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Estimulação Elétrica Neuromuscular (EENM)

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Estimulação Elétrica Neuromuscular
FES
EENM 
· A denominação “estimulação elétrica neuromuscular” (EENM) refere-se á utilização de equipamentos que geram corrente elétrica para estimulação no nível motor, ou seja, geram contração muscular. Diferentemente dos equipamentos de eletro analgesia, a EENM tende a passar pelo limiar sensitivo, atuando basicamente no limiar motor, o qual exige uma corrente com pulsos de maior duração.
· Esses recursos, quando aplicados no corpo humano, tendem a gerar uma despolarização do moto neurônio inferior e consequentemente todas as etapas fisiológicas da contração. Portanto, para que se tenha o resultado esperado com esses recursos, há a necessidade de uma fibra nervosa eferente integra.
FES 
· FES significa Eletroestimulação Funcional;
· Terapia realizada no neurônio motor inferior intacto para iniciar a contração de músculos parcialmente paralisados, de modo a produzir movimento funcional proveniente da corrente elétrica que despolariza as fibras do músculo. Por esse conceito podemos subentender que sempre o paciente ou atleta deve realizar ou ao menos tentar realizar o movimento associado ao equipamento e não se submeter a uma simples terapia passiva.
características 
· Corrente alternada (bifásica); o que automaticamente a caracteriza como uma corrente despolarizada;
· Corrente pulsada; 
· Simétrica;
· Pulsos retangulares; 
· Baixa frequência (frequência portadora ae abaixo de 1000Hz) 
inibição muscular artrogênica (IMA)
· Uma condição neuro musculoesquelética originada após conflito articular ou ósseo (cirurgia, trauma ou processo degenerativo), promovendo uma inibição reflexa muscular na região afetada;
simplificando
· Ocorre uma lesão articular
· O Sistema Nervoso Central (SNC) percebe que tem algo errado na articulação e “desliga” o musculo que atua na articulação afetada, para que ele não realize mais nenhum movimento
· SNC preserva a articulação machucada com o efeito inibitório (moto neurônio alfa e gama)
· SNC desliga os motos neurônios inferiores 
· Muito tempo inibido acaba ocorrendo fraqueza muscular, ou seja, diminui a ativação muscular
· Lesões mais graves a inibição tende a ser maior. 
parÂmetros
frequência (HZ)
· FES tem uma frequência menor, o que configura uma impedância maior.
· Frequência portadora tem um valor abaixo de 1000Hz. 
· Frequência modulada depende da fibra muscular que se deseja estimular:
1. Fibras do tipo I (vermelhas): 30 – 50 Hz 
 Essas fibras tem um metabolismo oxidativo, mais resistência, demora mais para fadigar, tem um alto número de mitocôndrias. São utilizadas em exercícios de resistência e os músculos são mais estabilizadores articulares ou músculos antigravitacionais.
2. Fibras do tipo IIb (brancas): 50- 100 Hz 
 Essas fibras são de músculos não tão resistentes, tem um metabolismo glicolítico (queima rápida de energia), menor oxigenação e tem características de velocidade, potência, explosão. São músculos responsáveis por realizar movimento/função. 
Tempo de pulso/ largura de pulso 
· Deve-se observar os tipos de fibras para determinar o tempo. 
1. Fibras do tipo I (vermelhas): 200 a 300 microssegundos 
2. Fibras do tipo IIb (brancas): 300 a 400 microssegundos 
tempo on e tempo off
· Tempo ON: tempo em que a corrente fica contraindo o musculo; tempo em que a corrente fica ligada.
 
 Geralmente o parâmetro é ajustado entre 6 – 10s
· Tempo OFF: tempo de repouso/descanso do exercício.
 Tem parâmetros a ser ajustados de acordo com o tempo ON. 
1:1 (dura o mesmo que o tempo ON), geralmente para pacientes fortes. 
1:2 (dura 2x mais que o tempo ON), geralmente para pacientes sem agravamentos musculares 
1:3 (dura 3x mais que o tempo ON), geralmente para pacientes com hipotrofia 
· Tempo total de aplicação: 5 a 20 minutos
intensidade 
· Tem como objetivo buscar atingir o neurônio motor 
· 1º limiar: sensitivo (o paciente sente a corrente)
2º limiar: motor (contração involuntária do músculo), sendo assim é preciso aumentar a intensidade o máximo que puder, sem que o paciente sinta dor. 
· Quanto maior a intensidade, maior a profundidade da corrente e maior a ativação das fibras musculares.
rampa de subida e descida 
· Rampa de subida (rise) é a máxima de intensidade da corrente. Pode ir de 1-5s, porém 1s promove uma menor acomodação e diminui a chance de o músculo fadigar. 
· Rampa de sustentação é a corrente ligada estimulando o paciente; mesma coisa de tempo ON.
· Rampa de descida (decay) é o tempo que demora para voltar ao 0 quando voltar terminar o exercício, para assim o músculo entrar em descanso. Pode ser também de 1-5s, mas é necessário modular no mesmo tempo de subida. 
eletrodos 
· Eletrodo maior dispersa mais a corrente, a aplicação fica mais confortável. Senso assim, menor a densidade da corrente, o que leva a uma menor sensação do paciente. 
· Quanto maior a distância entre os eletrodos, menor a densidade da corrente e maior a profundidade de penetração. 
· Podem ser utilizados eletrodo de borracha (com um gel condutor), esponja ou silicone autoadesivo. 
Eletrodo de Borracha
Fonte: Google Imagens
Eletrodo de Esponja 
Fonte: Google Imagens
 Eletrodo Autoadesivo
Fonte: Google Imagens
técnicas de aplicação da corrente
· Mioenergética: Aplicação na região proximal e distal do músculo 
· Não é em cima do tendão
· 2 eletrodos iguais
· Pode ser aplicada em músculos menores, colocando sobre o músculo sinergista
· Ponto Motor: Aplicação de um eletrodo (de tamanho maior) proximal ou distal no ventre muscular e outro eletrodo (menor) exatamente em cima de onde o moto neurônio inferior chega/inerva o músculo. 
· 2 eletrodos de tamanhos diferentes 
· Técnica mais efetiva 
aplicabilidade clínica 
· Síncrono: aumento da dose em todos os canais simultaneamente
· Recíproco: alterna doses entre canais pares e ímpares
· Sequencial: aumento e diminuição de doses em sequência (canal 1, depois canal 2 e assim por diante)
· Progressivo: aumento e manutenção das doses no canal 1, depois no canal 2...
objetivos
· Aumentar o desempenho muscular (para indivíduos saudáveis e não saudáveis)
· Reeducação muscular (por exemplo, indivíduos em coma)
· Prevenção de atrofia muscular (indivíduos acamados)
· Prevenção de inibição artrogênica (inibição muscular associada com lesão articular)
indicações 
· Reeducação muscular (P.O, pós trauma) 
· Manutenção da condição muscular (previne atrofia)
· Potencialização dos ganhos de força (treinamento normal)
· Recuperar hipotrofismos e desequilíbrios devido a imobilizações (IMA)
· Aumento de força para melhora da estabilidade ativa de uma articulação
contra indicações 
· Marca passo 
· Patologias circulatórias 
· TVP (trombose venosa profunda)
· Cardiopatas descompensados
· Hipertensão descompensada 
· Neoplasias 
· Lesões musculares e tendíneas (fraturas, ruptura muscular)

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