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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE COLINAS - CESCO DEPARTAMENTO ENFERMAGEM BACHARELADO VIVIAN NÁTHALY OLIVEIRA CARVALHO PLANO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM: paciente com AVE isquêmico e COVID-19 positivo COLINAS - MA 2021 VIVIAN NÁTHALY OLIVEIRA CARVALHO PLANO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM: paciente com AVE isquêmico e COVID-19 positivo Trabalho de teor acadêmico apresentado à disciplina de Enfermagem na Saúde do Adulto e do Idoso do curso de Enfermagem Bacharelado do Centro de Estudos Superiores de Colinas – CESCO da Universidade Estadual do Maranhão - UEMA, como requisito para obtenção de nota, tendo como Prof. Me. Beatriz Mourão. COLINAS - MA 2021 1 CASO CLÍNICO M.L.A, sexo masculino, 68 anos, hipertenso, em uso de Enalapril, nega tabagismo e etilismo. Paciente, após síncope em via pública, iniciou quadro de dificuldade de deambulação e desvio da comissura labial, sendo encaminhado para o Hospital Estadual Central (HEC). Ao exame físico, se apresentou afebril, eupneico, com saturação de O2 normal em ar ambiente, presença de murmúrio vesicular fisiológico sem ruídos adventícios, ritmo cardíaco regular em dois tempos sem sopro, pressão arterial elevada (150/70mmHg) e diurese presente. O exame neurológico constatou Glasgow 15, paralisia facial central esquerda, hemiparesia esquerda grupo IV, hemihipoparesia à esquerda e disartria leve, indicando NIHSS 6 (4.2, 5A.1; 6A. 1, 8.1, 10.1). No 6º dia de internação testou positivo para COVID-19 apresentando pico febril de 38ºC. Após a investigação do AVCi em uso de AAS, Sinvastatina, Alopurinol, Anlodipina, Atenolol e Fenitoína, procedeu em internação por conta do quadro de COVID-19. 2 DIAGNÓSTICOS, INTERVENÇÕES E RESULTADOS DE ENFERMAGEM 2.1 Diagnóstico de enfermagem (NANDA-I): Risco de quedas (Domínio 11 – Segurança/proteção) Código do diagnóstico: 00155 Definição: Suscetibilidade aumentada a quedas que pode causar dano físico e comprometer a saúde. Fatores de risco (fisiológicos): Dificuldades na marcha; mobilidade prejudicada; redução da força em extremidade inferior, alteração na glicemia sanguínea. Condições associadas: Alteração na função cognitiva; equilíbrio prejudicado; uso de dispositivo auxiliar, doença aguda. 2.1.1 Intervenções de enfermagem (NIC): Prevenção contra QUEDAS (6490) AÇÕES Identificar déficits cognitivos ou físicos do paciente, capazes de aumentar o potencial de quedas em determinado ambiente. Identificar comportamentos e fatores que afetem o risco de quedas. Identificar características ambientais capazes de aumentar o potencial de quedas (p. ex., chão escorregadio e escadas sem proteção). Monitorar o modo de andar, o equilíbrio e o nível de fadiga com a deambulação. Partilhar com o paciente as observações sobre o modo de andar e de movimentar-se. Auxiliar a pessoa sem firmeza na deambulação. Providenciar dispositivos auxiliares (p. ex., bengala e andador) para deixar o andar mais firme. Manter em boas condições de uso os dispositivos auxiliares. Orientar o paciente a chamar ajuda para movimentar-se, conforme apropriado. Ensinar ao paciente formas de cair para minimizar lesões. Monitorar a capacidade de transferir-se da cama para a cadeira e vice-versa. Usar laterais da cama com comprimento e altura adequados para evitar quedas se necessário. Educar os familiares sobre fatores de risco que contribuam para quedas e a forma de reduzir esses riscos. Auxiliar a família a identificar perigos em casa e a modificá-los. Sugerir calçados seguros. 2.1.2 Resultados de enfermagem (NOC): Conhecimento: Prevenção de Quedas (1828) INDICADORES 182801 – Uso correto dos dispositivos de assistência 182803 – Calçado adequado 182804 – Uso correto de barras de apoio 182807 – Uso correto da iluminação do ambiente 182808 – Quando solicitar assistência pessoal 182809 – Uso de procedimentos seguros de transferência 182810 - Razões para restrições 182812 – Medicamentos prescritos que aumentam o risco de quedas 182816 – Medicamentos não prescritos que aumentam o risco de quedas 182814 – Doenças agudas que aumentam o risco de quedas 182815 – Mudanças na pressão arterial que aumentam o risco de quedas 182817 – Estratégias para caminhar de forma segura 182818 – Importância de manter a passagem livre Ver pontuação na Escala Likert METAS Deambular sem auxílio Se deslocar sozinho e sem auxílio de um ambiente para outro Paciente/família conscientes quanto aos riscos e prevenção de quedas Paciente/família saber a importância do calçado com fricção Paciente/família compreender todas as orientações Saber usar corretamente muletas, andador, bengala, prótese Facilidade em exercer movimentos ativos Paciente adaptado às suas limitações Paciente compreender a importância de não se automedicar 2.2 Diagnóstico de enfermagem (NANDA-I): Mobilidade física prejudicada (Domínio 4 – Atividade/repouso) Código do diagnóstico: 00085 Definição: limitação no movimento independente e voluntário do corpo ou de uma ou mais extremidades. Características definidoras: alteração na marcha; instabilidade postural; redução na amplitude de movimentos. Fatores relacionados: controle muscular diminuído; falta de condionamento físico; força muscular diminuída; e resistência dimuída. Condições associadas: alteração na função cognitiva e prejuízo neuromuscular. 2.2.1 Intervenções de enfermagem (NIC): controle do AMBIENTE: segurança (6486) AÇÕES Identificar as necessidades de segurança do paciente com base no nível de capacidade física e cognitiva e no histórico comportamental anterior. Identificar perigos à segurança no ambiente (i.e., físicos, biológicos e químicos). Remover os perigos do ambiente, quando possível. Modificar o ambiente para minimizar perigos e riscos. Providenciar dispositivos de adaptação (p. Ex., escadinha com degraus e corrimãos) de modo a aumentar a segurança no ambiente. Usar dispositivos protetores (p. Ex., contenção, laterais da cama, tranca em portas, cercas e portões) para limitar, fisicamente, a mobilidade ou o acesso a situações prejudiciais. Monitorar o ambiente quanto a mudanças na condição de segurança. 2.2.2 Resultados de enfermagem (NOC): Mobilidade (0208) INDICADORES 020801 – Equlíbrio 020809 – Coordenação 020802 – Desempenho de posicionamento 020805 – Desempenho de transferência 020806 – Andar 020814 – Movimentos realizados com facildiade Ver pontuação na Escala Likert METAS Paciente conseguir manter equílibrio; Paciente conseguir manter coordenação; Desempenho no posicionamento do corpo; Desempenho de transferência; Deambular sem auxílio; Movimentar-se com facilidade. 2.3 Diagnóstico de enfermagem (NANDA-I): Risco de glicemia instável (Domínio 2 – nutrição) Código do diagnóstico: 00179 Fatores de risco: conhecimento insuficiente sobre o controle da doença; controle insufiente do diabetes; monitoração inadequada da glicemia; e falta de adesão ao plano de controle de diabetes. População em risco: estado de saúde física comprometido. 2.3.1 Intervenções em enfermagem (NIC): Controle da HIPERGLICEMIA (2120) AÇÕES Monitorar os níveis de glicose sanguínea conforme indicação; Monitorar o aparecimento de sinais e sintomas de hiperglicemia: poliúria, polidpsia, polifagia, fraqueza, letargia, mal-estar, embaçamento visual e cefaleia. Consultar o médico diante de sinais e sintomas de hiperglicemia persistentes ou mostrando piora. Identificar a possível causa da hiperglicemia. Encorajar o automonitoramento dos níveis de glicose sanguínea. Auxiliar o paciente a interpretar os níveis de glicose sanguínea. Facilitar a adesão ao regime alimentar e de exercícios. 2.3.2 Resultados de enfermagem (NOC): Gravidade da Hiperglicemia (2111) INDICADORES 211104 – Mal-estar 211105 – Fadiga 211106 – Cefaleia 211114 – Distúrbios eletrolíticos 211117 – Glicose sanguínea elevada 211118 – A1C (hemoglobina glicada) elevada Ver pontuação na Escala Likert METAS Controle dos sinais e sintomasda hiperglicemia; Adesão do paciente ao tratamento da Diabetes Mellitus; Melhorar a qualidade de vida do paciente mantendo os níveis de glicemia adequados; Promover a saúde para evitar complicações da cronicidade da doença; Participação da família no monitoramento diário dos níveis de glicemia. 2.4 Diagnóstico de enfermagem (NANDA-I): Fadiga (Domínio 4 – Atividade/repouso) Código de enfermagem: 00093 Definição: sensação opressiva e prolongada de exaustão e capacidade diminuída de realizar trabalho físico e mental no nível habitual. Características definidoras: aumento da necessidade de descanso; e aumento dos sintomas físicos. Fatores relacionados: falta de condionamento físico. 2.4.1 Intervenções de enfermagem (NIC): Controle de ENERGIA (0180) AÇÕES Usar instrumentos válidos para medir a fadiga, se indicado. Determinar a percepção das causas da fadiga pelo paciente. Determinar quais atividades e quanto são necessárias para desenvolver a resistência Monitorar a ingestão nutricional para garantir recursos energéticos adequados. Negociar horários desejáveis para as refeições que possam ou não coincidir com os horários hospitalares padronizados. Monitorar a resposta cardiorrespiratória à atividade (p. ex., taquicardia, outras disritmias, dispneia, sudorese, palidez, pressões hemodinâmicas, frequência respiratória). Reduzir desconfortos físicos capazes de afetar a função cognitiva e o automonitoramento/regulação das atividades. Levar em consideração a possibilidade de comunicação eletrônica (p. ex., e-mail ou mensagens instantâneas) para manter contato com amigos quando as visitas não forem praticáveis ou aconselhadas. Auxiliar nas atividades físicas regulares (p. ex., deambulação, transferências, mudança de decúbito e cuidado pessoal), se necessário. Monitorar a resposta do oxigênio do paciente (p. ex., frequência de pulsos, ritmo cardíaco, frequência respiratória) para o autocuidado ou atividades de enfermagem. Orientar o paciente/pessoa significativa quanto ao reconhecimento de sinais e sintomas de fadiga que exijam redução da atividade. 2.4.2 Resultados de enfermagem (NOC): Nível de Fadiga (0007) INDICADORES 000701 – Exaustão 000713 - Mal-estar após esforço 000724 – Saturação de oxigênio 000727 – Função neurológica Ver pontuação na Escala Likert METAS Restauração da energia; Redução de mal-estar após esforço condicionado; Orientar o paciente a ficar em posição de prona para melhorar a saturação de oxigênio; 2.5 Diagnóstico de enfermagem (NANDA-I): Deambulação prejudicada (Domínio 4 – Atividade/repouso) Código do diagnóstico: 00088 Definição: limitação do movimento de andar no ambiente de forma independente. Características definidoras: capacidade prejudicada de andar em superfícies irregulares; capacidade prejudicada de subir e decer de calçadas (meio-fio); e capacidade prejudicada de subir escadas. Fatores relacionados: falta de condionamento físico; força muscular insuficiente; e resistência diminuída. Condições associadas: alteração na função cognitiva; equilíbrio prejudicado; prejuízo neuromuscular. 2.5.1 Intervenções de enfermagem (NIC): Assistência no AUTOCUIDADO: transferência (1806) AÇÕES Determinar a capacidade atual do paciente para transferir-se (p. ex., nível de mobilidade, limitações aos movimentos, resistência, capacidade para ficar de pé e suportar o peso, instabilidade médica ou ortopédica, nível de consciência, capacidade de cooperar, capacidade para compreender instruções). Selecionar a técnica de transferência adequada ao paciente. Orientar o paciente sobre todas as técnicas apropriadas, almejando atingir o maior nível de independência. Orientar o indivíduo sobre técnicas de transferência de uma área a outra (p. ex., do leito à cadeira, da cadeira de rodas a automóvel). Orientar o indivíduo quanto ao uso de auxiliares da deambulação (p. ex., muletas, cadeira de rodas, andadores, barras de trapézio, bengala). Identificar os métodos de prevenção de lesão durante transferências. Auxiliar o paciente no recebimento de todo o atendimento necessário (p. ex., higiene pessoal, coleta dos pertences) antes de realizar a transferência, conforme apropriado. Auxiliar o paciente a deambular usando o corpo como muleta humana, conforme apropriado. Avaliar o paciente ao término da transferência quanto ao alinhamento corporal correto, não oclusão de sondas e drenos, roupa de cama com rugas e dobras, pele desnecessariamente exposta, nível de conforto adequado para o paciente, laterais da cama levantadas e campainha ao alcance da mão. 2.5.2 Resultados de enfermagem (NOC): Locomoção: caminhar (0200) INDICADORES 020001 – Suporta o próprio peso 020002 – Caminha com marcha eficaz 020003 – Caminha em ritmo lento 020014 – Caminhadas pelo quarto 020015 – Caminha pela casa 020016 – Adapta-se a superfícies de diferentes texturas 020017 – Contorna obstáculos Ver pontuação na Escala Likert METAS Paciente conseguir sentar-se na cadeira sem auxílio; Deambular no ambiente sem auxílio; Acelerar a marcha; Marcha coordenada. 2.6 Diagnóstico de enfermagem (NANDA-I): Risco de síndrome do idoso frágil (Domínio 1 – Promoção da saúde) Código do diagnóstico: 00231 Definição: suscetibilidade a estado dinâmico de equilíbrio instável que afeta o idoso que passa por deterioração em um ou mais domínios de saúde (físico, funcional, psicológico ou social) e leva ao aumento da suscetibilidade a efeitos de saúde adversos, em particular a incapacidade. Fatores de risco: equilíbrio prejudicado; estilo de vida sedentário; força muscular diminuída; mobilidade prejudicada. Condições associadas: alteração na função cognitiva; caminhada de 4 metros requer > 5 segundos. 2.6.1 Intervenções de enfermagem (NIC): Controle do AMBIENTE: segurança (6486) AÇÕES Identificar perigos à segurança no ambiente (i.e., físicos, biológicos e químicos). Remover os perigos do ambiente, quando possível. Modificar o ambiente para minimizar perigos e riscos. Dar ao paciente os telefones de emergência (p. ex., polícia, secretaria de saúde local e centro de controle toxicológico). Monitorar o ambiente quanto a mudanças na condição de segurança. 2.6.2 Resultados de enfermagem (NOC): Mobilidade (0208) INDICADORES 020801 – Equlíbrio 020809 – Coordenação 020802 – Desempenho de posicionamento 020805 – Desempenho de transferência 020806 – Andar 020814 – Movimentos realizados com facildiade Ver pontuação na Escala Likert METAS Paciente conseguir manter equílibrio; Paciente conseguir manter coordenação; Desempenho no posicionamento do corpo; Desempenho de transferência; Deambular sem auxílio; Movimentar-se com facilidade. Não fazer uso de grades no leito; 2.7 Diagnóstico de enfermagem: Comunicação verbal prejudicada (Domínio 5 – Percepção/cognição) Código do diagnóstico: 00051 Definição: capacidade diminuída, retardada ou ausente para receber, processar, transmitir e/ou usar um sistema de símbolos. Características definidoras: ausência de contato visual; dificuldade em manter a comunicação; dificuldade para falar; fala arrastada. Fatores relacionados: vulnerabilidade. Condições associadas: prejuízo no sistema nervoso central. 2.7.1 Intervenções de enfermagem (NIC): Melhora da COMUNICAÇÃO: déficit da fala (4976) AÇÕES Solicitar o auxílio da família para entender a fala do paciente, conforme apropriado. Permitir que o paciente ouça a linguagem falada com frequência, conforme apropriado. Dar uma instrução simples a cada vez, conforme apropriado. Usar palavras simples e frases curtas, conforme apropriado. Ensinar a fala esofágica, conforme apropriado. Orientar o paciente e a família sobre o uso de aparelhos para falar (p. ex., prótese traqueoesofágica e laringe artificial). Encorajar o paciente a repetir as palavras. 2.7.2 Resultados de enfermagem (NOC): Comunicação (0902) INDICADORES 090202 – Uso da linguagem falada 090208 – Troca de mensagens com outros, de forma precisa Ver pontuação na EscalaLikert METAS Conseguir se comunicar verbalmente, uma vez que perdida a voz, liguagem não verbal; Aprender a usar a voz esofágica. REFERÊNCIAS BULECHEK, G. M., BUTCHER, H. K., DOCHTERMAN, J. M., WAGNER, C. Nursing Interventions Classification (NIC). 6th ed. Missouri: Elsevier, 2013. HERDMAN, T.H.; KAMITSURU, S. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: definições e classificação 2018-2020/[NANDA International]. 10 ed. Porto Alegre: Artmed, 2018. MOORHEAD, S., JOHNSON, M., MAAS, M., SWANSON, E. Classificação dos Resultados de Enfermagem: mensuração dos resultados em saúde. 5ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
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