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SINAIS VITAIS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

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SINAIS VITAIS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Dados vitais:
- temperatura;
- frequência respiratória: Analisar a expansibilidade, o frêmito, a percussão e ausculta
- frequência cardíaca: Palpar os pulsos braquiais, radiais, femorais, tibiais posteriores e pediosos e
descrever suas características;
1. PRESSÃO ARTERIAL
Até os 3 anos de idade, a medida é realizada com a criança deitada nos membros superiores e em um dos
membros inferiores (técnica correta).
Após os 3 anos, a medida da pressão arterial é realizada com a criança sentada, com as costas
recostadas de maneira confortável no encosto da cadeira e o braço apoiado sob uma superfície próxima,
posicionado ao nível do coração. Caso seja necessário verificar a pressão em posição ortostática, o braço
é apoiado de modo que continue posicionado no nível do coração
Em cada consulta deverão ser realizadas, no mínimo, duas medidas da pressão arterial, com intervalo de
1 a 2 minutos entre elas. As pressões diastólicas obtidas não devem apresentar diferenças superiores a 5
mmHg
1.1 PARTICULARIDADES:
Varia de acordo com a idade
Conversar com a criança antes e durante o exame
Sinais vitais inicialmente (choro pode alterar)
Não tem ordem definida, vai de acordo com a aceitação da criança e muitas vezes inicia no colo da mãe
Oroscopia e otoscopia no final
Choro frequente: 6-8 meses até 2 anos de idade
1.2 TÉCNICA DE AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL:
As atuais recomendações considera obrigatória a medida da PA a partir dos três anos de idade,
anualmente, ou antes, em presença de antecedentes mórbidos neonatais, doenças renais ou fatores de
risco familiar, prática esta que, apesar de seus benefícios, ainda não está incorporada ao atendimento
pediátrico rotineiro
1- O tamanho do manguito é de vital importância na qualidade e validade do método, por isso, deve-se
medir a circunferência do braço a ser aferido para assegurar-se do tamanho do manguito. Em crianças, o
manguito pode envolver até 100% do braço, e sua largura pode atingir até 75% da distância entre o
acrômio e o cotovelo
2- Verificar se o manguito está desinsuflado e envolver o manguito em torno do braço, no ponto médio da
distância entre o acrômio e o olécrano, mantendo-o entre 2 a 3cm de distância de sua margem inferior até
a fossa antecubital
3- Palpar o pulso radial com a mão não dominante e medir a pulsação sem o estetoscópio para detecção
de arritmias (se estiverem presentes, os valores da pressão poderão parecer altos)
4- Com a mão dominante, fechar a saída de ar, inflando a bolsa até 70 mmHg; aumentar gradualmente a
pressão aplicada até perceber o desaparecimento do pulso, desinflar rapidamente e aguardar de 15 a 30
segundos antes de inflar novamente
5- Colocar o estetoscópio nos ouvidos
6- Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa antecubital,
evitando compressão excessiva
7- A seguir, insufle o manguito de 10 em 10 mmHg, até o nível estimado da pressão arterial e acrescente
até 20 mmHg acima do nível estimado.
8- Proceder a deflação, com velocidade constante inicial de 2 a 4 mmHg por segundo, evitando congestão
venosa e desconforto para o paciente. O nível de pressão sistólica corresponde ao momento em que o o
primeiro som reaparece, que se intensifica com aumento da velocidade de deflação
9- Determinar a pressão diastólica no desaparecimento completo dos sons, exceto em condições
especiais. Ausculta cerca de 20 a 30mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e
depois proceder à deflação rápida e completa
10- Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas, recomenda-se a elevação do braço para
normalizar mais rapidamente a estase venosa, que poderá interferir na medida tensional subsequente
Na infância e adolescência, os valores dos percentis da pressão arterial para cada faixa etária são
normalizados de acordo com o percentil da estatura. Consideram-se como pressão arterial normal valores
de medida abaixo do percentil 90, tanto para pressão sistólica como para diastólica. Valores entre os
percentis 90 e 95 são considerados na faixa normal limítrofe, valores maiores que o percentil 95, em três
determinações em ocasiões diferentes, definem hipertensão arterial.
1.3 MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL NOS MEMBROS INFERIORES:
Costuma ser usado o manguito de 18cm de largura, pois o tamanho exato do manguito para as coxas de
diferentes diâmetros ainda não foi determinado.
Em pessoas normais, a pressão sistólica nas coxas por determinação intra-arterial costuma ser 10 a 40
mmHg mais alta do que no braço, enquanto a pressão diastólica é praticamente igual
∟ TÉCNICA NA COXA:
- Colocar o manguito no terço inferior da coxa
- Colocar o paciente em decúbito ventral
- Realizar a ausculta na artéria poplítea
1.5 INTERPRETAÇÃO DAS TABELAS DE PRESSÃO ARTERIAL:
Através dos dados antropométricos, é possível obter o escore z e percentil, com base nos valores do
referencial da OMS de 2007.
- Localizar a idade da criança na primeira coluna;
- Localizar a coluna do percentil da estatura correspondente ao visto no gráfico ou a medida da estatura
em cm que mais se aproxima (percentis em verde escuro e estatura em cm logo a baixo)
- Após a aferição da pressão arterial e a obtenção da pressão sistólica e diastólica, localiza-se o valor nas
linhas que estão na coluna referente ao percentil de estatura localizado anteriormente.
- Na tabela há valores de percentis 50, 90, 95 e 95+12 mmHg → classificar a pressão arterial do paciente
de acordo com esses percentis encontrados. A classificação final será feita de acordo com o nível que for
mais elevado, quer seja da PA sistólica ou da diastólica
TABELA 1: Percentis de Pressão Arterial Sistêmica para Meninos por idade e Percentis de Estatura
(cortada - apresenta somente o 1º ano de vida)
Por medida casual, o valor de PA sistólica e diastólica encontra-se normal quando inferior ao valor do
percentil 90.
Define-se pré-hipertensão a partir de valores de PA iguais ou superiores ao percentil 90 e inferiores ao
percentil 95.
Hipertensão arterial pediátrica é definida a partir de valores de PA iguais ou superiores ao percentil 95
confirmados em 3 ocasiões subsequentes
Hipotensão é definida
A tabela de PA inclui crianças de 1 a 17 anos. Entretanto, adolescentes a partir de 13 anos já podem ter os
níveis de PA de adultos adotados
TABELA 2: Comparação da Classificação da Pressão Arterial entre as Diretrizes de 2004 e 2017
2004 2017 Alteração?
PA < P90 para sexo,
idade e altura
NORMOTENSO NORMOTENSO NÃO
PA ≥ P90 e < P95 para
sexo, idade e altura
PRÉ-HIPERTENSÃO PA ELEVADA SIM
PA ≥ P95 para sexo,
idade e altura
HIPERTENSÃO HIPERTENSÃO SIM
PA até 5 mmHg acima
do P99
HIPERTENSÃO
ESTÁGIO 1
- SIM
PA até P95 + 12 mmHg - HIPERTENSÃO
ESTÁGIO 1
SIM
PA > 5 mmHg acima do
P99
HIPERTENSÃO
ESTÁGIO 2
- SIM
PA ≥ P95 + 12 mmHg p/
sexo, idade e altura
- HIPERTENSÃO
ESTÁGIO 2
SIM
2. TEMPERATURA CORPORAL:
A temperatura corporal pode ser monitorada na axila, cavidade oral, na membrana timpânica, no reto, na
testa e na região frontal
2.1 TÉCNICA UTILIZADA PARA VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA AXILAR:
As leituras axilares não são tão acuradas como nas outras vias, mas a segurança e a facilidade de
excreção são maiores
- O procedimento deverá ser explicado ao paciente ou a seus familiares
- Deve ser medida em repouso no leito (decúbito dorsal) ou meia hora após a atividade física ter sido
interrompida e 1 hora após uma refeição
- Remova a roupa do paciente para expor totalmente a axila
- Seque completamente a axila do paciente
- Orientá-lo a fazer abdução do braço até 35 graus, posicionar o termômetro paralelamente à parede
medial da axila e encostar a sua extremidade no ápice da axila
- Orientá-lo a fazer adução do braço para fechar a cavidade axilar, flexionar o antebraço para apoiá-lo
sobre o tórax e permanecer nesta posição
Nos termômetros digitais, o tempo necessário para aferição é anunciado pelo sinal sonoro e, nos
termômetros de mercúrio, é de aproximadamente 3 a 5 minutos
Após realizar a leitura, anote no prontuário e informeao paciente ou acompanhante o resultado.
A temperatura axilar normal varia de 36,5ºC pela manhã e 37,2ºC à tarde
Após o uso, limpe bem o termômetro clássico com água e sabão e, em seguida, passe algodão com
álcool. No termômetro timpânico, basta trocar a capa protetora descartável.
- Febre: temperatura axilar > 37,8 ºC
- Hipotermia: temperatura axilar < 35,5 ºC
3. PULSO ARTERIAL:
Pulso corresponde à sensação tátil da onda de pulso. Quanto mais longe do coração o pulso for palpado,
maior será a distorção perceptível.
A avaliação dos pulsos deve constar de frequência e ritmo - informam sobre a atividade elétrica do
coração; velocidade; simetria; tensão; características da onda
3.1. TÉCNICA PARA O PROCEDIMENTO:
- Lavar e aquecer as mãos.
- Orientar o paciente sobre o procedimento e colocá-lo em posição confortável: sentado e com o braço
apoiado para o exame dos membros superiores, e em decúbito dorsal para o dos membros inferiores
- Pressionar os dedos sobre a artéria até que se perceba o pulso com maior nitidez
- Deslizar os dedos longitudinalmente sobre o percurso da artéria, para avaliar a elasticidade, consistência
e forma. Normal: retilínea, elástica, com superfície lisa e uniforme. Crianças pequenas possuem artérias
finas e complacentes, uma pressão de palpação inadequada pode comprimi-las, gerando erro de avaliação
- A frequência do pulso é contada no intervalo de 1 minuto, se não houver arritmias ou extrassístoles, e
anotada no prontuário
3.2. ARTÉRIAS A SEREM PALPADAS, NA ORDEM SUGERIDA:
- RADIAL: Habitualmente o exame é iniciado neste pulso e é pesquisado na
goteira radial
- BRAQUIAL: É pesquisado com os dedos na superfície medial do terço médio
do braço para dentro do corpo do bíceps, junto à prega do cotovelo (é a porção
mediana do braço, quando ele é dividido em 3)
- SUBCLÁVIA: Palpados acima ou abaixo do terço médio da clavícula, com o
examinador posicionado anterior ou posteriormente ao paciente
- AXILAR: Palpado com o braço em abdução de 90º,
∟ direito: o membro superior direito fica em repouso no antebraço direito do
avaliador, que palpa com a mão esquerda
∟ esquerdo: o inverso é feito para a palpação do pulso axilar esquerdo
- AORTA: Na fúrcula esternal
- CARÓTIDA: Na borda interna do músculo esternocleidomastóideo, com
ligeira flexão lateral da cabeça, para evitar a síndrome do seio carotídeo - não
devem ser palpados simultaneamente e limitar-se à metade inferior do
pescoço
- FEMORAL: No nível da arcada crural, no ponto médio entre a sínfise púbica
e a espinha ilíaca anteroposterior, palpar simultaneamente para verificar a
sua sincronia e normalidade
- PEDIOSOS: Lateralmente ao tendão extensor do hálux, no prolongamento dos pulsos tibiais
4. FREQUÊNCIA CARDÍACA:
Ausculta cardíaca para verificar os batimentos cardíacos e deve ser contado no intervalo de 1 minuto. Se
houver irregularidades, contar por 3 minutos e descrever quantas extrassístoles estão presentes
∟ RITMO: Ao mesmo tempo que proceder à ausculta cardíaca, palpar o pulso para verificar se todos os
batimentos cardíacos são acompanhados de uma onda de pulso. Caso isso não esteja ocorrendo, está
caracterizado uma arritmia cardíaca contínua ou intermitente
∟ TAQUICARDIA: Aumento da frequência nos batimentos cardíacos
∟ BRADICARDIA: Diminuição da frequência cardíaca e é observada em indivíduos normais, chamados
vagotônicos, sendo um achado comum em atletas e pessoas com ótimo condicionamento físico
∟ SIMETRIA: Os pulsos devem ter as mesmas características do pulso contralateral
4.1 FREQUÊNCIA CARDÍACA NORMAL NAS DIVERSAS FAIXAS ETÁRIAS:
Recém-nascidos: 110 a 150
Primeira semana: 100 a 140
Um ano: 100 a 120
Dois a 4 anos: 85 a 115
6 anos: 65 a 100
Adolescentes 60 a 100 (média 90)
Adultos 60 a 100 (média 70 a 80)
5. SISTEMA RESPIRATÓRIO
Nenhuma frequência respiratória em criança deve ser superior a 60 incursões respiratórias/minuto por um
período sustentado;
A frequência cardíaca normal é grosseiramente 2 a 3 vezes a frequência respiratória para a idade;
Procurar os movimentos respiratórios no tórax e no abdome da criança, auscultar os ruídos respiratórios,
verificar se há um esforço respiratório (batimento das asas do nariz, gemência, retração da musculatura do
tórax ou do pescoço, balanceio da cabeça, respirações “em vaivém" (oscilantes)) e a oximetria de pulso.
A respiração normal parece confortável, é sossegada e ocorre a uma frequência apropriada para a idade
As frequências respiratórias anormais incluem apneia e frequências que são muito lentas (bradipneia) ou
muito rápidas (taquipneia).
IDADE
FREQUÊNCIA CARDÍACA
(batimentos/min)
PRESSÃO
ARTERIAL
(mmHg)
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
(respirações/min)
Prematuro 120-170* 55-75/35-45† 40-70‡
0 a 3 meses 100-150* 65-85/45-55 35-55
3 a 6 meses 90-120 70-90/50-65 30-45
6 a 12 meses 80-120 80-100/55-65 25-40
1 a 3 anos 70-110 90-105/55-70 20-30
3 a 6 anos 65-110 95-110/60-75 20-25
6 a 12 anos 60-95 100-120/60-75 14-22
> 12 anos 55-85 110-135/65-85 12-18
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788595153707/epub/OEBPS/Text/B9788535284669000674.xhtml?favre=brett#tbl8fn1
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788595153707/epub/OEBPS/Text/B9788535284669000674.xhtml?favre=brett#tbl8fn2
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788595153707/epub/OEBPS/Text/B9788535284669000674.xhtml?favre=brett#tbl8fn3
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788595153707/epub/OEBPS/Text/B9788535284669000674.xhtml?favre=brett#tbl8fn1

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