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1 2 Olá, estudante! Antes de falar sobre o curso que eu tenho para te apresentar, gostaria de fazer uma pergunta: quantas atividades de lazer você usufruiu nos últimos meses? Muitas, espero. Há alguns anos, o setor de servi- ços é um poderoso criador de renda aproveitando os momentos livres de todos nós com atividades de cultura e lazer. Hoje temos diversos tipos de atividades recreativas e de entretenimento, e mais do que isso, proporcionando tempos e espaços de promoção de entretenimento e qualidade de vida. Agora, imagine você sendo o monitor de uma destas atividades? Provavelmente você será! Por isso, no curso de Monitor de Atividades de Lazer você irá entender a importância da atividade de lazer para o desenvolvimento educacional e social da criança, do jovem e do adulto, identificando e ana- lisando o processo de desenvolvimento físico, psicológico, motor, social e cultural de cada público, suas características, necessidades e interesses. Durante o curso você terá a oportunidade de estimular em você a capacidade crítica, criativa, inovadora e empreendedora, desenvolvendo práticas de entretenimento, lazer e animação sociocultural a partir do planejamento e da execução de atividades direcionadas às mais diversas faixas etárias, nos diversos tempos e espaços coletivos de vivência e convivência social e cultural. O curso tem como objetivos capacitar você para: • Entender o processo de evolução histórica do lazer, compreendendo-o como fenômeno historica- mente situado, fruto da sociedade industrial; • Capacitar para a prevenção de riscos e acidentes e para a assistência em situações de emergência com base no conhecimento de protocolos, métodos e técnicas de primeiros socorros; • Capacitar para planejamento e mediação de atividades de lazer a partir de princípios éticos e in- clusivos; • Entender o processo de planejamento, organização e avaliação de eventos e atividades de lazer. Então agora, é só desfrutar de todo esse conhecimento. Bons estudos !!! APRESENTAÇÃO DO CURSO 3 ORGANIZAÇÃO DO CURSO Para ser capacitado a atuar como MONITOR DE ATIVIDADES DE LAZER convidamos você para uma viagem empolgante, cujo mapa central apresentamos abaixo com a indicação dos temas gerais que são os caminhos a se- rem percorridos para que você possa chegar ao destino final: construir novos saberes e fazeres que podem auxiliar seus próximos passos. Para fazer esta viagem com segurança e tranquilidade, podendo chegar ao destino planejado sem sobressal- tos, alguns acordos são importantes. Leia-os com atenção: 1. Você deverá ser responsável por sua rotina de estudos e aprendizado, separando o tempo indicado em cada Uni- dade Curricular para se dedicar às atividades propostas, com disciplina e constância. 2. Não acumule dúvidas: mantenha registro delas e compartilhe com seu professor de tempos em tempos de modo que o processo de aprendizagem seja sempre contínuo e significativo. 3. Seu professor é o grande guia desta viagem: esteja atento às orientações e faça uso dos diversos instrumentos de acesso ao curso. 1 SUMÁRIO FORMAÇÃO PARA A VIDA: UMA CONSTRUÇÃO PERMANENTE – 36h ...................................................... 2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA RECREAÇÃO E DO LAZER – 32h ........................................................... 14 CONCEITOS ESTRUTURAIS DE PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO, FOMENTO E MEDIAÇÃO DA ATIVIDADE DE LAZER – 48h ...................................................................................................................... 22 FERRAMENTAS PARA ELABORAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E EXECUÇÃO DE ATIVIDADES DE LAZER – 48 h ........... 30 RESPOSTAS QUIZ DE FIXAÇÃO ................................................................................................................. 39 2 ROTEIROS DE APRENDIZAGEM FORMAÇÃO PARA A VIDA: UMA CONSTRUÇÃO PERMANENTE – 36h MÓDULO - 1 DIRETO AO PONTO: Neste direto ao ponto trataremos sobre alguns conceitos importantes da comunicação, vamos lá? O que é comunicação? Quais são os elementos envolvidos no comportamento de comunicação? A comunicação é o processo pelo qual os humanos trocam informações uns com os outros. A comunicação faz parte de nossa vida. A todo momento estamos nos comunicando, seja através da fala, da escrita, de gestos, de um sorriso ou através da leitura de documentos, jornais e revistas. Ao realizar qualquer ato comunicativo, temos presentes os seguintes elementos: a) emissor ou remetente: é aquele que envia a mensagem (pessoa física, empresa, emissora de TV, etc.); b) destinatário: é aquele a quem a mensagem é endereçada (um indivíduo ou um grupo); c) mensagem: é o conteúdo das informações transmitidas; d) canal de comunicação: é o meio pelo qual a mensagem será transmitida (e-mail, WhatsApp, etc.); e) código: é o conjunto de signos e de regras de combinação desses signos utilizados para elaborar a mensagem: o emissor codifica aquilo que o receptor irá decodificar; f) contexto: o objeto ou situação a que se refere a mensagem. Vamos conhecer e entender uma classe gramatical que possui a função de nos orientar sobre as pessoas do discurso nos textos. Você vai perceber a importância dessa classe gramatical nesse recurso visual, que traz os pronomes pessoais. Os pronomes são palavras que substituem ou acompanham os nomes (substantivos e adjetivos). Desempenham papéis sintáticos dentro das frases, ou seja, são sujeitos, objetos diretos, objetos indiretos, complementos nominais, agente da passiva, predicativo, adjunto adnominal, ou, ainda, aposto, resumidos no quadro, a seguir: 3 Disponível em: http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/958/Comunicacao%20Empresarial.pdf PARA SABER MAIS: Trecho retirado da obra “Português instrumental” de Claudia Guerra Monteiro & Gilson Monteiro (2009). Linguagem, língua e dialetos: conceitos e variedades linguísticas Apresentamos a seguir alguns conceitos que julgamos fundamental que você os assimile e entenda: a) Linguagem é a representação do pensamento por meio de sinais que permitem a comunicação e a interação entre as pessoas. Há outras concepções de linguagem que você pode pesquisar para ampliar o seu conceito. b) Língua é um sistema abstrato de regras, não só gramaticais, mas também, semânticas e fonológicas, por meio das quais a linguagem (ou fala) se revela. Martinet (1978) foi um dos primeiros linguistas a apresentar uma distinção clara entre língua e linguagem. Segundo ele, a linguagem designa propriamente a faculdade de que os homens dispõem para se compreenderem por meio de signos vocais. c) Dialetos são variedades originadas das diferenças de região, de idade, de sexo, de classes ou de grupos sociais e da própria evolução histórica da língua (ex.: gíria). d) Variedades linguísticas são as variações que uma língua apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada. e) Norma culta é a língua padrão, a variedade linguística de maior prestígio social. f) Norma popular são todas as variedades linguísticas diferentes da língua padrão. TEORIA EM PRÁTICA: 4 Complete as frases seguintes com a forma apropriada do termo entre parênteses. Eles ___________ comunicaram à atriz que ela ___________teria de tomar as providências necessárias. (mesmo/mesmo) A foto pedida segue __________ à ficha de cadastro. (incluso) Favor enviar ___________ os documentos solicitados. (anexo) Eu _________ farei isso! - disse o rapaz. (próprio) Faz uma hora e __________ que ele está esperando. (meio) Acho que a goiabada que comemos esta manhã estava _________ estragada. (meio) Finalizou? Comente as respostas com seus colegas e depois confirme com seu/sua professor/a. INDICAÇÕES DE LEITURA/AUDIOVISUAL: Assista ao vídeo “Os Três Pilares da Comunicação Eficaz” do Canal Beto Grasel, disponível no endereço eletrônico: https://www.youtube.com/watch?v=cnNce7KGajc, com duração de 12min39 e permita-se saber mais sobre os três pilares da comunicação eficaz, a partir dos quais, surgem as diversas técnicas e dicas poderosas que nos fazem alcançar o sucesso na vida pessoal e profissional. QUIZ DE FIXAÇÃO: 1. Tomando por base o emprego dos pronomes, complete a frase a seguir com os pronomes que substituem corretamente as lacunas, entre: aquela, esta, mim esta, esta, mim essa, esta, eu essa, essa, mim: a) Por favor, passe _____ caneta que está aí perto de você; _____ aqui não serve para _____ desenhar. MÓDULO - 2 https://www.youtube.com/watch?v=cnNce7KGajc 5 DIRETO AO PONTO: Vamos nesse módulo rever alguns conceitos matemáticos importantes que você precisa conhecer: a razão e proporção. Você se lembre de algum deles? Se não, bora rever... O que você sabe de proporcionalidade (regra de três)? Sempre que utilizarmos a regra de três no intuito de determinar porcentagens, devemos relacionar a parte do todo com o valor de 100%. Alguns exemplos demonstrarão como devemos proceder com a regra de três envolvendo cálculos percentuais. Obs.: Nas situações envolvendo porcentagens realizamos a propriedade “produtos dos meios é igual ao produto dos extremos”, por ser grandeza diretamente proporcional. Não é possível imaginar o mundo em que vivemos hoje sem as Unidades de Medidas. Criadas para padronizar as grandezas de tamanho, áreas, volume, entre outros, elas evitam irregularidades e tornam a nossa vida muito mais simples. Mas você sabe o que fazer quando se vê diante de duas ou mais unidades diferentes? Observe no Quadro 1, a seguir: Quadro – Correspondência entre as Unidades de Medida Unidades de Medida (SI) Grandeza SI Unidade Usual Correspondência Massa kg g 1kg = 1000g Comprimento m km 1km = 1000m Área m² cm² 1m² = 10.000cm³ Volume m³ L 1m³ = 1000L Tempo s h 1h = 3600s Quantidade de Calor J cal 1cal = 4,18J Velocidade média m/s Km/h 1m/s = 3,6 km/h PARA SABER MAIS: Trecho retirado da obra “Matemática básica” de Luís Américo Monteiro Junior (2015) Finalizado esse conteúdo, vamos passar para alguns conceitos importantes sobre Razão, proporção e porcentagem, além de alguns exemplos para exercitar: RAZÃO Vamos procurar abordar esse tema através de um problema adaptado de Iezzi, Dolce, Machado (2009). 6 Observe a seguinte situação: Em uma empresa, Marcos ganha R$ 750,00, João ganha R$ 1.500,00 e, Mônica, R$ 3.000,00. Podemos então afirmar que: João ganha o dobro do salário de Marcos, ou seja, 1.500 / 750 = 2 Mônica ganha o quádruplo do salário de Marcos, ou seja, 3.000 / 750 = 4. PROPORÇÃO Agora que você já relembrou o que é uma razão, vamos ampliar os nossos estudos para proporção. A ideia de proporção está presente em muitas áreas, desde uma receita simples de bolo até a composição de medicamentos. Vejamos então o conceito de proporção. A razão entre os números 3 e 6 é igual a 3 6 = 1 2 A razão entre os números 250 e 500 é igual a 250 500 = 1 2 Logo, podemos dizer que 3 6 = 250 500 e neste caso dizemos que 3, 6, 250 e 500, formam, nessa ordem, uma proporção. Assim, concluímos que: Uma proporção é uma igualdade entre duas razões. PORCENTAGEM (%) Com certeza você já deve ter enfrentado várias situações onde o cálculo com porcentagem era necessário. Para Paiva (1999) porcentagem é uma razão centesimal ou percentual na qual o denominador da sua forma fracionária é igual a 100. Você pode calcular porcentagem de vários modos. Vou apresentar, aqui, um modo de cálculo. Nada impede você de adotar outros modos de cálculo conforme tenha aprendido em outros cursos ou nas experiências no seu cotidiano. Exemplo 1: Calcule 37% de R$ 740,00. Vamos resolver usando a forma decimal. 37% de 740,00 = 0,37 x 740,00 = R$ 273,80 TEORIA EM PRÁTICA: Vamos praticar um pouco dos conceitos aprendidos? Determine a razão entre os números 10 e 50. 7 Em uma reunião de negócios eram esperadas 10 pessoas, porém 2 não conseguiram participar devido a problemas pessoais. Determine a razão entre o número de participantes e o total de pessoas esperadas para essa reunião. Calcule 5% de R$ 850,00. INDICAÇÕES DE LEITURA/AUDIOVISUAL Assista o vídeo “RAZÃO E PROPORÇÃO (Parte 1): Propriedades e Conceitos | Matemática Básica” do canal Ferretto Matemática, Disponível no endereço eletrônico: https://www.youtube.com/watch?v=uIulBEk8gcM , com duração de 23min06 e permita-se saber mais sobre razão e proporção, a partir dos quais, exemplifica muitas situações cotidianas do monitor que são aplicadas estes conceitos. QUIZ DE FIXAÇÃO: O preço de certa mercadoria sofre um reajuste de 15%. Supondo que o preço da mercadoria era de R$ 500,00 calcule o reajuste sofrido. https://www.youtube.com/watch?v=uIulBEk8gcM 8 MÓDULO - 3 Neste módulo você terá a oportunidade de conhecer os Fundamentos de empreendedorismo e Ética. Esses fundamentos, como o próprio nome indica, representam a base de sustentação, o apoio, os rudimentos que justificam e caracterizam, em linhas gerais, todo um conhecimento até aqui organizado pela sociedade sobre o empreendedorismo. Todos nós em algum momento já imaginamos como seria nossa vida sendo donos de algum negócio. Sonhamos em deixar a vida de empregado e nos tornar patrões. Portanto, se você nunca se imaginou liderando uma equipe, contratando funcionários em uma empresa criada por você, haverá uma hora que essas ideias passarão por sua cabeça. Eu confesso que já tive esses pensamentos e até cheguei a abrir dois negócios. Contudo, as experiências nos mostram, inclusive, de quem passou por isso antes de nós, que não é tão simples, mas também que não é improvável. Conheça algumas definições importantes: Empresa: É utilizada também para substituir a palavra negócio ou empreendimento. Representa em regra espaços físicos, e até virtuais, onde são centralizadas, de certo modo, as iniciativas ou ações que gerem produtos e serviços para consumidores ou clientes. A maioria das empresas executa tais iniciativas visando ao lucro. Portanto, lembre-se que existem empresas que não visam a lucros. Inovação: Representa um conjunto de ações, geralmente criativas, para reinventar um produto ou serviço, ou criar um totalmente novo que venha contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Empregado: É aquele que se ocupa de uma função em uma empresa, sendo remunerado por ela, ou melhor, recebe salário a cada mês, em regra. Para que todo esse ciclo de trabalho ocorra nas relações de trabalho é necessário conhecermos alguns conceitos importantes relacionados a Ética: Os conceitos fundamentais em ética são, segundo Goldim (2001), a moral e o direito, e ambos estão entrelaçados pela ação ética do ser humano. Como assim? A ação moral e a ação legal são regras. A primeira voluntária, na qual o ser humano aceita a regra da sociedade sem precisar ser pressionado. A segunda, obrigatória, vem através da obediência de leis criadas pela sociedade representada pelo Estado. Para 9 você entender melhor, vamos aos exemplos: Regra moral: Mentira – as pessoas podem decidir se mentem ou se falam a verdade. Sabem que a verdade é a regra da sociedade mundial, mas como é voluntário segui-la, podem falar a verdade ou não. Regra legal: Trânsito – se a pessoa infringir as regras, arcará com as consequências – punição – que o Estado impõe na Lei. A pessoa não tem a decisão sobre isso. Ela é obrigada a aceitar o que lhe está sendo determinado pelo poder de polícia. Você conhece a segmentação dos empreendimentos em relação ao faturamento obtido anualmente e ao número de empregados contratados? As empresas classificam-se, conforme o Quadro 1 em: microempresa; pequena empresa; empresa de médio porte; empresa de grande porte. Quanto ao porte Características Microempreendedor Individual Receita bruta anualaté R$ 81.000,00. Podem empregar 1 funcionário, com salário mínimo. Microempresa Pessoa jurídica ou firma individual. Receita bruta anual <= R$360.000, conforme Lei Complementar nº 139/2011. Indústrias que empregam até 19 empregados, segundo o SEBRAE. Empresas comerciais e prestadoras de serviços que empregam até 9 empregados. Pequena empresa Pessoa jurídica ou firma individual. Receita bruta anual > 360.000 e <= a R$ 4,8 milhões, conforme. Indústrias que empregam entre 20 e 99 empregados, segundo o SEBRAE. Empresas comerciais e prestadoras de serviços que empregam entre 10 e 49 empregados. Empresa de médio porte Receita bruta anual > 4,8 milhões de reais e <= R$300 milhões de reais, segundo o BNDES. Indústrias que empregam entre 100 e 499 empregados, segundo o SEBRAE. Empresas comerciais e prestadoras de serviços que empregam entre 50 e 99 empregados. Empresa de grande porte Receita bruta anual > 300 milhões de reais, segundo o BNDES. Indústrias que empregam acima de 499 empregados, segundo o SEBRAE. Empresas comerciais e prestadoras de serviços que empregam acima de 99 empregados. PARA SABER MAIS: 10 Leia o trecho do texto retirado do Blog do Sebrae/SC, disponível em: https://atendimento.sebrae-sc.com.br/blog/voce-sabe-o-que-e-um- microempreendedor-individual-mei/ denominado “Você sabe o que é um Microempreendedor Individual – MEI?”. O Microempreendedor Individual (MEI) é um empreendedor que tem um pequeno negócio e conduz sua empresa sozinho. A atividade determina que o profissional tenha um rendimento fixo anual para se manter dentro da modalidade. O registro de MEI foi criado pelo Governo Federal para enquadrar profissionais que exerciam suas atividades profissionais na informalidade. Com a criação da modalidade, uma série de profissionais puderam se formalizar e ter acesso a inúmeros benefícios, como aposentadoria, licença-maternidade, financiamentos etc. Se você também atua de forma informal, esse texto pode te ajudar! Confira abaixo tudo que você precisa saber para sair agora da informalidade e se tornar um Microempreendedor Individual. PEQUENOS EMPRESÁRIOS FORMALIZADOS O MEI – Microempreendedor Individual – é aquele que trabalha por conta própria, tem registro de pequeno empresário e exerce umas das mais de 460 modalidades de serviços, comércio ou indústria. A figura do MEI surgiu em 2008 com a Lei nº128, buscando formalizar trabalhadores brasileiros que, até então, desempenhavam diversas atividades sem nenhum amparo legal ou segurança jurídica. Com a legislação em vigor desde 2009, mais de 7 milhões de pessoas já se formalizaram como microempreendedores individuais. Entre os vários benefícios da formalização estão: aposentadoria; auxílio-doença; auxílio maternidade; https://atendimento.sebrae-sc.com.br/blog/voce-sabe-o-que-e-um-microempreendedor-individual-mei/ https://atendimento.sebrae-sc.com.br/blog/voce-sabe-o-que-e-um-microempreendedor-individual-mei/ 11 facilidade na aberturas de contas e obtenção de crédito; emissão de notas fiscais; redução do número de impostos. Para realizar a formalização é necessário acessar o Portal do Empreendedor e realizar o cadastro com o número do CPF, endereço e telefone, além de indicar a atividade principal que irá desempenhar como MEI. Profissionais que já têm um empreendimento consolidado como de conserto de roupas, chaveiro ou pedreiro, basta selecionar a ocupação correspondente. Já quem não tem uma atividade definida, mas deseja abrir o próprio negócio, deve considerar outras etapas antes de se formalizar como MEI. De acordo com um levantamento do Sebrae, as atividades que mais crescem, são as de vendas e marketing direto, serviços de beleza, serviços domésticos, transportes e pequenos reparos. Um instrumento fundamental para isso é o Plano de Negócios, que auxilia a determinar vários aspectos de uma nova empresa, como a atividade principal e os serviços que serão oferecidos. É importante destacar que essa escolha é importante, pois para cada tipo de ocupação há uma tributação diferenciada. SIMPLES NACIONAL A arrecadação dos impostos para microempreendedores individuais ocorre de forma unificada pelo regime do Simples Nacional, ficando isento dos impostos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL). Para isso, o MEI deve ser formalizado e pagar mensalmente o Documento de Arrecadação Mensal do Simples Nacional (DAS) que tem valor fixo, calculado da seguinte forma para o ano de 2021: R$ 5 de ISS (caso a atividade seja prestação de serviços); R$ 1 de ICMS (caso a atividade seja de indústria ou comércio); R$ 6 de ICMS/ISS (caso a atividade seja Comércio e Serviços); 5% do salário-mínimo para o INSS. Assim, as taxas mínimas por mês são de: R$ 56,00 (para comércio e indústria), R$ 60,00 (para prestação de serviços) ou R$ 61,00 (para comércio e serviços). 12 O pagamento das taxas pode ser realizado virtualmente, agendado em débito automático e ainda parcelado – em caso, de atrasos. Vale destacar que anualmente o MEI também deve apresentar o DASN-Simei (Declaração Anual de Faturamento), informando o rendimento bruto obtido pela empresa no período. O CRESCIMENTO DA FORMALIZAÇÃO NO PAÍS Dados do Governo Federal revelam que o número ultrapassou a marca de 11,3 milhões de MEIs ativos, em janeiro de 2021. Hoje, eles respondem por 56,7% do total de negócios em funcionamento no país. Para os especialistas, a modalidade tem crescido, principalmente, por causa do desemprego. A formalização tem sido uma alternativa para quem vê no empreendedorismo de necessidade uma oportunidade para trabalhar. A maior concentração de profissionais formalizados como MEI está na faixa dos 31 aos 40 anos. São mais de 2,5 milhões de pessoas registradas, 31% do total de cadastros. Os jovens também têm utilizado a modalidade para empreender, cerca de 22% dos registros são de pessoas de até 30 anos. Quem ainda não se formalizou, pode escolher entre as mais de 500 atividades permitidas no cadastro. O MEI pode escolher uma atividade principal e mais 15 ocupações secundárias. TEORIA EM PRÁTICA: Agora que você já sabe um pouco mais sobre as mudanças que vêm ocorrendo nesse nosso mundo “globalizado”, procure pesquisar, na internet, ou ainda através dos materiais disponíveis nas outras unidades curriculares do Curso, qual a situação atual do setor de entretenimento e atividades de lazer nos cenários mundial, nacional e também na sua região? Esse setor está estagnado? Está em crescimento? Houve mudanças com a pandêmica? Compartilhe com seus colegas suas impressões. INDICAÇÕES DE LEITURA/AUDIOVISUAL: Um exemplo muito interessante sobre empreendedorismo é demonstrado no canal Endeavor Brasil, por meio do vídeo “A jornada empreendedora do Fundador da Cacau Show” (29min 31s), disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=RaxT24avU7k . https://www.youtube.com/watch?v=RaxT24avU7k 13 QUIZ DE FIXAÇÃO: Considera-se Microempreendedor Individual – MEI –, o empresário individual (aquele que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços) optante pelo Simples Nacional, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até a) R$ 48.000,00 b) R$ 60.000,00 c) R$ 72.000,00 d) R$ 90.000,00 e) R$ 81.000,00 14 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA RECREAÇÃO E DO LAZER – 32h MÓDULO - 1 DIRETO AO PONTO: Você já parou para pensar o que é lazer? E o que é recreação? E ludicidade; qual será o significado desta palavra? Apesar de expressarem conceitos que se relacionam cada uma destas palavras abarca um contexto singular e é importante compreendê-los para atuar de modo responsável e consciente em contextos de planejamento, fomento e mediação de atividades de lazer. Então para iniciarmos, vejamos o que nosdizem alguns dicionários: Lazer: Tempo livre para a recreação; atividade que se pratica neste tempo; descanso, repouso. Recreação: Ato ou efeito de recrear; que tem como objetivo o lazer; reestabelecimento, restauração, recuperação, renovação. Proporcionar ou usufruir de divertimento, distração, contentamento. Relacionado ao prazer e a alegria. Lúdico: relativo ao jogar e ao brincar. Como podemos perceber o termo “lazer” está relacionado ao tempo de vivência e sua origem está relacionada à um contraponto ao tempo do trabalho. Já a “recreação” relaciona-se com as vivências que podem preencher o tempo do lazer. E por fim a “ludicidade” traz a dimensão do estado e das atitudes dos sujeitos mediante algumas atividades humanas. Agora reflita um pouco: quais são as atividades que você escolhe para realizar em seu tempo de descanso? Quando e onde vivencia atividades recreativas? Que sentimentos experimenta durante estas práticas e atividades? Qual a importância delas em sua vida? Bem, se você escolheu fazer um curso de qualificação profissional para se tornar um Monitor de Atividades de Lazer é provável que se identifique e valorize estas práticas humanas. Pense um pouco sobre como, em seu cotidiano, você impacta a vida dos que convive (familiares, amigos, colegas de trabalho e estudos) propiciando momentos e atividades que proporcionem alegria, descontração, entretenimento, diversão, etc. Esse é um primeiro passo. 15 Agora vamos continuar estudando sobre a importância do lazer, da recreação e da ludicidade para os seres humanos. Observe a imagem abaixo e identifique algumas representações de atividades de lazer, que também podem ser consideradas como atividades recreativas. PARA SABER MAIS: Leia os trechos retirados do texto: LUDICIDADE DO ADULTO, de autoria de Nubia Rodrigues de Souza. O texto completo está disponível em: https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1293.pdf BRINCAR E O JOGAR COMO RECURSOS TERAPÊUTICOS, SUA AÇÃO E BENEFÍCIOS. 1 O brincar e o jogar são fundamentais para o exercício pleno de uma vida saudável. O ato de brincar, assim como nos animais, é um instinto inato. E é através destas atividades que a criança se desenvolve, tanto fisicamente quanto psicologicamente e emocionalmente. (…) Que o lúdico e o brincar são importantes na infância, já é algo explicitado por muitos autores, dentre muitos outros profissionais que atuam com crianças e especialistas em infância; mas esse brincar pode trazer algum benefício a indivíduos na fase adulta? Winnicott argumenta sobre a importância da ludicidade e o brincar nesta fase: “É no brincar, e somente no brincar, que o indivíduo, criança ou adulto, pode ser criativo e utilizar 1 Souza, Núbia Rodrigues de; LUDICIDADE DO ADULTO: Como recursos lúdicos podem ser utilizados para o auxílio nos processos de enfrentamento em casos de transtorno de ansiedade e depressão. Brasil, 2019. Disponível em: https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1293.pdf Disponível em: https://br.freepik.com/vetores-premium/passatempo-de-pessoas-personagens-criativos- artisticos-de-homem-e-mulher-fazendo-coisas-favoritas. https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1293.pdf 16 sua personalidade integral: e é somente sendo criativo que o indivíduo descobre o (eu) self”. (…) Estudos indicam que os resultados obtidos a partir de experiências com o brincar na vida adulta são favoráveis quanto os resultados apresentados na infância, pois o sujeito segue desenvolvendo, ou minimizando eventuais perdas das capacidades físicas, psicológicas e sociais. O Brincar e o jogar também são responsáveis pela produção de hormônios conhecidos popularmente como “hormônios da felicidade”; a dopamina, endorfina, serotonina e oxitocina. A dopamina, responsável por auxiliar no “movimento, memória, a recompensa agradável, comportamento e cognição, atenção, inibição de produção do prolactina, sono, humor e aprendizagem”. Eles são liberados quando uma meta desejada é alcançada, ou quando se obtém pequenas vitórias no dia a dia como em um jogo ou brincadeira. Endorfina, liberadas em atividades físicas, e em momentos de distração e lazer em grupo, elas são capazes de diminuir a dor, além de propiciar a melhoria nos laços sociais, (…) Os efeitos agradáveis e calmantes da liberação da endorfina podem significar segurança e promover sentimentos de união. (…) Serotonina, liberada em atividades aeróbicas e relaxantes que despertam a sensação de felicidade e tomar sol, este hormônio está sendo estudado por farmacêuticos para o combate da depressão e outros transtornos mentais. A Oxitocina, conhecido popularmente como o “hormônio do amor”, tem sua produção a partir do relacionamento emocional, ela também é estimulada quando vemos “coisas fofas” como, bebês, filhotes, os estudos a partir da oxitocina indicam que ela tem grande influência nas relações sociais, (…) “evidência nos animais e nos seres humanos mostra que igualmente jogar tem um papel importante em regular comportamentos sociais.” Em sua revisão, o Dr. Cochran e os colegas encontraram a evidência da participação da oxitocina “na tomada de decisão social, avaliando e respondendo aos estímulos sociais, interações sociais da negociação, e na formação de memórias sociais” nos seres humanos.”(…) Brincar e o jogar podem ser utilizados como recurso terapêutico, para a estimulação dos hormônios citados acima com o intuito de levar o indivíduo a ter uma qualidade de vida, melhorar seus laços sociais, diminuição do estresse, estimulação psicomotricidade, aumentar a qualidade do sono e do descanso e assim obtendo uma crescente produtividade, aumento da criatividade, dentre outros benefícios que podem e são utilizados como instrumentos de auxílio nos processos de enfrentamento em casos de transtorno de ansiedade e depressão. “[...] O brincar contribui para o envelhecimento saudável, favorecendo o crescimento pessoal, desenvolvimento da autonomia, manutenção das capacidades físicas, cognitivas e emocionais, além de formar redes que auxiliam e facilitam sua socialização. Porém, deve-se entender que as retomadas feitas 17 através do brincar só são possíveis porque consideram sempre a história de vida do sujeito, com suas singularidades, valores e conceitos adquiridos durante a trajetória de vida. O objetivo é propor que esse adulto agregue todos seus valores concebidos ao longo de sua vida ao brincar por ele realizado.” TEORIA EM PRÁTICA: Prezado estudante, agora que você já compreendeu com maior profundidade alguns conceitos e suas relações que tal buscar ao seu redor as práticas recreativas escolhidas por diferentes pessoas para usufruir do tempo de lazer? Vamos também levantar o sentimento associado à vivência destas práticas. Então mãos à obra. Pesquise entre as pessoas com as quais você convive quais são as atividades preferidas realizadas por elas nos tempos de lazer e também quais são os sentimentos experimentados durante estas práticas. Compartilhe os resultados encontrados com o professor e seus colegas e busquem identificar pontos em comum. Para realizar esta atividade considere o modelo a seguir: Nome: Idade: Atividade de Lazer: Sentimento associado: 1 INDICAÇÕES DE LEITURA/AUDIOVISUAL: Assista ao trailer do vídeo TARJA BRANCA Disponível no endereço eletrônico: https://www.videocamp.com/pt/movies/tarja-branca, com duração de 12’46”. Perceba como “as brincadeiras infantis fazem parte da nossa formação social, intelectual e afetiva. Tarja Branca é um filme que defende a importância de continuar sustentando um espírito lúdico, que surge em nossa infância e que muitas vezes é esquecido diante das tarefas e rotinas da vida adulta”. https://www.videocamp.com/pt/movies/tarja-branca 18 2 QUIZ DE FIXAÇÃO: Sobre as ações e benefícios das atividades recreativase de lazer, marque a alternativa incorreta: a) As atividades recreativas e de lazer contribuem para a manutenção da saúde e o envelhecimento saudável. b) Na vida adulta, o brincar apresenta-se como atividade favorável espelhando os impactos apresentados na infância uma vez que o desenvolvimento humano é um processo contínuo, além disso, eventuais perdas das capacidades físicas, psicológicas e sociais são minimizadas. c) Os “hormônios da felicidade” são liberados quando uma meta desejada é alcançada, ou quando se obtém pequenas vitórias no dia a dia como em um jogo ou brincadeira. d) As atividades recreativas como o brincar e o jogar podem ser consideradas como recurso terapêutico, porém nenhum hormônio é estimulado com essas atividades. e) Através do brincar a criança ou adulto podem exercitar sua criatividade e utilizar sua personalidade de modo integral. 19 MÓDULO - 2 DIRETO AO PONTO: Neste módulo estudaremos um pouco sobre a cultura e as práticas culturais, as práticas corporais e as atividades físicas e como o lazer e a recreação se relacionam com estas práticas. A cultura pode ser entendida como conjunto de hábitos, comportamentos, crenças, práticas intelectuais, artísticas e sociais, saberes e fazeres que caracterizam determinado grupo. Neste sentido as práticas culturais são práticas partilhadas entre determinados grupos e/ou comunidades que incluem, entre outras, as que são direcionadas para a ocupação do tempo de lazer, como jogos, danças, músicas, brincadeiras, entre outros. Já as práticas corporais, que se caracterizam como vivencias e experiências geradas pela mobilização do corpo e suas estruturas no sentido de produzir movimentos, podem ser também, práticas culturais. As práticas corporais incluem as atividades físicas, mas não se limitam a elas. As tabelas apresentadas abaixo fazem parte de um estudo sobre experiências de lazer em tempos de pandemia. 3 TEODORO, A. P. E. G.; BRITO, G. A. P. de; CAMARGO, L. A. R.; SILVA, M. R. da; BRAMANTE, A. C. A Dimensão Tempo na Gestão das Experiências de Lazer em Período de Pandemia da Covid-19 no Brasil. LICERE - Revista do Programa de Pós- graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer, [S. l.], v. 23, n. 3, p. 126–162, 2020. DOI: 10.35699/2447-6218.2020.25305. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/licere/article/view/25305. Acesso em: 29 jul. 2021. 20 PARA SABER MAIS: Leia o trecho abaixo e compreenda melhor as diferenças e relações existentes entre Atividade Física e Práticas Corporais: (...) Há uma recomendação da Organização Mundial da Saúde para que os indivíduos façam com regularidade atividade física e práticas corporais a fim de manter a saúde. Porém, existe uma diferença no entendimento entre os conceitos: a atividade física está vinculada à física newtoniana e associada ao gasto energético e à ideia de ingestão calórica; as práticas corporais, por sua vez, privilegiam o modo de viver das pessoas e levam em consideração o ser humano em movimento e sua gestualidade. Tais atividades promovem o despertar da consciência e do cuidado de si e com o outro, levando as pessoas praticantes a uma maior sociabilização, explica Yara. Quando um indivíduo decide fazer dança, por exemplo, ele não o faz simplesmente porque quer perder peso. Há outras motivações que são determinantes da saúde, como as relações que se constituem a partir daquela ação, o encontro de pessoas para um bate papo e o sair de casa. Ao todo, existem mais de trezentas práticas em modalidades orientais e ocidentais: capoeira, danças, tai chi chuan, shiatsu, yoga, massagem, caminhada, jogos, brincadeiras, alongamento, lian gong e ginástica. (...) Trecho retirado do texto: “Práticas corporais são instrumento eficiente para a promoção da saúde coletiva” Disponível em: https://www5.usp.br/noticias/saude-2/praticas-corporais-sao-instrumento-eficiente-para- a-promocao-da-saude-coletiva/ TEORIA EM PRÁTICA: No módulo anterior estudamos sobre os benefícios das atividades recreativas e de lazer para a saúde e qualidade de vida dos seres humanos. Também já compreendemos que as atividades de lazer e recreação podem ser compostas por atividades físicas, esportivas, culturais, artísticas, intelectuais, etc. Faça um levantamento e registre as diversas atividades e práticas que você conhece e que podem ser utilizadas na mediação de atividades recreativas. Classifique-as de acordo com o estudado até aqui. INDICAÇÕES DE LEITURA/AUDIOVISUAL: E para ampliar seus conhecimentos leia o estudo completo, referente às tabelas https://www5.usp.br/noticias/saude-2/praticas-corporais-sao-instrumento-eficiente-para-a-promocao-da-saude-coletiva/ https://www5.usp.br/noticias/saude-2/praticas-corporais-sao-instrumento-eficiente-para-a-promocao-da-saude-coletiva/ 21 apresentadas no item “Recurso Visual” (https://periodicos.ufmg.br/index.php/licere/article/view/25305) e compreenda melhor os impactos da Pandemia na rotina de lazer e recreação dos brasileiros. Anexo 1 QUIZ DE FIXAÇÃO: 1. As práticas culturais compõem a lista de possibilidades de atividades que podem ser experimentadas no tempo de lazer. As práticas corporais também. São práticas culturais e corporais ao mesmo tempo, exceto: a) Danças folclóricas b) Brincadeira de pular corda c) Jogo de dama d) Tai Chi Chuan https://periodicos.ufmg.br/index.php/licere/article/view/25305 22 CONCEITOS ESTRUTURAIS DE PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO, FOMENTO E MEDIAÇÃO DA ATIVIDADE DE LAZER – 48h MÓDULO - 1 DIRETO AO PONTO: Neste módulo estudaremos um pouco sobre as características e diferenças de interesses entre os diversos tempos de desenvolvimento humano. E antes de qualquer coisa, para que o lazer seja uma referência geral, é necessário fazermos algumas considerações: é preciso que o lazer seja considerado como uma cultura a ser vivenciada no tempo livre dos cidadãos, depois de cumpridas suas obrigações profissionais, escolares, familiares e sociais, desde que cada um esteja livre para escolher o que melhor atenda as suas necessidades; o indivíduo que pratica o lazer deve ter uma relação muito próxima com seu ambiente, pois ele é influenciado por este último, como veremos mais adiante; a prática do lazer deve ser exercida em um tempo livre que proporcione novas experiências às pessoas envolvidas, contribuindo assim para a formação de um novo cidadão, mais alegre, mais questionador e mais relaxado; o lazer que esperamos é aquele que possua duplos fins, ou seja, que possibilite ao mesmo tempo descanso, divertimento e desenvolvimento pessoal e social. Neste sentido, resumidamente, devemos entender que para iniciarmos os estudos sobre o lazer e o entretenimento, devemos observar as atitudes que os envolvem, os valores proporcionados aos indivíduos, seus aspectos educativos, as barreiras para seu desenvolvimento e muitos outros elementos que vocês conhecerão de agora em diante. Muitas vezes deixamos de dar o devido valor para esta pequena palavra. No entanto, ela pode ser estimuladora da participação dos indivíduos, exercício de cidadania, geradora de emprego e renda e, também, propulsora do divertimento e do bem-estar. Observe no infográfico abaixo um resumo das principais características sobre o processo de socialização e os grupos sociais. 23 Disponível em: https://br.freepik.com/vetores-premium/conjunto-de-representacoes-de-varias-geracoes-conceito- de-grupos-sociais-tipo-de-geracao-silencioso-boomer-x-millenial-z-e-alpha-conjunto-de- ilustracao_10100195.htm#page=1&query=grupos%20sociais&position=5 PARA SABER MAIS: Leia os trechos retirados do texto: VARIÁVEIS SOCIOECONÔMICAS E O ENVOLVIMENTO NO LAZER: ANÁLISE COM A ESCALA DE PRÁTICAS NO LAZER (EPL). O texto completo está disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/licere/article/view/1779/1220VARIÁVEIS SOCIOECONÔMICAS E O ENVOLVIMENTO NO LAZER: ANÁLISE COM A ESCALA DE PRÁTICAS NO LAZER (EPL). O lazer tem assumido maior destaque nas recentes discussões em diferentes campos do conhecimento, como nas áreas da Saúde e Interdisciplinar, com abordagens variadas, as quais permeiam, desde questões econômicas abarcadas nos processos de desenvolvimento humano (DALGAARD; STRULIK, 2017), até aquelas envolvendo qualidade de vida e bem-estar (ZHANG et al., 2017). Diversas evidências empíricas indicam, inclusive, que o envolvimento com as atividades vivenciadas no contexto do lazer pode trazer ressonâncias positivas, tanto no campo da saúde física (LØVLIEN; MUNDAL; HALL-LORD, 2017; MEYER; ROSENBLUM, 2016), quanto associado à saúde psíquica (MUDRAK; et al., 2016; KLEIBER, 2016). Cada vez mais claramente, o lazer começa a ter seu reconhecimento como um direito social (GOMES; ISAYAMA, 2015). Considerado como um fenômeno sociocultural, o lazer é vivenciado e possui seu significado https://br.freepik.com/vetores-premium/conjunto-de-representacoes-de-varias-geracoes-conceito-de-grupos-sociais-tipo-de-geracao-silencioso-boomer-x-millenial-z-e-alpha-conjunto-de-ilustracao_10100195.htm#page=1&query=grupos%20sociais&position=5 https://br.freepik.com/vetores-premium/conjunto-de-representacoes-de-varias-geracoes-conceito-de-grupos-sociais-tipo-de-geracao-silencioso-boomer-x-millenial-z-e-alpha-conjunto-de-ilustracao_10100195.htm#page=1&query=grupos%20sociais&position=5 https://br.freepik.com/vetores-premium/conjunto-de-representacoes-de-varias-geracoes-conceito-de-grupos-sociais-tipo-de-geracao-silencioso-boomer-x-millenial-z-e-alpha-conjunto-de-ilustracao_10100195.htm#page=1&query=grupos%20sociais&position=5 https://periodicos.ufmg.br/index.php/licere/article/view/1779/1220 24 conforme interesses e possibilidades pessoais (GOMES, 2008). Tendo como principais elementos as relações com o tempo (disponível), com diversas formas de manifestações e linguagens, com os espaços e equipamentos, e com as atitudes e valores a ele associados, este fenômeno se potencializa como um elemento da cultura (GOMES, 2014). Ainda que o lazer já seja considerado entre os fatores que permeiam a percepção da qualidade de vida (BRAMANTE, 2004; DAVIM et al., 2008; ZHANG et al., 2017), a determinação dos motivos de envolvimento em atividades no âmbito do lazer é bastante complexa. Essa complexidade deriva do fato de que o lazer pode receber importância e significados pessoais diferenciados (RECHTER; SVERDLIK, 2016; JACK; SHE; LIN, 2016), sendo, portanto, dependente de diversos elementos envolvidos com o enredo psíquico de cada indivíduo, ou do valor social que recebe. São também fatores que podem influenciar o envolvimento com as atividades do contexto do lazer as expectativas pessoais, voltadas à busca por experiências diversificadas e a tendência em repetir as experiências positivas, em relação à mesma situação anteriormente vivenciada (CHENG; HUNG; CHEN, 2016). Também se mostram como fatores desencadeadores de processos motivacionais de envolvimento no lazer, a procura e o desejo por novas vivências, capazes de favorecer emoções inusitadas ou diferentes daquelas do cotidiano (HARMON; KYLE, 2016). A compreensão sobre a participação e o envolvimento, assim como, as estratégias e fatores que definem esses interesses no âmbito do lazer já começam a ser foco frequente em diversos estudos, em diferentes áreas do conhecimento (LEUNG; ZHANG, 2016; CHENG; HUNG; CHEN, 2016; SCHWARTZ et al., 2016). A possibilidade de compreensão sobre esses aspectos representa um importante elemento, inclusive, para que o mercado e os serviços associados às vivências do contexto do lazer, possam se ajustar e promover novas situações positivas. Entretanto, para que se possa entender a pluralidade de interesses, deve-se levar em conta, inclusive, as variáveis socioeconômicas envolvidas, uma vez que estas podem representar aspectos motivadores ou limitadores do envolvimento em atividades diversas (HANKONEN et al., 2017). No entanto, não se sabe ainda, o quanto e como essas variáveis impactam efetivamente o campo do lazer. Portanto, esses aspectos relativos ao impacto dos fatores socioeconômicos no envolvimento com as atividades do contexto do lazer são bastante complexo e não estão suficientemente esclarecido, carecendo elucidação, haja 25 vista que representam uma lacuna a ser devidamente explorada nas produções acadêmicas, instigando o desenvolvimento deste estudo. Diante disso, e levando-se em consideração que as variáveis socioeconômicas podem afetar as decisões de adoção de estilo proativo no lazer, este estudo se propõe a analisar as atividades vivenciadas no lazer, por meio da Escala de Práticas no Lazer (ELP) (ANDRADE et al., 2017, no prelo), tomando como foco as variáveis socioeconômicas, contribuindo para novas reflexões sobre esta temática. TEORIA EM PRÁTICA: Prezado estudante, agora que você já compreendeu com maior profundidade alguns conceitos e suas relações que tal refletir como você pratica o lazer em sua cidade? E para praticar, busque as alternativas de lazer gratuito que seu município oferece à população e elenque as alternativas em um quadro indicando dias de funcionamento, horários, público- alvo e restrições, se houver. Compartilhe os resultados encontrados com o professor e seus colegas e busquem identificar pontos em comum. Para realizar esta atividade considere o modelo a seguir: Atividade de Lazer Dias de funcionamento Horários Público-alvo Restrição? Qual INDICAÇÕES DE LEITURA/AUDIOVISUAL: Assista a série de três vídeos, intitulados de Processo de Socialização, do canal Sociologia com a Gabi, que fala sobre o processo de socialização e como ele influencia a vida dos indivíduos em sociedade. Vídeo 1: Mecanismos e Níveis de Socialização: Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=hwVQtjIaKn4>. Vídeo 2: Instituições Sociais: https://www.youtube.com/watch?v=hwVQtjIaKn4 26 Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=YPRk8yTSR8w>. Vídeo 3: Controle Social. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=5i9tDCOeWSg>. QUIZ DE FIXAÇÃO: Escreva no caça-palavras os nomes dos principais grupos sociais definidos pela sociologia. 1. Grupo constituído pela família. 2. Grupo constituído pela vizinhança. 3. Grupo constituído pela escola ou faculdade. 4. Grupo formado por uma instituição religiosa. 5. Grupo constituído em clubes ou associações. 6. Grupo constituído em escritórios, empresas ou lojas. 7. Grupo constituído por um partido ou organização política https://www.youtube.com/watch?v=YPRk8yTSR8w https://www.youtube.com/watch?v=5i9tDCOeWSg 27 Módulo - 2 DIRETO AO PONTO: Neste módulo estudaremos um pouco sobre a protocolos de segurança no contexto das atividades de lazer. Para iniciar, você sabe o que é o lazer ativo? É o tipo de recreação que utiliza atividades motoras (exige-se o aspecto físico), como jogos infantis e esportes em geral; atividades intelectuais (a mente é mais utilizada) como jogo de xadrez, quebra- cabeça; atividades artísticas ou criadoras (exige aptidões pessoais, habilidades motora e intelectual) como a pintura, o desenho, a escultura, o teatro, a música etc.; atividades de risco (nas quais muitas vezes o participante corre riscos) como paraquedismo, mergulho em grandes profundidades, voo livre, escaladas, rapel e muitas outras com características de aventura. Neste contexto, temos as atividades de aventura, conhecidas também como esportes radicais e têm como principal característica colocar o praticante em situação de risco controlado, proporcionando uma descarga de adrenalina de maior intensidade do que nos esportes tradicionais. Essas atividades, por sua vez, acabam gerando uma sensação de bem-estar que, somada à satisfação de superaçãodos próprios limites, constituem fatores determinantes para o aumento do número de participantes e praticantes dessas atividades. Nesta dinâmica contraditória das atividades de aventura na natureza, prevalecem, no entanto, o espírito de cooperação e a vontade de estar junto, permeando a atividade e fazendo com que a distinção entre o melhor ou o menos capacitado não seja, na maioria das vezes, um fator de exclusão, de fato. Para os praticantes, nas atividades de aventura na natureza, a cooperação, além de ser um estímulo, apresenta-se, também, como uma questão que envolve a segurança do outro e de si mesmo. O risco pode expor, de fato, o praticante à possibilidade de se machucar ou, até mesmo, de morrer. Habilidades pessoais, decisões corretas e prudentes e auxílio de aparelhos tecnológicos contribuem para aumentar o senso de segurança na atividade. Ter conhecimentos básicos de primeiros socorros é fundamental. Afinal, nunca se sabe quando será preciso colocá-los em prática. Em todo caso, em qualquer emengência, solicite a ajuda dos profissionais de socorro disponíveis em sua região, como SAMU, corpo de bombeiros, entre outros. O infográfico apresentado abaixo apresenta os passos na cadeia de sobrevivência do afogamento. 28 Commons wikimédia. Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4f/Cadeia_sobrevivencia_afogamento_2014_com_texto.jpg > . Acesso em 01 ago. 2021 PARA SABER MAIS: Disponível em: http://seer.ufrgs.br/Movimento/article/download/5756/3364 Leia o trecho abaixo retirado do texto: “Lazer, Aventura e Risco: reflexões sobre atividades realizadas na natureza” e compreenda melhor sobre os riscos em algumas atividades de lazer, principalmente ligadas as atividades de aventura: Os indivíduos constituem-se e desenvolvem-se em novas e diferentes condições sociais, econômicas, políticas e culturais. Nesse processo de construção de identidades e de socialização, o lazer é um elemento fundamental. Existe um certo consenso no que se refere ao lazer como dimensão cultural, vivido por diferentes grupos, havendo cruzamento de intenções e de identidades diversificadas. Neste sentido, pode-se salientar que o processo de mundialização da cultura (ORTIZ, 2000),não produz uma uniformidade cultural, como muitos sugerem existir; contrariamente a isso, ele nos torna conscientes de novos níveis de diversidade e das inúmeras facetas existentes na cultura. Nesta perspectiva, o desenvolvimento do lazer e do turismo não deve ser considerado simplesmente como uma questão de números – fato este que traz dados interessantes, principalmente para a economia – mas, principalmente, como uma mudança qualitativa de utilização do tempo livre em uma sociedade “dita” globalizada. Igualmente, as viagens não se constituem em meros deslocamentos. Diferentemente disso, são expressões de mudanças na própria concepção de tempo disponível das pessoas, assim como as http://seer.ufrgs.br/Movimento/article/download/5756/3364 29 diferentes formas de vivências no lazer, aqui exemplificadas pelas atividades de aventura na natureza. TEORIA EM PRÁTICA: No módulo anterior você elencou as atividades de lazer gratuitas em sua cidade. Nesse módulo entendemos a importância de protocolos de segurança nas diversas atividades de lazer e já compreendemos que as atividades de lazer e recreação podem ser compostas por atividades físicas, esportivas, culturais, artísticas, intelectuais etc. Neste sentido, faça um levantamento e registre os protocolos de segurança que existem nestas atividades e indique quais delas possuem a presença de um monitor. INDICAÇÕES DE LEITURA/AUDIOVISUAL: Assista ao vídeo intitulado “Noções Básicas de Primeiros Socorros”, apresentada por Alexandre Martins, instrutor de bombeiros, que dá dicas preciosas para salvar vidas aplicando técnicas de primeiros socorros. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3YOxB-GMnfU>, com duração de 16min01. QUIZ DE FIXAÇÃO: O que pode se fazer com a vítimas de ferimentos leves antes de chegar ou leva-lo ao socorro especializado? a) Lavar o(s) ferimento(s) com água corrente. b) Acalmar a vítima e dar algo para ela beber. c) Fazer curativo(s). d) Mostrar para vítima que poderia ser pior, acalmando a vítima. 30 FERRAMENTAS PARA ELABORAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E EXECUÇÃO DE ATIVIDADES DE LAZER – 48 h MÓDULO 1 DIRETO AO PONTO: Neste módulo estudaremos sobre jogos e brincadeiras tradicionais, jogos e brincadeiras contemporâneas e as tecnologias digitais. E antes de qualquer coisa, vamos conhecer alguns conceitos: Huizinga (apud NEUENFELDT, 2005, p. 165) define o jogo como: [...] uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo certas regras, livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente da vida cotidiana. Como foi abordado anteriormente, o grande desafio em executar propostas de lazer através dos jogos, visando à ludicidade, é justamente o limite de tempo e espaço estipulado nos jogos, que contraria o espírito de liberdade e fruição inerentes às atividades lúdicas. Como vimos na seção anterior, as traduções tiveram grande influência na confusão entre os nomes lazer e recreação, que têm como propostas básicas os jogos e as brincadeiras. Esses jogos e brincadeiras tomam dimensões diferentes quando aplicados nas escolas, com a denominação de recreação escolar, com caráter pedagógico, e quando aplicados em ambiente extraescolar, com caráter de lazer. O que não implica a ausência de ferramentas pedagógicas nas propostas elaboradas fora da escola (MELO; ALVES JÚNIOR, 2006). “É por meio das brincadeiras, brinquedos e jogos que o indivíduo estabelece relação com o mundo em que vive [...]” (COSTA e SILVA; GONÇALVES, 2010 p. 9), como jogos tradicionais, jogos e brincadeiras circenses, jogos teatrais, jogos cooperativos, jogos empreendedores. Referências: COSTA e SILVA, Tiago Aquino da; GONÇALVES, Kaoê Giro Ferraz. Manual de lazer e recreação: o mundo lúdico ao alcance de todos. Informe Phorte, Rio de Janeiro, v. 13, n. 27, p. 8-09, abr./set. 2010. GARCIA, Roberto Alves. Educação física e lazer. Pinheiral: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, 2011. 76 p. 31 MELO, Vitor Andrade de; ALVES JÚNIOR, Edmundo de Drummond. Introdução ao lazer. Barueri: Manole, 2003. NEUENFELDET, Derli Juliano. O resgate do elemento lúdico no esporte: uma reeducação esportiva para o homem do terceiro milênio. Ação e Movimento, São Paulo, n. 2, p. 164-170, maio/jun. 2005. Os seres humanos, apesar de pertencerem à mesma raça, têm características diferentes, influenciadas pelas respectivas culturas. Em princípio notamos uma discriminação das propostas de lazer em relação às mulheres, às crianças e aos idosos, sendo percebida uma preferência pela indústria do lazer na elaboração de propostas voltadas para a juventude, em especial do sexo masculino (MARCELLINO, 2006). Para entender melhor, verifique um comparativo entre o lazer físico de homens e mulheres, observando o Quadro a seguir. Quadro – Lazer físico de homens e mulheres, realizado via pesquisa * atividades de lazer físico mais praticadas pelos acadêmicos Disponível em: https://www.efdeportes.com/efd92/lazer.htm MARCELLINO, Nelson Carvalho (Org). Lazer e cultura. Campinas: Alinea, 2007. PARA SABER MAIS: Leia os trechos retirados do texto: Inclusão social de pessoas com deficiências e necessidades especiais: cultura, educação e lazer. 32 As atividades lúdicas, tais como os jogos, brinquedos, brincadeiras, têm como base o prazer ou o gosto de realizá-las, enquanto o lazer é, via de regra, interpretado como o tempo para atividades prazerosas com um sentido de descansodas atividades de trabalho ou obrigações. Ressaltando o sentido humanizador das atividades lúdicas, Mello (2003) pondera que as atividades de lazer constituem um dos possíveis espaços para a recuperação do lúdico, uma vez que elas são um dos canais possíveis de transformação cultural e moral da sociedade. Na relação trabalho-lazer, frequentemente interpretada como de oposição, Arendt (1997, p. 139) pontua que a verdadeira oposição em que se baseia é entre necessidade e liberdade, e completa que "é realmente notável observar como é plausível, ao pensamento moderno, ver no lazer uma fonte de liberdade". Relacionado a isso, Vash (1988) considera que o lazer tem dupla natureza, sendo a um só tempo fonte de gratificação e de otimização do sucesso em atividades relativas à sobrevivência, desempenhando funções distintas para diferentes pessoas. Assim, "as pessoas devotadas às ocupações do trabalho, do lar ou da escola, podem usá-lo primariamente para recuperação, relaxamento e/ou renovação; enquanto as que estão aborrecidas em trabalhos podem usá-lo como a fonte primária de recompensa na vida" (Vash, 1988, p. 126). Essas e outras possíveis funções do lúdico e do lazer têm suscitado as mais diversas abordagens sobre o lazer, envolvendo, historicamente, dificuldades semânticas em razão da diversidade de termos e seu imbricamento nos estudos e discussões desenvolvidos na área. Cuidadoso levantamento do estado da arte nos estudos sobre lazer no Brasil, nos séculos XX e XXI, foi realizado por Peixoto (2007), que aponta a dificuldade "de produzir marcos categoriais dos estudos do lazer claramente delimitados", destacando como exemplo a teia escola / educação / processos pedagógicos / jogo / brinquedo / brincadeira / lúdico / lazer. A autora constatou, ainda, que "todas as discussões que abordam o problema da educação para e pelo lazer passam por essa teia de categorias, cujos significados variam conforme os referenciais teóricos e as visões de mundo de que partem os pesquisadores". Outra implicação para a área do lazer e seu estudo decorre da tradicional descrença sobre sua importância para o desenvolvimento e para a qualidade de vida do ser humano. Nesse sentido, Peres e colaboradores (2005) destacam em sua pesquisa sobre lazer, esporte e cultura que, em contextos de grande desigualdade e exclusão social, essa temática 33 concorre, aparentemente, "com outras temáticas e necessidades vistas como mais importantes e básicas para a qualidade de vida. Assim, o direito ao lazer e à cultura frequentemente aparece como um aspecto secundário, senão de viés elitista". Dentre atividades profissionais terapêuticas, educacionais e de pesquisa que focalizam o lazer para pessoas com síndrome de Down, Blascovi-Assis (2001) registra a propriedade da educação dessas pessoas pelo lazer e para o lazer. Também segundo essa autora, o direito ao lazer para esse segmento da população é interpretado, via de regra, como de pouca importância ou sob o prisma da superficialidade diante de outras necessidades apresentadas por tais pessoas, como tratamentos de saúde e educação tidos como necessários. Atualmente tem se observado crescente valorização das atividades de lazer para a melhoria da qualidade de vida, no entanto, vale lembrar, o segmento da população de pessoas com deficiências tem sido tradicionalmente desconsiderado nas políticas sociais e culturais. Só muito recentemente tem havido tal preocupação por parte das autoridades públicas oficiais e da própria sociedade civil. No plano internacional, no início dos anos 1990, a Declaração de Cartagena de Índias sobre Políticas Integrais para Pessoas com Deficiências na Região Ibero-Americana, aprovada na Conferência Intergovernamental Ibero-Americana ocorrida em Cartagena de Índias (Colômbia), em outubro de 1992, incluiu recomendações para as áreas de cultura e lazer. Tal Declaração, em consonância com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, com a Declaração dos Direitos da Pessoa com Deficiência, de 1975, bem como com o Programa de Ação Mundial para Pessoas com Deficiência, de 1982, dentre outros documentos internacionais, recomenda explicitamente que sejam eliminados os obstáculos estruturais, técnicos e atitudinais restritivos da participação de pessoas com deficiência em atividades culturais, recreativas e desportivas. Alerta para a necessidade de melhoria dos acessos a ambientes culturais, desportivos e turísticos. Registra que os guias turísticos e monitores de atividades de lazer devem conter o máximo possível de informações sobre a acessibilidade dos meios de transporte, hotéis, restaurantes e equipamentos culturais e desportivos" (Brasil, 1996, p. 91). No Brasil, a partir da Constituição Federal de 1988, tem havido disposições legais e normativas focalizando o lazer para essas pessoas priorizando as condições de acessibilidade. Constata-se que, embora ainda de modo incipiente, cinemas, teatros, museus, parques e outras áreas destinadas ao lazer e à cultura têm sido projetados, construídos ou adaptados contemplando o acesso das pessoas com deficiências e que 34 tenham necessidades especiais, de modo a diminuir os obstáculos à sua participação e à melhor utilização em situação de inclusão social. MAZZOTTA, M. J. S.; D´ANTINO, M. E. F. Inclusão social de pessoas com deficiências e necessidades especiais: cultura, educação e lazer. Saúde Soc. São Paulo, v.20, n.2, p.377- 389, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/sausoc/a/mKFs9J9rSbZZ5hr65TFSs5H/?lang=pt&format=pdf. Acesso em 02 ago. 2021 TEORIA EM PRÁTICA: Imagine que você, como Monitor de Atividades de Lazer, é contratado para uma festa de fim de ano em clube onde o número esperado de participantes é de 20 pessoas e, para sua surpresa, aparece o dobro. Consequentemente, sabe-se que o material esportivo/recreativo que você preparou, como, bolas, mesas de pingue-pongue, mesas de futebol totó, entre outros, não é suficiente. Que posicionamento você deverá tomar para que consiga atender a todos e garantir todos usufruindo de uma atividade de lazer monitorada? Elabore uma síntese com sua argumentação e compartilhe com seus colegas. INDICAÇÕES DE LEITURA/AUDIOVISUAL: Assista ao curta metragem “Ian, uma história comovente”, do canal Fundación lan, Disponível no endereço eletrônico: https://www.youtube.com/watch?v=6dLEO8mwYWQ, com duração de 9min45 e permita-se ser tocado pela linda história que nos mostra que a dimensão da ludicidade está presente em todos os seres humanos. Nosso compromisso deve ser sempre pensar e agir em prol de uma sociedade cada vez mais solidária e inclusiva. QUIZ DE FIXAÇÃO: Preencha as lacunas no texto disponibilizado a seguir, completando com as palavras disponíveis: Para elaborar, estrutura e mediar atividade de lazer é importante considerar características gerais e específicas dos ___________ que compõem o público alvo a ser atendido. Fatores como ___________, condições físicas, emocionais e _________ , além dos contextos sociais e __________ onde as práticas estão inseridas podem direcionar a escolha de atividades, ____________e materiais. É importante também considerar princípios relacionados à ____________, garantindo que as atividades planejadas contemplem o direito de todos os https://www.scielo.br/j/sausoc/a/mKFs9J9rSbZZ5hr65TFSs5H/?lang=pt&format=pdf 35 sujeitos à vivência plena do lazer. MÓDULO 2 DIRETO AO PONTO: Neste módulo estudaremos um pouco sobre Lazer, diversidade e inclusão. Você sabia que o lazer é garantido na nossa constituição? E para todos? O lazer faz parte do direito à cidadania, a própria Constituição Federal no capítulo II, artigo 6º aponta: “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância,a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição” (BRASIL 1988). Ainda regendo a constituição, o Art. 8º da lei aponta que é dever do Estado, da sociedade e da família assegurar a efetivação dos direitos da pessoa com deficiência. Em seu capítulo IX estão assegurados especificamente o direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer. Portanto, considerar a diversidade é possibilitar à pessoa com deficiência o exercício pleno de sua cidadania. A inclusão é um processo que não envolve apenas as pessoas com deficiência, considerando que não basta haver leis governamentais destinadas especificamente a esses indivíduos, mas tentar compreender os fatores externos que os levam a usufruir ou não o ambiente urbano. Pensar na acessibilidade é essencial para o usufruto adequado dos espaços de lazer da cidade. No entanto, outra questão a ser igualmente abordada é o acesso no âmbito da mobilidade urbana. Sendo assim, precisamos considerar a necessidade, a exemplo de uma educação pelo lazer e para o lazer, de que as instituições envolvidas nesta problemática, devem fomentar a educação pela inclusão e, principalmente, para a inclusão em todos os espaços de lazer das cidades democraticamente. Ou seja, a educação “pela” inclusão da pessoa com deficiência nos espaços de lazer só se concretiza a partir do momento que sejam percebidas como um “todo constituinte”, ou seja, os espaços de lazer das cidades devem receber, acolher e atender todas as pessoas sem distinção. Ter conhecimentos sobre a dimensão humana e o correto conceito de inclusão é muito importante. O infográfico apresentado abaixo apresenta como são divididas as cinco perspectivas da dimensão humana. 36 PARA SABER MAIS: Leia o trecho do texto retirado do site https://guiaderodas.com denominado “Acessibilidade em parques, praças e espaços livres” de Cristiane Kröhling Bernardi “Podemos considerar que um espaço público de qualidade é aquele que permite acesso a todos oferecendo condições básicas de conforto e segurança. Segurança se conquista com a presença de pessoas, com usos diversificados, com espaços permeáveis ao olhar e ao caminhar. Conforto pode estar associado a uma boa infraestrutura. Sob este prisma, é imediato supor que os parques com rampas, sanitários e bons equipamentos estariam aptos a receber pessoas com deficiência. Não é bem assim. Rampas, sinalização e sanitários são essenciais, mas não são suficientes para tornar um lugar acessível. Dimensional • Refere-se a aspectos quantitativos como a altura, peso, tamanho e largura dos membros. • Fornece os dados que possibilitam a consideração de aspectos ergonômicos e de design universal nos projetos. Perceptiva • Refer-se à variação decorrente da perda dos sentidos por parte da população, maximizada pelo grau, que interfere na forma de relacionamento com o meio físico. Motora • Ao contrário do que se pensa, os problemas de mobilidade não estão restritos aos cadeirantes. • Carência diversa decorrentes da falta de mobilidade devem ser consideradas durante um projeto universal. Cognitiva Interfere na capacidade de recpção e processamento de informação, na orientação espacial e temporal. Inclui problemas de memória, orientação e dificuldades na fala, leitura, escrita ou compreensão de palavras. Demográfica Refere-se à variação humana decorrente do envelhecimento da população e ao aumento das migrações, que configuram aspectos determinantes na diversidade cultural e funcional. https://guiaderodas.com/ 37 Em várias partes do mundo têm-se estimulado o uso da bicicleta como meio modal, tem-se defendido conceitos urbanísticos onde o “morar perto” é mais que comodidade, é sustentabilidade. Mas na prática, os percursos entre a moradia e os espaços de lazer são sempre cheios de barreiras e desafios para o pedestre. A dificuldade se amplia progressivamente à medida que a deficiência é severa. Ao sair de casa, ainda que possamos encontrar situações favoráveis no nosso destino, as barreiras poderão ser intransponíveis ao longo do trajeto. A acessibilidade tem início na cidade, na qualidade das calçadas e travessias e na eficácia da sinalização e do transporte. (...) O MOBILIÁRIO Nos últimos anos surgiram em várias partes do país, parques com brinquedos adaptados motivados pelas Leis 10.098/2000 e 13.443/2017, que estabeleceram a obrigatoriedade de brinquedos e equipamentos acessíveis na razão de 5% em parques de diversão e espaços públicos. Para cumprir os princípios do Desenho Universal, os brinquedos devem permitir que crianças com e sem deficiência possam brincar juntas. Esse é o primeiro passo para a formação de um adulto que sabe respeitar as diferenças. Os brinquedos devem favorecer a comunicação através de imagens e texturas, a troca de olhares, o desenvolvimento corporal, a interação em alturas e distâncias distintas, a alta estima e o convívio social. Mas a acessibilidade nos parques infantis extrapola o universo da criança, pois pode ser que a deficiência seja dos pais. Nesse sentido, todos os espaços e seus equipamentos devem abranger as mais diversas necessidades, criando condições de socialização e interação irrestrita. Equipamentos como sanitários, trocadores e bebedouros, devem permitir que os pais com deficiência tenham autonomia para acompanhar seus filhos. Mapas táteis e informações visuais e em braile também são essenciais. Os bebedouros devem garantir aproximação e uso autônomo, bancos devem permitir acomodar pessoas em cadeiras de rodas ao lado dos assentos e todo o conjunto de equipamentos deve ser pensado e passar por manutenção constante. Alguns parques oferecem roteiros turísticos, ecológicos e esportivos voltados para pessoas com deficiência, incluindo trilhas sensoriais, passeio às cegas, arvorismo e até saltos de paraquedas. Essas atividades se realizam na plenitude quando permitem que pessoas com e sem deficiência tenham a mesma experiência. (...)” 38 Disponível em: https://guiaderodas.com/acessibilidade-em-parques-pracas-e-espacos-livres/. Acesso em 03/08/2021 TEORIA EM PRÁTICA: No módulo anterior você elencou as atividades de lazer gratuitas em sua cidade. Nesse módulo compreendemos melhor a importância de considerar os princípios da inclusão e da acessibilidade para o planejamento e a mediação de atividades de lazer, refletindo também sobre adaptações possíveis e necessárias em materiais, equipamentos e espaços públicos. Tudo isto está relacionado com o Desenho Universal. Agora, considerando a leitura do trecho apresentado no “Para saber mais” faça uma avaliação sobre os espaços públicos identificados na atividade do módulo anterior em relação aos princípios da acessibilidade e da inclusão. Escolha um dos espaços e proponha alternativas para que se tornem mais acessíveis e inclusivos. INDICAÇÕES DE LEITURA/AUDIOVISUAL: Até aqui você se empenhou bastante! Parabéns pelo esforço! Então agora, que tal uma pausa nas atividades de leitura e escrita, com continuidade do processo formativo? Assista ao filme “Mais Vivos do que Nunca” e conheça a história do Dr. Ludwig Guttmann, considerado o pai das paraolimpíadas, e sua proposta à época ousada e inovadora de incluir atividades físicas e esportivas no processo de reabilitação de pessoas com deficiência. QUIZ DE FIXAÇÃO: Segundo o Estatuto da Pessoa com Deficiência, incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar, e... Assinale a alternativa que apresenta a única resposta incorreta: a) No mínimo 5% (cinco por cento) de cada brinquedo e equipamento de lazer existentes nos locais referidos no caput devem ser adaptados e identificados, tanto quanto tecnicamente possível, para possibilitar sua utilização por pessoas comdeficiência, inclusive visual, ou com mobilidade reduzida. b) Acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a atividades recreativas, esportivas e de lazer, no sistema escolar. c) A pessoa com deficiência tem direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer em igualdade de oportunidades com as demais pessoas. d) Não é assegurada a participação da pessoa com deficiência nas atividades de lazer em espaços públicos, por falta de políticas públicas específicas. https://guiaderodas.com/acessibilidade-em-parques-pracas-e-espacos-livres/ 39 RESPOSTAS QUIZ DE FIXAÇÃO UC FORMAÇÃO PARA A VIDA: UMA CONSTRUÇÃO PERMANENTE MÓDULO - I Alternativa correta: essa; esta; eu. Resposta Comentada: “Essa caneta”, porque a caneta está mais próxima da pessoa com quem o interlocutor está falando. “Esta”, porque o interlocutor tem a caneta com ele. “Eu”, porque na conjugação de verbos usa-se sempre pronome pessoal do caso reto. MÓDULO - II Resposta Comentada: Reajuste = 15% de 500 = 0,15 x 500 = 75 = R$75,00 MÓDULO - III Resposta Comentada: Letra E O valor máximo de faturamento do MEI dentro de um ano-calendário, em 2021, é de R$ 81.000,00, e teve um grande crescimento ao longo dos anos, que quando foi lançado, o limite de faturamento era de R$36.000,00. UC FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA RECREAÇÃO E DO LAZER MÓDULO - I Resposta Comentada: Alternativa incorreta: d Na experimentação de atividades lúdicas ocorre a produção e liberação de diversos hormônios importantes para a saúde e bem-estar humanos. MÓDULO - II Resposta Comentada: Letra c Apesar de ser um jogo tradicional e muito divertido, a Dama não pode ser considerada prática corporal pois para vivenciá-la os participantes mobilizam, essencialmente, habilidades intelectuais. 40 UC CONCEITOS ESTRUTURAIS DE PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO, FOMENTO E MEDIAÇÃO DA ATIVIDADE DE LAZER MÓDULO - I Resposta Comentada: MÓDULO - II Resposta Comentada: Para elaborar, estruturar e mediar atividade de lazer é importante considerar características gerais e específicas dos sujeitos que compõem o público-alvo a ser atendido. Fatores como faixa etária, condições físicas, emocionais e cognitivas, além dos contextos sociais e culturais onde as práticas estão inseridas podem direcionar a escolha de atividades, equipamentos e materiais. É importante também considerar princípios relacionados à acessibilidade, garantindo que as atividades planejadas contemplem o direito de todos os sujeitos à vivência plena do lazer. Como estudamos ao longo deste módulo, além dos tempos, espaços e recursos materiais disponíveis, é importante considerar generalidades e singularidades dos públicos-alvo a serem atendidos na elaboração, organização e execução de atividades de lazer, priorizando escolhas que contemplem princípios da acessibilidade e da inclusão. 41 UC FERRAMENTAS PARA ELABORAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E EXECUÇÃO DE ATIVIDADES DE LAZER MÓDULO - I Gabarito: equipamentos - faixa etária – acessibilidade -sujeitos – cognitivas – culturais MÓDULO - II Resposta Comentada: Letra D É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania, tanto em espaços de lazer públicos, quanto privados. Anexo 1: (Arquivo em PDF) Teodoro, A. P. E. G., Brito, G. A. P. de, Camargo, L. A. R., Silva, M. R. da, & Bramante, A. C. (2020). A Dimensão Tempo na Gestão das Experiências de Lazer em Período de Pandemia da Covid-19 no Brasil. LICERE - Revista Do Programa De Pós-graduação Interdisciplinar Em Estudos Do Lazer, 23(3), 126–162. https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.25305 42 ANEXOS: Os anexos citados ao longo deste material tem a função de complementar e/ou aprofundar as aprendizagens dentro dos temas propostos. Os arquivos dos anexos serão disponibilizados para você por seus professores de acordo com a programação de cada aula e unidade curricular.