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Hannah Arendt - Helen

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FACULDADE REPUBLICANA 
DE BRASÍLIA 
HELEN CAROLINA RIBEIRO 
HANNAH ARENDT 
Resenha sobre a autora Hannah Arendt 
Brasília – DF
2021
HANNAH ARENDT 
Johannah Cohn Arendt (1906 – 1975), mais conhecida como Hannah Arendt, Foi uma filósofa e teórica política contemporânea. Pertencente a uma família judia, nasceu em 1906 na cidade de Linden, Alemanha. Arendt vivenciou os horrores da perseguição nazista, o que a motivou pesquisar sobre o fenômeno do totalitarismo.
Arendt, em particular, é um dos casos em que a sua biografia foi determinante para a construção de suas obras. Marcada pela perseguição nazista, pelo sofrimento com o antissemitismo, a autora se sentiu obrigada a lutar politicamente em defesa do que acreditava, se dedicando a estudar e entender o totalitarismo, a questão dos direitos políticos e dos Direitos humanos. 
Um dos conceitos mais intrigantes da filosofia de Hannah Arendt é a “Banalidade do mal”. A autora (tendo Immanuel Kant como um de seus influenciadores) trata a questão do mal como sendo “mal radical”. O mal radial esta enraizado em quem o pratica, ou seja, além de estar preso na pessoa ele fundamenta-se no ódio. O Antissemitismo nazista, em geral, é um tipo de mal radical. Em sua obra “Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal (1963), ela diz: 
“O problema com Eichmann era exatamente que muitos eram como ele, e muitos não eram nem pervertidos, nem sádicos, mas eram e ainda são terrível e assustadoramente normais. Do ponto de vista de nossas instituições e de nossos padrões morais de julgamento, essa normalidade era muito mais apavorante do que todas as atrocidades juntas, pois implicava que — como foi dito insistentemente em Nuremberg pelos acusados e seus advogados — esse era um tipo novo de criminoso, efetivamente hostis generis humani, que comete seus crimes em circunstâncias que tornam praticamente impossível para ele saber ou sentir que está agindo de modo errado.”
Eichmann, não era um antissemita, apenas se permitiu trabalhar para os nazistas em busca de dinheiro. Na análise da autora, ele era uma pessoa medíocre, incapaz de refletir sobre a vida e sobre sua nação. Hannah não analisou o mal pelo viés moral, mas pelo viés político. 
E sua obra “Origens do totalitarismo”, Hannah diz o que totalitarismo é a elevação de dois fenômenos: o medo e o terror. Esses dois elementos juntos levam a um sistema extremamente burocrático em que o Estado total transforma a coletividade em um único corpo, ou seja, anulando a individualidade humana e promovendo uma sociedade que pensa da mesma maneira, querendo as mesmas coisas, apoiando assim a atuação do líder totalitário. 
“Em lugar das fronteiras e dos canais de comunicação entre os homens individuais, constrói um cinturão de ferro que os cinge de tal forma que é como se a sua pluralidade se dissolvesse em Um-Só-Homem de dimensões gigantescas Pressionando os homens, uns contra os outros, o terror total destrói o espaço entre eles.”
Após vivenciar experiências nazistas, Hannah partiu do pressuposto “O que é a política?”. Partindo de uma constatação arendtiana de que ação política é sinônima de liberdade, um indivíduo passa a ser livre na medida em que a liberdade existe, onde a condição plural do homem não seja desconsiderada. Ela visualiza o conceito de liberdade atrelado ao conceito de vontade, trazendo a tona o pensamento cristão de Paulo e Agostinho, os quais localizaram no espaço interior da consciência o problema da liberdade, algo que no mundo não existia passando a ser identificada como livre-arbítrio. Entretanto, a perda da concepção política de liberdade no entendimento de que a liberdade não pode ser obtida na solidão e que não se resume ao “quero” ela se necessita do “posso”, ou seja, a liberdade não significa fazer o que se deseja, não significa soberania, pois só se é livre perante outros que também o sejam. 
O desesperado desejo do ser humano em ser livre na sua capacidade de agir faz desenvolver certos preconceitos contra a política. Os interesses mesquinhos de ideologias mais mesquinhas ainda fazem com que a política exterior oscile entre propaganda vazia e pura violência. Mas o ponto principal do preconceito contra a política é a fuga à impotência. 
Por conseguinte, o preconceito desempenha um grande papel na coisa social pura; na verdade, não existe nenhuma estrutura social que não se baseie mais ou menos em preconceitos, através dos quais certos tipos de homens são permitidos e outros excluídos. Quanto mais livre de preconceitos é um homem, menos apto será para a coisa social pura. Mas nós afirmamos não julgar, em absoluto, dentro da sociedade e essa renúncia, essa substituição do juízo pelo preconceito só se torna perigosa quando se alastra para o âmbito político, onde não conseguimos mover-nos sem juízos porque, como veremos mais tarde, o pensamento político baseia-se, em essência, na capacidade de formação de opinião.

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