
eram inferior ao exército de
Plácido de Castro.
Plácido de Castro 
tornou-se um homem 
rico, donos de terras na 
Bolívia, acre e 
Amazonas.
Desde a vitória no seringal Empresa, Plácido de
Castro já era o senhor do Alto Acre.
A última resistência dos Bolivianos foi tentar impedir o
tráfego do navio “Afuá”, lotado de armas e alimentos.
Colocaram uma gigantesca corrente no Rio Acre. Acreanos
cerram a corrente e a vitória já era um fato.
Plácido de Castro foi aclamado Governador do Estado
Independente do Acre, fazendo Xapuri a sede de seu
governo.
BARÃO de Rio Branco e
o Tratado de Petrópolis
► Tornou o Acre brasileiro, definindo seus limites com a
Bolívia. A terra conquistada pelo Tratado representa 191 mil
KM, sendo 48.100 KM2 ao sul do paralelo de 10°20’, ou seja,
em terras reconhecidamente bolivianos.
Em troca, cedeu 2.296 KM a Bolívia (parte do
mato-grosso).
► O Brasil pagaria 2 milhões de libras
esterlinas à Bolívia;
► O Brasil teria que arcar com o ônus da
construção da estrada de ferro madeira-
mamoré. A Bolívia teria transito livre nos rios
acreanos.
TRATADO PERU-BRASIL
08 de setembro de 1909
“Quando tratamos da Revolução Acreana só 
escrevemos sobre o que aconteceu na região que 
envolve o VALE DO RIO ACRE, mais especificamente 
sobre Rio Branco, Xapuri, Brasiléia e Porto Acre”. 
Raramente nos referimos ao Vale do Juruá”.
• Os peruanos chegaram à região por volta de 1896,
para extraírem o CAUCHO (genérico do látex). Eles
não residiamna região acreana. Vinha tão somente
retirar o Caucho.
• 12/junho/1904 – É formado uma comissão para
demarcar as fronteiras nas regiões do Purus e Juruá.
Do lado do Brasil estava Euclides da Cunha.
BRASIL/PERU
A Batalha da Borracha (1942-45)
2ª GUERRA MUNDIAL
2º SURTO DA BORRACHA.
A Borracha na Segunda Guerra Mundial
“O Acre volta a produzir borracha, dessa vez, 
para subsidiar a indústria da morte”.
✓ O contexto mundial do 2° Ciclo da Borracha é o da
Segunda Guerra Mundial. A partir de 1941, a guerra sai
dos limites da Europa e alcança a Ásia (Rússia) e o
Pacífico (Japão).
A Borracha na Segunda Guerra Mundial
“O Acre volta a produzir borracha, dessa vez, 
para subsidiar a indústria da morte”.
✓ Guerra no Pacífico (1941): O Japão invade a Malásia (a
maior produtora de borracha da época), prejudicando os
Aliados.
A Borracha na Segunda Guerra Mundial
“O Acre volta a produzir borracha, dessa vez, 
para subsidiar a indústria da morte”.
✓ Em fevereiro de 1942, os EUA estabelecem o
racionamento da borracha: só poderia ser usada pela
Indústria bélica.
A Borracha na Segunda Guerra Mundial
“O Acre volta a produzir borracha, dessa vez, 
para subsidiar a indústria da morte”.
✓ O 1° surto terminou quando a Malásia passou a produzir
borracha.
✓ O 2° ciclo começa quando ela é impedida de fornecer
borracha aos aliados.
✓ “A Malásia representava 97% da produção mundial da borracha”.
“A borracha como o nervo da guerra”
✓As matérias-primas mais importantes para a indústria
bélica eram o petróleo, o aço e a borracha. Para os
dois primeiros, os aliados não encontraram problema.
A grande questão estava na iminente falta de
borracha.
“A borracha como o nervo da guerra”
✓A falta da borracha tornou-se o GRANDE problema
para os aliados. Os estoques só dariam para mais um
ano de guerra.
✓QUAL SERIA A SOLUÇÃO!!!
“A borracha como o nervo da guerra”
✓TRATADO DE WASHINGTON (03 de março de 1942):
Os EUA investiriam capitais para reativação dos
seringais amazônicos e se comprometeram em
comprar toda a produção num período de cinco anos
(1942-47).
O INTERESSE IA ALÉM DA BORRACHA
✓O presidente Getúlio Vargas tomou várias medidas para efetivar o
Tratado de WASHINGTON .
a três de março de 1942 o Brasil e Estados Unidos assinavam o
acordo de Empréstimo e Arrendamento, que fixava em 200 milhões de
dólares as importações de armamentos pelo Brasil, com uma redução
de 65% nos preços. Foram também assinados acordos sobre as
exportações de ferro e borracha para os EUA, sendo que, no segundo
caso, envolvendo toda a produção brasileira destinada à exportação
em um período de cinco anos.
✓Em 9 de junho de 1942, Foi criado o Banco de Crédito da Borracha.
Ele assumiu o lugar que competia
às casas aviadoras e produtoras. Em
1947 os Estados Unidos
consideram não apropriadas sua
representação nos interesse do
banco de credito da borracha e o
acordo foi desfeito. Em agosto de
1950 o banco foi transformado em
banco de credito da Amazônia s.a
(BCA) e atualmente é o banco da
Amazônia S.A (BASA).
Banco de credito da borracha (BCB) Criado em agosto de 1942 com a
finalidade de fomentar a produção gumífera, realizando as operações
finais de compra e venda da borracha tanto para o exterior quanto para
o nacional financiando a produção, sana meando e colonizando as
regiões produtoras.
O SEMTA encaminhou para Amazônia apenas homens solteiros,
(mais ou menos 11.000) que foram arrebanhados de outras
regiões do País, inclusive de cadeias públicas, principalmente
influenciadas pelas propagandas. Destes, apenas novecentos
foram colocados nos seringais, e os demais ficaram em Belém e
em Manaus.
O SEMTA, que é o Serviço de Encaminhamento de
Trabalhadores para Amazônia, foi um órgão criado durante a
guerra em 42. Esses encaminharam só pessoas solteiras, onze
mil solteiros que foram arrebanhados do sul do país, eles
vieram pra Belém e Manaus, eles fizeram a maior revolta do
mundo dentro dos campos (...) Porque eles eram solteiros e
viviam de arruaça. Eles gostavam mais de sair dos campos pra
beber, pra farrear.
(Entrevista com o Pesquisador Pedro Martinello- Rio Branco-
Acre, 1995)
Esta adota uma política
seletiva para o
encaminhamento de
trabalhadores para a
empresa extrativista. A
preferência passou a ser
dada a nordestinos
recrutados com a família
nas áreas atingidas pela
seca.
Em setembro de 1943 foi criado, pelo Decreto-Lei n°
5.813, a Comissão Administrativa de Encaminhamento de
Trabalhadores para a Amazônia - CAETA, substituindo as
agências responsáveis pelo recrutamento da mão-de-obra para a
Amazônia, sob a jurisdição da Comissão de Controle dos Acordos
de Washington - CCAW.
✓Foram enviados para as trincheiras da Europa cerca de 25
mil “pracinhas”, que atuaram de setembro/1944 a
abril/1945 (8 meses). Destes, 450 morreram. Ao voltarem
para o Brasil, viraram HERÓIS NACIONAIS.
✓ Foram enviados para as “trincheiras do inferno” cerca
de 55 mil “soldados da borracha”. Atuaram desde 1942
e o número de mortos por epidemias e acidentes chega
a 20 mil. A maioria não conseguiram retornar para suas
terras natais. Ao final da guerra, foram esquecidos pela
“PÁTRIA”.
- A Constituição de 1988 prevê a
concessão de dois salários mínimos aos
soldados da borracha, sem direito a 13°.
- Até hoje os SOLDADOS DA
BORRACHA lutam por uma
aposentadoria equivalente aos dos
“pracinhas” que guerrearam na Itália.
Governo Federal: o grande vilão?
✓O Governo Federal para honrar o Tratado feito com os
EUA fizeram de tudo para enviar os “soldados da
desgraça” para a Amazônia.
✓A produção da borracha tinha uma única função:
instrumentalizar as máquinas de produzir cadáveres. O
Acre contribuiu para o genocídio da guerra.
Governo Federal: o grande vilão?
✓Com o fim da guerra em 1945, findou-se também a
importância do Acre. A produção da borracha entrou
novamente em falência, a pesar de continuar a ser o
principal produto de exportação da economia acreana.
✓O Governo Federal foi o responsável pela incorporação do
espaço amazônico no processo da guerra. Alimentou as
condições para o 2° Surto, fez vistas grossas a
semiescravidão do seringal.
✓Novamente fez do Acre refém dos interesses internacionais.
A partir de 1972, o Governo Federal instalou o “Programa
de Incentivo à produção de Borracha vegetal”,
denominado de PROBOR I, com o objetivo de recuperar
seringais nativos e plantar seringais de cultivo.
Muitos dos empresários que receberam o dinheiro do
PROBOR I, investiram em outros fins, como por exemplo na
pecuária. Ainda assim, as mini usinas de beneficiamento
de borracha, controladas por seringueiros, foram
financiadas com recursos do PROBOR I, II e III.
O Acre após a 2º guerra mundial
1943 a 1970
Colônias Agrícolas:
Custódio Freire (1943)
São Francisco (1943)
Colônia Apolônio Sales (1943)
Alberto torres (1946
Mâncio Lima (1946)
Cecília Parente (1946)
Dias Martins (1946)
Souza Ramos (1946)
Juarêz Távora (1946)
Equipamentos governamentais:
A Cerâmica, 
o Aviário, 
Estação Experimental, 
o Aeroporto Velho, 
a Fazenda Sobral
Estação Experimental Agrícola 
Governador José Guiomard
Rio Branco - AC
1967 A 1975 - A PECUÁRIA E SUA EXPANSÃO NO 
ACRE
-SUSPENSAÕDE EMPRÉSTIMOS 
PARA OS SERIGALISTAS
-EXPULSÃO DE POSSEIROS 
(COLONOSA , RIBEIRINHOS E 
SERINGUEIROS)
- BANACRE abre linha de crédito 
para criação de gado
-Venda de terras a preço baixo
- governo do estado fez 
-Propaganda fora do estado para 
atrair compradores de terras.
Na formação da população acreana entraram além dos 
índios, os nordestinos - principalmente cearenses -
vieram também paulistas, gaúchos, mato-grossenses 
incentivados pelo governo de Francisco Wanderlei 
Dantas (1970 – 1974).
1971 a 1974 – governo Wanderlei Dantas
São criados órgãos que facilitam a vinda dos empresários para a Amazônia
Sudam: superintendência para 
o desenvolvimento da 
Amazônia
Basa – Banco da Amazônia
Suframa: superintendência da 
zona franca de Manaus
Projeto Radam: localizaçãode 
minerais na Amazônia
Incra – Instituto Nacional de 
colonização e reforma Agrária
Pin: Plano de integração 
Nacional
Proterra: Programa de 
redistribuição de terras
Polamazonica: Programa de 
polos agropecuários
Movimento dos autonomistas
-O Movimento Autonomista começou 
imediatamente com a criação do 
Território do Acre
--A revolta dos 100 dias em Cruzeiro 
do sul e a criação do departamento 
de Tarauacá
-Direito a recolher nossos impostos
-Direito a eleger nossos 
representantes
-Direito a nossa própria justiça
Em 1946 José Guiomard dos Santos 
Lidera o Movimento dos autonomistas
ACRE - De território a Estado
(17 de novembro de 1903 a 15 de junho de 1962)
-Lei 4070 de 15 de junho de 1962
-Autor: Deputado Federal José 
Guiomard dos Santos
--Presidente João Goulart
--Foram 59 anos como território
--durante o período em que Acre foi 
território ele foi governado por 29 
interventores (governadores 
indicados pelo Presidente).
--somente quando os seringais 
faliram, o Acre ganhou autonomia
O Acre estado passa a ter uma constituição estadual, a
eleger deputados, a ter suas próprias leis estaduais, a
arrecadar seus próprios impostos, a ter uma justiça
estadual.
O primeiro governador eleito
José augusto de Araújo
-Professor de filosofia
-Eleito em 1962
-Deposto pelo golpe militar 
de 1964
-Foi substituído pelo 
capitão Edgard Pedreira de 
Cerqueira 
-Pertencia ao PTB (Partido 
trabalhista Brasileiro)
A redemocratização do Acre
Nabor Júnior é eleito governador
-Disputaram a eleição: 
PMDB, PDS, PT e PTB
-Nabor Júnior do PMDB 
venceu com 42% dos 
votos
-Nabor foi substituido por: 
-Yolanda Fleming (PMDB)
-Flaviano Melo (PMDB)
-Edmundo Pinto (PDS)
-Romildo magalhães (PDS)
-Orleir Camely (PDS)
-Jorge Viana (FPA)
-Binho Marques (FPA) e
-Tião Viana (FPA)Jornalistas acreanos na coletiva de Nabor Júnior - 1982
Em janeiro de 1999 surgiu a Lei Chico Mendes no Estado do
Acre, pagando subsídio ao seringueiro vinculado a cooperativas
ou associações, até a quantia de quarentas centavos de Real
por quilo de borracha.
Hoje está em 0,70 centavos de Real por quilo.
A década de 40 é marcada por uma singular importância
na história da ocupação da terra acreana. Em 1941,
produziam-se 18.233 toneladas de borracha. Em 1945, a
produção aumentou para 32.300 toneladas. Tal aumento
foi possível graças:
a) A maciço investimento do Banco de crédito da Borracha.
b) À instalação de um amplo parque industrial em Manaus, 
capaz de absorver a produção e comercializa-la.
c) À utilização de tecnologia adequada e mão-de-obra 
tecnicamente qualificada.
d) À imigração de nordestinos conhecidos como soldado da 
borracha, dessa vez acompanhados, em sua maioria, por 
seus familiares;
e) À intensificação da mão-de-obra indígena no extrativismo.
“Quando, a partir de 1860, começaram a acontecer as primeiras viagens de exploração
se constatou, não só a presença indígena, mas a grande riqueza natural dos rios
acreanos, despertando a cobiça dos exploradores. Já em 1870 tinha início uma
verdadeira corrida do ouro que fez com que em poucos anos os rios acreanos fossem
tomados de assalto. Milhares de homens vindos de todas as partes do Brasil e do mundo
passaram a subir os rios estabelecendo imensos seringais em suas margens. Era a febre
provocada pelo ouro negro, a borracha extraída da seringueira que depois de defumada
era exportada para abastecer as indústrias europeias e norte-americanas, cada vez mais
ávidas por esse produto.”
O fragmento acima sobre o processo de colonização da Amazônia
Ocidental e, mais precisamente na região do Acre, deixa claro que:
•a) existiu grande diversidade de conflitos entre os povos nativos que
inviabilizaram a formação do ciclo da borracha.
•b) ocorreu um intenso processo de desmatamento da Amazônia com a
consolidação dos seringais próximos aos rios.
•c) os povos nativos possuíam o monopólio do comércio da borracha no
mercado internacional.
•d) os rios amazônicos foram fundamentais no processo de colonização,
bem como no ciclo da borracha.
Mesmo com toda expansão econômica, principalmente da agropecuária, 
o estado do Acre mantém 89% do seu território coberto por florestas, 
segundo Zoneamento Ecológico- Econômico de 2004.A paisagem típica 
da Floresta Amazônica, é composta por ecossistema com elevada 
biodiversidade, formada por vegetação densa e com árvores de grande 
porte. Contudo, existem biomas no Brasil com paisagens naturais 
semelhantes. O Bioma que possui a maior semelhança com a Amazônia 
em relação à paisagem natural da vegetação é:
•a) a mata de Araucária. 
•b) a caatinga. 
•c) o campo sulino. 
•d) a restinga. 
•e) a mata Atlântica.

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