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Materiais de moldagem PROVA FINAL Molde é a cópia negativa de uma estrutura dentária. Para que as réplicas dos tecidos intra orais e extra orais sejam precisas, é necessário que: • os materiais de moldagem sejam suficientemente fluidos para que se adaptem aos tecidos orais • suficientemente viscosos para ficarem contidos na moldeira • capaz de tomar presa e se transformar em um sólido borrachoide ou rígido na boca em um tempo razoável • ser resistente a distorções ou ao rasgamento quando removido da boca • ser dimensionalmente estável por um tempo suficiente para permitir que um ou mais modelos sejam construídos • ser biocompatível • apresentar um bom custo benefício em termos de tempo gasto na obtenção do molde obs: as condições ambientais e o tipo de tecido controlam a escolha do material > a qualidade do molde > e a qualidade do modelo A classificação dos materiais de moldagem é de acordo com a sua composição, seu mecanismo de presa, suas propriedades mecânicas e indicações. Mecanismo de presa Existem dois tipos de mecanismo de presa: o irreversível e o reversível O irreversível implica que reações químicas ocorreram e que o material não pode retornar ao seu estado prévio. Por exemplo: o Alginato, a pasta ZOE, o gesso para moldagem e os materiais elastoméricos. Esses materiais tomam presa por reações químicas, ou seja, são irreversíveis. Por outro lado, tem-se os materiais que são reversíveis como a godiva e o ágar. Estes amolecem quando aquecidos e se solidificam levemente acima da temperatura corpórea sem que ocorra reação química, acorrendo reação física. Propriedades mecânicas Após a presa os materiais podem ser rígidos (anelásticos) ou elásticos. Um material rígido é altamente resistente à flexão e sofre fratura repentinamente sob tensão de forma semelhante ao giz. A pasta ZOE, o gesso para moldagem e a godiva são materiais de moldagem anelásticos. Já o termo elástico significa que o material é flexível e pode ser deformado, retornando à sua forma original quando a tensão for eliminada. Materiais elásticos: ágar, elastômeros e alginato. Aplicação clínica dos materiais de moldagem Os materiais elásticos podem ser levemente esticados ou comprimidos, retornando ao seu estado anterior quando a moldeira é removida da boca. Eles são capazes de reproduzir com precisão as estruturas moles e duras da boca, incluindo retenções e espaços Inter proximais. A precisão do material é determinada pelo quanto ele retorna à forma inicial. Materiais anelásticos tais como > godiva, pasta zoe e o gesso, são ideiais para obter moldes de mandíbulas edêntulas ou tecidos moles, porque na consistência apropriada eles não comprimem os tecidos durante o assentamento da moldeira. A godiva é utilizada com frequência na construção de moldeiras usadas na confecção de próteses totais. Materiais elastoméricos de moldagem Formam um grupo de materiais de moldagem poliméricos sintéticos que são quimicamente reticulados a presa e que podem ser esticados, recuperando rapidamente duas dimensões originais quando a tensão é librada, de modo semelhante à borracha natural vulcanizada. Os elastômeros são: polissulfeto, silicone de adição e condensação e poliéter. São encontrados em dois componentes, a pasta base e a catalisadora, que são misturados antes de realizar a moldagem. Polissulfeto A pasta-base é um polímero que contém uma mercaptana multifuncional (-SH) chamada polímero de polissulfeto, tem uma carga apropriada (como litopônio e dióxido de titânio) para fornecer resistência mecânica. Um plastificante para conferir viscosidade apropriada à pasta e uma pequena quantidade de enxofre, aproximadamente 0,5% como acelerador. A pasta catalisadora contém dióxido de chumbo, ácido oleico ou esteárico como retardador para controlar a velocidade da reação de presa, além de carga e plastificante, como na pasta base. O dióxido de chumbo é o componente que da ao polissulfeto a sua cor marrom característica. Comprimentos iguais de cada pasta devem ser utilizados. A reação começa no inicio da mistura e alcança a sua velocidade máxima logo após o termino da espatulação. Durante a presa final forma-se um material com elasticidade e resistência adequadas, que pode ser prontamente removido das regiões retentivas. A umidade e a temperatura vão apresentar um efeito significativo no curso da reação. Por que? Pois em condições quentes e úmidas, a presa do polissulfeto é acelerada. E a reação irá produzir água como subproduto. A perda dessa pequena molécula do material após a presa tem um efeito significativo sobre a estabilidade dimensional do molde. Tempo de trabalho: 4 a 7 minutos Tempo de presa: 7 a 10 minutos Resistencia ao rasgamento: 2500-7000 (n/m) Porcentagem de contração (após 24 horas): 0,40 – 0,45 Ângulo de contato entre o material após a presa e a água: 82 Moldeira individual, odor desagradável > SIM Múltiplos vazamentos > NÃO Rigidez (o valor 1 indica a maior rigidez) > 3 Distorção após a remoção (o valor 1 indica o maior e 4 indica o menor potencial de distorção) > 1 Silicone de condensação Os materiais são apresentados como uma pasta-base e um liquido catalisador de baixa viscosidade, um sistema de duas pastas ou sistema de duas massas. A massa pode ser utilizada como material de moldeira em conjunto com o silicone de baixa viscosidade, que é conhecido como técnica de dupla moldagem. A pasta base é constituída pelo poli (dimetilsiloxano) A presa desse material envolve a reação de silicatos de alquila tri e tetra funcionais na presença do octoato de estanho como catalisador. O material toma presa pela formação de ligações cruzadas entre osgrupos terminais dos polímeros de silicone e o silicato de alquila para formar uma rede tridimensional. O álcool etílico é um subproduto da reação de condensação. Sua posterior evaporação é responsável por grande parte da contração que acontece no molde após a presa. Tempo de trabalho: 2,5 - 4 Tempo de presa: 6 a 8 minutos Resistencia ao rasgamento: 2300 - 2600 (n/m) Porcentagem de contração (após 24 horas): 0,38 – 0,60 Ângulo de contato entre o material após a presa e a água: 98 Moldeira individual, odor desagradável > NÃO Múltiplos vazamentos e mistura automática > NÃO Rigidez (o valor 1 indica a maior rigidez) > 2(1) Distorção após a remoção (o valor 1 indica o maior e 4 indica o menor potencial de distorção) > 2 Silicone por adição O silicone de adição é baseado na polimerização por adição do divinilpolisiloxano e do polimetil- hidrosiloxano, com um sal de platina como catalisador. Ambas as pastas contem carga. Não são formados subprodutos na reação desde que sejam utilizadas as proporções corretas do divinilpolisiloxano e polimetil-hidrosiloxano e não haja impurezas. Entretanto, moléculas residuais do polimetil-hidrosiloxano no material podem sofrer reações secundárias entre si ou com a umidade, produzindo gás hidrogênio. Tecnicamente, o hidrogênio é um subproduto da reação que não afeta a estabilidade dimensional do molde. Entretanto, esse hidrogênio formado pode resultar em porosidades diminutas dos modelos de gesso vazados logo após a remoção do molde da boca. (ou seja, não devo vazar esse molde imediatamente) Os fabricantes podem adicionar um metal nobre, como o paládio, como um reagente para o gás hidrogênio liberado. Se o modelo for construído com resina epóxi, o molde deve ser vazado apenas no dia seguinte. Uma das desvantagens dos materiais de moldagem à base de silicone (incluindo o silicone por condensação) é a sua natureza inerentemente hidrofóbica. Mesmo com a adição de um surfactante não iônico para ajudar a conferir um certo grau de hidrofilia, esses materiais de moldagem necessitam de um campo seco durante a sua moldagem. Um surfactante não iônico pode ser adicionado à pasta no processo de fabricação para conferirum certo grau de hidrofilia à superfície do material. O vazamento do molde após a presa com uma mistura de gesso é facilitado porque o gesso tem uma maior afinidade pela superfície hidrofílica. É recomendado que não se use luvas de látex/vinílicas, pois o enxofre originado delas inibe a presa do silicone. Silicones por adição de consistência media podem ser utilizados para moldagem com o proposito de se obter modelos para diagnóstico, como substituto do alginato. A vantagem desses chamados substitutos do alginato é a capacidade de produzir vários modelos de diagnostico precisos a partir de um mesmo molde. Estudos relataram que esses materiais apresentam uma melhor reprodução de detalhes e menor variabilidade em alteração dimensional linear que o hidrocoloide irreversível. Tempo de trabalho: 2 - 4 Tempo de presa: 4 a 6,5 minutos Resistencia ao rasgamento: 1500 - 4300 (n/m) Porcentagem de contração (após 24 horas): 0,14 – 0,17 Ângulo de contato entre o material após a presa e a água: 98/53* Formação de gás hidrogênio > SIM Moldeira individual, odor desagradável > NÃO Múltiplos vazamentos e mistura automática > SIM Rigidez (o valor 1 indica a maior rigidez) > 2(1) Distorção após a remoção (o valor 1 indica o maior e 4 indica o menor potencial de distorção) > 4 Poliéter Dois tipos de poliéter. O primeiro é baseado na polimerização pela abertura de anéis de aziridina, localizados nas extremidades das moléculas do poliéter. Cadeia principal é provavelmente um copolímero de etileno e tetra-hidrofurano. Reticulação e presa são promovidas por um iniciador e o éster sulfonato aromático, onde R é um grupo alquila. O material é fornecido através de duas pastas. A pasta-base contém o polímero de poliéter, sílica coloidal como carga e um plastificante. A pasta aceleradora contém um sulfonato aromático alquílico, além de carga e plastificante. Os eixos poliméricos formados predominantemente por grupos éter fazem desse grupo de materiais de moldagem o mais hidrofílico dentre todos os materiais de moldagem elastoméricos. O segundo tipo é baseado na polimerização por condensação catalisada por ácidos de pré-polímeros de poliéter com grupos terminais de alcoxisilano. Apresenta álcoois de baixo peso molecular como subprodutos. Esse material é frequentemente chamado de hibrido Tempo de trabalho: 3 Tempo de presa: 6 minutos Resistencia ao rasgamento: 1800 - 4800 (n/m) Porcentagem de contração (após 24 horas): 0,19 – 0,24 Ângulo de contato entre o material após a presa e a água: 49 Moldeira individual, odor desagradável > NÃO Múltiplos vazamentos e mistura automática > SIM Rigidez (o valor 1 indica a maior rigidez) > 1(2) Distorção após a remoção (o valor 1 indica o maior e 4 indica o menor potencial de distorção) > 3 Moldando com matéria elastoméricos O uso desses materiais para moldagem elastoméricos para fabricar modelos e troqueis de gesso envolve seis passos principais: 1 preparo da moldeira 2 condicionamento do tecido 3 preparo do material 4 moldagem 5 remoção do molde 6 confecção de modelos de troqueis de gesso Moldeiras: o uso da moldeira individual é recomendado para reduzir a quantidade de material necessário para realizar a moldagem; assim, qualquer alteração dimensional atribuída ao material é minimizada. Uma moldeira individual possibilita uma distribuição uniforme do material de moldagem entre a moldeira e o objeto, o que também melhora a precisão. Isso é particularmente verdadeiro para o polissulfeto. O uso de menos material numa moldeira individual reduz a compressibilidade do molde, o que pode tornar a remoção da moldeira mais difícil Quando existem retenções severas o uso da moldeira individual deve ser evitado Manipulação dos materiais de moldagem 3 opções de mistura: mistura manual, estática e mistura mecânica dinâmica A mistura manual > comprimentos iguais das pastas sobre o bloco de espatulação ou placa de vidro. A pasta catalisadora é recolhida primeiro com uma espátula e em seguida espalhada sobre a pasta-base. A massa é espalhada de um lado para o outro. Esse processo é repetido ate que essa massa fique com uma cor uniforme. Mistura estática > transforma dois materiais fluidos ou pastosos em uma mistura homogênea sem mistura mecânica. O dispositivo utilizado é um revólver, usado para comprimir um cartucho com dois cilindros que contêm a base e o catalisador separados, além de uma ponta misturadora. Mistura mecânica dinâmica > o dispositivo usa um motor para impulsionar êmbolos paralelos, que forçam os materiais para uma ponta misturadora e dai para moldeira ou seringa; enquanto isso; o impulsor no interior da ponta misturada, mistura os materiais à medida que são extraídos através da ponta. Remoção do molde Em nenhuma circunstância o molde deve ser removido até que a presa tenha progredido suficientemente para garantir uma elasticidade adequada, a fim de evitar distorções. O primeiro passo é romper a adesão física entre o tecido e o molde; assim, um material de moldagem que molha bem os tecidos, como o poliéter, irá necessitar de um esforço extra para quebrar o selamento durante a remoção. O polissulfeto apresenta a menor viscosidade e é, dentre os materiais elastoméricos de consistência semelhante, um dos menos rígidos. Essa flexibilidade permite ao material endurecido ser facilmente removido de áreas retentivas com um mínimo de tensão. Além disso todos os materiais elastoméricos são visco elásticos, sendo necessário usar um movimento rápido para minimizar a deformação plástica do molde durante a etapa final do processo de remoção. Preparo de modelos e troquéis As características hidrofóbicas dos materiais de moldagem a base de silicone os tornam adequados para a produção de modelos com resina epóxi. Entretanto essa hidrofobia torna o vazamento do gesso um desafio, pois aumenta a possibilidade de formação de vazios em modelos e tróqueis. O vazamento de gesso em moldes de poliéter e polissulfeto não necessita do auxílio de um surfactante. Existem sprays surfactantes que melhoram a molhabilidade da superfície de moldes de silicone, são conhecidos como antibolhas. Uma solução diluída de sabão também funciona como surfactante. A excelente estabilidade dimensional do silicone de adição e do poliéter torna possível a construção de dois ou três modelos ou troqueis a partir de um mesmo molde. É possível também construir modelos de gessos sucessivos a partir de moldes de polissulfeto quando forem necessários modelos de duplicata. O intervalo de vazamento do gesso não deve ser maior do que 30 minutos. Tempos de trabalho e de presa Um aumento na temperatura acelera a reação de polimerização de todos os materiais elastoméricos; portanto, o efeito da temperatura sobre o tempo de trabalho e o tempo de presa deve ser levado em consideração. Reprodução de detalhes da estrutura oral Os elastômeros podem reproduzir detalhes em graus muito finos. Quando o gesso pedra é vazado sobre a superfície desses moldes, os detalhes mais finos nem sempre são reproduzidos. A razão para essa situação para essa situação é que os materiais de moldagem elastoméricos são capazes de reproduzir detalhes de maneira mais precisa do que estes podem ser transferidos para um modelo ou troquel de gesso, que pode não ser capaz de tanta precisão. Elasticidade e viscoelasticidade O silicone de adição exibe a maior recuperação elástica dentre os materiais atualmente disponíveis. A rigidez (modulo de elasticidade) em ordem crescente: polissulfeto, silicone de condensação, silicone de adição e poliéter. A classificação dos materiais de moldagem quanto à resistência ao rasgamento, da mais baixa para mais alta é: silicone (adição e condensação), poliéter e polissulfeto O polissulfeto apresenta uma maior resistência ao rasgamento. Porém devido a sua suscetibilidade à deformaçãopermanente, moldes de polissulfeto podem distorcer mais do que rasgar. Precisão dimensional > ausência de alteração dimensional durante a presa e logo após a remoção do molde da boca. Estabilidade dimensional > ausência de alteração dimensional que pode ocorrer ao longo do tempo, após a remoção do molde. Materiais podem ser precisos, mas não estáveis, ou imprecisos, mas estáveis. Fontes principais de alteração dimensional Contração de polimerização Perda de subprodutos da reação de condensação (água ou álcool) Contração térmica entre a temperatura oral e ambiente Absorção de água ou desinfetante ao longo do tempo Recuperação incompleta da deformação devido ao comportamento visco elástico Recuperação incompleta devido a deformação plástica A mudança é maior em magnitude para o polissulfeto e para o silicone de condensação do que para o poliéter e o silicone de adição. Este resultado é esperado porque tanto o polissulfeto quanto o silicone de condensação perdem subprodutos da polimerização, agua e álcool, respectivamente. Se quiser ter uma precisão máxima devemos vazar imediatamente dentro do molde após sua remoção da boca > polissulfeto e silicone de condensação. Primeiros 30 minutos. A estabilidade do silicone por adição e do poliéter sugerem que o molde destes materiais não precisa ser preenchido com gesso imediatamente. Pesquisas mostram que o modelo produzido a partir de um molde de silicone de adição entre 24 horas e 1 semana se mostrou tão preciso quanto o modelo construído na primeira hora, assumindo que não houve nenhum efeito associado a formação de bolhas de hidrogênio. Estes materiais exibem a menor quantidade de distorção por conta das cargas associadas. Assim o vazamento múltiplo dos moldes e a remoção dos modelos não irão alterar a estabilidade dimensional do molde, mesmo considerando que uma forca substancial é necessária cada vez que o modelo é removido do molde. Uma variável que apresenta um efeito negativo sobre o molde de poliéter é a absorção de água ou fluidos e a simultânea liberação de plastificante hidrossolúvel. Assim o molde de poliéter deve ser armazenado em ambiente seco (umidade relativa abaixo de 50%) e frio para manter a sua precisão, e nunca deve ser deixado por períodos prolongados em soluções desinfetantes. Desinfecção Silicone de condensação, adição e polissulfeto podem ser desinfetados com todos os desinfetantes registrados na EPA sem perda da qualidade de superfície ou precisão, se o tempo de desinfecção for curto. Os poliéteres são suscetíveis a alteração dimensional se forem imersos por um período longo (+ que 10 min) devido sua natureza hidrofílica pronunciada. Hidrocoloides Colóide é uma substância que está, a um nível microscópio, dispersa uniformemente em uma outra substância Um sistema coloidal consiste em 2 fases separadas: fase dispersa e fase dispersante. Se a fase dispersante de um sistema coloidal é a água ele é chamado de hidrocoloides. O material toma presa de um estado fluído para um estado sólido, essa mudança de estado associado a hidrocoloides é chamada de sol-gel. Um sol é uma dispersão coloidal de partículas muito pequenas em um meio liquido continuo. Um gel é uma suspensão que se comporta como um solido elástico. A presa do alginato é um processo de reticulação de ácidos algínicos com íons cálcio O principal ingrediente ativo do alginato é um dos alginatos solúveis, como os alginatos de sódio potássio ou trietanolamina. A terra diatomácea age como uma carga para aumentar a resistência e a rigidez do gel alginato, garante também uma textura lisa e a formação de uma superfície firme e não pegajosa no gel. O oxido de zinco também age como carga e tem alguma influencia sobre as propriedades físicas e o tempo de presa do gel. O sulfato de cálcio di-hidrato é o reagente que fornece íons cálcio para a reticulação do sol. Quando o pó é agitado para descompactar as partículas, a terra diatomácea, que é composta por finas partículas de sílica porosa fica em suspensão no ar quando a tampa é removida. Exposição a longo prazo por conta inalação dessas partículas pode gerar silicose e hipersensibilidade pulmonar. A reação sol-gel pode ser descrita simplesmente como uma reação do alginato solúvel com íons cálcio do sulfato de cálcio e a formação de um alginato de cálcio insolúvel. A produção de alginato de cálcio é tão rápida que não permite um tempo de trabalho suficiente. Um sal de fosfato hidrossolúvel (fosfato trissódico) é adicionaodo na composição como um retardador para prolongar meu tempo de trabalho. A estratégia empregada é a seguinte: os íons cálcio irão reagir preferencialmente com os íons fosfatos na solução. Assim, a reação rápida entre os dois íons cálcio e o alginato solúvel é adiada até que os íons fosfato do fosfato trissódico se esgotem. Controlando o tempo de presa Os clínicos podem influenciar com segurando o tempo de trabalho alterando a temperatura da água, quanto maior a temperatura menor é o tempo de presa. Em ambiente com temperatura elevada deve-se utilizar água fria para a mistura, de modo a evitar a geleificação prematura. Preparação de matérias de moldagem à base de alginato Se o pó for colocado em primeiro lugar no gral, a penetração da água até o fundo do grau é inibida e o tempo maior de mistura pode ser necessário para garantir uma mistura homogênea. O tempo de mistura é de 45 segundos a 1 minuto, dependendo da marca do alginato. O resultado tem que ser uma mistura lisa e cremosa, que não escorre rapidamente da espátula quando esta é levantada do gral. Equipamentos limpos são importantes, porque muitos dos problemas e falhas são atribuídos a dispositivos de mistura sujos ou contaminados. Moldando com alginato É importante que o molde fique retido na moldeira, de modo que possa ser removido do perímetro dos dentes. Portanto uma moldeira metálica perfurada é preferível. A espessura do molde de alginato entre a moldeira e os tecidos deve ser pelo menos de 3mm. A resistência à compressão do alginato dobra durante os primeiros quatro minutos após a geleificação, mas não aumenta consideravelmente após esse períodomomento. Dados indicam claramente que o molde de alginato não deve ser removido da boca por pelo menos 3 min após ter ocorrido a geleificação. Com alguns alginatos, foi mostrado que se o molde for mantido por 6 a 7 min após a geleificação, ao invés de 3 min após a geleificação, pode ocorrer distorção significativa. Como o alginato é um material viscoelástico, sua resistência ao rasgamento aumenta quando o molde é removido ao longo do eixo vertical, em um movimento único e rápido. Resistência Se houver muita ou pouca água o gel final ficará enfraquecido Espatulação insuficiente pode resultar na dissolução insulficiente dos ingredientes para que a reação química possa ocorrer uniformemente em todo material. Por outro lado, a manipulação em excesso quebra a rede de alginato de cálcio e reduz a sua resistência. Prazo de validade Os dois principais fatores que afetam o prazo de validade dos alginatos são temperatura de armazenamento e contaminação com umidade do ar ambiente. O material de ser armazenado em local fresco e seco. Propriedades dos materiais de moldagem hidrocoloides Estabilidade dimensional> Uma vez que o molde de hidrocoloide é removido da boca e exposto ao ar à temperatura ambiente, alguma contração associada à sinérese à evaporação irá acontecer. Se por outro lado, o molde for imerso em água pode ocorrer um inchaço causado por embebição. O meio de armazenamento, como uma solução de sulfato de potássio a 2%, ou umidade relativa de 100% em uma câmara de armazenamento, é sugerido para reduzir o risco de alteração dimensional em molde de ágar. Alterações térmicas contribuem para alteração dimensional, com os alginatos os moldes se contraem levemente por causa da diferença entre atemperatura da boca 37 e a temperatura ambiente 23. Se o vazamento de gesso tiver que ser postergado, o molde deve ser lavado de água de torneira, desinfectado, embrulhado em papel toalha cirúrgico saturado com água e colocado em um saco plástico selado ou em um umidificador. Compatibilidade com gesso O processo de geissificação do molde de alginato não irá produzir apenas alginato de cálcio e solúvel, mas também sulfato de sódio, que é um acelerador da presa do gesso em baixas concentrações, mas se torna um retardador em concentrações mais altas. Além disso, polissacarídeos também inibem a presa do gesso. A Moldagem Inicial é uma moldagem que reproduz fielmente os acidentes anatômicos da cavidade bucal em seu estado de repouso. É realizada com moldeiras de estoque, encontradas prontas no comércio odontológico em jogos de tamanho padrão. Quando empregadas para godiva, apresentam superfícies lisas e sem retenções, enquanto que, para moldagens com alginato devem ser dotadas de perfurações ou debruns internos essenciais à retenção do material de moldagem. Hidrocoloide irreversível Características 1 - Técnica simples (não requer equipamento), facilidade de manipulação; 2 - Tolerável pelo paciente; 3 - Baixo Custo; 4 - Facilidade de separação do modelo; 5 - Instabilidade Dimensional (Sinérese e Embebição) 6 - Baixa viscosidade; 7 - Não pode ser retocado; GODIVA Características: 1 - Técnica mais apurada; 2 - Tolerável pelo paciente; 3 – Custo 4 - Facilidade de separação do modelo; 5 - Possibilidade de deformação tecidual; Moldagem inicial em Prótese Total 51 6 – Alta Viscosidade 7 - Permite correções; 8 - Impressão muscular; Gesso-Pedra (Tipo III): Indicado para a construção de modelos, na confecção de próteses totais que se ajustam aos tecidos moles. Apresentam uma resistência adequada para este propósito
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