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Fernanda F. Ferreira - TXI DOENÇAS DA MAMA · Estrutura da mama: conj. De lóbulos = lobos drenam pelo ducto para a papila + tec. Adiposo · A disseminação de Ca de mama é preferencialmente linfática 99% drenagem linfática para axila · A.Mamária interna é a principal responsável pela irrigação da mama Sintomas: · Eczema · Derrame papilar · Nódulo palpável · Sd. De Tietze: infl. Da art. Costocondral · Dç de Mondor: tromboflebite das vv. Superficiais do tórax e da parte superior do abdomne v. torácica lateral Mastalgia - Cíclica – mais na fase lútea tardia e > bilateral (mais no QSL) alt. Funcional benigna da mama (AFBM) - Acíclica – sem rel. com o ciclo e > unilateral mastite, abscesso, esteatonecrose O trat. Medicamentoso está indicado para casos mais graves, com duração dos sintomas >6m. tamoxigeno efeito antiestrogênico nas mamas, Danazol é um antigonadotrófico Fatores predisponentes: · Estresse: lib. De serotonina diminui dopamina aumento de prolactina dor mamária cílica · Tabagismo · Retenção hídrica · Ingestão de cafeína ou metilxantinas · Ativ. diárias · Uso de medicamentos: antidepressivos e ansiolíticos Alt. funcional benigna da mama: mastalgia cíclica, adensamentos, cistos, descarga papilar bilateral, 25-45 anos - USGcistos mamários: imagens anecoicas (bola preta), redonda com reforço acústico posterior (a mancha branca abaixo dela), cisto mais largo do que alto, sombra lateral - Conduta – orientação: NÃO VIRA E NÃO É CA – indica-se melhorar a sustentação das mamas e evitar a medicação, vit. E, mas se dor grave = tamoxifeno (antagoniza o efeito do estrogênio na mama, mas no endométrio é agonista, então cuidado), danazol também - Cisto: excluir Ca, PAAF, trat. Cx. · PAAF: indicações: dor e cistos volumosos, acomp. USG se cistos múltiplos · Trat. Cx. – indicações: cisto complexo e exclusão de cistos com várias recidivas que apresentem massa residual pós punção ou cujo o líq. Seja sanguinolento · 25-45 anos · Lesões predominantemente císticas Mastite - Mastite puerperal – Staphylococcus aureus – fatores de risco: primariedade,, <25anos,infecção da rinofaringe do lactente... · Causa: pega incorreta e fissura mamária · Diag.: sinais flogísticos + febre · Trat.: melhorar a sustentação da mama, manter a amamentação e ATB – Cefalexina · Só há indicação de suspensão do aleitamento se: drenagem purulenta espontânea ou incisão cirúrgicapara drenagem do abcesso flutuante muito próx. Do mamilo - Abscesso mamário – PODE AMAMENTAR, apenas não é possísel se descarga purulenta ou incisão cirúrgica próxima ao mamilo · Trat.: drenagem, esvaziar a mama e ATB BILATERAL É BOM! Eczema: Eczema areolar X Doença de Paget (Ca de pele) · Eczema areolar: descamação BILATERAL, pruriginosa, não destrói papila, melhora c/ corticoide tópico · Doença de Paget: descamação UNILATEREAL, pouco prurido, destrói papila, não responde ao corticoide BIÓPSIA Derrame papilar – alguns lugares definem que a saída de secreção deve ser fora do ciclo gravídico-puerperal e do período de lactação para ser classificado aqui · Lácteo – geralmente fruto de hiperprolactinemia: aval. betaHCG, TSH (hipotireoidismo), medicamentosa, prolactinoma · Multicolor(verm./amarelo/marrom): alt. funcional benigna da mama e ectasia ductal · Sanguíneo/serosanguíneo: maior causa papiloma intraductal · Quando investigar: espontâneo, uniductal, unilateral “água de rocha” ou sanguinolento – ressecar ducto pela aval. dos pontos de gatilho – citologia negativa não exclui diag. · Gravidez pode ser derrame sanguinolento · Mastites purulento · Principais causas de derrame papilar: 1° papiloma intraductal, 2° AFBM e ectasia ductal e 3° carcinoma in situ · Citopatologia, MMG, USG definir a causa e 2° biópsia cirúrgica se descarga patológica - se encontrarmos nódulo a investigação se direciona para ele FISIOLÓGICA PATOLÓGICA PROVOCADA ESPONTÂNEA MULTIDUCTAL UNIDUCTAL BILATERAL UNILATERAL MULTICOLORIDA AQUOSA/SANGUÍNEA ESPORÁDICA PROFUSA/PERSISTENTE Nódulos: Diferente do adensamento que só podem ser identificados 2 dimensões, os nódulos podem ser identificados em 3 - Benignidade: móveis, consistência firme e elástica, contorno reg. E margens definidas - Malignidade: aderidos, consistência endurecida ou pétrea, contornos irreg. E margens indefinidas, descarga sanguinolenta ou em água de rocha, retração da pele e/ou mamilar, invasão da pele ou da parede torácica - Ex. clínico: · Móvel X aderido · Reg. X irreg. · Fibroelástico X pétreo ↓ - PAAF: após palpar o nódulo já identificar se ele é sólido ou cístico · Amarelo esverdeado · Sem lesão residual ↓ >2 recidivas, sanguinolento, massa residual ou nódulo sólido USG/MMG, Bx - USG/MMG · USG: sugere malignidade – misto, mal determinado, sombra acústica. Benignidade = reforço acústico, diâmetro latero-lateral maior que o crâniocaudal Biópsia cirúrgica é padrão ouro para diferenciação, sendo obrigatória na suspeita de falso negativo da core biópsia ou mamotomia - excisional – para tumores menores - incisional – para tumores maiores Nesse caso PAAF como conduta terapêutica! Principal suspeita papiloma, mas não posso excluir Ca sem biópsia - Abcesso subareolar recidivante = tabagismo, 30-50anos, trat. Atb e ressecção da área comprometida - Esteatonecrose: mamas volumosas, traumas, tumorações aderidas, endurecida, dolorosa, CD: expectante – corre pela saponificação asséptica da gordura - Ectasia ductal: descarga papilar, idosas, cd= expectante - Eczema reolar: dermatite bilateral, prurido. DD doença de Paget (Ca de papila) biópsia – céls. gigantes de Paget trat. Corticoide e dç. De Paget não responde a corticoide - AFBM: mastagia cíclica, adensamentos e cistos USG (imagem anecoica) Fibroadenoma: · Tumor benigno mais prevalente na mama feminina · Tumro palpável · Jovens até 35 anos – pode ocorrer na puberdade · Fibroelástico com estroma hipocelular · Diag. Diferencial de tumor filodes · Lesão hipoecoica · Quando se tem entre 25-35 anos – se lesão palpável deve ser retirada, se cresc. Rápido, hist. familiar de Ca ou MMG ou USG duvidosas Tumor filodes: · 30-50 anos · Cresc. Rápido · Grande vol. E tendência recorrência local · 20% maligniza · Estroma hipercel. Papiloma intraductal: principal causa de derrame papilar · Entre 30-50anos · Nódulo subareolar (50%) · Descarga papilar · Estroma com hipercelularidade · 20% sofre malignização · Sanguinolento (50%) · Serosanguinolento (50%) · Trat.: exérese dos ductos atingidos Hamartomas: · 3-4ª décadas (masto) – pós menopausa · Macios, muito semelhantes aos lipomas e fibroadenolipomas Lesões benigmas sofrem risco de transf. Maligna estimado por 3 fatores: · Fatores epidemiológicos · Testes genéticos – BRCA1, BRCA2 · Fatores histológicos Carcinomas: pico >50anos, consistência sólida ou pétrea Ca de mama – excetuando o ca de pele não melanoma, o de mama é p 2° maligno mais freq. No Br e disparado o mais comum entre mulheres Alt. genéticas: Mudanças ne cresc. Cel. Ou na morte cel. Programa = tumor · Alt. hereditárias · Alt. adquiridas por exposição a fatores ambientais · Alt. adquiridas por exposição a fatores biológicos · Genes supressores: inibem o cresc. Cel., não freiam o cresc. Excessivo, p53, BRCA1, BRCA2 · Proto oncogenes: estimulam o cresc. Cel, c-erb Fatores de risco para Ca de mama: · Sexo feminino · Idade >40anos · Raça branca · História de Ca de mama · Hist. Familiar · Antecedente pessoal de outros tipos de Ca e RT para linfoma de Hodgkin · Menarca precoce · Menopausa tardia · Nuliparidade · Primaparidade idosa · Dieta rica em gordura e obesidade · Maior exposição a estrogênio · TRH (se uso superior a 10 anos o risco é maior) /ACO – parece não influenciar, exceto nas mulheres que possuem predisposição genética · BRCA1 – pré-menopausa, BRCA2 – pós-menopausa · Lesões de risco – hiperplasia atípica, carcinoma in situ · Amamentação pela inibição da função ovariana reduziria o risco de Ca de mama Lesões mamárias que não tem risco: · Ectasia ductal· AFBM · Fibroadenoma · Cistos · Mastite · Fibrose · Hamartoma · Adenose não esclerosante · Metaplasia apócrina, escamosa Lesões malignas · Ductal infiltrante: tipo invasor mais comum · Lobular infiltrante: tendência bilateralidade · Ca infl.: é localmente avançado – invade linfático, pele T4 - aspecto averm. Em casca de laranja Sítios mais comuns de metástase a distância: osso, pulmão, fígado e cérebro! USG: · Ecos irreg. · Irreg. · Vertical > lateral · Sombra acústica POSTERIOR Rastreio: · MAMOGRAFIA BIENAL DE 50-69anos segundo MS, e paciente de risco exame físicos e MMG 35anos · 2015: MS contraindicou autoexame e ex. clínico passou benefício incerto · FEBRASGO/SBM: MAMOGRAFIA E EX. CLÍNICO ANUALMENTE DOS 40-69 anos · Manobra de Eklund – manobra para realização de MMG em mulheres com implante Grupos de risco: · Parente 1° grau antes de 50anos · Parente 1° grau CA ovário ou Ca mama bilateral · Parente masc. Ca mama · Lesões atípicas ou Ca lobular in situ · BRCA1 e BRCA2 · RT entre 10-30anos de idade MAMOGRAFIA: 2 incidência cranio caudal e oblíqua médio lateral · Único que detecta microcalficações · BI-RADS 0: MMG inconclusiva – ex: mama densa conduta USG ou RNM · BI-RADS 1: nenhuma alt. – conduta = repetir de acordo com a idade · BI-RADS 2: alt. benignas – repetir de acordo com idade – imagem em pipoca, linfonodos com área hipodensa central, limites bem definidos, calcificações grosseiras · BI-RADS 3: duvidosa – provavelmente benigna – repetir 6m. por 3 anos · BI-RADS 4-5: suspeita/altamente suspeita – conduta – biópsia – aspecto estrelado, contorno irreg. , lesões espiculadas, limites maldefinidas, densidades assimétricas, linfonodos sem radiotransparência central · BI-RADS 6: lesão neoplásica Pois é uma MMG diag. E não de rastreio Histopatológico – core biopsy (punção com agulha grossa) e mamotomia · Biópsia incisional – retira parte do tumor – lesões maiores · Biópsia excisional – retira todo o tumor – lesões maiores · Biópsia cx. É padrão ouro · Se impalpável pode ser por estereotaxia DIFERENÇAS CDIS CLIS APRESENTAÇÃO Expressão a MMG, lesão palpável e unifocal Sem expressão a MMG, incidental e multifocal Local predominante Ductos Lóbulos Tamanho celular Médio ou grande Pequeno Subtipos Comedocarcinoma – pior prognóstico, papilar, cribiforme, micropapilar, sólido Sólido Risco de invasão subsequente Maior – é a lesão precursora do CA Manor – é marcador de alto risco Local da invasão ipsilateral Ipsilateral ou contralateral Estadiamento: · T0: sem tumor · Tis: lesão in situ · T1: tumor até 2cm · T2: tumor 2-5cm · T3: tumor >5cm · T4: invade a pele ou parede torácica ou carcinoma infl. (T4D) · N0: sem metástases · N1: ispilateral axilar móvel · N2: ipsilateral axilar fixa · N3: mamária interna ipsilateral · M0: sem metástases · M1: metástases a distância (axila contralateral) Trat.: - In situ: sem abordagem axilar cx. Conservadora (segmentectomia ou quadrantectomia) RT - Infiltrante – com abordagem axilar – aval. linfonodo QT abordagem cx. Depende do tamanho da mama: se <20% cx. Conservadora Rt; se >20% ou multicêntrico radical linfonodo sentinela ou esvaziamento axilar Tipos de cirurgia: - Conservadora: · Aval. a rel. tumor/mama (até 3,5cm e <20% da mama) – segmentectomia (não tira pele suprajacente)/ quadrantectomia (tira pele suprajacente) · Obs: obrigatória a RT pós-op. - Radical – mastectomia: todos tiram mama e pele · Halsted – retira os 2 peitorais - desuso · Patey – tira o peitoral menor · Madden – não tira os peitorais · Simples: sem esvaziamento axilar, mama e pele Tumor infiltrante = avaliar linfonodo LINFONODO SENTINELA – fazer no caso de tu. Entre 2-3cm - o sentinela é o 1° linfonodo a drenar a área do tumor, se negativo evita dissecção axilar radical - não fazer linfonodo sentinela se axila já afetada clinicamente *clássico pode lesar o n. torácico longo – lesão Bell = escápula alada, mas fazer se LS+, axila clinicamente + e tumor multicêntrico Quimioterapia adjuvante: · Tumores >1cm · Linfonodo positivo · Expressão do HER2 · Receptor hormonal negativo – mais freq. em Ca de pacientes jovens Quimioterapia Neoadjuvante: antes da cx. Para reduzir o tumor – se recebeu essa não recebe a adjuvante Radioterapia – cx. Conservadora e tumores >4cm Indicações hormonioterapia: receptor estrogênio positivo usar TAMOXIFENO ou inibidores de aromatase por 5anos · Presença de receptores positivos melhor prognóstico – tamoxifeno, inibidores da aromatase. Análogos de GnRH · Pesquisa de HER-2 + pior prognóstico – trastuzumabe Terapia alvo dirigida (↓efeito adverso): Trastuzumabe – superexpressan HER2(rel com pior prognóstico e agressividade) Já que é palpável vamos de core biopsy Se tem discordância entre USG e mamografia vamos pelo bi-rads mais grave 9
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