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Sarah Rabelo Fernandes Medicina Unipam 14 Tutoria 2 Partículas cadavéricas 1) DEFINIR FEBRE PUERPERAL E SUAS CARACTERÍSTICAS Febre pós-parto 38ºC ou mais sepses materna 24h/48h pós parto até o 10º dia por 2 ou mais dias Associada à hipotensão arterial, taquicardia constante e súbita Drenagem uterina purulenta, dor abdominal, hipersensibilidade uterina Infecção por Estreptococos A e B, tromboflebite pélvica Tratamento com antibioticoterapia 3ª maior mortalidade materna INFECÇÃO PUERPERAL (Hipertensão e Hemorragia) 5,5% dos partos vaginais; 7,4% dos partos cesarianos Mortalidade – 0,6 / 100.000 nascidos vivos PIEMIA: septicemia geral na qual há focos secundários de supuração e que se caracteriza por febre, calafrios, suores, icterícia e abscessos em várias partes do corpo. PREDISPOSIÇÃO: Amnioorexe e placenta baixa Trabalho de parto prolongado Toques vaginais excessivos Más condições de assepsia Anemia e baixo nível socioeconômico FATORES DE RISCO: NORMAL: infecção, toques vaginais repetitivos, hemorragia, má condição de higiene, pré natal insuficiente (como o útero fica ferido após o parto e o desprendimento da placenta, torna-se fácil uma infecção). CESÁRIA: tempo prolongado de cirurgia, lesão de algum órgão e cesariana de emergência, maior fator de risco 2) IDENTIFICAR OS PRINCIPAIS PERÍODOS E EVENTOS (MARCOS) DA HISTÓRIA DA MEDICINA. Paleolítico: empiricamente Neolítico: sedentarização dissemina mais as doenças 2.600 A.C Egípcios: Diagnóstico e tratamento para 200 doenças, registros de teste de gravidez (1400-1500)Baixa idade Média: criação dos hospitais pela diminuição do misticismo (500) Alcmaeon de Crotona (filósofo grego) distingue veias de artérias HIPÓCRATES: separa medicina da religião e da magia, medicina racional Desequilíbrio dos humores as doenças surgiam Observação clínica, anamnese e exame físico Elaborou código de ética: juramento médico 4 HUMORES: sangue (coração), fleuma (cérebro), bílis amarela (fígado), bílis negra (baço) GALENO: dissecções e experimentos em animais Tratado antigo de anatomia (não permita dissecação em humanos igreja) ANDREAS VESALIUS: 1543 Anatomia moderna Da organização do corpo humano A estrutura do corpo humano GIANBATTISTA MORGAGNI: antomia patológica WILLIAM HARVEY: Circulação do sangue 1628 Funcionamento e a anatomia do coração, veias e artérias ANTONY VAN LEEUWENHOEK: 1675 aperfeiçoamento do microscópio de galileu Descobre as bactérias Aprimorado por HOOKE EDWARD JENNER: 1796 Vacina Varíola, infectava as pessoas com a varíola bovina e elas ficavam livres da humana CRAWDORD LORG: 1842 Anestesia Anestesico de éter: cheirava a toalha embebida GREGOR MENDEL: genética IGNAZ SEMMELWEIS – 1843 – Viena - identifica a causa real da febre puerperal (com algo causado por um agente etiológico – à época chamou de partículas cadavéricas) e com base nessa descoberta propõe um método eficaz de prevenção (lavar as mãos) porém suas teorias só viriam a ser aceitas anos depois de sua morte. FELIX HOFFMAN: 1870 Aspirina SIGMUND FREUD: 1890 Psicanálise WILHELM RONTGEN 1895 Raios X WILLEM EINTHOVEN 1901 Eletrocardiograma ROSS HARRISON Cultura de tecidos 1906 NIKOLAI ANICHKOV 1912 Colesterol JOSEPH VON MERING E OSCAR 1921 Insulina ALEXANDER FLEMING 1929 Antibióticos 1953: DNA - Maurice Wilkins (1916-2004) James Watson e Francis Crick. estudos do físico neozelandês Wilkins, o primeiro a isolar uma molécula de DNA e fotografá-la com raios X, revelando a forma helicoidal. Deu-se, assim, a revolução na biologia molecular. 1954: TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS – JOSEPH MURRAY (1919 – 2012) O primeiro transplante bem sucedido de órgãos aconteceu em 1954, em Boston (EUA), quando o Dr. Joseph E. Murray realizou um transplante de rins entre dois gêmeos idênticos no Hospital Brigham and Women. Murray se baseou na descoberta dos médicos até então de que em transplante entre gêmeos idênticos não havia o perigo de rejeição uma vez que o genoma de ambos, receptor e doador, é o mesmo. No Brasil, a realização de transplante de órgãos começou em 1964. 1956: MARCA-PASSO - WILSON GREATBATCH (1919-2011) 1964: AZT - JEROME HORWITZ (1919-2012) Em 1986, os EUA aprovaram o uso do AZT como o primeiro medicamento contra a AIDS. CIRURGIA ROBÓTICA cerca de 41 robôs voltados para essa área, localizados em "hospitais premium", como Albert Einstein, Nove de Julho e até mesmo em algumas unidades do SUS. Nano robôs Inteligência Artificial Telemedicina Impressora 3D e órgãos artificiais Edição genética Uma tecnologia chamada CRISPR-CAS Nutrigenômica Ciência que usa alimentos para melhorar o condicionamento físico e prevenir doenças. TEORIA DO CONTÁGIO: O termo contágio foi empregado pelo médico italiano Girolamo Fracastoro (1478-1553), que formulou uma nova tese sobre a transmissão de doenças. Os agentes de Sarah Rabelo Fernandes Medicina Unipam 14 enfermidades como a lepra, peste bubônica e varíola seriam germes vivos ou sementes, que poderiam contaminar pessoas saudáveis. MÉTODOS INGLESES DE HIGIENE: Para evitar a infecção e consequentes mortes, adotou--se diversas medidas de limpeza, a exposição ao ar fresco e temperatura ambiente adequada, além realizar o isolamento das doentes das demais não infectadas. Depois que uma doente morresse ou se recuperasse, o quarto onde estava era limpo, tendo suas cortinas e todas as roupas de cama lavadas. Além disso, passavam vinagre no chão e nos móveis com meio de purificá-los. 3) DESCREVER AS ETAPAS DO MÉTODO CIENTÍFICO OBSERVAÇÃO: coleta de informações para descrição qualitativa e quantitativa do fenômeno PROBLEMATIZAÇÃO: observação da repetição ou característica formula perguntas como?, o que?, quando? FORMULAÇÃO DA HIPÓTESE: explicar as observações, tentativa de desvendar EXPERIMENTAÇÃO: condições práticas para ocorrência e reprodução CONCLUSÃO: construção de uma teoria, lei ou princípio Teoria: explica a observação feita e permite previsões a partir de um modelo criado. Lei: relaciona matematicamente as grandezas estudadas nos experimentos. Princípio: generaliza as regularidades verificadas nos experimentos Phillip segue o método científico para descobrir as causas da febre puerperal DIVULGAÇÃO: outras pessoas terem acesso e a partir dessas criar novas hipóteses 4) CARACTERIZAR A HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS, IDENTIFICANDO SEUS PERÍODOS E FASES (MODELO LEAVELL E CLARCK) Curso da doença desde o início até sua resolução, na ausência de intervenção Início: exposição de um hospedeiro suscetível a um agente causal Prevenção primária: promoção à saúde e proteção específica Prevenção secundária: diagnóstico precoce e tratamento imediato, limitação do dano Prevenção terciária: reabilitação Doença subclínica: mudanças patológicas, período de latência e de incubação Doença clínica: sinais e sintomas Fase aguda: rápida Fase crônica: dura mais de 6 meses 5) DEFINIR PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE, EXEMPLIFICANDO PROMOÇÃO: políticas, planos e programas com ações voltadas em evitar que as pessoas se exponham a fatores condicionantes e determinantes de doenças Programas de educação para ensinar a população a cuidar da sua saúde PREVENÇÃO: medidas tomadas antes do surgimento e do agravamento de uma condição móbida Manifestação de forma mais branda no individuo ou coletivo Vacinas RECUPERAÇÃO: reabilitação, tratamento, fisioterapia, nutricionista 6) CARACTERIZAR A MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS, IDENTIFICANDO SUA IMPORTÂNCIA. Prática da medicina em um contexto em que a experiência clínica é integrada com a capacidade de analisar criticamente e aplicar de forma racional a informação científica de forma a melhorara qualidade da assistência médica Habilidade de aplicar o conhecimento científico na prática clínica Ampliar a discussão sobre o ensino e a prática da medicina Formação de profissionais com espírito crítico aguçado e aptos a manter o processo de educação continuada. Definir novas estratégias e métodos didáticos-pedagógicos e a divulgar outros anteriormente desenvolvidos COMPETÊNCIAS: Qualidade da assistência médica Análise crítica Informação científica Aplicação de forma racional Identificação dos problemas relevantes do paciente Conversão dos problemas em respostas Pesquisas Obtenção de conclusões corretas Aplicação dessas conclusões para a melhoria dos cuidados ao paciente, selecionar a melhor intervenção para o indivíduo 4 características essenciais: -Efetividade: se o tratamento funciona -Eficiência: se é acessível -Eficácia: se funciona de forma ideal -Segurança: se é confiável ETAPAS DA PRÁTICA BEM: Formulação de uma questão clínica relevante e específica Busca de evidências científicas Avaliação das evidências disponíveis Avaliação da aplicabilidade clínica das evidências Implementação das evidências no cuidado ao paciente Desvantagens: limitações da MBA Tempo longo das pesquisas Resultados e suas taxas de sucesso do tratamento e medicamentos não são 100% confiáveis e proveitosos Muitas opiniões, erros suscetíveis e qualidade dos estudos Método tentativa e erro Nível 1:Revisão sistemática e metanálise Nível 2: Ensaio clínico randomizado megatrial com mais de 1000 pacientes Nível 3: Ensaio clínico randomizado com baixo número de pacientes Nível 4: estudos observacionais de coorte Nível 5: estudo de caso e controle Nível 6: Estudo de série de casos ou consecutivos Nível 7: Opinião de especialistas 7) DESCREVER A FINALIDADE DAS TÉCNICAS DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, INDICANDO SUAS VANTAGENS. Sarah Rabelo Fernandes Medicina Unipam 14 A microbiota das mãos é tradicionalmente dividida em duas categorias; o Residente: localiza-se na superfície do estrato córneo e na porção superior do folículo piloso; o Transitória: adquirida superficialmente pelo contato direto com pacientes ou superfícies contaminadas;7 • O propósito da higienização é eliminar a sujidade, células descamáveis, toda a microbiota transitória e minimizar a microbiota residente; o Minimiza a proliferação microbiana dessas regiões nos períodos trans e pós-cirúrgicos; 8) IDENTIFICAR OS PRINCIPAIS ANTISSÉPTICOS UTILIZADOS PARA A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS (ESPECTRO ANTIMICROBIANO/ EFICIÊNCIA E VELOCIDADE DE AÇÃO) Água: deve ser livre de contaminantes químicos e biológicos; • Sabões o Recomenda-se o uso de sabão líquido; o São produtos de ação detergente que contém ácidos graxos esterificados e NaOH/KOH; o Não possuem atividade antimicrobicida, apenas removem a sujeira, substâncias orgânicas e a flora transitória, mas, em geral, não removem os patógenos; ALCOOL: Podem causar secura e irritação na pele e ainda serem contaminados 9) • o Atividade antimicrobiana atribuída à capacidade de desnaturação proteica; o Soluções com menor concentração são mais efetivas; o Excelente ação contra bactérias gram-positivas, gram-negativas, M. tuberculosis, fungos e a maioria dos vírus; o Tem pouca ação contra esporos bacterianos, oocistos de protozoários e alguns vírus não envelopados e não lipofílicos; o Podem causar o ressecamento das mãos; • Clorexidina o Atividade microbiana atribuída à ligação e subsequente ruptura da membrana citoplasmática; o Boa atividade contra bactérias gram-positivas, atividade menor com gram-negativas e fungos, e ação mínima contra micobactérias; o Também não é esporicida, mas possui ação contra vírus envelopados (HSV, HIV, CMV, influenza); o Contato com solução com concentração >1% pode causar conjuntivite e lesão na córnea, devendo-se evitar, também, o contato com tecido cerebral, meninges e o ouvido; • Iodo e Iodóforos o Formam complexos com aminoácidos e ácidos graxos insaturados, resultando em alterações membranares e na síntese proteica; 8 o Tem ação bactericida contra gram-positivas, gram-negativas, micobactérias, vírus e fungos, não sendo esporicidas; • Quaternários de Amônia o Alteram a membrana plasmática com a saída de constituintes de baixo peso molecular; o Possuem atividade contra bactérias gram-positivas e vírus lipofílicos; o Não é recomendado para antissepsia das mãos; • Hexaclorofeno o Inativa os sistemas enzimáticos dos microrganismos, tendo boa atividade contra S. aureus, mas fraco contra gram-negativos, micobactérias e fungos; o É absorvido pelo pele, não podendo ser usado em queimados ou pele sensível; o Não é recomendado para antissepsia das mãos; • Triclosan o Altera a membrana plasmática, a síntese de RNA, proteínas e ácidos graxos; o Tem ação contra bactérias gram-positivas (melhor), gram-negativas, micobactérias e Candida spp.; Fonte: Curso básico de controle de infecções hospitalares da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa - 2000
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