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Resenha da dissertação "O Problema da Demarcação em Popper, Kuhn e Laudan", tese esta de autoria do filósofo Robson Rodrigues Carvalho.

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CARVALHO, Robson Rodrigues. O Problema da Demarcação em Popper, Kuhn e Laudan. 2017. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS).
Resenha[footnoteRef:1] [1: Resenha escrita por Nalberty Medeiros Santos, Graduando do Curso de Filosofia da Universidade Estadual da Paraíba – PB, nnalbertyy@gmail.com] 
Nesse texto, apresentaremos brevemente a análise de Robson Rodrigues Carvalho acerca do Problema da Demarcação em Popper e em Kuhn. Dessa forma, exporemos a deliberação de Carvalho sobre a consequência do aparecimento da expressão Problema da Demarcação em uma carta de Popper de 1933 (e o desenvolver de uma questão genuína), e sobre que esta questão somente ganhará notoriedade na edição primeira da Lógica. Conseguinte, meditar-se-á sobre Thomas Kuhn, e o antolhar deste acerca do PD em uma perspectiva historicista, em que esse traz (alfim) uma resposta àquele, como também adimple uma crítica a Popper.
Karl Popper (1902-1994) nasceu na Áustria, especificamente na cidade de Viena, em um ambiente (época) de forte aquiescência cultural. E, em 1919, anelara-se ao movimento comunista, muito embora doravante tecerá severas críticas a tal, nominando-o, inclusive, de pseudociência, alcunha essa que abarcará também Freud e Adler.
Popper, segundo Carvalho, na fase inicial de seus estudos, analisará e diferenciará dois modos de antolhar, apontando primeiramente aqueles que partem de um modo dogmático (pseudocientífico), e em sequência, os que se volvem ao conhecimento científico (a crítica). Sobre o primeiro, Popper auferirá que tal é congênere a postura religiosa, ou seja, veem no pressuposto de tal uma espécie de revelação, já a segunda parte da ideia de que não se deve volver/tomar como substrato proposições/teorias sem antes fazer: “um exame crítico severo” (CARVALHO, 2017, p. 14). Nesse sentido, para a exemplificação da diferenciação entre essas duas posturas, coteja Freud (psicanálise) e Einstein (a relatividade geral), e de que essa última, nas suas primeiras formulações, já mostrada os modos/meios de testá-la, ao contrário da primeira, que, parte de uma visão totalizante com a sua: “suposta capacidade de explicar tudo” (CARVALHO, 2017, p. 15).
Dessa forma, a crítica do jovem Popper e a sua elucidação sobre as características para a falta de cientificidade, podem ser sintetizadas em: modo de conhecer/explicar totalizante, pretensão a ser algo incólume, ou seja, suposta e pretensa definibilidade e carência de clara e metódica testabilidade.
Karl Popper, entre 1919 e 1922 ater-se-á na análise da distinção entre ciência a pseudociência. Outras áreas não aparecem nesse discurso inicial, à guisa de exemplo: a questão da metafísica, que a ulterior auferirá que essa não faz parte dessa demarcação, não é mostrada nos liames entre ciência e não ciência. Sua crítica era as pseudociências, essas que se passavam por ciência por utilizarem vocabulários como: “termos técnicos, observações, confirmações” etc (CARVALHO, 2017, p. 16).
Conseguinte, Carvalho apresenta a relação entre o PD e problema da indução e que Popper doravante verá ambos como “codependentes”, especialmente ao traçar a crítica ao neopositivismo (que partiam da indução), como também na apreciação/crítica da análise do filósofo inglês David Hume a questão da indução.
No entanto, antes de laborar sobre tais questões, Carvalho discute sobre a posição de Popper acerca da metafisica, de que “não é antimetafisico” (CARVALHO, 2017, p. 17), mas que na verdade não a antoja como algo que não tem sentido [como dirão os positivistas lógicos], mas asserirá que ela é irrefutável, no sentido de que: “não é passível de falseamento empírico” (CARVALHO, loc, cit), ou de que ainda poderíamos dizer – que não é passível de verificabilidade. Todavia, essa proposição Popperiana acerca da metafísica não se refere a questão da verdade, ou seja, sobre seu valor enquanto verdadeiro ou não.
Em sequência, o autor apresenta a objeção Humeana à questão da inferência indutiva, ou melhor, da tentativa (aporética/falha) dos que tentam justificá-la racionalmente. Por essa razão, o autor inicia expondo o que Hume nomina de objetos cognoscíveis à razão, a saber: “fatos e relações entre ideias” (CARVALHO, 2017, p. 18). Dessa forma, apresenta o problema exposto por Hume, de que em relação aos fatos, somente se tivemos aquisição total de tais, ser-se-ia algo tão assertivo quando os das relações entre ideias. Todavia, a experiência por si só, segundo Hume, jamais será base, terá força para asserir que: “o sol nascerá amanhã” (muito embora, sobre a reposta a questão “de que mesmo assim ainda sabemos que ele nascerá amanhã”, Hume responde que é pelo hábito que temos a convicção de que aquele nascerá, todavia, vale salientar, que, segundo Carvalho, essa proposição é meramente psicológica). Isto leva a impossibilidade de justificar (pela racionalidade) as inferências indutivas (CARVALHO, 2017, p. 19).
Embora Popper concorde com Hume na crítica às inferências indutivas, sua posição não é congênere a de Hume. Em Popper, o embargo sobre a indução se mostra de duas formas, ou melhor, aquele divide-o em dois, a saber: em problema lógico e psicológico. No primeiro, assere de forma semelhante a Hume, de que não se pode justificar quaisquer teorias gerais (universais) tendo como substrato a experiência de coisas particulares (CARVALHO, 2017, p. 20). 
Sobre o segundo problema, Popper aufere sobre o equívoco cometido por Hume no ato de: “atribuir aos humanos o uso recorrente de procedimentos indutivos” (CARVALHO, 2017, 21), como também por Hume vislumbrar o processo indutivo (que se dá pelo hábito) como algo inevitável e sempre presente na natureza humana, colocando tal até mesmo como guia mesmo do homem. 
Assim, mesmo sendo anuente na negação da indução (i.e., a despeito de sua perspectiva lógica), discorda de Hume acerca da resolução psicológica, este que aufere que: “Todas as inferências tiradas da experiência são efeitos do costume e não do raciocínio” (CARVALHO, 2017, p. 20 apud HUME, 1999, p. 62-63). 
Dessa forma, da proposição Humeana, de que não se pode ter arguição racional sobre a indução (e isso anelo a atribuição supracitada), decorre que de tal acepção, que grande parte das teorias científicas que são (compostos) amiúde enunciados gerais [i.e., as leis – que são tidas como verdadeiras enquanto não houver uma teoria/hipótese melhor], e ainda mais a própria ciência: “não está racionalmente justificada” (CARVALHO, loc, cit). No entanto, tal cousa é para Popper inadmissível.
Consequentemente, o autor fala que Popper rejeita os que colocam na ciência ou tomam como fulcro a concepção indutivista. Recusa esse modo de conhecer porque não é congênere ao método da lógica dedutiva, como também, devido às consequências que aquele método pode trazer para a ciência. Dessa forma, o autor ilustra tal proposição com um exemplo famoso do Popper, a saber: de que mesmo que se antolhe tantos quantos possíveis cisnes brancos, isso jamais provará que “todos os cisnes são brancos”, ou seja, não importa quantas premissas (particulares) se tenha, isso não pode ser prova de verdade (CARVALHO, 2017, p. 22).
Em seguida, o autor apresenta o critério de falseabilidade (esse conceito é sumário no que tange a resolução do PD em Popper), ou seja, a refutação por meio da experiência, de modo que: como não podemos de forma completa verificar determinada teoria geral, ao menos podemos por via de contraexemplos mostrar que uma teoria é falseável (CARVALHO, 2017, p. 23), quer dizer, é possível fazer uma demarcação da cientificidade e da não cientificidade de uma hipótese.
A ulterior, Carvalho elucubra – enquanto Popper em sua juventude faz uma crítica às pseudociências, na sua Lógica, sua posição ganha outro contorno, sendo em vista: “aos seus interlocutores imediatos” (CARVALHO, 2017, p. 24), ou seja, ao círculo de Viena e a Wittgenstein.
Sobre a Crítica de Popper a esses autores, Carvalho se concentra em dois nomes do círculo de Viena, Carnap e Schlick (vale salientar que não labora assiduamentesobre a crítica de Popper a Wittgenstein). Dessa forma, Carvalho aufere que aqueles partem de uma questão linguística, enquanto que o PD apresentado por Popper tem alicerces metodológicos (CARVALHO, 2017, p. 25).
Na sequência, discorre sobre o critério de verificabilidade apresentado pelos membros da escola de Viena, em que em Carnap, os conhecimentos como: a metafísica, a teologia (não verificáveis), são antolhados como algo sem significado (CARVALHO, 2017, p. 26). Dessa forma, sobre a significatividade de um enunciado assere: “Se o enunciado expressa um estado de coisa, então é significativo para todos os eventos” (CARVALHO, 2017, p. 27 apud CARNAP, 1961, p. 156-157). Logo, é verificável. 
Já Schlick, estabelece o critério supracitado, ao proferir que uma proposição só tem significado caso seja possível afirmar quais condições a tornam falsa ou verdadeira (as condições de verificabilidade), em outras palavras – caso não se possa afirmar quais condições tornam determinada cousa verdadeira (não descrevendo-as): “é absolutamente impossível assinalar o sentido de uma afirmação” (CARVALHO, 2017, p. 27 apud SCHLICK, 1932, p. 45).
A despeito da crítica Popperiana ao neopositivismo, essa encontra-se especialmente no texto “A distinção entre ciência e metafísica”. Sobre esse texto e seu contexto, Carvalho profere que enquanto aqueles colocam-se claramente opostos na metafisica, Popper assere que somente devido a uma consonância metodológica poder-se-á delimitar metafísica e ciência, jamais pelo critério linguístico. Dessa forma, a crítica Popperiana se refere tanto nas acepções dos positivistas lógicos de que “a metafísica é sem sentido”, quanto de que a “ciência é toda significatividade”.
Em corolário, no antolhar de Popper, tais proposições: “não parece ser uma saída promissora para o PD” (CARVALHO, 2017, p. 28), como também de que o critério daqueles sobre a não significatividade da metafísica não é translúcido, além do mais, vale recordar que amiúde muitas proposições da ciência foram anteriormente teorias metafisicas, à guisa de exemplo: o atomismo.
Para Popper, a questão da demarcação deve ser vista sobre a ótica convencionalista, ou seja, metodológica. E, se não for dessa maneia, não se poderá nominar que algo é intrinsicamente metafisico ou cientifico, em outras palavras: “não há parâmetros absolutos, a própria linguagem também é fruto de convenções, a significatividade não foge à regra” (CARVALHO, 2017, p. 29).
Nesse ponto, Carvalho assevera que o PD visto de forma ampla soçobra a embargos de morosa resolução, em que até mesmo Popper assevera ao laborar sobre a relação/demarcação entre ciência e metafisica. Por essa razão, o autor se volve à formulação do Jovem Popper, ou seja, sobre o PD em sentido restrito – referente à pseudociência e à ciência (CARVALHO, 2017, p. 30).
Conseguinte, delibera sobre Thomas Kuhn (1922-1996), este que se tornou um dos principais nomes da história da filosofia da ciência do século XX. 
Carvalho labora, primeiramente, sobre o livro de Kuhn denominado “A Estrutura das revoluções científicas”, em que o filósofo, já no início da obra critica a visão tradicionalista de história linear. Nesse sentido, tem/toma como substrato uma perspectiva histórica (em que ora há momentos de “tranquilidade” e ora de crise, de que jamais as coisas se passam progressivamente, sem ruptura), partindo por veredas diferentes das dos filósofos da ciência anteriores. Dessa forma, Kuhn não vislumbra a ciência como algo retilíneo, meramente calmo, mas que é tanto “estável” como referta de descontinuidades, de forma que ao primeiro aspecto daquela, nomina-o de ciência normal, e acerca do segundo, profere que esse diz respeito aos momentos de crise/revolução, momentos excepcionais/extraordinários (CARVALHO, 2017, p. 31-32).
Segundo Carvalho, embora Kuhn não deixe claro (na Estrutura) a quem é feita sua crítica, verbera aqueles que fazem a história da ciência se prostar: “as regras estipuladas por reflexões normativas a priori” (CARVALHO, 2017, p. 33). 
Em sequência, assere que Kuhn se coloca contra as generalizações Popperiana, à título de exemplo, a questão sobre a ação do cientista teórico/experimental proposta por Popper, sobre a qual Kuhn nomina tal proposição de: “quase um clichê” (CARVALHO, 2017, p. 33 apud KUHN, 2011a, p. 287).
Depois disso, o autor apresenta algumas das expressões que ganharam em Kuhn muita popularidade, à guisa de exemplo: ciência extraordinária, normal e paradigma. Expressões que estão anelas ou terão sumidade para a compreensão da questão da demarcação. 
Nesse sentido, Carvalho assere que Thomas Kuhn tem contribuições positivas a questão aqui estudada, visto que além de antolhar a questão do PD: “apresenta sua proposta de solução” (CARVALHO, 2017, p. 33). No entanto, antes de analisar tal contribuição, Carvalho esmiúça as expressões acima. 
Dessa forma, assere primeiramente sobre o paradigma, de que Kuhn descobriu tal acepção a partir do convívio que teve com cientistas sociais, ao vislumbrar as diferenças de sua formação em ciência natural em comparação com a dos supracitados. Assim, em decorrência da investigação sobre esse desacordo, quer dizer, da razão de tais ciências divergirem-se quanto às suas proposições basilares, resolveu nomear tais proposições de paradigma. 
Para uma definição desse conceito Kuhniano, Carvalho fundamenta-se em Okasha, este que aufere que aquele: é uma junção de teorias aceites em certa comunidade, essas que são a base para os problemas laborados pelo supracitado, e também modelo para a formação daqueles que volver-se-ão a esse modelo teórico (CARVALHO, 2017, p. 34).
Conseguinte, Carvalho coteja o paradigma com outra noção Kuhniana, a saber: a de ciência normal. Sobre a qual assere, que ao ter-se posse de determinado paradigma, mormente levar-se-á/estar-se-á em um tempo de ciência normal (em um momento de confiança e otimismo acerca dos fundamentos da comunidade), como também que é a partir daquele que determinada teoria desenvolver-se-á (CARVALHO, 2017, p. 35). Todavia, nos momentos em que surgem problemas na própria base da comunidade, o paradigma passa a ser insuficiente para responder as questões de determinado tempo. De forma que, é nesse contexto que aparece a expressão nominada por Kuhn de ciência extraordinária, esta que tenta resolver os problemas (anômalos) que o paradigma (ciência normal) não conseguiu responder. 
Nesse momento, a ciência extraordinária aparece, isto é, em momentos de crise são propostas novas teorias como tentativa de superar/resolver o paradigma, tornando-se doravante novos paradigmas. Essas expressões, inclusive, são per si uma crítica a ideia de ciência retilínea, acentuando a visão Kuhniana de que o conhecimento não é algo meramente progressivo, mas que há: “um tipo de progresso não cumulativo” (CARVALHO, 2017, p. 36).
Doravante, especificamente sobre o PD em Kuhn, Carvalho profere que essa questão foi adimplida por aquele explicadamente no texto “Logica da descoberta ou psicologia da pesquisa?”. E que é nesse artigo que é possível antolhar claramente as diferenças e semelhanças entre Kuhn e Popper acerca do PD (CARVALHO, 2017, p. 37).
Ao cotejar sobre a relação entre a ciência normal e o PD – o autor delibera sobre a primeira, ao auferir que para Kuhn, a ciência normal não se volve amiúde (nunca necessariamente) a novidades, no sentido de que é somente dentro do paradigma (nos problemas que esse tenta resolver), anelo a comunidade científica, ou que é na hegemonia desse que as (os) estudiosas (estudiosos) permanecem/estão acerca das deliberações com um certo otimismo, estando em um tempo de certo consenso, como também é nesse período (de ciência normal) que se tem a divisão (que é possível demarcar) entre: “ciência e não-ciência” (CARVALHO, 2017, p. 38-39). 
Posteriormente, Thomas Kuhn profere que é nos problemas típicos dos momentos de ciência normal, na parte da ciência ignorada por Popper (muito embora Popper negue que ignorou tal cousa), onde podemos encontrar uma característica demarcativa. No entanto,Kuhn elucida que muito embora seja possível encontrar um critério de distinção (caso esse exista) nesse período, assevera de: “não devemos procurar um que seja claro ou definito” (CARVALHO, 2017, p. 39). E, vale recordar que acepção congênere se encontra em Popper (CARVALHO, 2017, p. 30 apud POPPER, 1987, p. 177).
Subsequentemente, Carvalho coteja ambos os autores, ao elucubrar que o próprio Thomas Kuhn aufere que tanto si mesmo quanto Popper rejeitam a proposição de ciência enquanto progresso gradual (sem crise), como também que ambos os filósofos concordam na acepção de que há nos tempos de crise/revolução/extraordinário a substituição de uma teoria por outra, como também sobre serem opositores ao positivismo logico (a algumas de suas expressões).
Todavia, segundo Carvalho, os autores divergem, porque Kuhn volver-se-á a historicidade cientifica (ao tempo de ciência normal), enquanto Popper debruçar-se-á sobre os tempos de revolução, de crise, de modo que segundo Carvalho: “o critério de falseabilidade funciona em sua plenitude apenas em situação de crise, na prática da ciência extraordinária” (CARVALHO, 2017, p. 40).
Popper, em relação a acusação Kuhniana (supracitada) de que em vista da ciência extraordinária negligenciou a normal, assere que, essa existe, mas que é na verdade dogmática, não crítica, e de que os seguidores da supracitada só aceitam uma nova proposição quando toda a comunidade já aceitou, de modo que diz que tais pessoas são de: “ter pena” (CARVALHO, 2017, p. 41 apud POPPER, 1979, p. 64-65).
Assim, vemos o delinear de que em Kuhn há o volver a um teórico de expressão aproximadamente dogmática, este que está aferrado no paradigma, e em Popper que antolha o cientista dogmático como alguém que não é digno de atenção (CARVALHO, 2017, p. 42).
Alfim, Carvalho conclui ao falar sobre a sumidade de que adimpliu ao laborar sobre a genial apresentação do Jovem Popper sobre o PD (a distinção entre ciência e não ciência/pseudociência), ou ao trazer para a questão uma perspectiva historicista, ou seja, a visão Kuhniana de que é possível “resolver” (mas jamais de forma totalizante – em razão da aporia que é a busca por encontrar um critério de demarcação definitivo, se é que tal cousa existe) o PD em tempos de ciência normal, de paradigma.

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