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TIPOS DE INSULINA E METFORMINA MILENA BAVARESCO TIPOS DE INSULINA E METFORMINA DIABETES MELLITUS ▪ DM 1: é uma doença autoimune e poligênica, na qual os linfócitos T CD8+ invadem as ilhotas pancreáticas e atacam seletivamente as células beta, destruindo-as -> levando a uma produção insuficiente ou nula de insulina. ▪ DM GESTACIONAL: O diabetes mellitus gestacional (DMG) é a hiperglicemia detectada pela 1ª vez na gestação, não se considerando gravidade ou evolução, diagnosticado no fim do 2º ou início do 3º trimestre de gestação. INSULINA AVANÇOS DA TERAPIA ▪ A monitorização da glicose atualmente é feita de forma mais eficiente. ▪ CAUSA: uso de aparelhos mais acessíveis - houve mudanças no manejo do paciente diabético. ▪ FUNÇÃO: melhora da qualidade de vida, melhora da capacidade do controle glicêmico. ▪ Tem-se no mercado novas insulinas e insulinas análogas. o Exemplo: a insulina anterior era proveniente de suínos e causava um número maior de reações imunológicas. HORMÔNIO INSUL INA ▪ Hormônio produzido pelas células beta do pâncreas, que atua no metabolismo da glicose. ▪ Doenças como a diabetes requer o uso da insulina exógena para diminuir os níveis da glicose sanguínea. INSULINA PRÉ-PRÓ-FORMADA AUMENTO DA GLICOSE NO ORGANISMO INSULINA PRÓ-FORMADA INSULINA ATIVA LIBERAÇÃO TIPOS DE INSULINA E METFORMINA MILENA BAVARESCO MECANISMO DE AÇÃO DA INSUL INA ▪ A insulina atua de diversas formas no organismo, as principais são: 1. ARMAZENTO DE GLICOSE: Estimulação da glicogênese e da captação de glicose, principalmente a nível de fígado, músculo e tecido adiposo. 2. ARMAZENAMENTO DE GORDURA: No tecido adiposo há estimulação da glicogênese (formação de glicogênio), inibição da gliconeogênese (aumentando a quantidade de ácidos graxos e aminoácidos livres), além de aumentar a captação da glicose, transformando glicose em glicerol, que quando se junta ao ácido graxo, forma a molécula de triglicerídeo. 3. CRESCIMENTO CELULAR. 4. ANABOLISMO: Um dos principais hormônios anabólicos. EFEITOS DA INSUL INA ▪ A insulina é um hormônio anabólico. ▪ LOCAIS DE AÇÃO: fígado, músculos esqueléticos e gordura. ▪ FUNÇÃO: captação e armazenamento de glicose após uma refeição. ▪ EFEITO IMEDIATO: redução da glicemia. ▪ AÇÃO NO FÍGADO: o Inibe a glicogenólise e a gliconeogênese. o Estimula a glicogênese. o Consequência: aumento da reserva de glicose para o fígado. ▪ AÇÃO NO MÚSCULO ESQUELÉTICO: o A insulina também vai aumentar a captação de aminoácidos e favorecer a síntese proteica no músculo. o O músculo esquelético é o captador de glicose mais massivo do organismo. ▪ AÇÃO NO TECIDO ADIPOSO E FÍGADO: A insulina aumenta a síntese de ácidos graxos e triglicerídeos. ▪ AÇÕES A LONGO PRAZO: o Forma de Ação: alteração de enzimas. o Mecanismo de Ação: estímulo da proliferação mitogênica. o Importância: crescimento somático e visceral fetal. o Efeitos Adversos: aumento do risco de tumores. TIPOS DE INSULINA E METFORMINA MILENA BAVARESCO POSOL OGIA E ESQUEMA DE ADMINISTRA ÇÃO VIA DE ADMINISTRAÇÃO ▪ PARENTERAL: O padrão é fazer por via injetável subcutânea, feita por seringas e agulhas de insulina descartáveis, injetor tipo caneta ou dispositivos de injeção contínua. o Pode ser feita também por via endovenosa, geralmente em pacientes graves que estão internados em unidades de terapia intensiva, ou até mesmo tratamento específico para cetoacidose diabética. ESQUEMAS DE TRATAMENTO ▪ INSULINOTERAPIA INTENSIVA: Em pacientes internados. Fazer: Peso (kg) x 0,55 (fórmula básica), geralmente é dado metade para controlar a taxa basal e metade para controlar a pós-prandial. A conta específica é feita baseada na quantidade de carboidratos ingeridos, no nível atual de glicose sanguínea e no nível desejado. ▪ CONVENCIONAL: Para manter na faixa glicêmica desejada. Produção normal: 0,2- 0,5 U/kg/dia. Obesos e pacientes com DM tipo 1 geralmente precisam de uma dose um pouco maior. Diferente de atletas e magros, que normalmente precisam de uma dose menor. INDUCA ÇÕES DA PRESCIÇÃO DE INSUL INA ▪ Pacientes portadores de diabetes melitus tipo 1. ▪ Emergências diabéticas hiperglicêmicas. ▪ Aproximadamente 1/3 dos portadores de diabetes melitus tipo 2 necessitam de terapia com insulina. ▪ Tratamento a curto prazo com diabetes melitus tipo 2 durante intercorrências (cirurgias e infecções). ▪ Controle da glicemia não regulada no diabetes gestacional. ▪ Tratamento de emergência da hipercalemia. ▪ DESCRIÇÃO: insulina administrada juntamente com a glicose. ▪ FUNÇÃO: aumentar a captação de potássio pelas células e diminuir o potássio extracelular. TIPOS DE INSUL INA 1 . AÇÃO RÁPIDA (CURTA DURAÇÃO): ▪ Possuem uma rápida absorção, pois já são administradas como monômeros. ▪ Utilizadas para controle de picos glicêmicos pós-prandial. ▪ Início: 5 a 15 minutos. Pico: 30 min a 1h30. ▪ Duração: 2 a 5h. ▪ Exemplos: Lispro, aspart e glulisina. TIPOS DE INSULINA E METFORMINA MILENA BAVARESCO 2 . AÇÃO CURTA (INÍCIO RÁPIDO): ▪ Precisa ser diluída para facilitar a difusão, pois tende a se agregar. ▪ Fazer 30 min antes das refeições, há risco de hipoglicemia caso a refeição não seja feita. ▪ Início: 30 a 45 min. Pico: 1h30 a 4 horas. Duração: 5 a 8 horas. ▪ Exemplo: Insulina Regular. 3 . AÇÃO INTERMEDIÁRIA: ▪ Controle da taxa basal de insulina, controla as pequenas variações glicêmicas que ocorrem durante o dia. ▪ Em geral é associada a insulinas de ação rápida. ▪ Em média, uso de 2 a 4x/dia. Início: 1 a 2 horas. Pico: 6 a 8 horas. Duração: 4 a 12 horas. ▪ Exemplo: insulina NPH. 4 . AÇÃO L ONGA (INÍCIO L ENTO): ▪ Glargina: Não mistura com outras insulinas, pois possui formulação ácida. ▪ Início: 1 a 1h30. Pico: 4 a 6 horas. Duração 11 a 24 horas. ▪ Em geral, uso de 1x/dia. Detemir: Menor risco de hipoglicemia. ▪ Em geral, uso de 2x ao dia. Início: 2 a 5 horas. Pico: 5 a 12 horas. Duração 18 a 24 horas. EFEITOS ADVERSOS ▪ Hipoglicemia: Pode ocorrer devido a uma dose errada, ou até mesmo uma mudança nos hábitos alimentares. o Fenômeno do alvorecer: Aumento nas glicemias que ocorrem nas primeiras horas da manhã, entre 05h e 08h. Durante a noite, o corpo libera um grupo de hormônios conhecidos como contrarreguladores, que são: adrenalina, glucagon, cortisol e GH. Estes hormônios estimulam a liberação de glicose pelo fígado e suprimem a atividade da insulina, causando aumento nas glicemias pela manhã. o O diagnóstico é feito quando a dosagem da glicemia na madrugada (cerca de 03 horas da manhã) está normal e pela manhã está alta. Efeito Somogyi: Ocorre quando é feita uma dose noturna de insulina maior que o necessário. o O paciente faz primeiro uma hipoglicemia durante a noite e depois uma hiperglicemia compensatória pela manhã, através da liberação de hormônios contra regulatórios. Também é importante a dosagem da glicemia na madrugada, para identificar a hipoglicemia e ajustar a dose da insulina noturna. ▪ Alergia. ▪ Lipodistrofia. ▪ Edema. TIPOS DE INSULINA E METFORMINA MILENA BAVARESCO FORMAS DE APL ICAÇÃO D A INSUL INA – L OCAIS SUBCUTÂNEA ▪ Angulaçãode 45º. ▪ Locais de Aplicação: abdome, braços, nádegas e coxas. ▪ Os locais devem ser variados entre as aplicações. ▪ Existem tamanhos adequados da agulha conforme o IMC do paciente : o Mini (IMC menor que 25, sem prega cutânea). o Nano (crianças). o Curta (IMC menor que 25 com prega cutânea). o Normal/regular (IMC maior que 25) Bomba de Infusão. ▪ Vantagem: controle do nível glicêmico e possibilidade de injetar a insulina conforme a necessidade. ▪ Desvantagens: risco de infecção elevado e preço. METFORMINA A ÇÕES ▪ A metformina é um sensibilizador à insulina -> não atua aumentando a secreção de insulina, mas sim diminuindo a resistência insulínica no paciente DM2. ▪ É a primeira opção de tratamento, quando o paciente não possui alguma contraindicação, sendo uma opção distribuída pelo SUS a pacientes pré - diabéticos e com DM2 (metformina convencional). ▪ Possui uma alta efetividade: o Redução da glicemia em jejum: 60 a 70 mg/dL; o Redução de HbA1c (hemoglobina glicada): 1,5 a 2%. EFEITOS ▪ Redução da produção de glicose hepática. ▪ Aumento da captação e utilização de glicose pelo músculo esquelético. ▪ Redução da absorção de carboidratos pelo intestino. ▪ Aumento da oxidação de ácidos graxos ▪ Redução de VLDL e LDL. ▪ Observação: a metformina previne a hiperglicemia, porém não é capaz de causar hipoglicemia. POSOL OGIA ▪ METFORMINA CONVENCIONAL (LIBERAÇÃO IMEDIATA): 1.000 a 2.550 mg, 2 ou 3 tomadas por dia. Geralmente, a dose inicial pode ser de 500 mg ou 850 mg por tomada; ▪ METFORMINA XR (LIBERAÇÃO PROLONGADA): .000 a 2.550 mg, 2 ou 3 tomadas por dia. Sua dose inicial é de 500 mg por tomada. TIPOS DE INSULINA E METFORMINA MILENA BAVARESCO o Por conta da liberação prolongada, a XR tem intuito de amenizar os efeitos adversos. ▪ VANTAGENS: é uma droga bastante usada e difundida; redução relativamente maior da HbA1c; diminuição dos eventos cardiovasculares; prevenção do DM2; melhora o perfil lipídico; diminuição do peso. o Além de sua eficácia no tratamento de DM2, a metformina também é uma opção terapêutica em casos de síndrome do ovário policístico. FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA ▪ A metformina possui boa absorção pela mucosa gastrointestinal, sendo a administração de escolha a via oral. ▪ Ela não se liga a carregadores e outras proteínas séricas e nem sofre biotransformações ao longo de seu percurso. Sua excreção é por via renal. ▪ Esse fármaco atua na sensibilização insulínica por meio de três mecanismos de ação: o Inibição da gliconeogênese hepática, principal mecanismo hiperglicemiante durante o jejum em pacientes DM2; o Aumento da sensibilização da insulina nos tecidos periféricos, melhorando a captação de glicose e seu uso no músculo esquelético; o Redução do turnover de glicose no leito esplênico. ▪ Ao nível celular, nas células musculares esqueléticas, as biguanidas induzem o aumento nas atividades das proteínas de membrana tirosina-quinase (PTK), estimulando a translocação intracelular de GLUT-4 até a membrana das células- alvo -> maior sensibilidade insulínica e, portanto, uma melhor captação. Já nos hepatócitos, há a inibição do complexo I da cadeia respiratória mitocondrial pela metformina, reduzindo a ação da proteína cinase ativada pela AMP, enzima importante na expressão de genes que induzem a gliconeogênese no fígado. EFEITOS ADVERSOS E CONTRAINDICAÇÕES ▪ EFEITOS ADVERSOS: adversidades gastrointestinais, como desconforto abdominal, diarreia e náuseas; deficiência de vitamina B12; risco de acidose lática (evento mais raro). ▪ CONTRAINDICAÇÕES: gravidez; insuficiência renal grave (TFG < 30 mL/min/1,73 m3); insuficiência hepática; insuficiência cardíaca grave e descompensada; insuficiência pulmonar; acidose grave. Vale ressaltar que, em caso de insuficiência renal moderada (TFG entre 30 e 40 mL/min), a dose é reduzida em 50%.
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