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RAFAELA DE OLIVEIRA - UPE ODONTO 108
Sistema Estomatognático
• É uma região anátomo funcional que engloba estruturas da cabeça, face e pescoço e que
compreende estruturas ósseas, dentárias, musculares, glandulares, nervosas e articulares,
envolvidas com a função da cavidade oral.
Sucção (Nutritiva e a Não nutritiva)
• É o meio pelo qual o bebê consegue tirar o leite do seio materno.
• É uma função estomatognática inata do ser humano e de extrema importância para o seu
desenvolvimento.
• A sucção é um reflexo de alimentação, rítmico e simples, sob controle de medula e ponte.
• O bebê que suga o peito da mãe mantém os lábios vedados, postura correta de língua,
desenvolve funções corretas do aparelho estomatognático e estabelece o padrão correto de
respiração, isto é, tem respiração nasal.
Deglutição
• É um fenômeno que depende de movimentos síncronos da boca, nasofaringe, orofaringe,
hipofaringe, e também de músculos do pescoço.
• É um processo contínuo, dividido, para fins didáticos, em três fases.
1. Fase oral.
2. Fase faríngea.
3. Fase esofágica.
• A deglutição representa uma sequência complexa de atividades neuromusculares que tem
a função de levar o alimento até ao estômago. Durante este processo há um cruzamento
das vias aéreas com as vias digestivas tendo o organismo desenvolvido alguns
mecanismos de proteção que evitam a aspiração do alimento (ex: Reflexo de Tosse e
Reflexo de Vómito). O processo de deglutição normal apresenta ligeiras diferenças
consoante a idade da pessoa.
Qualquer distúrbio que dificulte uma boa deglutição interfere no estado físico e emocional
do indivíduo.
• A deglutição fetal representa o desenvolvimento de uma função autônoma importante para
ingestão de líquido, alimentos, manutenção da nutrição e hidratação na vida do recém
nascido logo após o nascimento. É considerada como um dos principais mecanismos de
circulação e reabsorção de liquido amniótico
Respiração
• A necessidade de oxigênio na vida é indiscutível.
• O ar entra pelo nariz, onde é aquecido, filtrado e umidificado. Passa pelas coanas (parte
posterior da cavidade nasal),nasofaringe, orofaringe, laringe, traquéia e brônquios, até
chegar aos pulmões (com contração dos músculos intercostais externos e diafragma), onde
são efetivamente feitas as trocas gasosas.
• A respiração exerce, portanto, função vital; posteriormente, mediante a aprendizagem,
participará da função fonação.
Mastigação
• A mastigação é uma atividade neuromuscular complexa com movimentos mandibulares
rítmicos e é influenciada pelo tipo de oclusão dentária e pela consistência e textura do
alimento.
• Esta função oral é extremamente importante, pois interfere no desenvolvimento
mandibular e maxilar, na manutenção dos arcos osteodentários e no equilíbrio muscular e
funcional.
RAFAELA DE OLIVEIRA - UPE ODONTO 108
• A mastigação é a função mais importante para o equilíbrio das estruturas orofaciais.
Ela mantém a força dos músculos do rosto, modela a forma dos ossos e a posição dos
dentes, além de ser a primeira fase da digestão dos alimentos.
• A mastigação aparece no primeiro ano de vida. Com o surgimento dos primeiros dentes
(decíduos), a criança já ensaia movimentos de abrir e fechar a boca e, neste momento, é
essencial que, aos poucos, o alimento fique cada vez mais consistente para estimular a
melhora da função de mastigar.
• Durante a mastigação, os lábios devem estar ocluídos, a mandíbula deve movimentar-se
para cima e para baixo e fazer movimentos rotatórios, e o alimento deve ser mastigado do
lado direito e esquerdo da boca.
• O mecanismo sucção, deglutição e respiração é complexo. É coordenado pelos reflexos
orais que no momento da deglutição fazem o RN cessar de respirar por um segundo, tempo
necessário da passagem do leite para a fase faríngea. A deglutição acontece dentro da fase
faríngea da deglutição. Desta forma, o ar expirado pós deglutição atua limpando os restos
alimentares da região glótica. Portanto, durante o processo de alimentação existem várias
interrupções respiratórias, plenamente compensadas pelo RN normal
Identificar as diferenças entre a deglutição infantil para a adulta
■ Deglutição infantil:
1. Separação dos maxilares com a língua colocada entre as gengivas
2. Estabilização da mandíbula pela contração dos músculos e interposição lingual
3. A deglutição é controlada por um intercâmbio sensorial entre língua e lábios.
Caracterizada pelo posicionamento lingual entre as gengivas, pela contração da
musculatura facial, estabilizando assim a mandíbula, e, devido “a deglutição ser guiada pela
relação sensorial existente entre os lábios e a língua”.
■ Deglutição adulta:
1. Os Dentes permanecem juntos
2. A mandíbula está estabilizada pela contração dos músculos elevadores
3. Ponta da língua para cima atrás dos incisivos superiores
4. Contração mínima nos lábios, relaxamento do mentalis. A deglutição madura aparece a
partir da erupção dos primeiros molares decíduos, com o início dos verdadeiros
movimentos da mastigação. A deglutição nesta fase apresenta-se com os dentes em
oclusão, a mandíbula é estabilizada pelas contrações dos músculos levantadores, o terço
anterior da língua coloca se acima e atrás dos incisivos superiores e os lábios estão unidos,
com contração mínima
• Além da erupção dos dentes, iniciando um processo instintivo de mastigar, esta transição
da deglutição infantil para a madura é favorecida pelo amadurecimento dos elementos
neuromusculares, o surgimento da postura ereta da cabeça, e a capacidade de manipular
alimentos de várias texturas.
Identificar os fatores que desequilibram o sistema estomatognático
1. Disfunções temporomandibulares (má oclusão dentária, má mecânica articular devido a
inflamação, subluxação, luxação, contraturas, articulares ou forças assimétricas devido a
desequilíbrios na mordida e mandíbula, espasmos nos músculos da mastigação causados
pela hiperactividade muscular que envolve hábitos parafuncionais)
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2. Problemas no componente neuromuscular – C. neuromuscular: Conjunto de
musculoesqueléticos, cuja função depende diretamente da ação motora do SNC
3. Problemas na superfície e pressões oclusais – Sup. e pressões oclusais: é a parte da área
oclusal dentária que intervém na função oclusal, como ocorre na mastigação, por exemplo,
em que constitui superfície triturante ou cortante.
4. Problemas no periodonto – Periodonto: estruturas responsáveis pela fixação e
sustentação dos dentes
Conhecer como a síndrome do respirador Bucal influencia e compromete a homeostase do
Sistema Estomatognático
• Respirador bucal é o indivíduo que substitui o padrão correto de respiração nasal por um
padrão bucal ou misto (buco-nasal). Esse padrão respiratório inadequado pode afetar
progressivamente o desenvolvimento físico e psíquico do paciente, além de comprometer o
desenvolvimento da face e da arcada dentária.
• A respiração bucal leva a aumento da resistência pulmonar;
• O regime de hipóxia recorrente pode levar à hipertensão pulmonar e evolui até o cor
pulmonale. A obstrução nasal pode levar ao uso indiscriminado de aminas
simpaticomiméticas com atividade alfa-dilatadoras. Essas drogas elevam a pressão arterial,
predispõem a arritmias (extrassístoles) e até mesmo à parada cardíaca;
• Os pacientes com respiração bucal podem apresentar hipersonolência diurna, sono
dessincronizado
• Quando uma criança respira pela boca é observada uma hipotonia dos músculos
elevadores da mandíbula, ocorrendo o alongamento da face do paciente, promovendo a
falta de selamento labial espontâneo , mantendo a boca entreaberta, com alterações do
tórax, da postura corporal e da cabeça. A respiração pela boca agride as amigdalas,
podendo causar hipertrofias das adenóides, causando ainda rinites e sinusites recorrentes e
reflexos negativos nos pulmões, podendo alterar os batimentos cardíacos do coração e
causar distúrbios do sono. O indivíduo que respira pela boca tem a taxa de O2 cerebral
diminuída e a taxa de gás carbônico aumentada, causando déficit de atenção
Fatores ambientais:• Hereditariedade;
• Moléstias e deformidades
• Congênitas;
• Meio ambiente;
• Ambiente metabólico
• Problemas nutricionais
• Influência pré-natal (posição intra-uterina do feto; dieta do metabolismo do feto; Rubéola
ou uso de drogas; fibromas intra-uterino: causam simetria do crânio e da face).
• Influência pós-natal (lesões traumáticas no nascimento; fratura do côndilo; tecido por
cicatricial por queimadura; acidentes que provocam pressão indevida sobre a dentição em
desenvolvimento; anquilose condilar).
Hábitos:
• Hábitos deletérios (Interposição lingual; sucção digital ou chupeta)
• Dormir de bruços;
• Apoiar o rosto nas mãos constantemente por longos períodos;
• Dificuldade respiratória provocada por rinite;
• Inflamação das amígdalas e adenóide;
• Projeção errada da língua ao engolir ou falar;
• RESPIRAÇÃO BUCAL
• Inadequação da deglutição;
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• Mamadeira;
• Onicofagia – Roer unhas.
Iatrogenias: (Iatrogenia é uma doença com efeitos e complicações causadas como
resultado de um tratamento médico)
• Tratamento de canais atrésicos (muito fino) ou curvos, um profissional não habilitado para
executar esse tratamento pode levar a perda do dente;
• Reabsorções radiculares pós-tratamento;
• Alterações no plano oclusal;
• Desvios de linha média;
• Assimetrias
Conhecer alguns termos utilizados na odontologia referentes à fisiologia bucal
1. Oclusão - Trata as relações de mordida entre a arcada dentária superior com a inferior.
2. Oclusão cêntrica – É uma posição estritamente relacionada à posição condilar, não
apresentando nenhuma relação com os contatos dentários.
3. Relação cêntrica – É uma relação crâniomandibular onde o côndilo e disco estão
firmemente alojados na posição mais anterior e superior da cavidade glenóide, fixados por
ligamentos e músculos.
4. Protrusão – É uma deformidade facial onde a mandíbula encontra-se posicionada
anteriormente a face.
5. Retrusão – Translação posterior da mandíbula.
6. Overjet - Ou trespasse horizontal é a sobressaliência que é calculada medindo se a
distancia entre duas linhas verticais que passem pela borda incisal de incisivos superiores e
a face vestibular dos incisivos inferiores.
7. Overbite - É a sobreposição no sentido vertical que pode ser calculada medindo a
distância entre duas linhas horizontais que tangenciem a borda incisal de incisivos
superiores e inferiores, também conhecida como trespasse vertical ou sobremordida.
8. Mordida aberta anterior – Na mordida aberta anterior, a desarmonia relacionada com a
falta de contacto dentário entre os dentes superiores e inferiores, verifica-se ao nível dos
dentes anteriores.
9. Mordida aberta posterior unilateral – Na mordida aberta posterior, os dentes acometidos
correspondem aos dentes posteriores (dentes de trás), ocorrendo apenas de um lado.
10. Mordida aberta posterior bilateral – Na mordida aberta posterior, os dentes acometidos
correspondem aos dentes posteriores (dentes de trás), ocorrendo de ambos os lados.
11. Mordida cruzada unilateral – Mandíbula cobre parte da maxila, de um lado.
12. Mordida cruzada bilateral – Mandíbula cobre parte da maxila, de ambos os lados.
13. Chave de Angle – uma oclusão normal é aquela na qual os primeiros molares superiores
estão em "chave de oclusão".
14. Curva de Spee – Curva imaginária que une o vértice da cúspide do canino e as cúspides
vestibulares dos pré-molares e molares.
15. Palato ogival – Um crescimento anormal e mais estreito do palato.
16. Braquiocefálico – Crânio curto.
17. Dolicocefalico – Crânio longo e fino.
18. Mesocefálico – Crânio médio.
Apresentar a importância dos primeiros molares e aspectos da Chave de Angle no
equilíbrio da oclusão e da mastigação;
• A cúspide mésio vestibular do 1º molar superior permanente oclui no sulco entre as
cúspides vestibulares mesial e mediana do 1º molar inferior permanente.
• Três tipos de maloclusão, baseado na relação oclusal dos primeiros molares:
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1. Classe 1 - Relação normal dos molares, mas a linha de oclusão está incorreta por mal
posicionamento dentário , rotações ou outras causas.
2. Classe 2 - O molar inferior está posicionado distalmente em relação ao molar superior
sem ter especificações para a linha de oclusão. – Pode gerar algum grau de obstrução nasal
3. Classe 3 - O molar inferior está posicionado mesialmente em relação ao molar superior,
sem maiores especificações para a linha de oclusão
.Definir o que vem a ser a curva de Spee
• Curva imaginária que une o vértice da cúspide do canino e as cúspides vestibulares dos
prémolares e molares. Se inicia nos molares e toca a ponta da cúspide dos caninos
Conhecer as forças que atuam sobre os dentes
1. Bochechas 2. Língua 3. Lábios
Como se dá a relação posição dos dentes, o trajeto mandibular e a ATM Posição dos
dentes:
• Incisivos: dentes situados na parte da frente da boca e que servem para cortar os
alimentos.
• Caninos: possuem formato agudo e pontiagudo e servem para rasgar os alimentos.
• Pré-molares e molares: possuem a função de triturar os alimentos e localizam-se no fundo
da boca.
• Trajeto mandibular: Todas as vezes que o paciente abre ou fecha a boca, o côndilo –
aquela parte que se move na mandíbula – deverá estar em posição de repouso dentro da
cavidade glenóide. Na posição de boca fechada, o côndilo igualmente deve estar em
repouso dentro da cavidade glenoide. É a sua posição de conforto. Ao abrir a boca, o côndilo
giro em torno o próprio eixo em abertura média, movendo-se para frente.
• ATM: ATM é a abreviatura de "Articulaçáo TemporoMandibular". Essa articulação situa-se
logo à frente do ouvido e é responsável pelos movimentos executados pela mandibula
• O encaixe dental" (oclusão) é responsável pela posição do côndilo (cabeça da mandíbula)
dentro da articulação. Ocluir os dentes mais para a frente, para trás ou para os lados traz
consequencias para as ATMs. O ideal é que a oclusão tenha um relacionamento adequado,
para manter côndilo e disco articular harmônicos e bem posicionados entre si, a fim de que
a articulação seja saudável.
• Reconhecer que os dentes não estão em posição paralela nem no mesmo plano entre eles
e que existe uma angulagem e conjunto de forças que atuam em homeostase com o
sistema estomatognático Linha de Spee – Conjunto de forças -
Compreender a composição e função dos ligamentos periodontais, do osso alveolar,
gengiva e cemento no equilíbrio dos dentes
• Gengiva:
Composição:
1. A gengiva é o tecido epitelial de tonalidade variando entre vermelho-claro e roxo na
cavidade bucal que reveste o osso alveolar (suporte ósseo dos dentes), constituindo parte
da mucosa bucal. É subdividido em partes marginal e inserida, dependendo da região.
2. É formada por tecido fibroso coberto por mucosa. A gengiva propriamente dita, gengiva
fixa, está firmemente presa aos processos alveolares da maxila e mandíbula e aos colos dos
dentes. Ela é rósea, pontilhada e queratinizada. A mucosa alveolar (gengiva livre) é,
normalmente, vermelho-brilhante e não queratinizada.
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• Função:
1. Ela sustenta os dentes
2. Nutre os dentes
3. Protege os dentes
4. Participa da fonética
• Ligamento periodontal:É um sistema que liga o dente ao osso alveolar, formado
principalmente pelas fibras de Sharpay e com funçõs formadora,nutricional, física e
sensorial
• Constituída por tecido conjuntivo: fibras colágenas, fibras elásticas(escassas), além de
vasos sanguíneos, vasos Linfáticos, terminações nervosas que circundam a raiz dentária
unindo-a ao osso alveolar e tem origem no folículo ou saco dentário.
• Alguns elementos celulares como fibroblastos, cementoblastos,
osteoblastos/osteoclastos, macrófagos, Células endoteliais, restos epiteliais de Malassez
também estão presentes.
• Sensorial, pois o ligamento periodontal possui receptores, que se deformam frente ao
movimento dentário. Esses receptores percebem as sensações, que são transmitidas ao
osso, por meio de vibrações, que são percebidas no ouvido médio,conseqüentemente
acontece aberturareflexa da boca e estimulação dos mecanorreceptores do periodonto.
• Nutritiva, pois os vasos sanguíneos fazem o transporte das substâncias que nutrem o
ligamento periodontal, os cementócitos e os osteócitos, bem como a remoção dos resíduos
celulares.
• Homeostática, O ligamento periodontal também serve como um absorvedor de choque por
mecanismos que fornecem resistência para forças leves e pesadas. Forças leves são
amortecidas por fluido intravascular que é forçado fora dos vasos de sangue. Forças
moderadas são também absorvidas por fluido do tecido extravascular que é forçado fora do
espaço do ligamento periodontal para dentro da medula adjacentes. As forças mais
pesadas são suportadas pelas fibras principais.
Fibras do Ligamento Periodontal
• As fibras colágenas do ligamento periodontal podem ser divididas nos seguintes grupos
principais:
- Grupo da crista alveolar: unido ao cemento logo abaixo da junção amelocementária. -
Grupo horizontal: situado logo apicalmente ao grupo da crista alveolar.
- Grupo oblíquo: o mais numeroso dos ligamentos.
- Grupo apical: em torno do ápice da raiz. - Grupo inter-radicular: encontrado apenas entre as
raízes dos dentes multirradiculares
• Osso alveolar:
O osso alveolar corresponde ao tecido ósseo cortical ou compacto que delimita a superfície
do alvéolo dental. Em conjunto com o cemento radicular e as fibras do ligamento
periodontal, o osso alveolar constitui os tecidos de sustentação dos dentes e distribui as
forças geradas durante a mastigação e outras formas de contato entre os dentes.
• Composição 1. Células 2. Substância fundamental amorfa 3. Osteóide 4. Fibras (da Matriz
e de Sharpey)
• Função: 1. Manter a estrutura dentária no arco.
2. Proteção 3. Locomoção 4. Reservatório
• Cemento:
• Função:
1. Insere as fibras do ligamento periodontal da raiz
2. Contribui para o processo de reparação após o dano da superfície radicular.
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3. Proteger a raiz e unir a mesma ao osso. •
• Composição:
1. Hidroxiapatita
2. Colágeno tipo I
3. Colágeno tipo III
4. Fibras de Sharpey
5. Tecido material e orgânico.
Compreender como fatores fisiológicos e ambientais (má oclusão, má higiene) interferem
no equilíbrio do periodonto e interferem na perda da estabilidade e podem provocar
mobilidade dentária;
• Reconhecidamente, a má oclusão, por si só, não leva à doença periodontal.
• Pesquisas desenvolvidas em crianças, adolescentes e adultos jovens têm avaliado a
repercussão, em relação aos tecidos periodontais clinicamente saudáveis, dos vários tipos
de má oclusão, bem como de dentes isolados com mau posicionamento.
• Os resultados mostram que a maioria dos pacientes analisados apresenta deficiência na
higiene bucal, com consequente acúmulo de placa bacteriana, podendo causar, em alguns
indivíduos, inflamação gengival, sendo essa a mais comum das alterações, enquanto outros
indivíduos podem não apresentar qualquer tipo de alteração periodontal.
• Essas pesquisas revelam, ainda, a importância, como medidas preventivas, das
orientações de higiene bucal e do encaminhamento para tratamento ortodôntico.
• É importante considerar que, nos casos em que o periodonto já se encontra comprometido,
a resposta periodontal é diferente, pois, além da resposta fisiológica do paciente pelo
acúmulo de placa bacteriana, considera-se que — em função da suscetibilidade genética de
cada indivíduo — a probabilidade de um aumento na severidade da doença é sempre
positiva.
Conhecer a dinâmica do processo Des-Remineralização influenciada pelo ambiente salivar
e a importância do pH salivar e da alimentação na saúde dos dentes
• Desmineralização: Perda de minerais dos dentes, tais como o cálcio na hidroxiapatita da
matriz dentária, causada por exposição ácida. Um exemplo da ocorrência de
desmineralização é a formação de cáries dentárias.
• Remineralização: Reposição dos minerais perdidos do dente. Primeiramente a
desmineralização dos dentes ocorrem por múltiplos fatores, então na boca é necessário o
equilíbrio do PH para manter as trocas minerais dos dentes com o meio, pelo efeito tampão
da saliva, de forma a não prejudicar a saúde ou desmineralizar os dentes quando se perde
esse equilíbrio. Assim, o principal fator desse desequilíbrio é local mas pode ser sistêmico,
se alimentamos e não removemos de maneira adequada, a acidez local aumenta devido a
fermentação dos mesmos, mas todavia também se o corpo estiver com alterações
hormonais como a diabetes, pode haver uma interferência no efeito tampão da saliva que
controla esse processo de DES RE e que afeta diretamente elevando a acidez bucal e
aumento da desmineralização dos dentes, a pessoa que é respiradora bucal pode tbm ficar
com uma xerostomia ou seja a boca seca e comprometer esse processo, assim como o
consumo exagerado de alimentos ácidos,refrigerantes e sucos cítricos, desidratação, tudo
isso pode causar a desmineralização
Descrever como se dá à cárie, o cálculo, a gengivite e a periodontite a partir da falha/falta
de higiene bucal
Cárie:
• A primeira coisa que vem à mente quando pensamos em doenças causadas por falta de
higiene são as cáries. Elas surgem a partir dos resíduos de alimentos que permanecem em
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contato com os dentes, atraindo bactérias e causando produção de ácidos que podem
destruir as estruturas dos dentes.
• Se não for tratada rapidamente, a cárie pode evoluir e causar a morte da polpa do dente,
formação de abcessos ou até mesmo infecção.
• A formação de cárie pode ser devido à flúor insuficiente nos dentes e a escassez de saliva
na boca
• Gengivite: Um problema bucal também muito comum na população brasileira, que pode
evoluir para periodontite se não for tratada corretamente.
• A gengivite surge quando existe acúmulo de placa bacteriana, causando inflamação da
gengiva, que pode resultar em vermelhidão, inchaço e sangramentos.
• Se a placa bacteriana não for removida, ela começa um processo de endurecimento,
formando o tártaro, que se adere ao dente e pode destruir progressivamente as estruturas
que sustentam os dentes.
• Periodontite: A inflamação causada pela evolução da gengivite não tratada é chamada de
periodontite, e tem como sintomas sangramento, sensibilidade, mau hálito, retração da
gengiva e pode resultar em perda do dente.
• Vale ressaltar que muitas vezes a doença periodontal não apresenta sintomas, por isso é
importante manter consultas regulares no dentista para identificar o problema antes que ele
afete a estrutura dentária de forma irreversível.
• Cálculo:Cálculo ou tártaro, em Odontologia, é o resultado da mineralização da placa
bacteriana ou biofilme maduro.
• Após aproximadamente 21 dias, caso o biofilme bacteriano não seja removido, há o
estabelecimento de uma comunidade estável de bactérias. O cálculo então forma-se a partir
da mineralização da placa, com a participação da saliva que contém íons de cálcio, e do
dente, de onde a placa retira cálcio e fosfato pela queda do pH.
Definir qual a importância da ceratina/queratina no tecido gengival
• Estudos clássicos como de LANG e LOE22 (1972) sugerem um mínimo de 2mm de
mucosa queratinizada para manter a saúde gengival, ao que corresponde a um milímetro de
gengiva inserida. A importância da largura da faixa da mucosa ceratinizada na conservação
da saúde periodontal foi avaliada por Lang & Löe (1972) em um grupo de estudantes.
• Apesar das superfícies dentárias estarem livres de placa, todos os sítios que
apresentavam menos de 2 mm de gengiva ceratinizada mostraram sinais clínicos de
inflamação gengival persistente. Os autores concluíram que a altura gengival adequada para
a conservação da saúde periodontal devia medir, no mínimo 2 mm.
Compreender a influência da mastigação na quantidade do fluxo salivar e na produção do
bolo alimentar
• Durante a mastigação, a presença da saliva inicia uma etapa inicial da digestão graças à
presença de enzimas salivares, principalmente as amilases. A saliva também é rica em
mucinas que lubrificam o bolo alimentar, permitindo assim que ele deslizefacilmente sobre
a mucosa oral e faríngea durante a deglutição.
• A salivação aumenta de acordo com volume do bolo alimentar.
• A principal função da saliva é a umidificação e a lubrificação da mucosa orofaríngea (
impedindo o seu ressecamento ) e dos alimentos , o que facilita a mastigação e a
transformação do bolo alimentar a ser deglutido.
• Com a ação da saliva, da língua e dos dentes, o alimento torna-se uma pasta mole, que
recebe o nome de bolo alimentar. O bolo alimentar é o nome dado, portanto, ao alimento
mastigado e misturado à saliva.
• Ao mastigar o alimento você estimulará a produção de saliva. A saliva além de ajudar a
deixar o alimento mais úmido, contém enzimas que são responsáveis pela digestão do
amido, que é “colocado” no alimento quando ele está na boca.
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• Quanto mais você mastigar, mais saliva terá e melhor e mais fácil será a digestão. Ao
mastigar você estará triturando os alimentos deixando-os em partículas menores para poder
engolir, quanto melhor for sua mastigação, melhor será para engolir e mais fácil o alimento
chegará ao estômago.
• Tomar mingau demais é um erro. Muito mais preferível é o alimento seco, que requer
mastigação.
• O ambiente de pressa e correria de nossa sociedade consumista criou um meio que
propicia a obesidade, também conhecido como ambiente obesogênico. E a mastigação
exerce papel importante no controle deste ambiente. Contudo, precisamos motivar as
pessoas através de pequenos passos e criatividade a avançar neste contole.
• Através da mastigação lenta em ambiente tranqüilo, obtém-se a saciedade precoce, ou
seja, a pessoa sente-se saciada mais rapidamente, o que a leva a comer menos, ter menos
tendência ao ganho de peso, melhor digestão, mais prazer com a alimentação e mais saúde.
Muitos trabalhos científicos apontam para isso.
• Além de preparar a deglutição, o ato de mastigar coopera indiretamente para a digestão.
Por um mecanismo de reflexo condicionado, a mastigação determina a secreção de suco
gástrico, principalmente por ação psíquica. Além disso, a mistura mais uniforme do bolo
alimentar com a saliva e o suco gástrico facilita a ação química da digestão e abrevia o
esvaziamento do estômago.
• Qual a influência da saliva e da higiene bucal na halitose
• Quando a produção de saliva se reduz ou ela é produzida numa consistência mais viscosa,
podem surgir algumas doenças na boca. A pessoa reclamará de boca seca (xerosotomia), a
incidência de cáries pode aumentar e há um desconforto no momento das refeições. Pode
surgir ainda a doença periodontal, cáseos amigdalianos e saburra lingual, que contribuem
diretamente para a halitose. Uma pesquisa na Universidade de Brasília descobriu que 73%
dos pacientes com saliva viscosa apresentavam mau hálito, contra apenas 57% dos que
apresentavam a saliva normal. Esses resultados comprovam a importância da saliva para a
saúde bucal. “A higiene bucal feita de maneira incorreta é a principal causa do mau hálito”,
afirma Maurício. Ainda de acordo com ele, mesmo que a pessoa tenha a boa vontade de
fazer a higiene dos dentes, gengiva e língua, o mau hálito poderá se manifestar, pois a
pessoa não utiliza as técnicas e produtos adequados a seu caso. “Nesse caso a halitose
poderá ocorrer proveniente da saburra lingual, doenças da gengiva (gengivite e periodontite)
e cáseos amigdalianos, que são as 3 causas mais frequentes da halitose”, afirma. Tanto por
falhas na limpeza de língua quanto pelos problemas gengivais que causam sangramento e
este contribui para a halitose e maior acúmulo de tártaro, especialmente atrás dos dentes
inferiores anteriores.
Reconhecer os diferentes tipos de dor na odontologia
As principais doenças ou afecções que causam odontalgias ou dor de dente são:
• Sensibilidade dentinária,
• Pulpites,
Gengivites,
• Periodontites,
• Pericementites,
• Pericoronarite
• Alveolite.
• As dores vão determinar o diagnóstico
• Dor trigemial
• Raiz infecciosa
• Edema
• Dor referida
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• Sensibilidade
• Afta (dor muito intensa)
• Dores cancerígenas

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