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Schistosoma mansoni - esquistossomose 1 Schistosoma mansoni - esquistossomose Nomenclatura científica Família: Schistosomatidae Espécie: Schistosoma mansoni Hospedeiro definitivo: Homem, macaco, cão, bovino entre outros. Morfologia → Macho mede 10mm de comprimento e a fêmea 14mm e vivem acasalados (em torno de 6 anos). → Fêmea dentro do canal ginecóforo do macho. Formas Evolutivas Ciclo de vida: Ovo → Miracídio → Esporocisto → Cercária → Esquistossômulo → Vermes adultos → Ovo Ovo Determinadas espécies de trematódeos, o ovo já possui o miracídio no seu interior no momento da oviposição é denominado ovo embrionado. → Apresentam um espículo lateral → formato oval → cor castanho claro ao amarelado → Membrana dupla. → 300 ovos dia Cercária (500µm) → Cauda longa e bifurcada → Glândulas de penetração → Ritmo circadiano Esquistossômulo → Larva alongada → Penetra em um vaso sanguíneo 🡪 coração e pulmões 🡪 Sistema porta-hepático Transmissão → Penetração das cercárias na pele e mucosas do homem. → As cercárias estão em maior quantidade/atividade na água no horário entre 10 a 16 horas(luz solar e calor mais intenso). Schistosoma mansoni - esquistossomose 2 Ciclo biológico Hospedeiro intermediário: Molusco aquático Biomplalaria sp. → Molusco da água doce - planorbídeo -, (caramujo ou caracol). a concha em espiral com as voltas ou giros no mesmo plano, recebendo por isso a denominação de planorbídeo. → Biomphalaria glabrata pode eliminar 1000 a 3000 cercárias por dia e mais de 100.000 durante a vida. → O hábitat de para colonização é de microflora rica em matéria orgânica, boa insolação, temperatura média da água entre 20°C e 26°C, pH neutro tendendo a alcalino, pouca turbidez e com leito raso. → Melhor horário: 10 as 16 h → Nasce do ovo, do qual sai larva chamada miracídio, que penetra num caramujo hospedeiro. → Do caramujo saem milhares de cercárias que penetram no homem e se transformam em vermes adultos. Habitat Vivem dentro de pequenas veias do intestino e do fígado do homem Epidemiologia → Conhecido: xistosa; doença do caramujo; barriga d'água; xistossomose. → Infecção denominada esquistossomose mansônica → 200 milhões de casos em todo o mundo → Endêmica em várias regiões tropicais e subtropicais → Estimativas de mais de 200.000 mortes por ano → No Brasil, provavelmente trazido da costa ocidental da África para a região nordeste do país com o tráfico de escravos e a inadequada exploração dos recursos hídricos Patogenia → Lembrando que ataca, principalmente, o fígado e intestinos Patogenia depende de vários fatores: → Carga parasitária → Idade → Estado nutricional → Resposta imunitária → Manifestações devido ações parasitárias das cercárias (exantema, processo inflamatório) Schistosoma mansoni - esquistossomose 3 Vermes adultos: mortes de alguns (obstrução embólica do vaso e reação inflamatória/fígado), Ovos (granulomas) causam cicatrizes fibrosas no fígado constituindo: hepatoesplenomegalia, lesões cardiopulmonares) → A formação do granuloma em resposta a deposição de ovos nos tecidos do hospedeiro → A secreção de antígenos do ovo do parasito muda o perfil da resposta imunológica → aumento de produção de citocinas → Pode provocar fibrose sistematizada dos espaços porta; lesões destrutivas e obstrutivas do sistema da veia porta intra-hepático → forma hepatoesplênica da esquistossomose → Reações (lesões) granulomatosas são as principais responsáveis pelas variações clínicas e complicações digestivas e circulatórias → Espoliam glicose e ferro Manifestações clínicas Dividida em fases: Fase aguda → Manifestações cutâneas (urticárias/reação alérgica) → Febre → Eosinofilia Intestinal → ovos nas fezes cerca de 6 semanas após infecção → Fezes pastosas ou diarreia, pode conter muco e sangue → Dores abdominais, febre, cefaléia Hepatointestinal → sintomas intestinais → dor no fígado → hepatomegalia → lesões hepáticas Hepatoesplênica compesada: → má digestão → emagrecimento → hepatomegalia, hemorragias (varizes esofagogástricas) → fezes melena → anemia Schistosoma mansoni - esquistossomose 4 Hepatoesplênica descompesada: → hemorragias → ascite → insuficiência hepática severa → esplenomegalia Forma cardiopulmonar: → tosse seca ou com secreção → febre → broncopneumonia → insuficiência cardíaca Diagnóstico → Demonstração direta dos ovos do parasita nas fezes e em fragmentos de mucosa retal (biópsia retal) ou tecidos do paciente → Exames de fezes Outros métodos laboratoriais: → IFI → ELISA Tratamento 1) Oxammquina ( 15 a 20 mg / Kg) Age nas formas adultas. 2) Prazinquantel (40 a 65 mg /kg) Controle de cura → EPF 1 a cada 2 meses (total de 6) → Indicador EPF/negativo mais de 4 meses → Ausência dos ovos (inibição temporária da oviposição, fêmeas intoxicadas) → Nas doses usuais os medicamentos são geralmente inativos contra larvas (pacientes reinfectados pouco antes do tratamento estas formas podem escapar,reiniciando a eliminação de ovos) Profilaxia → baseia-se em medidas de saneamento e combate ao planorbídeo, no tratamento dos doentes e proteção do homem são Medidas de controle da endemia devem ser tomadas: Pelos órgãos competentes - implantação e tratamento adequado de esgotos sanitários - aterros, drenagens e retificação de valas e córregos - controle periódico de valas de irrigação e barragens - limpeza e retirada da vegetação das margens de coleções hídricas Schistosoma mansoni - esquistossomose 5 Pela população - construir e usar fossa sanitárias - utilizar a água não contaminada para fim doméstico (ferver a água) - evitar banhos, pescaria, natação e lavagem de roupa em rios, lagoas, córregos e outras coleções de água Utilizar equipamentos de proteção: → Luvas → Botas de borracha no trabalho em contato com água suspeita/contaminadas - retirar a vegetação e limpar as margens de coleções de águas → Impedir o lançamento de dejetos humanos em coleções de água - divulgar as medidas de prevenção junto aos seus grupos sociais - organizar grupos para obtenção de medidas de controle do meio ambiente. Nathália Farias @medicinathy
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