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Epidemiologia e indicadores de saúde

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Discutir mortalidade, morbidade, letalidade, prevalência e incidência.
• MORBIDADE: é a variável característica das comunidades de seres vivos, refere-se ao
conjunto dos indivíduos que adquirem doenças (ou determinadas doenças) num dado
intervalo de tempo em uma determinada população. A morbidade mostra o comportamento
das doenças e dos agravos à saúde na população. ( RISCO DE ADQUIRIR A DOENÇA)
- Indicadores de Morbidade: A morbidade é frequentemente estudada segundo quatro
indicadores básicos: a incidência, a prevalência, a taxa de ataque e a distribuição
proporcional.
• INCIDÊNCIA: A incidência de uma doença, em um determinado local e período, é o
número de casos novos da doença que iniciaram no mesmo local e período. Traz a ideia de
intensidade com que acontece uma doença numa população, mede a frequência ou
probabilidade de ocorrência de casos novos de doença na população. Alta incidência
significa alto risco coletivo de adoecer.
Coeficiente de incidência = nº de casos novos de determinada doença em um dado local e
período / Incidência População do mesmo local e período x (10n)
• PREVALÊNCIA: prevalecer significa ser mais, preponderar, predominar. A prevalência
indica qualidade do que prevalece, prevalência implica em acontecer e permanecer
existindo num momento considerado. Portanto, a prevalência é o número total de casos de
uma doença, existentes num determinado local e período
Coeficiente de prevalência = nº de casos existentes (novos + ant.) em dado local, momento
ou período / Prevalência População do mesmo local e período x ( 10n )
- O coeficiente de prevalência é mais utilizado para doenças crônicas de longa duração. Ex:
hanseníase, tuberculose, AIDS, tracoma ou diabetes.
- A prevalência pode ser pontual ou no período (lápsica):
à Prevalência pontual (instantânea ou prevalência momentânea) é medida pela frequência
da doença ou pelo seu coeficiente em um ponto definido no tempo, seja o dia, a semana, o
mês ou o ano. No intervalo de tempo definido da prevalência pontual, os casos prevalentes
excluem aqueles que evoluíram para cura, para óbito ou que migraram.
à Prevalência num período de tempo ou lápsica abrange um lapso de tempo mais ou menos
longo e que não concentra a informação em um dado ponto desse intervalo. Na prevalência
lápsica estão incluídos todos os casos prevalentes, inclusive os que curaram, morreram e
emigraram.
• MORTALIDADE: é a variável característica das comunidades de seres vivos; refere-se ao
conjunto dos indivíduos que morreram num dado intervalo do tempo. Representa o risco ou
probabilidade que qualquer pessoa na população apresenta de poder vir a morrer ou de
morrer em decorrência de uma determinada doença. Diversas vezes temos que medir a
ocorrência de doenças numa população através da contagem de óbito e para estudá-las
corretamente; estabelecemos uma relação com a população que está envolvida. É
calculada pela taxas ou coeficientes de mortalidade. Representam o “peso” que os óbitos
apresentam numa certa população.
Coeficiente de Mortalidade Geral: Número total de óbitos, no período x 1.000 / População
total, na metade do período.
Coeficiente de Mortalidade Infantil = Nº óbitos em menores de 1 ano em determinada área e
período x 1000 / nº de nascidos vivos na mesma área e período
• LETALIDADE ou fatalidade ou ainda, taxa de letalidade relaciona o número de óbitos por
determinada causa e o número de pessoas que foram acometidas por tal doença. Esta
relação nos dá ideia da gravidade do agravo, pois indica o percentual de pessoas que
morreram por tal doença e pode informar sobre a qualidade da assistência médica oferecida
à população.
Taxa de Letalidade = Nº óbitos pela doença em determinada área e período x 100 ou 1000 /
Nº total de pessoas com a doença na mesma área e período
02- Conceituar surto e demais nomenclaturas utilizadas em epidemiologia
• Endemia: É a ocorrência de determinada doença que acomete sistematicamente
populações em espaços característicos e determinados, no decorrer de um longo período,
(temporalmente ilimitada), e que mantém uma de incidência relativamente constante,
permitindo variações cíclicas e sazonais. Por exemplo, a febre amarela é considerada uma
doença endêmica da região Norte do Brasil. Norte de Minas: Doença de Chagas e
Leishmaniose Tegumentar
• Epidemia: É a ocorrência em uma comunidade ou região de casos de natureza
semelhante, claramente excessiva em relação ao esperado. O conceito operativo usado na
epidemiologia é: uma alteração, espacial e cronologicamente delimitada, do estado de
saúde-doença de uma população, caracterizada por uma elevação inesperada e
descontrolada dos coeficientes de incidência de determinada doença, ultrapassando valores
do limiar epidêmico preestabelecido para aquela circunstância e doença. Devemos tomar
cuidado com o uso do conceito de epidemia lato-sensu que seria a ocorrência de doença
em grande número de pessoas ao mesmo tempo.
• Pandemia: em uma escala de gravidade, a pandemia é o pior dos cenários. Ela acontece
quando uma epidemia se espalha por diversas regiões do planeta. Por exemplo, em 2009, a
gripe A (ou gripe suína) passou de epidemia para pandemia quando a OMS começou a
registrar casos nos seis continentes do mundo. O atual covid-19 também é uma pandemia.
• Surto: acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em
uma região específica. Para ser considerado surto, o aumento de casos deve ser maior do
que o esperado pelas autoridades.
• Evento: uma ocorrência que pode vim ou não a piorar.
• Virulência: A gravidade de uma doença ocasionada por um agente infeccioso, a
capacidade de produzir efeitos graves ou fatais.
• Epizootia: evento em um número de animais ao mesmo tempo e na mesma região,
podendo levar ou não a morte.( epidemia que ocorre em animais). Ex:dengue.
• Imunidade de rebanho: é a resistência de um grupo ou população á introdução e
disseminação de um agente infeccioso. Isso ocorre quando existe na população uma
elevada proporção de pessoas vacinadas.
• Caso autóctone: é o caso oriundo do mesmo local onde ocorreu.
• Caso alóctone: é o caso importado de uma outra localidade.
• Infectividade: é a capacidade do agente infeccioso de poder alojar-se e multiplicar-se
dentro de um hospedeiro.
• Patogenicidade: é a capacidade de um agente infeccioso de produzir doença em pessoas
infectadas.
03- Caracterizar os indicadores de saúde. (Destacar os principais e diferenciar de índices)
• Para que a saúde seja quantificada e para permitir comparações na população, utilizam-se
os indicadores de saúde. Estes devem refletir, com fidedignidade, o panorama da saúde
populacional. É interessante observar que, apesar desses indicadores serem chamados
Indicadores de Saúde, muitos deles medem doenças, mortes, gravidade de doenças, o que
denota ser mais fácil, às vezes, medir doença do que medir saúde. Esses indicadores
podem ser expressos em termos de frequência absoluta ou como frequência relativa, onde
se incluem os coeficientes e índices. Os valores absolutos são os dados mais prontamente
disponíveis e, frequentemente, usados na monitoração da ocorrência de doenças
infecciosas; especialmente em situações de epidemia, quando as populações envolvidas
estão restritas ao tempo e a um determinado local, pode assumir-se que a estrutura
populacional é estável e, assim, usar valores absolutos. Entretanto, para comparar a
frequência de uma doença entre diferentes grupos, deve-se ter em conta o tamanho das
populações a serem comparadas com sua estrutura de idade e sexo, expressando os dados
em forma de taxas ou coeficientes.
• Os coeficientes (ou taxas) representam o “risco” de determinado evento ocorrer na
população (que pode ser a população do país, estado, município, população de nascidos
vivos, de mulheres, etc.). Índices não expressam uma probabilidade (ou risco) como os
coeficientes, pois o que está contido no denominador não está sujeito ao risco de sofrer o
evento descrito no numerador.
OBS: Indicador de saúde: Revela a situação de saúde de um indivíduo ou população,incluindo apenas um aspecto / unidirecional (ex: mortalidade). Utilizado geralmente para
representar ou medir aspectos não sujeitos à observação direta, como por exemplo a
saúde, a qualidade de vida e a felicidade. Índices: Expressam situações multidimensionais,
pois incorporam em uma medida única diferentes aspectos ou diferentes indicadores (são
multidimensionais), como por exemplo o IDH (educação, longevidade e renda), o Índice de
Ápgar e o IMC.
• PRINCIPAIS INDICADORES: morbidade, prevalência, incidência, taxa de ataque,
mortalidade, coeficiente de mortalidade, coeficiente de mortalidade infantil, letalidade.
- Morbidade: São medidas utilizadas para descrever e analisar uma situação existente,
avaliar o cumprimento dos objetivos, as metas e suas mudanças ao longo do tempo, além
de prever tendências futuras
- Prevalência: É o número total de casos de uma doença, novos e antigos, existentes num
determinado local e período. Como ideia de acúmulo, de estoque, indica a força com que
subsiste a doença na população. O coeficiente de prevalência é mais utilizado para doenças
crônicas de longa duração, como hanseníase, tuberculose, AIDS e diabetes. Coeficientes
de prevalência são valiosos para o planejamento, em função do conhecimento do número
de doentes existentes na comunidade.
- Incidência: É o número de casos novos dessa doença que se iniciou no mesmo local ou
período. Traz a ideia de intensidade com que acontece uma doença numa população e
mede a frequência ou probabilidade de ocorrência de casos novos da doença na população.
Alta incidência significa alto risco coletivo de adoecer.
- Taxa de Ataque: Usada quando se investiga um surto de uma determinada doença em um
local onde há uma população bem definida. Expressa em percentual.
- Distribuição Proporcional: Indica como se distribuem os casos entre as pessoas afetadas,
por grupos etários, sexo, localidade e outras variáveis. Expressa em percentual.
- Mortalidade: Representa a intensidade com que os óbitos por uma determinada doença
ocorrem numa certa população. Mortalidade geral, mortalidade infantil, mortalidade materna
e por doenças transmissíveis são os mais utilizados para avaliar o nível de saúde de uma
população.
- Coeficiente de Mortalidade Geral: Mede o risco de morte por todas as causas em uma
população de um dado local e período.
- Coeficiente de Mortalidade Infantil: Mede o risco de morte para crianças menores de um
ano de um dado local e período. Precoce: mede o risco de morte para crianças menores de
28 dias; Tardia: mede o risco de morte para crianças com idade entre 28 dias e 1 ano.
- Letalidade: O coeficiente de letalidade situa transição entre os indicadores de morbidade e
mortalidade. A letalidade mede o poder da doença em determinar a morte e também pode
informar sobre a qualidade da assistência médica prestada ao doente.

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