Buscar

PROVA TRIBUTÁRIO 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

PROVA TRIBUTÁRIO 2
1) Conceito de tributo e principais elementos que compõem a sua
caracterização?
Conceitualmente, tributo é receita ordinária - constitui fonte regular e permanente de
recursos financeiros necessários ao atendimento das despesas públicas- e derivada –
onde o Estado, em virtude de seu poder de autoridade, pode impor sobre as relações
econômicas praticadas pelos particulares, assim como sobre seus bens, o tributo, que
na atualidade se constitui em principal fonte da receita pública, também chamada de
exação – extraída da manifestação de disponibilidade econômica dos particulares e
destinada ao custeio das despesas ordinárias (gerais ou específicas) – aquelas que
constituem, normalmente, a rotina dos serviços públicos e que são renovados
anualmente, isto é, a cada orçamento.
Juridicamente, tributo é exação (receita derivada compulsória) submetida ao regime
constitucional tributário que seja instituída e cobrada em regime de estrita legalidade,
salvo exceções constitucionais.
O Código Tributário Nacional trouxe um conceito de tributo, previsto no artigo 3º, o
qual enuncia que “tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”
Dizer que “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória” significa que tributo é
uma prestação em dinheiro, representando obrigação de dar.
Por sua vez, “... em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir”, significa que a forma
usual de satisfazer o tributo é em moeda corrente; porém, nada impede que possa o
pagamento do tributo ser feito por algo equivalente à moeda, desde que a legislação
ordinária de cada entidade tributante assim o determine, como faculta o Código
Tributário Nacional.
A expressão “Que não constitua sanção de ato ilícito” serve para distinguir o tributo da
multa, que sempre representa uma sanção pecuniária pela prática de ato ilícito. É claro
que o descumprimento de normas tributárias, também, gera imposição de penalidade
pecuniária. A expressão não significa, necessariamente, que o tributo sempre
pressupõe a licitude de ato que o gerou mesmo porque os atos ilícitos são passíveis de
tributação, que decorre do princípio “Pecunia Non Olet”, o que equivale a dizer que o
“dinheiro não tem cheiro”, consagrado no artigo 118,inciso I, do CTN. O que a
expressão significa é que a cobrança de tributo não representa imposição de
penalidade.
A expressão “Instituída em lei” significa que tributo é obrigação ex lege contrapondo-se
à obrigação ex voluntate. Tributo só pode nascer da lei. As obrigações contratuais não
podem ser opostas às obrigações tributárias. A natureza ex lege do tributo tem matriz
no art. 150, I, da CF, segundo o qual é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal
e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. Essa relação
jurídico-tributária só pode ser instituída por quem possa legislar, são eles União,
estados, Distrito Federal e Municípios
Por fim, a expressão “e cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada”, significa que a cobrança de tributo só se processa por meio de atos
administrativos vinculados, isto é, sem qualquer margem de discrição do agente
público, que deverá portar-se fielmente como prescrito no mandamento legal.
Contrapõem-se aos atos discricionários que podem ser editados por um prisma da
oportunidade e da conveniência.
Os elementos essenciais do tributo, que configuram “hipótese de incidência tributária”,
são: a) sujeito ativo - que está relacionado com competência e legitimidade; b) fato
gerador - o que dá causa à exigência tributária e quando; c) base de cálculo - o
substrato econômico tributável; d) alíquota (percentual ou montante fixo extraível da
base de cálculo); e e) sujeito passivo, que pode ser o “contribuinte” – onde há relação
direta com o fato gerador – ou “responsável” – onde há relação indireta com o fato
gerador – ou substituto – onde há relação indireta com o fato gerador mas equiparado
a “contribuinte”.
2) O que é progressividade em matéria tributária? Qual é a diferença entre
progressividade fiscal e progressividade extrafiscal ou parafiscal? Quais
impostos exigem ou ao menos permitem a progressividade extrafiscal ou
parafiscal?
A progressividade, como instrumento da igualdade, tem por objetivo reconhecer as
diferenças econômicas entre os contribuintes e tributar de forma mais intensa as
pessoas que recebem mais. O princípio pode ser resumido, de forma simples, na frase
“quem ganha mais deve pagar mais, quem ganha menos deve pagar menos e quem
ganha pouco não deve pagar''. A progressividade é o mecanismo de tributação que
determina a aplicação de alíquotas mais elevadas de acordo com o incremento da base
de cálculo. Na Constituição encontramos a progressividade, em termos expressos, nos
artigos 153, § 2º (Imposto sobre a Renda), 153, § 4º, I (Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural), 155, § 1º, I e II (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial
Urbana, em razão do valor, localização e uso do imóvel), e 182, § 4º, II (IPTU
Progressivo no Tempo, de caráter sancionatório, em que as alíquotas aumentam
independentemente do incremento na base de cálculo.).
Existe a progressividade fiscal e a extrafiscal. A progressividade fiscal, decretada no
interesse único da arrecadação tributária tem seu fundamento no preceito
programático representado pelo § 1o do art. 145 da CF, segundo o qual, sempre que
possível, o imposto será graduado conforme a capacidade econômica do contribuinte.
Na progressividade “fiscal”, quanto maior a base de cálculo, maior a respectiva alíquota
incidente.
Enquanto na progressividade “extrafiscal”, quanto maior a ocorrência da causa
político-social geradora da tributação, maior a respectiva alíquota incidente. A
progressividade para fins extrafiscais é observada nos casos do IPTU e do ITR, em que a
manutenção de imóveis sem atendimento à função social da propriedade enseja a
aplicação de alíquotas maiores, como forma de onerar os contribuintes e incentivá-los
a adotar medidas de adequação. Ainda em relação ao IPTU, a Emenda Constitucional n.
29 permitiu a utilização da progressividade em função do valor do imóvel (art. 156, §
1o, I) — imóveis mais caros terão alíquotas maiores —, além de um critério de
seletividade na definição das alíquotas, de acordo com a localização e o uso do imóvel
(art. 156, § 1o, II)

Continue navegando