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Resumo Aula 2

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Técnicas Cirúrgicas e Anestesiologia Aplicadas à Medicina Veterinária 
Introdução à Técnica Cirúrgica 
História da Cirurgia 
Fase Empírica 
 Primeiro registro de procedimento cirúrgico na história: Trepanação; 
 400a.C: Hipócrates já delineava o pensamento cirúrgico; 
 Século I a.C: Aurelio Cornelio Celso e o livro “De Medicina”; 
 Século II d.C: Doutrinas de Galeno; 
 Renascimento: iluminou-se a arte de operar; 
 Século XVI: Andreas Vesalius, pai da anatomia moderna; 
 Século XVI: Ambróise Paré e a cátedra cirúrgica; 
 Século XVII: criação do método anatomoclínico; 
 Condições higiênicas precárias: alto índice de infecção e mortalidade (40 a 60%); 
 Quatro problemas a resolver: 
1. Dor (anestesia apenas em 1846); 
2. Hemorragia; 
3. Infecção (antissepsia em 1827); 
4. Choque; 
Fase Técnica 
 Século XIX: dois acontecimentos fundamentais 
1. Antissepsia; 
2. Anestesia; 
 1827: Joseph Lister, cirurgia antisséptica; 
 Louis Pasteur: teoria microbiana da fermentação e putrefação; 
 1846: cirurgia com anestesia geral, éter como inalante anestésico; 
 1847: clorofórmio; 
Fase Fisiológica 
 Preocupação com alterações fisiológicas e metabólicas do organismo; 
 Desenvolvimento de: 
 Antimicrobianos; 
 Equilíbrio hidroeletrolítico; 
 Radiologia; 
 Cirurgias torácicas, neurológicas e microscópicas; 
Fase Bioquímica 
 Observação microscópica das células, permitindo estudos do seu metabolismo; 
Fase dos Transplantes 
 Autógenos; 
 Alógenos; 
 Xenógenos; 
 Células tronco; 
Conceitos 
Cirurgião: 
 Responsável pela cirurgia; 
 Vocação para tal ato; 
 Equilíbrio psicoemocional; 
 Consciência do ponto limite da atuação; 
 Habilidade manual e instrumental; 
 Arrojado, prudente, honesto, disciplinado, responsável, convicto; 
Técnica Cirúrgica 
 Conjunto de manobras da arte operatória; 
 Sequência de movimentos harmônicos executados, manualmente ou com instrumentos, na realização de determinado 
ato operatório (diagnóstico ou terapêutico), com pleno conhecimento anatômico e funcional da região a ser operada. 
Divisão da Cirurgia 
Técnica Cirúrgica 
 Técnica propriamente dita; 
 Tática ou estratégia cirúrgica; 
Patologia Cirúrgica 
 Geral; 
 Regional (ex.: membro anterior); 
 Sistemático (ex.: sistema digestivo); 
 Especial (ex.: plástica); 
Clínica Cirúrgica 
 Semiologia cirúrgica (diagnóstico); 
 Terapêutica cirúrgica (tratamento); 
Classificação das Cirurgias 
 Com relação à perda de sangue: cruentas e incruentas; 
 Com relação à finalidade: curativas, por conveniência ou experimentais; 
 Com relação ao resultado: radicais ou paliativas; 
 Com relação à época: eletivas ou urgentes; 
 Com relação ao prognóstico: favorável e desfavorável; 
Nomenclatura 
 As manobras e os procedimentos cirúrgicos, assim como o instrumental utilizado, em cirurgia, são reconhecidos por 
denominações próprias ou termos médicos de diversas etimologias; 
 A regra mais utilizada na construção desses termos é a sufixação; 
 Agrega-se a palavra primitiva (órgão, tecido, região anatômica) ao sufixo que lhe proporcionará um novo sentido. 
 Sufixação; 
 Epônimos: 
 Gastrectomia de Billroth II 
 Piroloplastia em Y de Heineke-Mikulicz 
 Pinças hemostáticas de Kelly Kocher 
 Pinça de Halsted (“mosquito”) 
 Sinônimos: 
 Exemplos de enxerto: 
 Autólogo = autógeno (entre regiões do mesmo indivíduo); 
 Homólogo = alógeno (dois indivíduos de mesma espécie); 
 Heterólogo = xenógeno (entre duas espécies diferentes); 
 Termos híbridos: 
 Radioterapia: radium (latim) + therapéia (grego); 
 Apendicite: apendicis (latim) + itis (grego); 
 Termos para suturas: 
 
 Tabela de definições: 
Procedimento Sufixo Significado Exemplo 
Punção Centese Perfuração, picada Pericardiocentese, 
cistocentese 
Incisão Tomia Abertura Toracotomia, gastrotomia 
Sutura Rafia Fechamento ou reparação Tenorrafia 
Extirpação Ectomia Retirada Nefrectomia, esplenectomia 
Fistulação com a pele Stomia Criação de uma comunicação 
permanente entre órgão e 
pele 
Gastrostomia, colostomia 
Fistulação entre dois orgãos Stomia ou anastomose Criação de uma comunicação 
permanente entre dois 
órgãos 
Enterogastrotomia ou 
gastroenteroanastomose 
Reconstrução Plastia Remodelagem Perineoplastia 
Fixação Pexia Fixação permanente do 
órgão à cavidade 
Histeropexia, abomasopexia 
Fechamento Cleise (kleisis) Oclusão completa do lúmen Osteocleise 
Lavagem Clise (klysis) Limpeza através de enema 
ou administração de líquida 
via IV ou SC 
Enteróclise 
Fusão, Imobilização Dese Privação de movimento Artrodese 
Dissolução, Liberação Lise Liberar, eliminar, romper Pleurolise 
Detenção Stasia Fazer parar, estagnar Hemostasia 
Desenhar Grafia Obter o traçado ou desenho 
de estruturas anatômicas 
Linfografia, Angiografia 
Composição Síntese Reunir estruturas Osteossíntese 
Esmagamento Tripsia Esmagar Enterotripsia 
Fratura Clase Fragmentar Litóclase (cálculos urinários) 
Visualização Scopia Observar as estruturas 
internamente 
Broncoscopia, cistoscopia, 
astroscopia 
 
Tempos Cirúrgicos e Fundamentais 
Tempos Cirúrgicos 
 Cirurgia: integração de procedimentos; 
 Limites confundidos com: 
 Propedêutica: provê ensinamento preparatório ou introdutório, os chamados conhecimentos mínimos; 
 Diagnóstico; 
 Indicações de tratamento; 
 Avaliação clínica; 
 Cuidados de: 
 Pré-operatório; 
 Transoperatório; 
 Pós-operatório; 
Pré-operatório 
Definição: 
 Intervalo de tempo que transcorre entre a indicação da operação e o momento de inicia-la. 
Finalidade: 
 Determinar o risco operatório; 
 Determinar as táticas cirúrgicas; 
 Determinar os tratamentos a serem instituídos; 
A respeito da duração: 
 Intervenções de extrema urgência; 
 Intervenções de relativa urgência; 
 Pacientes com graves alterações funcionais; 
 Pacientes cujos órgãos funcionem satisfatoriamente; 
Etapas: 
 Avaliação Clínica: 
 Anamnese; 
 Exame físico geral e especial; 
 Exames complementares: 
 Hematológico; 
 Metabólico; 
 Parasitológico; 
 Sorológico; 
 De sistemas orgânicos; 
 Preparo de pacientes: 
 Fase de correção; 
 Dieta; 
 Preparação de pele, pelos e mucosas; 
Transoperatório 
Definição: 
 Período compreendido entre a indução anestésica e o término da intervenção cirúrgica; 
Etapas: 
 Admissão do paciente na sala cirúrgica; 
 Indução anestésica; 
 Monitoração e venóclise; 
 Posicionamento e imobilização do paciente na mesa; 
 Preparo da equipe cirúrgica; 
 Preparo do campo operatório; 
 Cirurgia propriamente dita; 
 Curativo; 
 Término da anestesia; 
 Remoção do paciente; 
Pós-operatório 
Definição: 
 Período compreendido entre o término da cirurgia e a plena recuperação clínica do paciente relativa às alterações 
determinadas pelo ato cirúrgico; 
 Não depende do estado mórbido inicial; 
 Conjunto de indicações e tratamentos determinado pelo operador após a intervenção cirúrgica; 
Etapas: 
 Imediato – 1º ao 3º dia: 
 Ambiente seco, limpo e arejado; 
 Alternar decúbito a cada 1 hora; 
 Acompanhar retorno anestésico; 
 Avaliar: 
 Movimentos respiratórios; 
 Temperatura; 
 Pulso; 
 Choque; 
 Emese; 
 Defecação e micção; 
 Dieta e hidratação; 
 Cuidados com a ferida cirúrgica; 
 Mediato ou tardio – após 3º dia: 
 Analisar possíveis complicações: 
 Por compressão; 
 Anestésicas; 
 Pulmonares; 
 Cardiovasculares; 
 Infecções; 
Tempos Fundamentais 
 Divisão das atividades cirúrgicas no transoperatório: 
 Diérese; 
 Hemostasia; 
 Síntese; 
 Exérese: considerada como tempo fundamental por alguns autores. 
Diérese 
Definição: 
 Conjunto de manobras manuais e instrumentais que visam afastar os tecidos com finalidade terapêutica; 
Manobra cirúrgica Sufixo Palavra primitiva Termo composto Significado 
Arrancamento Rexis Nervo Neurorexis Arrancamento de 
nervo 
Exérese Ectomia Baço Esplenectomia Retirada do baço 
Formação de fístula Stomia Uretra Uretrostomia Formação de fístula 
na uretra 
Fratura Clasia Osso Osteoclasia Fratura manual ou 
instrumental óssea 
Liberação de 
aderências 
Lísis Pleura Plerolísis Liberação de 
aderências da pleura 
PlásticaPlastia Pálpebras Blefaroplastia Plástica das pálpebras 
Punção Centese Rúmen Rumenocentese Punção do rúmen 
Incisão Tomia Cavidade abdominal Laparotomia Abertura da cavidade 
abdominal 
Classificação 
 Incruenta: 
 Não há perda de sangue: 
 Raio laser: incisões de córnea; 
 Eletrocautério: incide e faz hemostasia; 
 Cruenta: 
 Arrancamento: vasos, tendões, nervos; 
 Curetagem: cicatrização de feridas ulcerativas; 
 Debridamento: tecido neoformado; 
 Divulsão: afastamento de tecidos; 
 Dilatação: aumentar o diâmetro de canais e orifícios naturais ou trajetos fistulosos; 
 Escarificação: rapado de pele; 
 Exérese (ressecção): eliminação de estrutura; 
 Formação de fístula: traqueostomia; 
 Fratura: correção de eixo de ósseo; 
 Liberação de aderências: liberação do estômago da parede abdominal; 
 Punço-incisão: instrumental cortante e agudo (drenagem de abcesso); 
 Incisão: maior importância; 
 Quanto ao número: 
 Simples: incisão magistral única e sua execução se torna facilitada quando colocamos o tecido a ser incidido 
sob tensão, exemplo: 
 Incisão pré-retro-umbilical nas castrações das cadelas; 
 Combinadas: duas incisões, retas, curvas ou uma reta e uma curva, exemplo: 
 Laparotomia de machos; 
 Quanto ao eixo: 
 Longitudinais; 
 Transversais; 
 Oblíquas; 
 Quanto à direção: 
 Cranio-caudais; 
 Dorso-ventrais; 
 Latero-laterais; 
Considerações: 
1. Todas as incisões, tanto na pele como nos planos mais profundos, devem ser feitas com a lâmina do bisturi 
perpendicularmente aplicada com a finalidade de se evitar cortes biselados; 
2. Evitar incisões em tecidos que estejam fora do plano cirúrgico; 
3. A incisão deve ser feita de uma só vez, em um só tempo (magistral), a fim de evitar anfractuosidades; 
4. Incidir sem trocar a direção do corte planejado, evitando-se os cortes inúteis; 
5. Utilizar o bisturi apenas em incisões de pele e na eliminação de bridas resistentes; 
6. Nos demais planos o instrumento de incisão utilizado é a tesoura, de tal modo que devemos escolher a adequada das 
as diferentes especialidades; 
Hemostasia 
Definição: 
 Manobra manual ou instrumental utilizada pelo cirurgião parar evitar, prevenir ou sustar uma hemorragia (arterial, 
venosa ou capilar) ou impedir temporariamente a circulação em determinada área; 
Terminologia 
 Stasia: deter, parar; 
 Hemo: sangue; 
Controle de sangramento 
 Feito plano por plano; 
 Na pele: feito antes de incidir a musculatura; 
 Na musculatura: feito antes de chegar ao local desejado; 
 Hemorragia capilar: compressão manual; 
 Vasos de grosso calibre: pinçados e ligados; 
 Evitar pinçamento em massa; 
Importância do controle de hemorragias 
 Sangue atrapalha o campo operatório; 
 Choque; 
 Anoxia dos tecidos (cérebro, miocárdio); 
 Perda de sangue: defesas, infecção; 
 Retarda a cicatrização dos tecidos; 
Classificação das hemorragias 
 Externas: sangue flui diretamente para o exterior; 
 Internas: sangue acumula-se em: 
 Interstício dos tecidos: esquimose; 
 Cavidades neoformadas: hematomas; 
 Cavidades fechadas: 
 Tórax (hemotórax): rupturas do pulmão 
 Abdome: ruptura do baço 
Tipos de hemostasia 
 Temporária: 
 Compressão circular; 
 Compressão digital; 
 Compressão indireta; 
 Pinças hemostáticas; 
 Disposição e extensão das ranhuras; 
 Presença de dentes nas pontas para pinçamento; 
 Tamanhos e formatos variáveis para diferentes calibres e profundidades; 
 Halsted (ou mosquito), Kelly, Crile, Rochester, Kocher, etc.; 
 Definitiva: 
 Ligadura (laçada ou transfixada); 
 Sutura em massa; 
 Torção; 
 Obturação: oclusão da luz do vaso por substâncias exógenas; 
 Aplicação de clips metálicos; 
 Cauterização; 
 Eletrocoagulação: bisturi elétrico; 
 Termocauterização: calor; 
 Fotocoagulação: laser; 
Sutura 
Definição: 
 Conjunto de manobras manuais e instrumentais que visam, por meio de fios ou outros materiais, restabelecer a 
condição anatômica e funcional dos tecidos que foram incididos de forma voluntária ou acidental;

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