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1 Teoria da Demanda do Consumidor Vamos estudar um pouco mais a função de demandae suas representações gráficas. Com esse objetivo, vamos analisar os efeitos de variações na renda do consumidor e, de forma separada, os efeitos de variações nos preços dos bens. Demanda e renda Vamos supor a cesta de equilíbrio E mostrada na figura abaixo. O ponto A representa o ponto onde ag p p p reta de restrição orçamentária intercepta o eixo horizontal x e o ponto B, o intercepto no eixo vertical y. Vamos supor que a renda do consumidor seja igual a R. Se os dois bens são bens normais, um se houver aumento de renda, passando a renda ser igual a R’, os interceptos vão se modificar para A’ e B’, respectivamente, fazendo a restrição orçamentária se deslocar, de forma paralela, para di it i d fi i d i ta direita e para cima, definindo assim uma nova cesta ótima de equilíbrio, representada pelo ponto E’. O equilíbrio do consumidor é afetado pelo aumento da sua renda, fazendo com que ele aumente seu consumo de x de y. Os novos interceptos passam a ser, no eixo horizontal igual a R/Px’ e no eixo vertical, R/Py’. Os bens são normais como dissemos; 2 Vamos supor agora, que o bem x é inferior e o bem y é normal. O que aconteceria se houver um aumento de renda do consumidor?A restrição orçamentária se desloca como mostra a figura abaixo. Como o bem y, que é um bem normal o aumento da renda fará aumentar obem normal, o aumento da renda fará aumentar o consumo do bem y. Porém, com relação ao bem x, que é inferior, um aumento de renda, faz o consumo do bem x diminuir e, com isso, a quantidade demanda de x diminui. Logo a nova cesta ótima se encontra mais a esquerda do equilíbrio original, quando a renda era igual a R. Exercício de Fixação Um consumidor tem a função utilidade U(x,y)=x αy 1- α, com 0<α<1, em que x é a quantidade do primeiro bem e y a do segundo. Os preços dos bens são, respectivamente, p e q, e m é a renda do consumidor. Julgue as afirmações: 1) A demanda do consumidor pelo primeiro bem será x = m/p. 2) A demanda do consumidor pelo segundo bem será y=(1– α)m/aq. 3) Se m=1.000, α=¼ e q=1, então o consumidor irá adquirir 250 unidades do segundo bem. 3 Curva de renda-consumo e Curvas de Engel Para cada nível de renda, mantidos os preços constantes, teremos como vimos, uma cesta ótima de consumo de x e de y. Se x e y são bens normais e ay y renda continuar a aumentar, sucessivamente, teremos diversas cestas de equilíbrio como mostrado na figura abaixo.Unindo essas cestas de equilíbrio, temos a denominada curva de renda-consumo, que, nesse caso , com os dois bens normais, será crescente, ou seja, terá inclinação positiva. Caso o bem y seja normal, e o bem x, inferior, a curva de renda-consumo tem inclinação negativa, como mostra a figura abaixo; 4 Curva de Engel É possível mostrar graficamente a relação existente entre a renda e a quantidade demandada de um bem qualquer. Essa relação é denominada de curva de Engel. No gráfico abaixo, mostramos a construção da curva de Engel Para um nível de renda R0, o consumidor consome a quantidade x0 do bem x. Para um nível R1, a quantidade passa a ser x1, para um nível de renda R2, a quantidade de x passa a ser x2.Unindo esses pontos, temos a curva de renda- consumo.Em baixo desse gráfico, plotamos as diferentesg , p rendas, no eixo vertical e as quantidades consumidas no eixo horizontal associadas a esses níveis de renda.Unindo esses pontos, temos a curva de Engel, mostrada na figura a abaixo.No caso de um bem inferior, por outro lado, a curva de Engel terá inclinação negativa conforme a figura b abaixo. 5 Alguns Exemplos:Substitutos Perfeitos A figura a nos mostra dois bens que são substitutos perfeitos. Se Px < Py, o consumidor estará se especializando no consumo do bem X e se a renda desse id d b Xconsumidor aumentar, seu consumo do bem X aumentará.Dessa forma, a curva de renda-consumo será o próprio eixo horizontal, como mostra a figura a. Nesse caso, a demanda do bem X será: X1 =R/Px ou de outra forma, temos: R = Px.X e a curva de Engel correspondente será uma linha reta com inclinação igual a Px, como mostra a figura b. Bens Complementares Perfeitos Nesse caso, a demanda pelo bem X será dada por: Bens complementares perfeitos: U(X Y) min{X Y} > X Y > Px X + Py Y R > Px X +U(X,Y) = min{X,Y} => X = Y => Px.X + Py.Y = R => Px.X + Py.X= R X( Px + Py) =R => que é uma reta que passa pela origem, com inclinação igual a (Px + Py). Essa reta é a curva de Engel para bens complementares perfeitos, mostrada na figura abaixo: 6 Preferências do tipo Cobb-Douglas Para facilitar a nossa tarefa, vamos escolher uma função de utilidade do tipo:p U(x,y) = xay1-a; a demanda pelo bem x será: x = a.R/Px => R =(Px/a).x, que uma reta que passa pela origem e é a curva de Engel mostrada na figura abaixo: De forma análoga, temos que, para o bem y: y = (1-a). R/Py => R =(Py.y)/(1-a), que também é uma reta que passa pela origem e é expressão da curva de Engel. Preferências Homotéticas A d d d E l i t ã t dAs curvas de renda-consumo e de Engel vistas são todas retas. Mas isso nem sempre acontece. De uma forma geral, quando a renda aumenta, a demanda por um bem pode aumentar de uma forma mais ou menos rapidez. Se a demanda aumenta em proporção maior que o aumento da renda, temos um bem de luxo; caso contrário, temos um bem essencial. A separação ocorre no caso em que a demanda por um bem aumente exatamente na mesma proporção que a renda. Nos três casos acima, isso ocorreu. Se as preferências do consumidor dependem apenas da razão entre o bem x e o bem y, significa que oy g q consumidor prefere (x1,y1) a (x2,y2), então ele prefere (2x1,2y1) a (2x2,2y2); (3x1,3y1) a (3x1,3y1) e, assim por diante. Na verdade, o consumidor prefere a cesta (tx1,ty1) a (x1,y1) para qualquer valor positivo de t. As preferências com essas propriedades são denominadas preferências homotéticas. 7 Os três exemplos acima, ou seja, bens substitutos perfeitos, complementares perfeitos e preferências Cobb-Douglas são preferências homotéticas. Podemos dizer que se um consumidor tem preferências homotéticas, as curvas de renda-consumo são retilíneas e passam pela origem, como mostra a figura abaixo;mostra a figura abaixo; Curva de preço-consumo (CPC) Vamos supor o equilíbrio mostrado na figura abaixo (ponto E) e os interceptos R/Px e R/Py nos eixos x e y, respectivamente. Se o preço de x diminui, a divisão da rendap p ç , R pelo preço Px’ será maior, ou seja, o consumidor compraria mais do bem x, supondo que o preço de y, Py e a renda permaneçam constante. Com isso, o intercepto horizontal se desloca para a direita, já que o consumidor pode aumentar o consumo do bem x. No caso, ocorre um “giro” da restrição orçamentária em torno do ponto B, que é o intercepto vertical, que não se altera, já que o preço do bem y, Py não se alterou. Se continuarmos a diminuir o preço do bemalterou. Se continuarmos a diminuir o preço do bem x, os interceptos vão se deslocar mais para a direita, a medida que Px diminui. As cestas ótimas passam a ser E,E’,E’’,E’’’. Se unirmos essas cestas ótimas, temos a denominada curva de preço-consumo. 8 Efeito Substituição e Efeito Renda Quando o preço de um bem cai o consumidor é afetado por duas maneiras distintas. À medida que o preço cai o preço desse bem se torna mais baratopreço cai, o preço desse bem se torna mais barato, quando comparado com os preços de outros bens que permaneceram constantes. E isso é uma motivação para o consumidor aumentar a quantidade demandada desse bem; isso se chama Efeito Substituição. Na verdade a relação de preços se alterou ou os preços relativos se alteraram. Se um consumidor pode escolher entre alimentos e CDs e o preço dos alimentos cair, o consumidor poderá comprar mais li t CD já li t tãalimentos e menos CDs, já que os alimentos estão mais baratos.Mas, ao mesmo tempo, o preço mais barato de um bem possibilita que o consumidor compre a mesma quantidade desse bem e sobraria mais dinheiro para a compra de outros bens: isso é oEfeito Renda. O efeito renda é o aumento do poder de compra do consumidor. Mesmo a renda do consumidor não variando, ou seja, a renda seja constante, o consumidor tem um maior poder de compra. Essesp p dois efeitos ocorrem simultaneamente, quando há redução do preço de um bem. Mas, para uma melhor análise desses efeitos citados, é melhor separar os dois efeitos para uma melhor análise dos mesmos. Efeito Substituição Supondo que o consumidor possa escolher novamente entre alimentos e CDs. O efeito substituição é a variação na quantidade demandada de alimentos à medida em que o preço dos alimentos varia mantendo se constante o nível dedos alimentos varia, mantendo-se constante o nível de utilidade. Esse efeito nos informa qual a quantidade a mais de alimentos o consumidor poderia comprar, caso o seu preço caísse. Vamos mostrar o efeito substituição em 3 etapas, na primeira etapa, vamos supor, que ocorra uma queda no preço dos alimentos, que estão no eixo x horizontal. 9 Inicialmente, temos uma cesta ótima A, que representa a escolha do consumidor, ao preço inicial dos alimentos. Na figura a mostra esta cesta ótima A. Inicialmente, quando o preço dos alimentos é Px, o consumidor se depara com a restrição orçamentária RO0. Quando ele maximiza utilidade,ç ç 0 , ele escolhe a cesta A localizada sobre a curva de indiferença mais elevada U1. A quantidade inicial consumida de alimentos é xA. Numa segunda etapa, temos a cesta ótima final, quando o preço de alimentos caiu para Px’, a restrição orçamentária se deslocou para RO1, girando em torno do onde a restrição orçamentária intercepta o eixo vertical (dos CDs).. Numa segunda etapa, temos a cesta ótima final, quando o preço de alimentos caiu para Px’, a restrição orçamentária se deslocou para RO1, girando em torno do onde a restrição orçamentária intercepta o eixo vertical (dos CDs).. 10 O novo equilíbrio do consumidor C representa uma cesta melhor do que a cesta anterior A, já que está localizada numa curva de indiferença mais alta. Nessa nova cesta, a quantidade consumida de alimentos é xC. Note que , quando o preço dos alimentos caiu, a quantidade consumida aumentou na quantidade xC – xA.Na última etapa, podemos imaginar uma restrição orçamentária intermediária ROT, paralela à nova restrição orçamentária final RO1 e , dessa forma, refletir a redução no preço dos alimentos.E essa restrição ROT intermediária, tangente à curva de indiferença inicial U1, para manter constante o nível inicial de utilidade. Seria interessante, nessa análise, supor que esse reta tangente é a reta orçamentária que nos auxilia a separar o efeito da variação do preço sobre o consumidor de alimentos que é igual a xC – xA em efeito renda e efeito substituição. No ponto de tangência com a reta orçamentária intermediária aponto de tangência, com a reta orçamentária intermediária, a cesta ótima é representada pelo ponto B e o consumidor compra xB unidades de alimentos. O importante é notar que, como estamos mantendo o nível de utilidade constante, um movimento ao longo da curva de indiferença inicial U1 determina o efeito substituição, mostrado na figura a seguir. O efeito substituição é xB - xA. Supondo a renda do consumidor igual a R, o consumidor poderá escolher qualquer cesta localizada sobre RO0, quando o preço dos alimentos é Px,e qualquer cesta sobre RO1, quando o preço dos alimentos é Px’. Importante notar que a restriçãop q ç orçamentária intermediária ROT está abaixo da restrição orçamentária final RO1. Isso significa que o nível de renda necessário para escolher uma cesta sobre ROT é inferior ao nível de renda necessário para se escolher uma cesta sobre RO1.Suponha que RTseja o nível de renda ao longo de ROT. 11 Como as cestas A e B estão sobre a mesma curva de indiferença, ambas satisfazem igualmente o consumidor. Dessa maneira, o consumidor estará indiferente entre as duas seguintes situações: (1) possuir o nível de renda R e pagar o preço dos alimentos Px,e (2) possuir um nível de renda inferior RT e pagar o preço menor pelos alimentos Px’.Em outras palavras, ele estaria indiferente entre renunciar a uma quantia de renda (R – RT) e comprar alimentos a um preço inferior. Na cesta B, ele maximizaria a utilidade, se fosse dada a renda inferior RT e poderia comprar alimentos a um preço menor. Ele estaria tão bem quanto na cesta A inicial, e teria mais renda, mas teria que pagar um preço maior pelos alimentos. Para analisar o efeito substituição, podemos dizer que a variação do efeito substituição é sempre a mesma e sempre na direção contrária à variação dos preços. Em outras palavras, diminuição do preço (variação negativa) faz aumentar a quantidade demandada que énegativa) faz aumentar a quantidade demandada que é uma variação positiva e caso contrário, ou seja, um aumento do preço, que representa uma variação positiva, implica numa menor quantidade demandada, que é uma variação negativa. Em resumo: o efeito substituição é SEMPRE NEGATIVO. Efeito Renda O efeito renda é a variação na quantidade consumida de um bem à medida que a utilidade do consumidor varia, mantendo- se os preços constantes Nesse exemplo o movimento de Ase os preços constantes. Nesse exemplo, o movimento de A para B não envolve qualquer variação na utilidade, porque parte da renda é “retirada” a medida que o preço dos alimentos baixa. Contudo, na realidade, o consumidor não precisa renunciar a qualquer parte da renda, quando há uma redução no preço dos alimentos. 12 O efeito renda mede a variação no consumo de alimentos, quando o nível de renda é recuperado, isto é,há um aumento de RT de volta para R, movendo-se a restrição orçamentária de ROT para RO1. Na figura c abaixo, note o que acontece, quando o nível de renda aumenta de RT para R (e a restrição orçamentária de ROT para RO1). A cesta ótima varia de B para C.O efeito renda é o efeito correspondente no consumo de alimentos, isto é,(xC –xB). Para obter o efeito renda, a renda que é “retirada” no movimento de A para B é então “recuperada”. O preço dos alimentos se mantém constante. À proporção que a renda é recuperada, a escolha ótima varia de B para C. Em resumo, quando o preço dos alimentos é reduzido de Px para Px’, a variação total no consumo de alimentos é (xC – xA). Essa variação pode ser decomposta no efeito substituição (xB –xA) e no efeito renda (xC – xB). Quando somamos o efeito substituição com o efeito renda obtemos a variação total no consumo. Os gráficos mostrados anteriormente estão representados para o alimento considerado como bem normal. No momento em que o preço dos alimentos baixa, o efeito renda acarreta um aumento no consumo de alimentos. Como vimos, o efeito substituição levará ao aumento do consumo de alimentos. 13 EfeitoRenda e Efeito Substituição no caso de bem inferior Na figura abaixo, o desenho das curvas de indiferença de tal forma que o efeito renda seja negativo. Em outras palavras, para esse consumidor o alimento é um bem inferior A cesta Cpara esse consumidor o alimento é um bem inferior. A cesta C, cesta final, está localizada à esquerda da cesta B, a cesta intermediária. Quando a restrição orçamentária se desloca de ROT para RO1, a quantidade consumida de alimentos é reduzida. O efeito renda é negativo já que xC –xB < 0. Temos dessa forma, um efeito renda e efeito substituição negativos. A curva de demanda para as preferências da figura abaixo é decrescente já que a cesta C está localizada à direita da cesta inicial A. Quando o preço dosà direita da cesta inicial A. Quando o preço dos alimentos diminui de Px para Px’, a quantidade de alimentos aumenta de xA para xC . Com isso, a curva de demanda de alimentos terá inclinação negativa. Efeito Renda e Efeito Substituição no caso de bem de Giffen Nesse caso, desenhamos, a figura abaixo, as curvas de indiferença de tal maneira que o alimento é umde indiferença de tal maneira que o alimento é um bem é intensamente inferior. A cesta C, que é a cesta final, não apenas está localizada à esquerda da cesta B, mas também está localizada à esquerdada cesta inicial A. O efeito renda é tão fortemente negativo que mais que cancela o efeito substituição. 14 A curva de demanda, nesse caso, não terá inclinação decrescente. Quando o preço dos alimentos diminuem de Px para Px’, a quantidade de alimentos realmente diminui de xA para xC. Assim, a curva derealmente diminui de xA para xC. Assim, a curva de demanda por alimentos terá inclinação positiva.Esses bens formam um grupo de bens que são exceções a lei de demanda; são os bens de Giffen ou paradoxo de Giffen. Podemos resumir os efeitos renda e substituição na tabela abaixo: BENS Efeito Substituição (ES) Efeito Renda (ER) Normais Negativo Positivo Onde ES e ER estão em módulo g Inferiores (ES > ER) Negativo Negativo De Giffen (ER > ES) Negativo Negativo Exercícios de Fixação 1) De acordo com a teoria do consumidor, o efeito total do decréscimo no preço de um bem qualquer é dividido entre: a) Efeito Substituição, devido à alteração nos preços l ti d iti ti Ef itrelativos, que pode ser positivo ou negativo, e o Efeito Renda, devido à alteração no poder de compra, que pode ser positivo ou negativo b) Efeito Substituição, devido à alteração no poder de compra, que pode ser negativo ou positivo, e Efeito Renda, devido à alteração nos preços relativos, que só pode ser negativo 15 c) Efeito Substituição, devido à alteração nos preços relativos, que pode ser negativo ou positivo, e Efeito Renda, devido à alteração no poder de compra, que só pode ser positivo d) Efeito Substituição devido à alteração no poder ded) Efeito Substituição, devido à alteração no poder de compra, que só pode ser positivo, e Efeito Renda, devido à alteração nos preços relativos, que só pode ser negativo e) Efeito Substituição, devido à alteração nos preços relativos, que só pode ser negativo, e Efeito Renda, devido à alteração no poder de compra, que pode ser positivo ou negativo 2) A curva de demanda tem normalmente declividade negativa, porque, dada uma diminuição do preço do bem, a) o efeito-renda é positivo e o efeito-substituição, negativo.) p ç , g b) mesmo que o efeito-substituição seja negativo, raramente seu valor absoluto é menor que o do efeito renda. c) ambos os efeitos, renda e substituição, são negativos. d) mesmo que o efeito-renda seja negativo, raramente seu valor absoluto é maior que o do efeito-substituição. e) o consumidor ficou mais pobre em termos reais. ( 3) Considere as seguintes proposições em relação à teoria do consumidor, supondo-se uma cesta constituída de apenas dois bens, X e Y: I. A inclinação da curva de restrição orçamentária depende daç ç ç p renda do consumidor e dos preços relativos dos bens X e Y. II. O efeito total de uma variação de preços na escolha ótima do consumidor pode ser decomposto em dois efeitos: efeito- renda e efeito-substituição. III. Se X for um bem de Giffen, o efeito-substituição é maior, em valor absoluto, que o efeito-renda. 16 IV. No ponto de escolha ótima do consumidor, a taxa marginal de substituição entre dois bens X e Y é igual à razão entre seus preços. V. As curvas de indiferença têm sua concavidade voltada para baixo. Está correto o que se afirma em a) I e II, apenas. b) I, II e III, apenas. c) I, II, III, IV e V. d) II e IV, apenas. e) II, III e IV, apenas. Indique falso(F) ou verdadeiro (V) nas questões de 4 à 7 4) S b é l tã l ã d4) Se um bem é normal, então ele não pode ser um bem de Giffen; 5) Se um bem é de Giffen, então ele deve ser um bem inferior; 6) Suponha que existam apenas dois bens, cujas demandas são denotadas por x e y. Se x apresenta elasticidade renda unitária e o consumidor gasta uma fração positiva de sua renda em cada bem, então y também apresenta elasticidade renda unitária;também apresenta elasticidade-renda unitária; 7) Suponha que existam apenas dois bens, 1 e 2. Suponha ainda que o consumidor gasta metade de sua renda em cada bem e que o bem 1 é um bem normal de luxo, com elasticidade-renda estritamente maior que 2. Então o bem 2 deve ser um bem inferior. 17 8)Julgue as afirmativas abaixo: I-Dois bens complementares perfeitos têm curvas de indiferença em forma de L II- Dois bens substitutos perfeitos têm curvas de indiferença convexas em relação à origemç g III-x2 + 2xy + y2 é uma transformação monotônica de x+y e possui as mesmas preferências desta IV- Curvas de indiferença côncavas revelam especialização no consumo V- Um bem neutro possui curvas de indiferenças paralelas a um dos eixos cartesianos Estão corretas as afirmações: a)III, III, IV e V b)I e III c)III, IV e V d)IV e V e)somente Ve)somente V 9)(ANPEC)Julgue as afirmativas abaixo I- Se arroz e feijão são bens complementares, o aumento do preço do arroz causará um aumento no preço do feijão II -O Efeito Renda é sempre positivo pois a medida que p p p q o consumidor aumenta sua renda, maior será a quantidade demandada do bem III -A elasticidade-renda dos bens inferiores é negativa 18 10)(Economista Petrobrás2005/ Cesgranrio)Quando o preço de um bem varia, se os efeitos-renda e substituição variarem em direções opostas, prevalecendo o efeito- renda, este bem é: (A) normal. (B) inferior.( ) ( ) (C) superior. (D) de Giffen. (E) de Slutsky. 11)A função utilidade U de uma pessoa que consome apenas dois bens, X e Y, é dada pela equação U = X0,5 Y0,5 , onde X e Y representam as quantidades dos dois bens. A elasticidade renda da demanda por X, por parte desse consumidor, é igual ap p g (A) zero (B) 0,5 (C) 1 (D) 1,5 (E) −1 12)(Economista/BNDES2005)A função utilidade de uma pessoa, com renda de 100 unidades monetárias mensais, é dada pela expressão U = XY, onde U é a sua utilidade, X e Y são as quantidades dos dois bens q consumidos. Os preços por unidade de X e de Y são iguais, e o consumidor maximiza sua utilidade sujeito à restrição de renda. Nesse caso, para essa pessoa, (A) X e Y são bens inferiores. . 19 (B) os gastos com X são o dobro dos gastos com Y. (C) os gastos com X são de 60 unidades monetárias/mês. (D) as curvas de indiferença entre X e Y são retilíneas.( ) ç (E) a elasticidade renda da demanda por X é igual a 1. 13)A função utilidade de um consumidor de dois bens é dada pela expressão U = 3 X Y, onde U é a utilidade que obtém ao consumir as quantidades X e Y dos dois bens, X > 0 e Y > 0. Tal funçãoç (A) é homogênea do grau três. (B) gera curvas de indiferença retas. (C) é crescente em X e decrescente em Y. (D) apresenta utilidade marginal de X crescente com Y. (E) tem um máximo no ponto (X, Y) = (2, 3). 20 14)(AFC 2002/ESAF) Considerando a teoria da demanda, indique a afirmativa verdadeira: (A) suponha que, para um dado consumidor, dois bens são substitutos perfeitos. Para esse consumidor, ap escolha ótima nunca se situará na fronteira; (B) ao longo de uma curva de demanda expressa por p = 100 – 2Q, onde p é o preço e Q é a quantidade total demandada, a elasticidade-preço varia entre infinito e 1; (C) a curva de demanda para um consumidor somente pode ser construída a partir da curva de Engel; (D) quando as preferências do consumidor são( ) q p homotéticas, as curvas de renda-consumo possuem forma não-linear e não passam pela origem; (E) uma elasticidade-preço cruzada da demanda por dois bens positiva indica que os dois bens são substitutos. 15) Na geração da Curva de Engel, mantém- se(mantêm-se) constante(s): (A) a função utilidade(A) a função utilidade. (B) a restrição orçamentária. (C) a quantidade e os preços. (D) as curvas de indiferença. (E) os preços do bem. 16) A função de demanda do bem “1”, substituto perfeito do bem “2”, quando os preços de ambos os bens são iguais, será dada por (onde m representa a restrição orçamentária do consumidor): (A) x1 = m/p1 (B) x1 = 0 (C) x1 = x2 (D) x1 = 1 (E) 0 < x1 < m/p1 21 17) Assinale a alternativa correta: (A) um bem é considerado de Giffen quando o efeito renda o efeito substituição agem em direções opostas; (B) se as preferências de um consumidor maximizador são representadas pela função de utilidade U(xA, xB) =xá0,4. xB0,6 , onde xAe xB são as quantidades consumidas de dois bens (A e B), e sua renda é de R$100 e os preços dos bens A e B são, respectivamente, R$2 e R$4, o valor em módulo da taxa marginal de substituição do bem A pelo bem B, no ponto de escolha ótima, será 2; (C) se a função de demanda de um determinado produto for dada por D(p) = 1000p-2, onde p é seu preço, a elasticidade-preço irá variar ao longo da curva de demanda; (D) quanto maior for o número de substitutos para um( ) q p produto, menor será o efeito de uma variação do preço deste produto sobre a variação em sua quantidade demandada. (E) se a demanda de um bem apresenta elasticidade maior que 1, um aumento no preço do bem fará a receita total dos produtores aumentar 18)(MPOG2005) Um indivíduo considera os bens X e Y substitutos perfeitos. A renda desse indivíduo é de R$ 100 e ele consome somente esses dois bens. O preço do bem X é R$ 10 e o preço do bem Y é R$ 8. Se o preço do bem X cai para R$ 5, é correto afirmar que:que: (A) o efeito-renda aumenta a quantidade consumida do bem X em 20 unidades; (B) o efeito-substituição aumenta a quantidade consumida do bem X em 20 unidades; 22 (C) o efeito-renda aumenta a quantidade consumida do bem X em 7,5 unidades; (D) o efeito-substituição aumenta a quantidade consumida do bem X em 7,5 unidades; (E) o efeito-substituição aumenta a quantidade consumida do bem X em 12,5 unidades. 19)(IPEA 2004) Quanto aos efeitos substituição e renda no consumo, pode-se afirmar que: (A) ambos são sempre negativos; (B) ambos podem ter qualquer sinal; (C) o efeito substituição é sempre negativo e o efeito renda é sempre positivo; (D) o efeito substituição é sempre positivo e o efeito renda é sempre negativo; (E) o efeito substituição é sempre negativo e o efeito renda pode ter qualquer sinal. 23 20) Pode-se dizer que o efeito-substituição entre bens normais corresponde ao fato de o consumidor a) aumentar a quantidade adquirida do bem cujo preço decresce em relação ao preço de outro bem. b) ter sua renda aumentada, sem alteração no preço relativo entre os bens. c) aumentar a quantidade adquirida do bem cujo preço se eleva em relação ao preço de outro bem. d) reduzir a quantidade adquirida do bem cujo preço decresce em relação ao preço de outro bem. e) ter sua renda reduzida, sem alteração no preço relativo entre os bens. 21)(AFC 2005) Assinale verdadeiro(V) ou falso(F) e marque a seqüência correta Considerando a Teoria do Consumidor, julgue as proposições: I -. Bens normais têm efeito-substituição positivo. II - Nos bens de Giffen, o valor absoluto do efeito-rendaII Nos bens de Giffen, o valor absoluto do efeito renda domina o valor absoluto do efeito-substituição. III -Sendo a curva de demanda negativamente inclinada e linear, a elasticidade-preço é constante. IV -Se a curva de demanda de Q for Q = Kp-2 ,em que k = - 2, então a elasticidade-preço será -1/2. V - Uma curva de Engel positivamente inclinada indica um bem inferior. a)F;V;V;V;F b) F;V;F;V;F c)F;V;F;F;Fc)F;V;F;F;F d)F;V;F;F;V e)F;V;F;V;F 24 22) Considerando os efeitos renda e substituição, é correto afirmar que: a) o sinal do efeito-renda depende do sinal do efeito- substituição;substituição; b) nada se pode afirmar com respeito ao sinal do efeito- substituição, mas o efeito renda é sempre positivo; c) o sinal do efeito-renda não depende do nível de renda, assim como o sinal do efeito substituição também não depende do nível de renda do consumidor; d) o efeito-renda é positivo em um bem normal e o efeito-substituição é sempre negativo independentemente do tipo de bem;independentemente do tipo de bem; e) o efeito-renda e o efeito-substituição se anulam mutuamente no caso de um bem normal. 25 23) Em relação à teoria do consumidor, é correto afirmar que a) a taxa marginal de substituição de dois bens X e Y é maior que a razão de seus preços no ponto deé maior que a razão de seus preços no ponto de escolha ótima do consumidor. b) a curva de Engel tem sempre inclinação positiva c) o efeito total de uma variação de preços na escolha ótima do consumidor pode ser decomposto em dois efeitos: efeito-renda e efeito-substituição. d) a taxa marginal de substituição de dois bens X e Y na curva de indiferença do consumidor, em valor absoluto, é crescenteabsoluto, é crescente e) a inclinação da reta de restrição orçamentária independe dos preços relativos dos bens X e Y Complemento 1) No mercado do bem X, existem 100 consumidores cuja curva de demanda individual é representada pela função a seguir: q = 200 – 4 Pq 200 4 P onde: q = quantidade do bem X P = preço do bem X Definindo-se Q = quantidade do bem X demandada no mercado, a curva de demanda de mercado do bem X será representada por:
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