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Kamylle Magalhães – 1º semestre – Medicina - UNIFG Técnica de Medida da Pressão Arterial: > Sítios para a realização da técnica de medida de pressão arterial: Þ Realizada no membro superior (braço) e os sons auscultados na artéria braquial; Þ Em algumas situações, pode ser medida em membros inferiores também; Três sítios: - Artéria radial (pulso) - Artéria poplítea (panturrilha) - Artéria podálica (calcanhar) > Cuidados para a realização da técnica da medida da pressão arterial: Þ Verifique se o paciente está com a bexiga vazia; Þ Verifique se o paciente não se alimentou, ingeriu café ou bebida alcoólica nos últimos 30 minutos; Þ Verifique se o paciente fumou na última 1 hora; Þ Verifique se o paciente realizou atividade física intensa: caminhada, exercícios, fisioterapia nos últimos 30-60 minutos; > Escolha do manguito: > Medida da circunferência do braço: Þ Com o braço desnudo, fletido e mão na altura da cintura, meça a distância entre acrônimo e alécrano e determine o ponto médio; Þ Estenda o braço ao longo do corpo e no ponto determinado meca a circunferência do braço; • O manguito deve ser escolhido de acordo com a tabela V Diretriz Brasileira de Hipertensão; Ex: A circunferência do braço da paciente é de 31 cm portanto, o manguito adequado para ela é o adulto ou padrão; > Técnica auscultatória de medida da pressão arterial: Þ Peça ao paciente que se sente adequadamente em uma cadeira, com as pernas descruzadas, pés apoiados no chão e costas totalmente recostas no encosto da cadeira. Kamylle Magalhães – 1º semestre – Medicina - UNIFG Þ Peça para que permaneça em repouso por 5 minutos; Þ Localize a artéria braquial por meio da palpação; Þ O meio da bolsa de borracha do manguito deve ser posicionado sobre a artéria; Þ O braço do paciente deve estar apoiado, na altura do coração, entre o 3º e o 5º espaço intercostal; Þ O manguito deve ser posicionado sem folgas, cerca de 2 a 3 cm acima da fossa antecubital; Þ Localize a artéria radial e sinta o pulso: Þ Posicione seus olhos na mesma linha da coluna de mercúrio; Þ Estime por meio da palpação o valor da pressão sistólica; Þ Infle o manguito até não sentir mais o pulso radial, identifique na coluna de mercúrio o momento em que isso aconteceu, logo em seguida libere rapidamente todo o ar da bolsa; Þ Aguarde de 15 a 30 segundos para realizar a medida da pressão arterial; Þ O valor encontrado equivale à pressão sistólica estimada; Þ Coloque o estetoscópio nos ouvidos com a curvatura voltada para frente; Þ Posicione suavemente a campânula do estetoscópio sobre a artéria braquial, na fossa antecubital; Þ Infle o manguito rapidamente, de 10 em 10 mmHg, até ultrapassar de 20 a 30 mmHg o nível da pressão sistólica estimada; Þ Inicie a deflação com uma velocidade constante de 2 – 4 mmHg por segundo; Þ Determine a pressão sistólica no momento em que identificar o 1º som seguido de batidas regulares e a pressão diastólica no desaparecimento do som; Kamylle Magalhães – 1º semestre – Medicina - UNIFG Þ Continue auscultando por mais 20 – 30 mmHg para confirmar o desaparecimento do som, depois libere todo o ar da bolsa; Þ Anote os valores sem arredondamentos. *A unidade de medida da pressão arterial é milímetro de mercúrio – mmHg e deve constar de sua anotação Exemplo: 108 x 66 mmHg > Paciente em decúbito dorsal: Þ O paciente deve ser mantido em decúbito dorsal, com o braço ao nível do coração; Þ O observador deve estar sentado com olhos alinhados à coluna de mercúrio; > Paciente em posição ortostática: Þ O paciente deve ser mantido com o braço ao nível do coração; Þ O observador deve estar com olhos alinhados à coluna de mercúrio; > Artéria radial: Þ Localize o pulso radial, posicione o meio da bolsa de borracha sobre a artéria; Þ Estime a pressão sistólica; Þ Posicione a campânula do estetoscópio sobre a artéria (local onde se sente o pulso): Þ Prossiga com os passos da técnica normalmente; > Membros inferiores: Þ A medida da pressão arterial, nos membros inferiores, pode ser realizada sempre que houver impossibilidade nos membros superiores ou em caso de suspeita de doença vascular; Þ O paciente deve, preferencialmente, posicionar-se em decúbito ventral, com o manguito acoplado ao terço inferior da Kamylle Magalhães – 1º semestre – Medicina - UNIFG coxa e o estetoscópio sobre a artéria poplítea; Þ É importante ressaltar que, em condições normais, a pressão sistólica é 20 a 30 mmHg mais elevada nos membros inferiores, em relação aos membros superiores, enquanto a pressão diastólica é semelhante; Þ Na presença de algumas doenças vasculares (coarctação de aorta ou obstruções vasculares), a pressão sistólica apresenta valores menores que aqueles observados nos membros superiores; Þ > Artéria poplítea: Þ O paciente deve estar posicionado em decúbito ventral; (deitada de barriga para baixo) Þ O membro em que será realizada a aferição devera permanecer ao nível do coração; Þ O meio da bolsa de borracha deve ser posicionado sobre a artéria poplítea; Þ Deve-se estimar a pressão sistólica por meio da palpação; Þ Posicione a campânula do estetoscópio sobre a artéria (local onde se sente o pulso); Þ Prossiga com os passos da técnica normalmente; > Crianças: • A determinação da pressão arterial em crianças é recomendada como parte integrante de sua avaliação clínica. Leva em consideração seu percentil de altura, sexo e idade para a identificação dos parâmetros de normalidade; - Estão estabelecidos percentis 90 e 95 para a pressão arterial de acordo com os percentis de estatura, para ambos os sexos; - Consideram-se os valores abaixo do percentil 90 como normotensão; entre os percentis 90 e 95, como limítrofe; e iguais ou superiores ao percentil 95, como hipertensão arterial; • A largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da circunferência do braço; • A pressão diastólica deve ser determinada na fase V de Korotkoff; • O comprimento da bolsa do manguito deve envolver de 80 a 100% da circunferência do braço; • Identifique o manguito adequado ao tamanho do braço: Þ Prepare a criança para a realização do procedimento: Kamylle Magalhães – 1º semestre – Medicina - UNIFG Þ A pressão arterial da criança é determinada de acordo com a sua idade e seu percentil de altura; - MENINA 10 ANOS – altura 146 cm – p 90 PA 112 X 68 mmHg > Medida da pressão arterial em idosos: - A medida da pressão arterial no idoso requer muita atenção, pois algumas situações associadas ao enrijecimento das paredes das artérias e alterações nos baroceptores podem induzir a erros de leitura. Outra característica importante do idoso é que são mais propensos ao fenômeno da “hipertensão do avental branco”; - Assim, 4 situações chamam a atenção durante a medida da pressão arterial do idoso e merecem cuidados especiais: > hiato auscultatório; > pseudo-hipertensão; > hipertensão do avental branco; > hipotensão postural; HIATO AUSCULTATÓRIO - Consiste no desaparecimento dos sons na ausculta durante a deflação do manguito, geralmente entre a fase I e o início da fase II dos sons de korotkoff. Este fenômeno pode induzir a erros como a subestimação da pressão sistólica ou a hiperestimação da pressão diastólica; - Em estudo realizado em nosso meio com uma população de 71 idosos (idade>60), a prevalência do hiato auscultatório foi de 23%. > Para identificar a presença do hiato auscultatório deve-se antes de iniciar a medida estimar a pressão sistólica por meio da palpação. Isto ajuda a reconhecer o ponto aproximado em que a pressão sistólica será determinada, diminuindo assim a chance de subestimá-la quando da presença do hiato auscultatório; Kamylle Magalhães – 1º semestre – Medicina - UNIFG> Medida da pressão arterial em gestantes: - O controle dos níveis pressóricos durante a gestação está estabelecido em todos os protocolos de pré-natal e deve ser realizado em todas as consultas; - O período de descanso deve ser respeitado, verificar se a paciente encontra-se com a bexiga cheia, se alimentou ou fumou nos últimos 30 minutos. - A medida deve ser realizada com a paciente sentada, evitando assim a compressão da área abdominal e da veia cava inferior. Esses cuidados favorecem a padronização das medidas, a verificação da circunferência do braço e escolha do manguito adequado; - A pressão sistólica é identificada no primeiro som de Korotkoff e a pressão diastólica no V som (silêncio). Em gestantes em que o silêncio não ocorre, ou seja, a fase V é ausente, pode-se identificar o IV som ou abafamento (OMS); - As gestantes costumam apresentar uma redução nos níveis pressóricos até a 20ª semana, está queda pode chegar até 15 mmHg e está associada à importante diminuição da resistência vascular periférica, passando este período, entram em ascensão e retomam os valores pré- gravídicos do final da gravidez; Kamylle Magalhães – 1º semestre – Medicina - UNIFG AVALIAÇÃO DO PULSO > O que é o pulso? Þ O pulso é uma sensação ondular que pode ser percebida quando uma artéria periférica é comprimida sobre uma saliência óssea; Þ A contração e expansão alternada de uma artéria é resultado dos movimentos da bomba cardíaca e do fluxo de sangue impulsionado por ela; Þ À medida que o ventrículo esquerdo se contrai, impulsionando sangue pela aorta, as artérias, em resposta a esta pressão, se expandem e possibilitam o movimento do sangue. Þ PULSAÇÃO: é o nome dado às oscilações rítmicas de volume que ocorrem nas artérias, repetidas a cada ciclo cardíaco. O pulso arterial decorre da variação clínica da pressão do sangue contida no território arterial (pressão arterial). O pulso arterial periférico resulta da propagação da “onda de choque” criada na raiz da aorta devido à sístole do ventrículo esquerdo. A velocidade da onda do pulso é muito superior (cerca de 10 vezes) à velocidade linear da coluna de sangue. - Quando uma artéria é palpada, o pulso arterial é sentido como uma expansão da parede da artéria sincronizada com o batimento cardíaco. - A expansão está associada à súbita distensão da parede arterial originada pela ejeção ventricular na aorta e sua transmissão aos vasos periféricos. > Características do pulso: Þ O pulso arterial é uma onda de pressão absolutamente dependente da força de ejeção do ventrículo esquerdo, por este motivo, a avaliação do pulso arterial fornece dados relevantes sobre a função ventricular esquerda. Þ Encontrar os locais para a verificação do pulso periférico é um dos primeiros requisitos para a adequada realização do procedimento. Þ Em geral, os pulsos periféricos podem ser sentidos quando ligeiramente comprimidos sobre alguma saliência óssea Þ Avaliar o pulso periférico vai muito além de simplesmente contar o número de batimentos cardíacos por minuto. Þ Parâmetros como ritmo, estado da parede arterial, magnitude ou amplitude do pulso e tensão ou dureza da parede da artéria devem ser avaliados, e a frequência. . FREQUÊNCIA: • Conte o número de pulsações por 1 minuto completo, faça sempre uma comparação com o pulso apical; Kamylle Magalhães – 1º semestre – Medicina - UNIFG • A frequência pode variar com a idade e condições fisiológicas. Em um adulto jovem varia de 60 a 80 batimentos por minuto; Fatores que interferem: > Idade; > Sexo; > Exercícios; > Emoções; > Condições patológicas; > Temperatura corporal; Frequência: Normal: 50 a 100 bpm; Taquicardia: > 100 bpm; Bradicardia: < 50 bpm; . RITMO: • É a sequência de como as pulsações ocorrem. • RITMO REGULAR: quando ocorre em intervalos iguais; • RITMO IRREGULAR: quando ocorre em intervalos diferentes (longos ou curtos); • A irregularidade do pulso indica alteração do ritmo cardíaco (arritmia) podendo ser fisiológica ou patológica. As principais arritmias são: Arritmia sinusal: são variações de pulsação, que podem apresentar-se mais rápidas ou mais lentas e estão quase sempre relacionadas com a respiração, pois a pulsação na inspiração é mais rápida e na expiração é mais lenta. O diagnostico diferencial é feito através da comparação do pulso apical. Arritmia extrassistólica: esse tipo de arritmia é mais comum e não representa, obrigatoriamente, a presença de lesão cardíaca. O que se pode notar são falhas na sequência das pulsações, ou interrupções do batimento cardíaco, como se ocorressem bruscas paradas e retomadas do batimento; > ESTADO DA PAREDE ARTERIAL: - O estado da parede de uma artéria é de fundamental importância na percepção da pulsação. Para que isso ocorra, ela deve ter a parede lisa, sem tortuosidade e facilmente deprimível. Uma parede vascular endurecida, irregular e tortuosa indica vasculopatias, denominadas de aterosclerose. > DÉFICIT DE PULSO: - Quando o número de batimentos cardíacos é maior que o das pulsações, diz-se que há déficit de pulso, que ocorre quando algumas contrações de ventriculares são ineficazes, isto é, não impulsionam sangue para a aorta. As extra-sístoles ventriculares e a fibrilação atrial constituem as principais causas de déficit de pulso; > AMPLITUDE/MAGNITUDE: - Através da sensação captada em cada pulsação, pode-se avaliar a amplitude, ou magnitude, que esta relacionada com o grau de envelhecimento da artéria durante a sístole e seu esvaziamento durante a diástole. Quanto a amplitude, classifica-se o pulso em amplo ou magnus, mediano e pequeno, ou parvus. > TENSÃO/DUREZA: - Através da compressão progressiva da artéria, pode-se avaliar a tensão ou dureza. Se a pressão necessária para interromper as pulsações for pequena, caracteriza-se o pulso mole; se a interrupção exigir forte pressão, trata-se do pulso duro. Kamylle Magalhães – 1º semestre – Medicina - UNIFG > Sítios de verificação do pulso: - É fundamental lembrar que uma avaliação completa do pulso inclui a comparação com o pulso apical e a comparação entre os pulsos homólogos, ou seja, sempre compare os pulsos nos dois membros. - Diferenças entre eles sugerem que pode haver problemas, como obstruções, por exemplo. > Sítios de verificação do pulso periférico: PULSO TEMPORAL: Þ As artérias são facilmente localizáveis na região frontal, logo acima da arcada supraorbitária, e devem ser sentidas com as polpas digitais dos dedos indicador e médio; Pulso carotídeo: Þ As pulsações da carótida são visíveis e palpáveis medialmente aos músculos esternocleidomastoideos. Para sua palpação, deve-se colocar o polegar esquerdo (ou indicador e dedo médio) sobre a carótida direita e vice-versa, no terço inferior do músculo esternocleidomastoideos bem relaxado, aproximadamente ao nível da cartilagem cricoide. Pulso braquial: Þ Para examinar as artérias braquiais, o examinador deve ficar em pé, do lado que estiver sendo palpado, mantendo o paciente em decúbito dorsal. Desse modo, procede-se ao exame da artéria braquial direita: com a mão direita, o examinador sustenta a mão direita do paciente, ao mesmo tempo que o braço é levantado e mantido em leve flexão. A mão esquerda do examinador abarca a parte média do braço imediatamente abaixo do músculo deltoide. O polegar funciona como ponto de fixação, enquanto as pontas dos dedos médio e indicador se insinuam por baixo do bíceps até encontrar a artéria braquial. Pulso radial: Þ A artéria radial está entre apófise estiloide do rádio e o tendão dos flexores. Para senti- la, empregam-se a força da compressão até se obter impulso máximo. O polegar se fixa no dorso do punho do paciente. Oexaminador usa a mão direita para verificar o pulso da mão direito do paciente. A mão deste deve repousar no leito o na mesa do exame, em completa supinacao. Pulso femoral: Þ As artérias femorais são palpadas nas regiões inguinais, logo abaixo do ligamento de Poupart. O paciente deve permanecer em decúbito dorsal, e o examinador, sentado ou em pé, ao seu lado. Usam-se as polpas dos dedos indicador, médio e anular. A mão que palpa repousa na raiz da coxa. Kamylle Magalhães – 1º semestre – Medicina - UNIFG Esta verificação é sempre indicada em pacientes que permanecem no leito por longa duração, para se detectar obstruções em membros inferiores; é indicada também a verificação do pulso pedioso. Pulso poplíteo: Þ O pulso poplíteo é difícil de ser percebido, principalmente em pessoas obesas. Para encontrá-lo, o paciente adota o decúbito dorsal ou ventral, com a perna semifletida. Para a pulsação poplítea direita, o examinador segura com a mão esquerda a perna do paciente, enquanto o polegar da sua mão direita se aprofunda no oco poplíteo à procura das pulsações da artéria. Pulso tibial posterior: Þ O pulso tibial posterior é verificado através da artéria que se localiza imediatamente atrás do maléolo interno, sendo percebido pelas polpas digitais do indicador, médio e anular. Pulso pedioso ou dorsal do pé: Þ O pulso pedioso é apalpado, fixando-se o polegar na ponta do pé, enquanto as polpas dos dedos indicador, médio e anular procuram no dorso do pé a artéria ali situada. • A técnica de verificação do pulso é bastante simples e pode ser realizada com o paciente sentado ou deitado. Importante que o paciente permaneça em repouso por pelo menos 5 minutos. LEMBRE-SE: a higiene das mãos que deve proceder e finalizar o procedimento; > Técnica de verificação do pulso: 1º PASSO: Þ Mantenha o paciente confortável (sentado ou deitado), com o braço apoiado na cama, na mesa ou no colo e com a palma da mão voltada para cima. 2º PASSO: Þ Coloque os dedos indicador e médio sobre a artéria, fazendo leve pressão, o suficiente para sentir a pulsação, preferencialmente, na artéria radial. 3º PASSO: Þ Realize a contagem da frequência por 1 minuto completo. 4º PASSO: Þ Anote o valor encontrado no prontuário do paciente;
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