Buscar

ESAB - Educação, Aprendizagem e Desenvolvimento

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 126 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 126 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 126 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO DE: 
 
EDUCAÇÃO, APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO 
 
 
 
 
 
 
AUTORIA: 
 
MARIA DA RESSURREIÇÃO COQUEIRO BORGES 
 
 
 
 
 
Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
2
Módulo de: Educação, Aprendizagem e Desenvolvimento 
Autoria: Maria da Ressurreição Coqueiro Borges 
 
Primeira edição: 2008 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os direitos desta edição reservados à 
ESAB – ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL LTDA 
http://www.esab.edu.br 
Av. Santa Leopoldina, nº 840/07 
Bairro Itaparica – Vila Velha, ES 
CEP: 29102-040 
Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
3
Apresentação 
Caros (as) alunos e alunas, 
Seduzida por uma antiga paixão que é o ato de educar, acredito que ensinar a ler e a 
escrever é mais que uma revolução. É o descortinamento de vida, de saberes, de revelações 
e ações. 
Sou a tutora de cada um e de cada uma de vocês. Vamos ler refletir e considerar 
proposições sobre Educação, Aprendizagem e Desenvolvimento. O nosso objetivo é lhes 
possibilitar a compreensão e entendimento sobre a importância do conhecimento da 
Psicologia da Aprendizagem e dos seus mais importantes teóricos no tangente a contribuição 
para a educação e do processo ensino-aprendizagem e para o fortalecimento das suas 
convicções pedagógicas como psicopedagoga (o). 
Este módulo tem a pretensão de contribuir para a pesquisa e esclarecimento de ideias, em 
momento algum denota originalidade, uma vez que organizamos textos, pensamentos, de 
autores consagrados pela academia científica aguçando o desejo de procurar, de buscar 
cada vez mais saberes e, acrescentá-los aos que vocês já possuem. É com este respeito 
que me coloco como tutora acadêmica de cada um e de cada uma. 
Pensar em uma profissão significa esboçar um projeto de vida. Agora mais do que descobrir 
a vocação é fazer dela um instrumento de construção e intervenção no mundo. 
É adaptar-se ao mundo de maneira crítica, é saber que a educação não é a solução para 
tudo, mas é a porta para caminhos infinitos. 
Temos que ter a consCiência que sonhos não devolvem o que há mais de 500 anos vem 
sendo tirado da gente, mas temos a certeza de que dignidade, ética, igualdade não devem 
apenas ser escritas em versos e sonhos, mas devem ser realidades concretas, constituídas 
com sangue e suor. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
4
Objetivo 
Compreender a importância do conhecimento da Psicologia da Aprendizagem e dos seus 
mais importantes teóricos no tangente a contribuição para a educação e do processo ensino-
aprendizagem. 
Possibilitar os conhecimentos dos avanços científicos e biológicos e contribuições para o 
processo de atuação do Psicopedagogos. 
 
Ementa 
Psicologia: principais conceitos. Pesquisa em Psicologia do desenvolvimento. Psicologia da 
Aprendizagem. Abordagens em psicologia do desenvolvimento e aprendizagem. Enfoques 
em Piaget, Vygotsky e Skinner. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
5
Sobre o Autor 
Mestrado em Educação pela Universidade São Marcos 
Pós-Graduação em Administração Escolar pela Universidade Salgado de Oliveira Filho 
Pós-Graduação em Psicopedagogia pela Parceria UVV/Universidade Estácio de Sá 
Pós-Graduação em Planejamento Educacional pela Universidade Salgado de Oliveira Filho 
Pós-Graduação em Supervisão Escolar pela Universidade Salgado de Oliveira Filho 
Pós-Graduação em Tecnologia Educacional Aplicada ao Ensino de 1º Grau pela Associação 
Brasileira de Tecnologia Educacional 
Graduação em Pedagogia com Especialização em Orientação Educacional pela 
Universidade Federal do Maranhão 
Educadora de cursos de graduação na área pedagógica, professora de cursos de pós- 
graduação. 
Consultora educacional e palestrante motivacional e educacional. 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
6
SUMÁRIO 
UNIDADE 1 ........................................................................................................... 9 
A psicologia do desenvolvimento humano ........................................................ 9 
UNIDADE 2 ......................................................................................................... 13 
Aspectos do desenvolvimento humano ........................................................... 13 
UNIDADE 3 ......................................................................................................... 15 
Fases do desenvolvimento humano ................................................................ 15 
UNIDADE 4 ......................................................................................................... 18 
O que são as teorias da aprendizagem? ......................................................... 18 
UNIDADE 5 ......................................................................................................... 22 
Os grandes cientistas da área científica do desenvolvimento da aprendizagem
 .......................................................................................................................... 22 
UNIDADE 6 ......................................................................................................... 26 
A psicologia como Ciência ............................................................................... 26 
UNIDADE 7 ......................................................................................................... 29 
A Psicologia Científica ..................................................................................... 29 
UNIDADE 8 ......................................................................................................... 34 
Behaviorismo (comportamental) ...................................................................... 34 
UNIDADE 9 ......................................................................................................... 36 
Gestaltismo ...................................................................................................... 36 
UNIDADE 10 ....................................................................................................... 39 
A Psicanálise .................................................................................................... 39 
UNIDADE 11 ....................................................................................................... 41 
Fases do desenvolvimento psicossexual, segundo a psicanálise ortodoxa. .. 41 
UNIDADE 12 ....................................................................................................... 46 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
7
A importância da Psicologia do Desenvolvimento para compreender, 
descrever e explicar o comportamento humano no processo de 
aprendizagem................................................................................................... 46 
UNIDADE 13 ....................................................................................................... 48 
Conceito de aprendizagem .............................................................................. 48 
UNIDADE 14 ....................................................................................................... 51 
Teóricos e suas teorias educacionais ............................................................. 51 
UNIDADE 15 .......................................................................................................57 
A importância dos métodos e técnicas de estudo na Psicologia da 
aprendizagem................................................................................................... 57 
UNIDADE 16 ....................................................................................................... 59 
Objetivo: Compreender melhor os métodos da Psicologia ............................. 59 
Métodos de Psicologia ..................................................................................... 59 
UNIDADE 17 ....................................................................................................... 63 
As principais interpretações relativas à natureza da aprendizagem ............... 63 
UNIDADE 18 ....................................................................................................... 67 
A abordagem Piagetiana (epistemologia genética do conhecimento) no 
desenvolvimento da aprendizagem humana ................................................... 67 
UNIDADE 19 ....................................................................................................... 70 
A abordagem sócio-construtiva do desenvolvimento cognitivo de Lev 
Vygotsky ........................................................................................................... 70 
UNIDADE 20 ....................................................................................................... 76 
Burrhus Frederic Skinner ................................................................................. 76 
UNIDADE 21 ....................................................................................................... 81 
Jerome Brunner................................................................................................ 81 
UNIDADE 22 ....................................................................................................... 84 
Influência dos movimentos filosóficos para a psicologia e na prática 
pedagógica ....................................................................................................... 84 
UNIDADE 23 ....................................................................................................... 88 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
8
Principais causas das dificuldades de aprendizagem e de ajustamento escolar
 .......................................................................................................................... 88 
UNIDADE 24 ....................................................................................................... 92 
Identificando os D. A. ....................................................................................... 92 
UNIDADE 25 ....................................................................................................... 97 
Perturbações da personalidade que influenciam no comportamento humano e 
comprometem a aprendizagem. ...................................................................... 97 
UNIDADE 26 ..................................................................................................... 102 
A percepção ................................................................................................... 102 
UNIDADE 27 ..................................................................................................... 105 
A atenção ....................................................................................................... 105 
UNIDADE 28 ..................................................................................................... 109 
A memória ...................................................................................................... 109 
UNIDADE 29 ..................................................................................................... 114 
Fundamentos e elementos envolvidos no diagnóstico psicopedagógico ..... 114 
UNIDADE 30 ..................................................................................................... 117 
Continuando Sobre Fundamentos e elementos envolvidos no diagnóstico 
psicopedagógico ............................................................................................ 117 
GLOSSÁRIO ..................................................................................................... 123 
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 124 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
9
UNIDADE 1 
Objetivo: Adquirir conhecimentos específicos sobre o estudo do desenvolvimento humano 
em todas as suas dimensões e também os fatores que o influenciam 
A Psicologia do Desenvolvimento Humano 
 A Psicologia estuda o desenvolvimento do ser humano em todos os seus 
aspectos (físico-motor; intelectual; afetivo-emocional; social etc.) desde a 
gestação (psicologia pré-natal), nascimento, puberscência, adolescência, 
adulto, velhice e morte, isto é, “a idade em que todos estes aspectos atingem o seu mais 
completo grau de maturidade e estabilidade” (Bock et al., 1999, p. 97). 
Já o conceito aprendizagem, para a psicologia, implica em diversas possibilidades, ou seja, 
há diversos fatores que nos levam a apresentar um comportamento que anteriormente não 
apresentávamos como o crescimento físico, as descobertas, as tentativas (ensaios) para 
acertar ou errar, o ensino, a aprendizagem etc. 
O desenvolvimento humano 
Bock, Furtado e Teixeira (1999), no seu livro “Psicologias”, editado pela Saraiva, na página 
98, define assim desenvolvimento humano, devendo, portanto, ser lido entre aspas. 
“O desenvolvimento humano refere-se ao desenvolvimento mental e ao 
crescimento orgânico”. O desenvolvimento mental é uma construção contínua, 
que se caracteriza pelo aparecimento gradativo de estruturas mentais. Estas 
são formas de organização da atividade mental que se vão aperfeiçoando e 
solidificando até o momento em que todas elas, estando plenamente 
desenvolvidas, caracterizarão um estado de equilíbrio superior quanto aos aspectos da 
inteligência, vida afetiva e relações sociais. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
10
Algumas dessas estruturas mentais permanecem ao longo de toda a vida. Por exemplo, a 
motivação está sempre presente como desencadeadora da ação, seja por necessidades 
fisiológicas, seja por necessidades afetivas ou intelectuais, Essas estruturas mentais que 
permanecem garantem a continuidade do desenvolvimento. 
Outras estruturas são substituídas a cada nova fase da vida do indivíduo. Por exemplo, a 
moral da obediência da criança pequena é substituída pela autonomia moral do adolescente 
ou, outro exemplo, a noção de que o objeto existe só quando a criança o vê (antes dos 2 
anos) é substituída, posteriormente, pela capacidade de atribuir ao objeto sua conservação, 
mesmo quando ele não está presente no seu campo visual.”. 
A importância do estudo do desenvolvimento humano 
Os mesmos autores (Bock et al, 1999; p. 98-99) de modo claro e didático, descrevem a 
importância do estudo do desenvolvimento humano, devendo ser lido, portanto, entre aspas. 
“A criança não é um adulto em miniatura. Ao contrário, apresenta 
características próprias de sua idade. Compreender isso é compreender a 
importância do estudo do desenvolvimento humano. Estudos e pesquisas de 
Piaget demonstraram que existem formas de perceber, compreender e se 
comportar diante do mundo, própria de cada faixa etária, isto é, existe uma 
assimilação progressiva do meio ambiente, que implica uma acomodação 
das estruturas mentais a este novo dado do mundo exterior. 
Estudar o desenvolvimento humano significa conhecer as características comuns de uma 
faixa etária, permitindo-nos reconhecer as individualidades, o que nos torna mais aptospara 
a observação e interpretação dos comportamentos. 
Todos esses aspectos levantados têm importância para a Educação. Planejar o que e como 
ensinar implica saber quem é o educando. Por exemplo, a linguagem que usamos com a 
criança de 4 anos não é a mesma que usamos com um jovem de 14 anos. E, finalmente, 
estudar o desenvolvimento humano significa descobrir que ele é determinado pela interação 
de vários fatores. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
11
Fatores que influenciam o desenvolvimento humano 
O texto abaixo deve ser lido entre aspas, pois é de Bock et al (1999), encontrado na página 
99, do livro “Psicologias”: 
“Vários fatores indissociados e em permanente interação afetam todos 
os aspectos do desenvolvimento. São eles”: 
 Hereditariedade; 
 A carga genética estabelece o potencial do indivíduo, que pode ou não se desenvolver. 
Existem pesquisas que comprovam os aspectos genéticos da inteligência. No entanto, a 
inteligência pode desenvolver-se aquém ou além do seu potencial, dependendo das 
condições do meio em que se encontra. 
 Crescimento orgânico; 
Refere-se ao aspecto físico. O aumento de altura e a 
estabilização do esqueleto permitem ao indivíduo 
comportamentos e um domínio do mundo que antes não 
existiam. Pense nas possibilidades de descobertas de uma 
criança, quando começa a engatinhar e depois a andar, em relação a quando esta criança 
estava no berço com alguns dias de vida. 
 Maturação neurofisiológica; 
É o que torna possível determinado padrão de comportamento. 
A alfabetização das crianças, por exemplo, depende dessa 
maturação. Para segurar o lápis e manejá-lo como nós, é 
necessário um desenvolvimento neurológico que a criança de 
2, 3 anos não tem. Observe como ela segura o lápis. 
Meio; 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
12
O conjunto de influências e estimulações ambientais altera os padrões de 
comportamento do indivíduo. Por exemplo, se a estimulação verbal for muito 
intensa, uma criança de 3 anos pode ter um repertório verbal muito maior do 
que a média das crianças de sua idade, mas, ao mesmo tempo, pode não 
subir e descer com facilidade uma escada, porque esta situação pode não ter 
feito parte de sua experiência de vida. 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
13
UNIDADE 2 
Objetivo: Compreender os principais aspectos no desenvolvimento humano e sua 
importância na aprendizagem. 
Aspectos do Desenvolvimento Humano 
Os principais aspectos do desenvolvimento humano são o físico-motor (orgânico/biológico), o 
intelectivo (cognitivo), o socioemocional (afetivo) e social. Bock et al (1999) descreve a seguir 
como compreendem os aspectos do desenvolvimento humano. “O desenvolvimento humano 
deve ser entendido como uma globalidade, mas, para efeito de estudo, tem sido abordado a 
partir de quatro aspectos básicos”: 
Aspecto físico-motor 
Refere-se ao crescimento orgânico, à maturação 
neurofisiológica, à capacidade de manipulação de objetos e de 
exercício do próprio corpo. Exemplo: a criança leva a chupeta à 
boca ou consegue tomar a mamadeira sozinha, por volta dos 7 
meses, porque já coordena os movimentos das mãos. 
 
Aspecto intelectual 
É a capacidade de pensamento, raciocínio. Por exemplo, a criança de 2 
anos que usa um cabo de vassoura para puxar um brinquedo que está 
embaixo de um móvel ou o jovem que planeja seus gastos a partir de sua 
mesada ou salário. 
 
Aspecto afetivo-emocional 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
14
É o modo particular de o indivíduo integrar as suas experiências. É o 
sentir. A sexualidade faz parte desse aspecto. Exemplos: a vergonha 
que sentimos em algumas situações, o medo em outras, a alegria de 
rever um amigo querido. 
 
Aspecto social 
É a maneira como o indivíduo reage diante das situações que envolvem 
outras pessoas. Por exemplo, em um grupo de crianças, no parque, é 
possível observar algumas que espontaneamente buscam outras para 
brincar, e algumas que permanecem sozinhas. 
Se analisarmos melhor cada um desses exemplos, vamos descobrir que todos os outros 
aspectos estão presentes em cada um dos casos. E é sempre assim. Não é possível 
encontrar um exemplo “puro”, porque todos estes aspectos relacionam-se permanentemente. 
Por exemplo, uma criança tem dificuldades de aprendizagem, repete o ano, vai-se tornando 
cada vez mais “tímida” ou “agressiva”, com poucos amigos e, um dia, descobre-se que as 
dificuldades tinham origem em uma defiCiência auditiva. Quando isso é corrigido, todo o 
quadro reverte-se. A história pode também não ter um final feliz, se os danos forem graves. 
Todas as teorias do desenvolvimento humano partem do pressuposto de que esses quatro 
aspectos são indissociados, mas elas podem enfatizar aspectos diferentes, isto é, estudar o 
desenvolvimento global a partir da ênfase em um dos aspectos. A Psicanálise, por exemplo, 
estuda o desenvolvimento a partir do aspecto afetivo-emocional, isto é, do desenvolvimento 
da sexualidade. Jean Piaget enfatiza o desenvolvimento intelectual/ cognitivo. 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
15
UNIDADE 3 
Objetivo: Entender as fases do desenvolvimento humano desde o nascimento até a idade 
adulta, sua maturidade e fases mentais. 
Fases do Desenvolvimento Humano 
O desenvolvimento humano, não apresenta momentos de modificações radicais; a evolução 
é gradual e contínua. Entretanto, em alguns momentos ocorrerão maiores alterações como, 
por exemplo, o crescimento físico na infância e na adolescência é mais acentuado, e 
perceptível do que na idade adulta, que é um período de maior estabilidade. Mesmo 
considerando-se o desenvolvimento contínuo, para estudá-lo dividiu-se o processo em cinco 
fases, cada uma com características próprias. 
 Pré-natal; 
 Infância de zero a 12 anos; 
 Adolescência - dos 12 a 18 anos ou 21 anos; 
 Idade adulta - dos 21 aos 60 anos; 
 Velhice - dos 60 ou mais. 
Consideremos cinco idades, de diferentes durações, da seguinte forma: 
 A infância, de zero a doze anos, se divide em três períodos: a da amamentação e do 
engatinhar (de zero a três anos), a de criança (de três a seis anos) e a de menino (a) 
(de seis a doze anos); 
 A adolescência, de doze a vinte e um anos, incluindo, entre dezoito e vinte e um anos, 
a transição para o mundo de jovem adulto; 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
16
 O jovem adulto, de vinte e um a quarenta anos, com três períodos: o ingresso no 
mundo adulto (de vinte e dois a vinte e oito), a transição dos trinta (vinte e oito a trinta 
e dois anos) e o jovem adulto (de trinta e três a quarenta e dois anos); 
 O adulto, de quarenta a sessenta e cinco anos; 
 O adulto envelhecendo, de sessenta e cinco em diante. 
A idade não pode ser o único critério na avaliação do grau de desenvolvimento do indivíduo, 
muito mais importante que a idade são as várias dimensões da maturidade, emocional, 
social, intelectual e física. 
Maturidade significa o nível de desenvolvimento em que a pessoa se encontra, em 
comparação com a maioria das pessoas de sua idade. Os vários tipos de maturidade estão 
interligados; um não se desenvolve sem que os outros também se desenvolvam. 
A maturidade pode ser dividida em quatro dimensões principais 
 Maturidade emocional – diz respeito à expressão e ao controle das emoções nas 
diversas idades. Parte fundamental da vida humana. 
 Maturidade social – compreenda a evolução da sociabilidade, no sentido de superação 
do egocentrismo infantil, na contribuiçãopara o bem-estar social e a participação nas 
decisões de interesse social. 
 Maturidade física – engloba o desenvolvimento das características físicas, estatura, 
peso, sexo, ser canhoto, índio, etc. 
 Maturidade intelectual – refere-se à maneira como a pessoa vai conhecendo a si 
mesma e ao mundo que a cerca. 
O desenvolvimento mental envolve 
 A ampliação dos horizontes: o indivíduo torna-se sempre mais capaz de compreender 
e de pensar o passado, o presente e o futuro, a criança pequena só tem condições de 
perceber e viver o presente. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
17
 Há um aumento da capacidade para lidar com abstrações e símbolos. O exemplo mais 
característico é o da linguagem, por volta dos 2 anos a criança usa 150 palavras; aos 
7 anos pode utilizar aproximadamente 2500 palavras e com o desenvolvimento torna-
se cada vez mais complexa e rica em expressões e ideias. 
 A capacidade de atenção e concentração por períodos cada vez mais longos; quanto 
mais nova a criança, menor sua capacidade de atenção e concentração em uma 
tarefa. Ela se cansa mais facilmente e tende a mudar de atividade. 
 Um declínio do devaneio e fantasia; os sonhos devaneios e fantasias infantis não 
constituem fuga da realidade, mas são normais e necessários para o desenvolvimento 
da criança. 
 O desenvolvimento da memória: não é na infância que a pessoa tem maiores 
possibilidades no campo da memória, pois a linguagem, as experiências, as 
percepções e a compreensão infantis estão longe de ter atingido o seu 
desenvolvimento máximo para essa possibilidade. 
 Um aumento da capacidade de raciocínio; o raciocínio será mais ingênuo e 
egocêntrico na fase infantil. 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
18
UNIDADE 4 
Objetivo: Compreender o que é uma teoria de aprendiazagem e sua aplicabilidade no 
desenvolvimento humano. 
O que São as Teorias da Aprendizagem? 
As teorias de aprendizagem buscam reconhecer a dinâmica envolvida nos atos de ensinar e 
aprender, partindo do reconhecimento da evolução cognitiva do homem, e tentam explicar a 
relação entre o conhecimento preexistente e o novo conhecimento. A aprendizagem não 
seria apenas inteligência e construção de conhecimento, mas, basicamente, identificação 
pessoal e relação através da interação entre as pessoas. 
A familiarização com as principais teorias de aprendizagem, salientando principalmente a 
influência das mesmas no processo ensino-aprendizagem, pode auxiliar na compreensão 
das causas das dificuldades reveladas pelos alunos, identificando os fatores que para elas 
contribuem. Além disso, um melhor entendimento das teorias de aprendizagem pode 
contribuir com uma formação mais adequada de todos aqueles que participam do sistema 
educacional. 
É importante compreender o modo como as pessoas aprendem e as condições necessárias 
para a aprendizagem, bem como identificar o papel do professor nesse processo. Estas 
teorias são importantes porque possibilitam, a este mestre, adquirir conhecimentos, atitudes 
e habilidades que lhe permitirão alcançar melhor os objetivos do ensino. 
Teoria é um conjunto de regras e conhecimentos que guiam diversas atividades 
fundamentando o fazer teórico. Uma interpretação sistemática de uma área de 
conhecimento, uma maneira particular de ver as coisas, de explicar, observar e resolver 
problemas. Aprendizagem é aquisição de conhecimentos e habilidades; troca relativamente 
permanente do comportamento devido à experiência. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
19
E teoria da aprendizagem é a justificativa teórica das atividades práticas e processos 
educativos, tentativas de reinterpretar sistematicamente e de organizar os conhecimentos 
necessários sobre a aprendizagem. É um ponto de vista de um ou vários autores sobre a 
aprendizagem. Uma teoria se fundamenta em pressupostos filosóficos e aproveita as 
investigações da Psicologia, da Biologia e da Sociologia aplicáveis aos temas educacionais. 
Para entender os pontos centrais da natureza da aprendizagem é necessário reportar-se ao 
seu desenvolvimento histórico, filosófico e psicológico. Várias correntes de pensamento se 
desenvolveram e se definiram para os modelos educacionais: "a corrente empirista, o 
inatismo ou nativismo, as associacionistas, os teóricos de campos e os teóricos do 
processamento da informação ou psicologia cognitivista, o construtivismo e 
socioconstrutivismo". (SILVA, 1998, p.25 ). 
Muito importante para o processo de ensino-aprendizagem que o professor conheça tanto as 
teorias de aprendizagem como os recursos disponíveis que podem ser aplicados em várias 
metodologias de ensino. As teorias da aprendizagem sempre foram utilizadas como 
auxiliares dos professores melhorando a compreensão do processo de construção do 
conhecimento por parte dos alunos. 
Aprender é um processo de aquisição de conhecimentos, habilidades, valores e 
essencialmente de desenvolvimento da capacidade de pensar, julgar e empregar conceitos 
que conduzam às mudanças de atitudes e de comportamentos. 
A construção de uma teoria de aprendizagem totalmente satisfatória e aceita por todos, 
permanece até os dias de hoje, como uma tarefa incompleta. Uma das dificuldades encontra-
se no significado do termo aprendizagem. Seu significado depende das diversas teorias que 
existem. Hilgard nos oferece uma definição, que segundo o próprio autor, por conter termos 
não definidos, "não é formalmente satisfatória": 
“ Aprendizagem é o processo pelo qual uma atividade tem origem ou é 
modificada pela reação a uma situação encontrada, desde que as 
características da mudança de atividade não possam ser explicadas por 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
20
tendências inatas de respostas, maturação ou estados temporários do 
organismo (por exemplo, fadiga, drogas, etc.)”. [HILGARD, 73, pág. 3] 
Becker, ao "organizar uma teoria da aprendizagem", também nos oferece uma, que é a 
seguinte: 
“Aprendizado, Aprendizagem é aquisição de uma técnica qualquer, simbólica, 
emotiva ou de comportamento: isto é, uma mudança nas respostas de um 
organismo ao ambiente que melhore tais respostas em vista da conservação e 
do desenvolvimento do próprio organismo.”[BECKER93, pág 26] 
Outra dificuldade reside nos métodos usados pelos pesquisadores para construir as teorias 
da aprendizagem. Entre estes métodos encontra-se a observação que é, de longe, o mais 
utilizado. Ao estudo dos sistemas independentes da nossa atividade cognoscitiva de 
observação deu-se o nome de cibernética de primeira ordem ou cibernética dos sistemas 
observados. Neles o observador se supõe à margem do que é observado. 
Ao estudo dos sistemas nos quais o próprio observador, através da sua atividade descritiva, 
faz parte dos mesmos, chamou-se de cibernética de segunda ordem. Ora, nos sistemas de 
segunda ordem, nos quais se insere os estudos da aprendizagem humana, existe um 
problema enorme relacionado a uma "circularidade cogniscitiva", bem observado por Rolf 
Behncke C., que pergunta: "Como operam os sistemas observadores, de maneira tal que 
podem observar como operam eles mesmos em seu observar, se toda a variação perceptiva 
neles (seu próprio conhecer) é função das variações perceptivas que eles mesmos 
experimentam?" [MATURANA95, pág 35]. 
Esta dificuldade é de difícil superação. Pode-se, entretanto, tentar superá-la. Como? 
a)descrevendo o fenômeno da aprendizagem de forma aceitável para a comunidade de 
observadores, b)propondo um sistema conceitual capaz de gerar o fenômeno a ser explicado 
de maneira aceitável para a comunidade de observadores,c)deduzindo, a partir do sistema 
conceitual proposto, outros fenômenos não considerados explicitamente naquela proposição, 
bem como a descrição das suas condições de observação na comunidade de observadores. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
21
 
 
As instituições educacionais (professores, orientadores, pedagogos) públicas estão 
preparadas para promover uma análise diagnóstica de seus alunos e também na 
escolha adequada da melhor teoria e metodologia a ser adotada no processo de 
ensino aprendizagem? 
 
 
 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
22
UNIDADE 5 
Objetivos: Analisar e diferenciar os grandes cientistas e suas contribuições para o 
desenvolvimento da aprendizagem. 
Os Grandes Cientistas da Área Científica do Desenvolvimento da Aprendizagem 
Seríamos arrogantes se pretendêssemos estudar todas as teorias na área do 
desenvolvimento da aprendizagem. Neste tópico citaremos alguns nomes e algumas de suas 
ideias e descobertas, e ainda assim não conseguiremos enunciar todos eles e sabemos que 
eles devem ser estudados em suas totalidades, através de seus próprios livros e autores que 
trabalham com suas teorias. 
Gadotti (1993) cita alguns desses grandes cientistas. Um pensador oriental Lao-Tsé pode ter 
contribuído com a importância de uma aprendizagem não violenta, destacando o poder 
dessa ação de paz: “... ao sábio não interessa a força, / não se arvora em dominador, / não 
usa violência.” (Lao-Tsé, século VI a.C.). 
A Psicologia entre os Gregos 
O grego Sócrates (469-399 a.C.) defendia que educar implica em despertar e 
estimular o impulso para a busca pessoal e a verdade, o pensamento próprio e 
a escuta da voz interior. Ele não deixou nada escrito, mas seu discípulo Platão 
encarregou-se de socializar as ideias socráticas. Já para Platão a educação era 
a “arte da conversão da alma”. 
A Psicologia na Idade Média 
Santo Agostinho (354-430) defendeu a ideia de que, como toda necessidade humana, 
também a aprendizagem, em última instância, só pode ser satisfeita por Deus. Em sua 
pedagogia, recomendou aos educadores jovialidade, alegria, paz no coração e às vezes 
também alguma brincadeira. Já Santo Tomás de Aquino pregava os seguintes princípios ao 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
23
educador: evitar a aversão pelo tédio e despertar a capacidade de admirar e perguntar, como 
início ao autêntico ensino. 
O italiano humanista cristão Vittorino de Feltre (1378-1446) propunha uma educação 
individualizada, o autogoverno dos alunos, a emulação. 
Já o educador protestante Martinho Lutero (1483-1546) recomendou que “... será dever dos 
prefeitos e conselhos ter maior cuidado com os jovens. Pois dado que a felicidade, honra e 
vida da cidade estão entregues em suas mãos, eles seriam considerados covardes diante de 
Deus e do mundo caso não buscassem, dia e noite, com todo o seu poder, o bem-estar e 
progresso da cidade”. 
A Psicologia na Idade Moderna 
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) Precursor da Psicologia do 
Desenvolvimento resgata a relação entre educação e política. 
Froebel (1782-1852) foi o idealizador dos jardins de infância, estimulando as 
atividades espontâneas (o jogo), uma atividade construtiva (o trabalho 
manual) e um estudo da natureza. 
Pestalozzi (1746-1827) queria a reforma da sociedade através da educação 
das classes populares. Criou um orfanato cuja educação valorizava o 
método natural e harmonioso. O objetivo se constituía menos na aquisição 
de conhecimento e mais na preocupação com o desenvolvimento psicológico 
da criança. 
A Revolução Francesa veio afirmar que a educação é direito de todos e dever do Estado. 
Nesse processo destacou-se Lepelletier (1760-1793), Montesquieu (1689-1755), Danton 
(1759-1794). 
Acadêmicos da Psicologia Científica 
O fato é que no final do século XIX, os acadêmicos da época resolvem distanciar a 
Psicologia da Filosofia e da Fisiologia, dando origem ao que se chamou de Psicologia 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
24
Moderna/Científica. Os comportamentos observáveis passam a fazer parte da investigação 
científica em laboratórios com o objetivo de se controlar o comportamento humano. Nesse 
sentido, os teóricos objetivam suas ações na tentativa construir um corpo teórico consistente, 
buscando o reconhecimento, enfim, da Psicologia como Ciência. 
Nesta época surgem homens como, Herbert Spencer (1820-1903) para quem 
a pedagogia deveria ser individualista, dando importância à educação física e 
ao estudo da natureza. 
A Pedagogia Socialista deu grandes nomes: Graco Babeuf (1760-1796) que 
educou seus próprios filhos e formulou alguns princípios da Pedagogia Socialista como, por 
exemplo, a escola pública única para todos, acusando a educação dominante de se opor aos 
interesses do povo e de incutir-lhe a sujeição ao seu estado de miséria. 
Victor Considerant (1808-1893) defendeu a participação do aluno na organização e na 
gestão do sistema educacional. Pierre Joseph Proudhon (1809-1893) concebeu o trabalho 
manual como gerador de conhecimento. Denunciou à farsa da gratuidade da escola pública 
capitalista, as classes exploradoras que necessitam trabalhar não têm acesso à escola 
burguesa. Continuava dizendo que a educação pública beneficiava os ricos, pois os pobres, 
sob o regime capitalista, estão condenados ao trabalho e exploração desde a infância. 
Entretanto o pensamento pedagógico socialista tem em Marx (1818-1883) e Engels (1820-
1895), seus intelectuais, não interessados apenas em Educação e Psicologia, mas Filosofia, 
História, Economia etc., como seus mais significativos ideólogos. Encontramos em Vladimir 
Ilich Lênin (1870-1924), principalmente, possibilidade de aplicação do ideário marxista à 
psicopedagogia. 
Marx e Engels defendem a educação pública e gratuita para todas as crianças, baseando-se 
nos seguintes argumentos: a) da eliminação delas no trabalho nas fábricas; b) da associação 
entre educação e produção material; c) da educação politécnica que leva à formação do 
homem omnilateral, abrangendo três aspectos: mental, físico e técnico, adequado a idade 
das crianças, jovens e adultos; d) da inseparabilidade da educação e da política, portanto, da 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
25
totalidade do social e da articulação entre o tempo livre e o tempo de trabalho, isto é, o 
trabalho, o estudo e o lazer. 
Mais cético que Marx, Mikhail Bakunin (1814-1976) propõe a luta contra o elitismo 
educacional da sociedade burguesa, que é imoral. F. F. Guardia (1859-1909) defendia uma 
educação com os seguintes princípios: a) Ciência e razão; b) desenvolvimento harmônico da 
inteligência e da vontade, do moral e do físico; c) do exemplo e da solidariedade; d) da 
adaptação dos métodos à idade dos alunos. 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
26
UNIDADE 6 
Objetivo: Compreender a importância da psicologia científica na pesquisa do 
desenvolvimento humano 
A Psicologia como Ciência 
Podemos constatar a ampliação da Psicologia, e sua presença em tantas pesquisas 
realizadas por diversos investigadores das mais diferentes formações acadêmicas. No início 
da década de 1850, Gustavo Fechner (1801-1887) criou à Psicofísica. Ele interessou-se pela 
relação entre o estímulo físico e a sensação humana. Quanto deve brilhar uma estrela para 
ser vista? Quão alto deve ser um ruído para ser ouvido? Fechner concebeu técnicas 
complexas e engenhosas para descobrir leis (respostas precisas e verdadeiramente 
universais). 
Publicou em 1860, o livro "Elementos dePsicofísica" demonstrando com precisão, através de 
procedimentos experimentais e matemáticos, (uma das muitas Ciências e arte, que 
comparecem para o crescimento da Psicologia), que podiam ser usados para estudar a 
mente humana. 
Uma destas leis da Psicofísica pode assim ser apresentada: Eu coloco à sua frente uma 
lâmpada de 60 "wolts" (estímulo físico: SF.) e você enxerga, caso você esteja com seu 
sistema visual intacto e normalmente funcionando, um SF. = "X", por exemplo, a claridade de 
60 "Wolts". Depois eu acrescento a essa lâmpada, outra, também de 60 "Wolts" (SF.), e você 
percebe (sensação: Se.) menor que 120 "Wolts" (60 + 60 "Wolts" = 120 "Wolts"). Isso 
significa que o SF. cresce em proporção geométrica (maior), e a percepção/Se. cresce em 
proporção aritmética (menor). 
Vinte anos mais tarde, estabeleceu-se a Psicologia como Ciência. Havia um grande 
desenvolvimento das Ciências exatas como a Física, Química, Matemática e Fisiologia, etc, 
e pertencer à Filosofia, não era, (Veja bem o raciocínio positivista da época!), um fato muito 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
27
digno. Fechner foi um dos que "cientificaram" a Psicologia, isto é, tornou-a científica, capaz 
de criar leis, verdades universais. Dois outros cientistas, Wilhem Wundt (1832-1920) e 
William James (1842-1910), lutaram para a obtenção do "status" científico para a Psicologia. 
Wundt na Suíça, cidade de Leipzig, criou o primeiro grande laboratório de pesquisa em 
Psicologia. Ele estudou a Psicologia da consCiência humana e defendia que os psicólogos 
deveriam investigar os processos elementares da consCiência humana, suas combinações, 
relações e interações. Ele era chamado de o "químico" da Psicologia, e seu método, é obvio, 
era denominado estruturalismo. 
Ele estava "fascinado com as operações mentais centrais", pelas funções que 'fluíam' e 
'evoluíam' como propósitos, valores, intenções, objetivos, motivações (Blumenthal, in 
Davidoff, 2001; p. 10). Wundt utilizou-se da Fisiologia; práticas informais de observação; 
criou o procedimento de pesquisa denominado "introspecção analítica", onde os cientistas 
(são colaboradores) foram cuidadosamente treinados para responder perguntas específicas 
e bem-definidas sobre suas próprias (dos seus colaboradores) experiências no laboratório. 
Wundt, no seu programa de pesquisa, utilizava-se da análise seguida de síntese. Após 
quebrar a consCiência em seus elementos, ele tentava juntá-la de novo, combinando 
elementos, a fim de obter alguma compreensão de percepções e julgamentos complexos. 
Por isso Wundt é considerado como "o fundador da Psicologia científica" (Davidoff, 2001; p. 
11). 
James, mais simples que Wundt quanto à montagem do seu laboratório em Cambridge, 
EUA, dedicou-se a demonstrar os fatores fisiológicos que influenciavam a Psicologia. Alguns 
historiadores afirmam que Wundt, em 1865, montou laboratório igual, logo antes de James. 
Mas James considerava o laboratório "mais um aborrecimento que algo valioso" (Bringmann, 
in Davidoff, 2001; p. 11). Ele "brilhou" mundialmente como observador da vida mental, 
considerado referência para outros psicólogos. Ele se opunha a Wundt classificando sua 
Psicologia como limitada, artificial e imprecisa. A Psicologia de James surge de observações 
informais de si mesmo e de outros em seu envolvimento com os detalhes da vida cotidiana. 
Ele tentava captar o "temperamento" da mente em funcionamento. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
28
Ao caracterizar a consCiência, ele usava termos como "pessoal e única”, "em mudança 
contínua" e "modificando-se ao longo do tempo". Ele escreveu, “como notável é a 
consCiência”, e outros processos mentais na ajuda às pessoas a se ajustar às suas 
experiências. Como ele se interessava pelo funcionamento da mente, seu movimento 
científico passou a ser denominado Funcionalismo 
No século XX surgiram diversos movimentos psicológicos rivais entre si. Essa rivalidade é 
até hoje observada. Em cursos de Psicologia, por exemplo, em todo mundo, "cresce essas 
lutas". Entretanto, por falta de ética entre alguns "Psis", esta rivalidade, atinge as relações 
íntimas, interpessoais etc. Isto ocorre porque, cada teoria não é isenta de "ideologias", e a 
escolha da teoria, pode revelar, aos olhos do "outro" um modo, por exemplo, 'reacionário' de 
perceber o homem, o mundo, a vida, às relações afetivas etc. 
Esse fato pode acabar por eleger o outro como "bode expiatório", sujeito que fica ao 
"policiamento do outro", contra suas ideias. Geralmente, certas teorias psicológicas, são 
associadas, à postura do profissional "psi" no mundo, e revela, de certo modo, sua opção 
política (no geral) e político-partidária (no específico). 
Entretanto, é preciso encontrar modos alternativos de transcender a isso. Respeitar a opção 
teórica do "psi" é o mínimo, entretanto, é necessário que o "psi" tenha uma posição política 
de oposição ao dominador e sua ideologia dominante. Também pode ser útil sugerir ao 
colega "psi" que passe a utilizar seus conhecimentos a favor dos necessitados. 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
29
UNIDADE 7 
Objetivo: Identificar o nascimento da psicologia científica como uma das formas de 
pensamento do homem contemporâneo 
 A Psicologia Científica 
 É assim que no final do século XIX estão dadas as condições para a elaboração dos 
projetos de Psicologia como Ciência independente e para as tentativas de definição do papel 
do psicólogo como profissional nas áreas de saúde, educação e trabalho (Figueiredo, 1991, 
p.31). 
Torna-se então possível o nascimento da Psicologia Científica como uma das formas de 
pensamento do homem contemporâneo, significando assim sua saída da Filosofia, em meio 
à qual se mantinha como uma disciplina. 
Embora a psicologia científica tenha nascido na Alemanha, é nos Estados Unidos que ela 
encontra campo para um rápido crescimento, na vanguarda do sistema capitalista, surgindo 
as primeiras abordagens ou escolas em Psicologia, que são: Estruturalismo, 
Funcionalismo e Associacionismo. 
O Estruturalismo 
Edward Titchener (1867/1927) se preocupava com a consCiência, mas com seus aspectos 
estruturais. O estruturalismo está preocupado com a compreensão do mesmo fenômeno que 
o Funcionalismo: a consCiência. Mas, diferentemente de W. James, Edward Bradford 
Titchener (um dos criadores) irá estudá-la em seus aspectos estruturais, isto é, os estados 
elementares da consCiência como estruturas do sistema nervoso central. 
Esta escola foi inaugurada por Wundt, mas foi Titchner, seguidor de Wundt, quem usou o 
termo estruturalismo pela primeira vez, no sentido de diferenciá-la do Funcionalismo. O 
método de observação de Titchner, assim como o de Wundt, é o introspeccionismo, e os 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
30
conhecimentos psicológicos produzidos são eminentemente experimentais, isto é, 
produzidos a partir do laboratório. 
Definição: Psicologia é a Ciência da mente, aquela que pode ser descrita em termos de 
fatos observados, mas não como um serzinho insubstancial dentro de nossas cabeças. 
O método: é baseado na observação de introspecção, e os conhecimentos psicológicos 
produzidos são eminentemente experimentais, isto é, produzidos a partir do laboratório. 
Há um experimentador e um observador nos estudos de laboratório. O experimentador 
estabelece as condições essenciais e o observador relata sua “experiência” relatório que é 
registrado, naturalmente, pelo experimentador. a) atitude em relação à própria experiência; 
b) experienciar ele próprio; c) relato adequado da experiência em palavras.O Funcionalismo 
Foi elaborado por William James (1842/1910) que teve a consCiência como sua grande 
preocupação – como funciona e como o homem a utiliza para adaptar-se ao meio e tem 
como berço os Estados Unidos do fim do século XIX e início XX que começa firmar-se 
definitivamente como uma sociedade capitalista e industrial e, mais do que nunca, tinha forte 
apreço pelo prático. 
Para o funcionalismo importa responder, “o que fazem os homens” e “por que o fazem”, “qual 
o papel da mente para o êxito dos organismos ou animais na luta pela existência”. Para 
responder a estas questões, os psicólogos funcionalistas elegem a consCiência como o 
centro de suas preocupações e buscam a compreensão de seu funcionamento, na medida 
em que o homem a usa para adaptar-se ao meio. Para W. James, a mente evoluiu com o 
propósito de dirigir um sistema nervoso levado a tal complexidade que já não pode regular 
suas atividades por si próprio. Foi a primeira psicologia “sistemática”: 
Defini, então, a psicologia como “a Ciência da experiência imediata, consCiência ou processo 
mental”. Realiza experiências observando as sensações, percepções, sentimentos, emoções 
etc. Tem características antiestruturalistas com ênfase à função e não a estrutura. Dá 
respostas às perguntas: o que é que os processos mentais realizam? Como trabalham os 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
31
processos mentais? Ênfase aos valores do bom senso e à prática; ênfase à biologia 
darwiniana; inclusão de psicologia animal, da criança, do anormal, diferencial e outras. 
O objeto de estudo é a atividade mental no sentido de pensar, sentir, imaginar, perceber, 
mas voltada para a função de funcionamento do organismo humano. A atividade mental é 
atividade psicofísica, envolvendo estruturas físicas: sentidos, músculos e nervos. Problema: 
Qual a relação entre organismo e meio ambiente? Como se exerce a atividade mental, o que 
ela desempenha e por que tem lugar. Os assuntos psicológicos incluem o conceito de “arco 
reflexo” e o conceito de “comportamento adaptativo”. 
Métodos: 
1. Observação subjetiva ou introspecção: apreensão das próprias operações mentais do 
observador. Neste caso é o próprio cientista o objeto de estudo. 
2. Observação objetiva: apreensão de operações mentais de outro indivíduo na medida 
em que se refletem no seu comportamento, de animais, crianças, primitivos e insanos 
e testes “mentais” (na verdade testes “comportamentais”). Os funcionalistas foram 
além do indivíduo humano, normal e adulto. 
Classificação de resultados: 
1. “todos os estímulos sensoriais exercem certo efeito sobre a atividade do organismo”; 
2. “toda a atividade do organismo é iniciada por estímulos sensoriais” – é muito difícil, 
senão impossível, descobrir o estímulo iniciador de muitas respostas. Estas podem 
ser devidas à estimulação vinda de dentro do organismo, como por exemplo, fome, 
sede e dores internas. 
3. “há um processo contínuo de interação entre estímulos sensoriais e respostas 
motoras” – toda resposta altera a situação sensorial e assim determina, em parte, a 
natureza das respostas subsequentes. 
° - comportamento adaptativo: um estímulo motivador, uma situação sensorial e uma 
resposta que altere a situação de modo a satisfazer as condições motivadoras. “O motivo é 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
32
sempre um estímulo” – geralmente interno - e praticamente idêntico ao que alguns 
psicólogos chamam “necessidades orgânicas”, “impulsos”, “carências”. “Um estímulo 
relativamente persistente que domina o comportamento do indivíduo até que reaja de 
maneira a não mais ser afetado por ele”. Um organismo reage à “situação sensorial” como 
um todo enquanto se adapta a um único aspecto dela. As respostas de um comensal 
faminto, à mesa, fornecem uma boa ilustração. Finalmente, o comportamento adaptativo 
supõe uma resposta que modifique a situação sensorial e satisfaça as condições 
motivadoras. 
O funcionalismo afastou-se da visão da Psicologia como estudo da mente ou experiência, 
para se aproximar da visão biológica como o estudo das reações do organismo. 
O Associacionismo 
Foi apresentado por Edward Thorndike (1874/1949). Seu ponto de vista era que o homem 
aprende por um processo de associação de ideias – da mais simples para a mais complexa. 
Edward L. Thorndike foi o formulador da primeira teoria de aprendizagem na Psicologia. Sua 
produção de conhecimento pautava-se por uma visão de utilidade deste conhecimento, muito 
mais do que por questões filosóficas que perpassam a Psicologia. 
O termo associacionismo origina-se da concepção de que a aprendizagem se dá por um 
processo de associação das ideias – das mais simples às mais complexas. Assim, para 
aprender uma coisa complexa, a pessoa precisaria primeiro aprender as ideias mais simples, 
que a ela estariam associadas. Thorndike formulou a Lei do Efeito, que seria de grande 
utilidade para a Psicologia Comportamentalista. 
De acordo com essa lei, todo o comportamento de um organismo vivo (um homem, um 
pombo, um rato etc.) tende a se repetir, se é recompensado (efeito) assim que ele o emitir. 
Por outro lado, o comportamento tenderá a não acontecer, se o organismo for castigado 
(efeito) após sua ocorrência. È pela lei de efeito, que o organismo irá associar essas 
situações com outras semelhantes. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
33
Veja o seguinte exemplo: se ao apertarmos um dos botões de um rádio e formos “premiados” 
com música e, bem como, se em outras oportunidades, apertarmos o mesmo botão e 
novamente isso ocorrer, generalizaremos essa aprendizagem para outros aparelhos 
semelhantes, como um CD, DVD e etc. 
Assim, o Estruturalismo, o Funcionalismo e o Associacionismo são perspectivas que 
relacionam ações a eventos que ocorrem dentro do corpo, particularmente no cérebro e 
sistema nervoso. Portanto, consideradas como fisiologistas (Ciência que estuda o 
funcionamento do organismo vivo). 
 
Antes de dar continuidade aos seus estudos é fundamental que você acesse sua SALA DE 
AULA e faça a Atividade 1 no “link” ATIVIDADES. 
 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
34
UNIDADE 8 
Objetivo: Compreender o comportamento behaviorista e sua importância no contexto 
educacional 
No início do século XX, surgem mais três correntes principais, que, por sua vez originaram a 
diversidade de correntes psicológicas, que conhecemos hoje: Behaviorismo, Gestaltismo e 
a Psicanálise. 
Behaviorismo (comportamental) 
Nesta abordagem do desenvolvimento da aprendizagem o mais importante são os fatores 
externos (meio ambiente). Enquanto o inatismo enfatiza o papel dos fatores biológicos 
internos, como a hereditariedade e maturação, o comportamentalismo parte do princípio de 
que as ações e habilidades das pessoas são determinadas fundamentalmente por suas 
relações com o meio em que se encontram. O meio molda a pessoa, determina o que ela é: 
inteligente, problemática emocionalmente etc. 
Watson fundou este movimento que denominou “Behaviorismo”, palavra que vem do inglês 
“behavior”, que significa “comportamento”. A Psicologia de Watson é uma Ciência do 
comportamento, preocupada objetivamente com as ações explicitamente observadas, e 
experimentalmente testadas. A Psicologia, pois, neste momento histórico, desvinculou-se da 
Filosofia, aproximando-se as Ciências naturais. 
Como ramo da filosofia a psicologia propunha estudar a “alma”, mas a “alma” é algo não 
observável, não quantificável. Quando passou a estudar os comportamentos explicitamente 
observados e controlados passou a ser objetiva, positivista, ganhando,na época, o “status” 
de Ciência, de verdade universal. 
Cientistas como Watson e Skinner estudam as respostas do organismo, recorrendo por isso 
à fisiologia, mas destacando o estudo dos estímulos advindo do meio de modo natural ou 
experimentalmente planejados. Destacam Fontana e Cruz (1997; p. 25) que para “Watson 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
35
não existem aptidões, disposições intelectuais ou temperamentos inatos ou hereditários. O 
que existe é certa propensão para responder a certos estímulos de uma forma determinada.” 
Os behavioristas não levam em conta os processos e fatores internos da pessoa, e o próprio 
desenvolvimento é explicado como decorrente da aprendizagem. Assim desenvolvimento e 
aprendizagem são processos coincidentes. 
As ideias de que os comportamentos humanos são aprendidos em decorrência de 
contingências ambientais e, a noção de modelagem do comportamento, tem influenciado 
muitas práticas educativas. Através de aproximações sucessivas, com análise de tarefas 
previamente planejadas, da mais simples para a mais complexa, e a recompensa correta ao 
organismo que estamos ensinando (condicionamento), o sucesso da aprendizagem é 
bastante significado. 
O Behaviorismo é bastante usado de modo explícito ou implícito, na educação de crianças 
deficientes, treinamento de empresas, publicidade etc. Bock et al. destacam que o 
Behaviorismo, comportamentalismo ou a “Análise Experimental do Comportamento pode nos 
auxiliar a descrever nossos comportamentos em qualquer situação, ajudando-nos a modificá-
los.” (p. 55). 
A filosofia de controle e a crença behaviorista de que o ser humano é uma “tabula rasa”, sem 
memória, e que por planejamento podemos fazer o que quiser delas, é muito criticada por 
sua arrogância, desumanidade, e descrença do “eu” do sujeito. A teoria da tabula rasa não 
foi importante apenas do ponto de vista puramente filosófico ao considerar todos os Homens 
como intrinsecamente iguais, mas porque deu a base filosófica para combater o status quo 
vigente, especialmente em relação à aristocracia e à nobreza. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
36
UNIDADE 9 
Objetivo: Compreender a tendência teórica da Psicologia da Gestalt e sua contribuição no 
desenvolvimento humano. 
Gestaltismo 
Psicologia da Gestalt é uma das tendências teóricas mais coerentes e coesas da história da 
Psicologia. Seus articuladores preocuparam-se em construir não só uma teoria consistente, 
mas também uma base metodológica forte, que garantisse a consistência teórica. 
Gestalt é um termo alemão de difícil tradução. O termo mais próximo em português seria 
forma ou configuração, que não é utilizado, por não corresponder exatamente ao seu real 
significado em Psicologia. 
Muitos estudiosos procuravam compreender o fenômeno psicológico em seus aspectos 
naturais (principalmente no sentido da mensurabilidade). A Psicofísica estava em voga. Ernst 
Mach (1838-1916), físico, e Christian Von Ehrenfels (1859-1932), filósofo e psicólogo, 
desenvolviam uma psicofísica com estudos sobre as sensações (o dado psicológico) de 
espaço-forma e tempo-forma (o dado físico) e podem ser considerados como os mais diretos 
antecessores da Psicologia da Gestalt. 
Max Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Kohler (1887-1967) e Kurt Koffka (1886-194l), 
baseados nos estudos psicofísicos que relacionaram a forma e sua percepção, construíram a 
base de uma teoria eminentemente psicológica. 
Eles iniciaram seus estudos pela percepção e sensação do movimento. Os gestaltistas 
estavam preocupados em compreender quais os processos psicológicos envolvidos na ilusão 
de ótica, quando o estímulo físico é percebido pelo sujeito como uma forma diferente da que 
ele tem na realidade. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
37
É o caso do cinema. Quem já viu uma fita cinematográfica sabe que ela é composta de 
fotogramas estáticos. O movimento que vemos na tela é uma ilusão de ótica causada pela 
pós-imagem retiniana (a imagem demora um pouco para se "apagar" em nossa retina). 
Como as imagens vão se sobrepondo em nossa retina, temos a sensação de movimento. 
Mas o que de fato está na tela é uma fotografia estática. 
A percepção é o ponto de partida e também, um dos temas centrais dessa teoria. Os 
experimentos com a percepção levaram os teóricos da Gestalt ao questionamento de um 
princípio implícito na teoria behaviorista que há relação de causa e efeito entre o estímulo e a 
resposta porque, para os gestaltistas, entre o estímulo que o meio fornece e a resposta do 
indivíduo, encontra-se o processo de percepção. O que o indivíduo percebe e como percebe 
são dados importantes para a compreensão do comportamento humano. 
O confronto Gestalt/Behaviorismo pode ser resumido na posição que cada uma das teorias 
assume diante do objeto da Psicologia - o comportamento, pois tanto a Gestalt quanto o 
Behaviorismo definem a Psicologia como a Ciência que estuda o comportamento. 
O Behaviorismo, dentro de sua preocupação com a objetividade, estuda o comportamento 
através da relação estímulo/resposta, procurando isolar o estímulo que corresponderia à 
resposta esperada e desprezando os conteúdos de "consCiência", pela impossibilidade de 
controlar cientificamente essas variáveis. 
A Gestalt irá criticar essa abordagem, por considerar que o comportamento, quando 
estudado de maneira isolada de um contexto mais amplo, pode perder seu significado (o seu 
entendimento) para o psicólogo. 
Na visão dos gestaltistas, o comportamento deveria ser estudado nos seus aspectos mais 
globais, levando em consideração as condições que alteram a percepção do estímulo. Para 
justificar essa postura, eles se baseavam na teoria do isomorfismo, que supunha uma 
unidade no universo, onde a parte está sempre relacionada ao todo. Quando eu vejo uma 
parte de um objeto, ocorrerá uma tendência à restauração do equilíbrio da forma, garantindo 
o entendimento do que estou percebendo. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
38
O insight 
A Psicologia da Gestalt, diferentemente do associacionismo, vê a aprendizagem como a 
relação entre o todo e a parte, onde o todo tem papel fundamental na compreensão do objeto 
percebido, enquanto os teóricos do Associacionismo e Behaviorismo acreditam que 
aprendemos estabelecendo relações dos objetos mais simples para os mais complexos. 
Exemplificando, é possível a uma criança de 3 anos, que não sabe ler, distinguir a logomarca 
de um refrigerante e nomeá-la corretamente. Ela separou a palavra na sua totalidade, 
distinguindo a figura (palavra) e o fundo. No caso, a criança não aprendeu a ler a palavra 
juntando as letras, como nos ensinaram, mas dando significação ao todo. 
Nem sempre as situações vividas por nós apresentam-se de forma tão clara, que permite sua 
percepção imediata; essas situações dificultam o processo de aprendizagem porque não 
permitem uma clara definição da figura-fundo impedindo a relação parte/todo. 
Acontece, às vezes, de estarmos olhando para uma figura que não tem sentido para nós e, 
de repente, sem que tenhamos feito qualquer esforço especial para isso, essa figura torna-se 
clara, tem um sentido, ou um padrão claro. A esse fenômeno a Gestalt dá o nome de insight. 
O termo designa uma compreensão imediata, uma espécie "entendimento interno" rápido. 
 
 
Quais são os períodos do desenvolvimento, segundo Jean Piaget? 
 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
39
UNIDADE 10 
Objetivo: Compreender a importância da Teoria da Psicanálise no tratamento das pessoas 
mentalmente enfermas ou perturbadas, através daprática clínica. 
A Psicanálise 
Sigmund Freud e a sua teoria, é claro, são as mais importantes fontes para esse ponto de 
vista que combinam uma teoria da personalidade, uma teoria do desenvolvimento e um 
instrumento para o tratamento de perturbações mentais. Esta concepção se originou das 
observações e inclinações de um clínico profissional. Os conceitos e doutrinas da 
Psicanálise, que têm sido influentes em toda Psicologia, incluem a noção de uma estrutura 
motivacional inconsciente e a da existência de certos processos dinâmicos e causativos que 
determinam o comportamento, mas que não são, em si mesmo, observáveis. 
O fundador da psicanálise foi o médico austríaco Sigmund Freud (1856 - 1939). A teoria 
psicanalítica não surgiu do laboratório de uma universidade e sim da clínica médica. A 
Psicanálise é uma técnica para o tratamento das pessoas mentalmente enfermas ou 
perturbadas; através da prática clínica, Freud elaborou a Teoria Psicanalítica que se refere 
tanto ao normal quanto ao anormal; objetivou compreender os processos fundamentais da 
mente consciente e inconsciente assim como as formas dinâmicas que compõem a 
personalidade. 
O inconsciente para Freud não é simplesmente qualquer "coisa" de que não estamos 
conscientes, mas processos mentais que são ativamente reprimidos e impedidos de se 
tomarem conscientes, pois o seu conteúdo pode entrar em choque com a vida do indivíduo. 
O inconsciente é um sistema psíquico que se contrapõe a outro sistema psíquico: o pré-
consciente 
As teorias científicas de Sigmund Freud surgem influenciadas pelas condições da vida social, 
nos seus aspectos econômicos, políticos, culturais etc. São produtos históricos criados por 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
40
homens concretos, que vivem o seu tempo e contribuem ou alteram, radicalmente, o 
desenvolvimento da Ciência. 
Sigmund Freud (1856-1939) foi um médico Vienense que alterou, radicalmente, o modo de 
pensar a vida psíquica. Sua contribuição é comparável à de Karl Marx na compreensão dos 
processos históricos e sociais. Freud ousou colocar os "processos misteriosos" do 
psiquismo, suas "regiões obscuras", isto é, as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, a 
interioridade do homem, como problemas científicos. A investigação sistemática desses 
problemas levou Freud à criação da Psicanálise. 
O termo psicanálise é usado para se referir a uma teoria, a um método de investigação e a 
uma prática profissional. Enquanto teoria caracteriza-se por um conjunto de conhecimentos 
sistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica. Freud publicou uma extensa obra, 
durante toda a sua vida, relatando suas descobertas e formulando leis gerais sobre a 
estrutura e o funcionamento da psique humana. 
A Psicanálise, enquanto método de investigação caracteriza-se pelo método interpretativo, 
que busca o significado oculto daquilo que é manifesto através de ações e palavras ou 
através das produções imaginárias, como os sonhos, os delírios, as associações livres. A 
prática profissional refere-se à forma de tratamento psicológico (a análise), que visa a cura 
ou o autoconhecimento. 
Entender a Psicanálise significa percorrer o trajeto pessoal de Freud, desde a origem dessa 
Ciência e durante grande parte de seu desenvolvimento. A relação entre autor e obra torna-
se mais significativa quando descobrimos que grande parte de sua produção foi baseada em 
experiências pessoais, transcritas com rigor em várias de suas obras, como a interpretação 
dos sonhos e a psicopatologia da vida cotidiana, dentre outras. 
Compreender a Psicanálise significa, também, repetir, no nível pessoal, a experiência 
inaugural de Freud e buscar "descobrir" as regiões obscuras da vida psíquica, vencendo as 
resistências interiores, pois, se ela foi realizada por Freud, "não é uma aquisição definitiva da 
humanidade, mas tem que ser realizada de novo por cada paciente e por cada psicanalista”. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
41
UNIDADE 11 
Objetivo: Estudar as principais fases do desenvolvimento humano segundo a visão da teoria 
psicanalítica de Sigmund Freud 
Fases do desenvolvimento psicossexual, segundo a psicanálise ortodoxa. 
Idade Fase Fonte de Prazer 
Significação para o desenvolvimento da 
personalidade 
1º ano Oral 
Prazer derivado dos lábios e 
da boca: sugar, comer, chupar 
o dedo. Mais tarde, com a 
erupção dos dentes, prazer de 
morder. 
Base para a dependência de outros. 
"Incorporação oral" como fator na 
identificação, aquisição de conhecimentos, 
posses, crença. 
"Agressividade oral", base para sarcasmo, 
discussão, etc. 
2º ano Anal 
Prazer derivado de retenção e 
expulsão das fezes e também 
do controle muscular. 
"Caráter retentivo anal": obstinado, 
avarento, compulsivo. 
"Caráter expulsivo anal": cruel, destrutivo, 
desordenado. 
Em circunstâncias favoráveis, o modo pelo 
qual os pais criam os hábitos de excreção 
conduz à criatividade e produtividade. 
3º/5º 
anos 
Fálica: 
edipiana 
Prazer derivado da 
estimulação genital e fantasias 
associadas. Complexo de 
Édipo: interesse sexual do 
Identificações com os pais emergem à 
medida que o complexo de Édipo é 
resolvido. Desenvolve-se o superego 
("consCiência"). Muitas consequências 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
42
menino pela mãe e da menina 
pelo pai. 
importantes para a aceitação de papéis 
adequados com respeito à idade e sexo. 
6º-12º 
anos 
Latência 
Com a repressão temporária 
dos interesses sexuais, o 
prazer deriva do mundo 
externo, da curiosidade, do 
conhecimento etc., como 
gratificações substitutas. 
Período da “educação infantil”, muito 
importante no desenvolvimento social da 
criança, na aquisição de conhecimentos e 
habilidades necessárias para se ajustar ao 
mundo do trabalho diário. 
12º - 
idade 
adulta 
Genital 
Prazer derivado das relações 
sexuais com companheiro do 
sexo oposto. 
O amor por si mesmo (narcisismo) do 
período pré-genital se converte em amor a 
outrem, e inclui motivos altruísticos. 
Emancipação da dependência dos pais. 
O quadro sobre as "fases do desenvolvimento, segundo a psicanálise ortodoxa" (de S. 
Freud), descreve as etapas, universais, que toda pessoa vivencia. Sigmund Freud dá ênfase 
total nas determinantes emocionais inconscientes na construção do pensamento, daí, é que 
Fonseca (1998) reflete à orientação da Psicanálise no sentido de valorizar a mudança da 
personalidade e não da mudança cognitiva. 
A ênfase psicanalítica é no desenvolvimento da personalidade. Carmo (1987; p.91-92) fez 
também um quadro de excelente efeito didático (apesar de datado), sobre o desenvolvimento 
da personalidade, segundo S. Freud, inserido nos problemas da criança "normal". Pelo 
quadro de Carmo, iremos rever a fase, a idade, e como novidade: os problemas básicos da 
fase/idade; orientação "errada" pelos pais ou seus substitutos de acordo com a fase/idade, e 
finalmente: traços de personalidade que podem resultar (das orientações parentais), de 
acordo com a fase/idade. 
 
 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
43
Desenvolvimento da Personalidade (Adaptação da esquemática de Freud) 
Fase Idade Problemas básicos 
Orientação errada 
pelos pais ou seus 
substitutos 
Traços de 
personalidade que 
podem resultar 
Oral 
Zero ano 
até o fim 
do 1º ano 
Alimentação; 
Sucção; 
Desmame; 
Querer a si mesma - 
alimento-símbolo; 
Prazer obtido pela 
sucção. 
Alimentada com 
mamadeira; 
Faltade contato; 
Recusa de alimentação 
por tempo demasiado 
longo; 
Não ser desejada; 
Não ser benquista; 
Tratada sem 
delicadeza; 
Não ser cuidada; 
Tratada com irritação; 
Permitida chorar por 
tempo longo demais e 
com demasiada 
frequência; 
Chupar dos dedos; 
Desmame repentino e 
cruel. 
Tensão 
Ansiedade 
Incerteza 
Dúvida 
Medo 
Insegurança 
Dependência 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
44
Anal 
1 ano até 
o fim do 
3º ano 
Hábitos de eliminação; 
Conservar-se limpa; 
Compartilhar o amor 
p/objetos a primeira 
dádiva de amor (sua 
eliminação). 
Rigor exagerado; 
Crueldade; 
Raiva; 
Desgosto; 
Rigidez; 
Falta de atenção; 
Rejeição. 
Hostilidade 
Teimosia 
Falta de cooperação 
Rebelião 
Vergonha e culpa 
Ir à desforra 
Agressão 
Ansiedade 
Tensão 
Genital 
ou Fálica 
3-6 anos 
de idade 
Romance familiar 
(afeição por um membro 
da família); 
Rivalidade entre irmãos; 
Complexo de Édipo; 
Complexo de Electra; 
Masturbação; 
Jogos sexuais e 
curiosidade; 
Identificação 
Cuidados exagerados; 
Atitude em relação aos 
assuntos sexuais; 
Histórias de "cegonhas" 
; 
Mãe masculina; 
Pai feminino. 
Sentimento de culpa 
Vergonha 
Espírito de imitação 
Fixação 
Medo de não ser 
benquista ou 
desejada 
Ser exigente 
Espírito de 
contradição 
Ciúmes 
Latente 6-10 anos Realidade das Excesso de autoridade; Isolamento 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
45
de idade exigências sociais e da 
escola; 
Novos heróis e heroínas; 
Bandos e sociedades 
secretas; 
"A calma antes da 
tempestade" ; 
Desinteresse sexual. 
Imposição de ideais 
religiosos; 
Falta de respeito e de 
apreciação pelas 
contribuições das 
crianças; 
Estar cansada ou 
ocupada demais para 
explicar; 
Pais que concordam 
com tudo; 
Falta de consideração e 
falta de bondade. 
Retração 
Culpa 
Vergonha 
Atitudes desajeitadas 
Falta de valor 
Ter consCiência 
exagerada de seus 
atos 
Acanhamento 
Insegurança 
Dependência 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
46
UNIDADE 12 
Objetivo: Entender a importância da psicologia do desenvolvimento humano no processo de 
aprendizagem. 
A Importância da Psicologia do Desenvolvimento para Compreender, Descrever e 
Explicar o Comportamento Humano no Processo de Aprendizagem. 
A Psicologia do Desenvolvimento, ao pretender compreender, descrever e explicar os 
comportamentos humanos nas diversas idades, propõe o entendimento de como "a partir de 
um equipamento inicial (inato), o sujeito vai sofrendo uma série de transformações em 
consequência de sua própria maturação (fisiológica, neurológica e psicológica) que, em 
contato com as exigências e respostas do meio (físico e social) levam a emergências dos 
comportamentos” (Rappaport 1981, p. 3). 
Para alcançar seu intuito de descrever e explicar o processo de desenvolvimento do 
indivíduo, a Psicologia do Desenvolvimento utiliza-se de pesquisas e teorias. As pesquisas 
são úteis para o fornecimento de dados, descrições de comportamentos dos sujeitos, seja 
em ambientes artificiais, como as observações e descrições obtidas em laboratórios e/ou em 
ambientes naturais. 
As pesquisas são, sem dúvida, importantes e fundamentais na coleta de dados, mas, para 
explicá-los, mostram-se insuficientes. Para obter o "porquê" dos comportamentos 
registrados, a Psicologia do Desenvolvimento costuma fazer uso de teorias esperando-se 
que ofereçam subsídios e explicações para os comportamentos observados. 
Uma teoria é basicamente uma tentativa de explicação geral que não só responde pelos 
fatos que nós observamos, mas também nos diz o que pode ser verdadeiro. Portanto, uma 
boa teoria põe ordem no caos e dirige as pesquisas posteriores, na medida em que focaliza 
nossa atenção em diferentes aspectos do problema e sugere novas soluções. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
47
A importância da aprendizagem na vida do indivíduo varia, enormemente, de uma espécie 
para outra. O estudo da aprendizagem, sua natureza, suas características e fatores que nela 
influenciam constituem, portanto, um dos problemas mais importantes para a psicologia e 
para o educador, seja ele pai, professor, orientador ou administrador de instituições 
educativas. 
Explicar o mecanismo da aprendizagem é esclarecer a maneira pela qual o ser humano se 
desenvolve, toma conhecimento do mundo em que vive, organiza a sua conduta e se ajusta 
ao meio físico e social. 
É, pois, pela aprendizagem que o homem se afirma como ser racional, forma a sua 
personalidade e se prepara para o papel que lhe cabe no seio da sociedade. Especialmente 
no campo da teoria e da prática educativa, não pode ser dispensada a contribuição da 
psicologia da aprendizagem. Da solução dos problemas desta vai depender, não só a 
escolha do método didático, como também a organização dos programas e currículos e até a 
formulação dos objetivos da educação. 
Desde a antiguidade, filósofos e pensadores preocuparam-se com os fatos da aprendizagem 
do tipo verbal, ou ideativo. Daí a razão das primeiras teorias se confundiram com as 
explicações dos processos lógicos e com as teorias do conhecimento. A noção de aprender 
se confundia com a ação de captar ideias, fixar seus nomes, retê-los e evocá-los. Isto seria, 
há um tempo, conhecer e aprender. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
48
UNIDADE 13 
Objetivo: Entender o fenômeno da aprendizagem e quais as suas características. 
Conceito de aprendizagem 
O estudo de psicologia da aprendizagem precisa ser iniciado pela compreensão do 
fenômeno da aprendizagem. O que é a aprendizagem e quais são suas características? Os 
estudos e pesquisas científicas empreendidas pelos psicólogos, visando responder a estas 
perguntas, resultaram no aparecimento de diferentes conceitos e definições de 
aprendizagem, conforme as diversas teorias de aprendizagem que se foram organizando, na 
base dos fatos investigados. 
Em algumas das teorias de aprendizagem já formuladas se pode-se verificar como os 
especialistas divergem no que se refere à natureza dos processos e mecanismos 
particulares em jogo na aprendizagem. Entretanto, visando oferecer uma ideia inicial da 
complexidade do estudo, da necessidade de maiores investigações sobre os fatos da 
aprendizagem, que ainda estão a requerer muitas pesquisas, serão referidas algumas das 
formas pelas quais diversos psicólogos abordam o fenômeno da aprendizagem. Assim, a 
aprendizagem tem sido considerada como : 
 um processo de associação entre uma situação estimuladora e a resposta, como se 
verifica na teoria conexionista da aprendizagem; 
 o ajustamento ou adaptação do indivíduo ao ambiente, conforme a teoria funcionalista; 
 um processo de reforço do comportamento, segundo a teoria baseada em um sistema 
dedutivo-hipotético, formulada por Hull; 
 um condicionamento de reações, realizado por diversas formas, tal como se verifica, 
por exemplo, no condicionamento contíguo de Guthrie ou no condicionamento 
operante de Skinner; 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
49
 um processo perceptivo, em que se dá uma mudança na estrutura cognitiva, de 
acordo com as proposições das teorias gestaltistas. 
Dos estudos realizados pelos especialistas se pode conceituar a aprendizagem, de um ponto 
de vista funcional, como

Continue navegando