Buscar

GRA0132 DIREITO CONSTITUCIONAL GR0685-212-9 - 202120 ead-9826 112

Prévia do material em texto

09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_1… 1/30
DIREITO CONSTITUCIONAL
CAPÍTULO 2 - COMO SE ESTRUTURAM
OS PODERES DO ESTADO?
Guilherme Aparecido da Rocha
 
INICIAR
Introdução
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_1… 2/30
Você já pensou sobre como são estruturados os poderes do Estado? Como a
organização do país é feita de modo que uma autoridade possa controlar a outra
sem que nenhuma possa agir de forma contrária ao que prevê a lei? As funções de
cada poder são estruturadas para viabilizar o pleno desenvolvimento do Estado,
conforme características que você estudará neste capítulo.
Você sabe para que serve e quando pode ser utilizada uma medida provisória?
Sabe qual a distinção entre essa espécie legislativa e a lei delegada? Elas estão
diretamente relacionadas, mas as características de uma geraram o desuso da
outra, conforme conteúdo a ser estudado no primeiro tópico deste capítulo,
oportunidade em que você também estudará as resoluções e os decretos
legislativos.
No segundo tópico, você estudará o poder Executivo começando pela estrutura
dos ministérios. Você sabe para que serve um ministério? Sabe quantos o Brasil
possui atualmente? Essas indagações instigarão o desenvolvimento dessa etapa
da disciplina. O estudo do Executivo impõe ampla análise sobre as previsões
constitucionais para o presidente da República, no entanto, você estudará
especificamente a forma de eleição, os poderes, a vacância do cargo e a
responsabilidade do chefe do poder Executivo.
Nos tópicos finais deste capítulo, você estudará o poder Judiciário. Iniciará
conhecendo as garantias institucionais e funcionais que viabilizam o desempenho
imparcial das suas funções. É nesse contexto que se insere o Conselho Nacional de
Justiça, criado pela emenda constitucional n. 45/2004. Você sabe para quem
reclamar caso sofra algum prejuízo gerado por um juiz? Ao finalizar os estudos
deste capítulo, terá identificado o órgão com competência para apurar desvios
funcionais dos membros do poder Judiciário, pois terá, inclusive, conhecido toda
a estrutura desse poder do Estado.
2.1 Processo legislativo (Parte II)
Neste tópico você estudará quatro espécies legislativas, subdivididas em dois
grupos. No primeiro, conhecerá as medidas provisórias e as leis delegadas e, no
segundo, os decretos legislativos e as resoluções.
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_1… 3/30
Você provavelmente já ouviu falar em medida provisória por meio de diferentes
veículos de comunicação. Talvez, porém, nunca tenha ouvido falar em leis
delegadas. Há uma razão clara para isso, como você aprenderá. A medida
provisória dá mais autonomia ao presidente da República, diferente da lei
delegada, que o torna dependente do poder Legislativo.
Você sabe quem decide sobre um tratado ou convenção internacional no Brasil?
Se nosso país for recepcionar algum acordo internacional, o documento que
manifesta a recepção do texto é um decreto legislativo, cujas características você
estudará na última parte deste tópico, oportunidade na qual também analisará as
nuances da resolução.
2.1.1 Medida provisória e lei delegada
O processo legislativo compreende as etapas de produção das espécies
legislativas previstas no artigo 59 da Constituição Federal, dentre as quais se
incluem as leis delegadas e as medidas provisórias, as quais estão diretamente
relacionadas.
O desuso da lei delegada na realidade legislativa brasileira se deve, precisamente,
à medida provisória, instituída na Constituição em substituição ao antigo Decreto-
Lei e aprimorada pelo Constituinte Derivado em 2001, por meio de emenda
constitucional (n. 32). As leis delegadas, segundo previsão constitucional, são
elaboradas pelo presidente da República após autorização do Congresso Nacional.
Após enviar o pedido de elaboração de determinada lei ao Congresso, este se
reúne para analisá-lo, podendo autorizá-lo ou negá-lo. O instrumento de
autorização é a Resolução, espécie legislativa que você estudará no tópico a
seguir.
Você sabe quantas leis delegadas foram elaboradas pelo presidente da República
após receber autorização do Congresso Nacional, desde a promulgação da
Constituição Federal de 1988? Somente duas, ambas em 1992. Para que você
tenha um parâmetro de comparação, você sabe quantas leis ordinárias foram
publicadas depois da promulgação da Constituição? Foram 5.956 leis. A mera
confrontação dos dados já permite concluir que a lei delegada é um instrumento
em completo desuso.
A espécie legislativa que justifica, do ponto de vista prático, a não utilização das
leis delegadas é a medida provisória. Mais de 800 medidas provisórias já foram
criadas desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, o que também
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_1… 4/30
evidencia a sua preferência pelos presidentes da República em detrimento das leis
delegadas.
A Constituição prevê que, em caso de relevância e urgência, o presidente pode
editar medida provisória, com força de lei. Note que a medida provisória não é lei,
embora tenha a mesma imperatividade durante o período da sua vigência, que é
temporário.
Mas o que pode ser considerado urgente e relevante? É o presidente da República
quem possui competência para avaliar qual assunto possui essas características.
Em regra, aliás, o poder Judiciário não pode rever a questão para analisar se a
matéria é realmente urgente e relevante, conforme jurisprudência pacífica do
Supremo Tribunal Federal: 
Conforme entendimento consolidado da Corte, os requisitos constitucionais
legitimadores da edição de medidas provisórias, vertidos nos conceitos jurídicos
indeterminados de "relevância" e "urgência" (art. 62 da CF), apenas em caráter
excepcional se submetem ao crivo do Poder Judiciário, por força da regra da
separação de poderes (art. 2º da CF). (STF, Ação declaratória de constitucionalidade
11 MC, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 29-6-2007)
Não se admite, porém, a edição de medidas provisórias sobre algumas matérias,
como nacionalidade, cidadania, direito penal, direito eleitoral etc. Mas por que a
medida provisória não pode disciplinar esses assuntos? Primeiro, porque os
assuntos mencionados no § 1º do art. 62 devem ser apreciados minuciosamente
pelo Congresso Nacional, sendo incompatíveis com o rito célere da medida
provisória. Segundo, porque a provisoriedade dessa espécie legislativa é
incompatível com os assuntos ali mencionados.
Editada a medida provisória, ela deve ser imediatamente submetida ao Congresso
Nacional. A partir da publicação, o Congresso possui 60 dias para apreciá-la. Esse
prazo é prorrogável por igual período. Porém, após o seu término, a medida
provisória perde eficácia se não tiver sido convertida em lei.
Se a medida provisória não for apreciada em até 45 dias após a sua publicação,
entra automaticamente em regime de urgência nas casas do Congresso Nacional e
gera o sobrestamento das demais matérias até que ela seja definitivamente
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_1… 5/30
apreciada. Note que a Constituição força o trâmite acelerado da medida provisória
e impõe a sua apreciação. Isso ocorre porque a medida provisória não convertida
em lei pode gerar problemas para a sociedade. 
CASO
Imagine que, por medida provisória (MP), o presidente da República
reduza o número de parcelas do seguro-desemprego e que essa medida
valha por 120 dias (prazo máximo admitido pela Constituição para vigência
da MP). Imagine, agora, que o Congresso não a convertaem lei, rejeitando,
portanto, o seu conteúdo. Nesse caso, o que acontece com os
trabalhadores que foram demitidos no período da vigência da medida
provisória? Receberão quantidade menor de parcelas, ou agora têm o
direito ao regime anterior (previsto na lei vigente antes da edição da
medida provisória), haja vista a rejeição da MP? A Constituição Federal não
fornece resposta objetiva para essas questões, que deverão ser definidas
pelo Congresso logo após a rejeição da medida provisória. A decisão sobre
os trabalhadores que receberão quantidade menor de prestações do
seguro-desemprego durante a vigência da MP caberá, portanto, ao
Congresso Nacional, que também tem 60 dias para fazê-lo, mediante
decreto legislativo. Se isso não ocorrer, a medida provisória rejeitada
continuará regendo as relações travadas durante sua vigência. No caso, se
o Congresso não cumprisse o prazo, os trabalhadores acabariam
recebendo quantidade menor de parcelas. Note, no entanto, a dificuldade
e a instabilidade criadas.
Se a medida provisória for aprovada pelo Congresso e o seu texto for convertido
em lei, o texto publicado pelo presidente será mantido em vigência até que seja
sancionado ou vetado (também pelo presidente) o respectivo projeto de lei de
conversão. 
VOCÊ QUER LER?
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_1… 6/30
A análise dos requisitos de urgência e relevância desperta muitas discussões sobre os limites da
discricionariedade do presidente da República. Nesse contexto, o artigo “Medida provisória: o controle
dos requisitos constitucionais de relevância e urgência pelo Congresso Nacional e pelo STF”, publicado
na Revista Brasileira de Direito Constitucional, fornece importante complemento de estudo. Acesse:
<http://www.esdc.com.br/RBDC/RBDC-14/RBDC-14-025-
Artigo_Felipe_Penteado_Balera_(Medida_Provisoria).pdf (http://www.esdc.com.br/RBDC/RBDC-
14/RBDC-14-025-Artigo_Felipe_Penteado_Balera_(Medida_Provisoria).pdf)>.
Agora que você já identificou as características das leis delegadas e das medidas
provisórias, espécies legislativas diretamente relacionadas ao poder Executivo,
passaremos ao estudo da Resolução e do Decreto Legislativo, que são espécies
exclusivas do poder Legislativo.
2.1.2 Decreto legislativo e resolução
O Decreto Legislativo e a Resolução são espécies legislativas que servem para
disciplinar assuntos de competência das Casas Legislativas do Congresso
Nacional. Em nenhuma delas há participação do poder Executivo, ou seja, o
presidente da República não pode apresentar nenhum projeto de Decreto
Legislativo ou de Resolução, assim como não sanciona nem veta nenhum deles. O
processo legislativo dessas espécies legislativas se inicia e termina, portanto, no
âmbito do próprio poder Legislativo (FERREIRA FILHO, 2015, p. 216-217).
Não há consenso na doutrina sobre uma definição precisa de cada espécie
legislativa, embora tenha se difundido, na prática legislativa brasileira, a distinção
a seguir.
Decretos Legislativos servem para disciplinar assuntos privativos das Casas
Legislativas, no entanto com repercussão externa, de modo, inclusive, a
gerar direitos ou obrigações a terceiros, como no caso de concessão de
honrarias.
Resoluções também servem para disciplinar assuntos privativos das Casas
Legislativas, mas sem repercussão externa, ou seja, assunto internos, como
organização administrativa, regras funcionais, entre outros.
A Constituição Federal prevê o uso do Decreto Legislativo para assuntos de
competência exclusiva do Congresso Nacional, como a recepção de tratados, ou
convenções internacionais.
http://www.esdc.com.br/RBDC/RBDC-14/RBDC-14-025-Artigo_Felipe_Penteado_Balera_(Medida_Provisoria).pdf
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_1… 7/30
Já a Resolução, em âmbito federal, é utilizada à disciplina das competências
privativas da Câmara dos Deputados, prevista no artigo 51, e do Senado Federal,
prevista no artigo 52, ambos da Constituição Federal. Dentre elas destaca-se a
competência para elaborar Regimentos Internos e dispor sobre a própria
organização.
 Figura 1 - O Decreto
Legislativo é utilizado para assuntos de competência exclusiva do Congresso Nacional. Fonte: Gary
yim, Shutterstock, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_1… 8/30
Especificamente sobre a recepção de tratados e convenções internacionais, que é
feita pelo Congresso Nacional por meio de Decreto Legislativo, é importante
ressaltar a possibilidade de atribuir status de norma constitucional a um
documento internacional que verse sobre direitos humanos. Isso é possível desde
que, no momento da votação do Decreto Legislativo, o Congresso o submeta a
dois turnos de votação e que se alcance, em cada um deles, quórum de três
quintos dos parlamentares.
Apenas uma Convenção sobre direitos humanos foi aprovada com status de norma constitucional no
Brasil. Trata-se da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo
Facultativo. Você pode ser o teor completo da Convenção, que foi recepcionada pelo Decreto
Legislativo n.º 186/2008, disponível no link:
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/quadro_DEC.htm
(https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/quadro_DEC.htm)>.
Agora que você concluiu os estudos sobre o poder Legislativo, passaremos ao
estudo da estrutura e das características do poder Executivo. Após compreender o
processo de produção das normas você estudará as características do poder
incumbido de aplicá-las no exercício da atividade de administração. 
VOCÊ QUER LER?
2.2 Poder Executivo
Ao estudar o poder Executivo, você primeiro irá conhecer a razão de ser e, depois,
identificar quantos e quais são os Ministérios brasileiros. Você crê ser possível
administrar o Estado de maneira isolada? É possível concentrar na figura do
presidente da República decisões que vão desde assuntos previdenciários e
bancários até a aquisição de medicamentos? É nesse contexto que os Ministérios
assumem papel fundamental na organização do Estado.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/quadro_DEC.htm
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_1… 9/30
Você também estudará as características que circundam o presidente da
República. Primeiro, analisará o sistema eleitoral que é adotado pela Constituição
para a eleição do chefe do poder Executivo. Nesse contexto, aprenderá a
responder boatos que circulam há muito tempo, como é possível invalidar uma
eleição se mais da metade dos eleitores votarem em branco ou se anularem o
voto?
As atribuições do presidente da República serão objeto de estudo, assim como a
responsabilidade deste. Você sabe o que acontece se o presidente cometer um
crime comum? E se cometer um crime de responsabilidade? Você sabe qual a
diferença entre eles? Essas indagações instigam o desenvolvimento deste tópico,
que também abordará o processo de impeachment.
2.2.1 Estrutura básica: ministérios
O exercício do poder Executivo é feito pelo presidente da República, em âmbito
federal, pelo governador, em âmbito estadual e distrital, e pelo prefeito, em
âmbito municipal. Nenhum deles, no entanto, exerce as atividades de
administração isoladamente, o que é humanamente impossível, por isso a
Constituição prevê que o exercício do poder Executivo é feito mediante o auxílio
dos ministros de Estado, o que viabiliza a desconcentração das decisões.
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_… 10/30
O presidente da República não possuicondições para, sozinho, tomar todas as
decisões relacionadas aos inúmeros assuntos de interesse nacional. Em razão
disso, nomeia pessoas da sua confiança pessoal para que elas, em seu nome,
decidam sobre assuntos de alta relevância, ou seja, os ministros de Estado.
(TAVARES, 2017, p. 1321)
Raciocínio idêntico se aplica em relação aos governadores e prefeitos, que, ao
invés de nomearem ministros, nomeiam secretários Estaduais e secretários
Municipais, respectivamente.
A Constituição não estipula quantidade mínima, nem máxima de Ministérios,
deixando a criação e a extinção para a lei. Um exemplo seria a Lei nº 13.844/19,
que estabelece a organização básica dos órgãos da Presidência da República e dos
Ministérios, dentre os quais estão o da Cultura, da Educação, da Saúde etc. Além
deles, a lei prevê órgãos com status de Ministério, como a Casa Civil, o Banco
Central do Brasil etc.
Figura 2 - Os ministros tomam decisões em nome do presidente. Fonte: Minerva Studio, Shutterstock,
2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_… 11/30
Mas quem pode ser ministro de Estado? Somente brasileiros maiores de 21 anos
de idade que estejam no exercício dos direitos políticos. No caso do Ministério da
Defesa, o cargo também deve ser ocupado por brasileiro nato. Independente da
pasta ocupada, o ministro tem o dever de orientar, coordenar e supervisionar os
órgãos e entidades da Administração Federal na sua respectiva área de
competência, bem como de referendar atos decretos que o presidente da
República tenha assinado.
2.2.2 Presidência da República: eleições, poderes, vacância e
responsabilidade
O presidente da República é o chefe do poder Executivo da República Federativa
do Brasil. Ele é eleito conjuntamente com o vice-presidente da República em
eleição realizada pelo sistema majoritário, para um mandato de quatro anos.
Para a eleição do presidente da República, o sistema majoritário impõe a obtenção
da maioria absoluta dos votos válidos como condição de eleição. Em outras
palavras, o candidato que obtiver mais da metade dos votos válidos estará eleito.
Mas e se nenhum dos candidatos obtiver essa quantidade de votos? Nesse caso,
será realizado um segundo turno entre os dois candidatos mais votados,
oportunidade na qual será considerado eleito aquele que obtiver a maioria dos
votos válidos.
Por expressa determinação constitucional, o primeiro turno das eleições para
presidente da República (e, na verdade, para os demais cargos eletivos) ocorre no
primeiro domingo de outubro do ano anterior ao do término do mandato
presidencial em vigência. E, se houver necessidade de um segundo turno, este
deve ser realizado, necessariamente, no último domingo de outubro do mesmo
ano.
Importante ressaltar que os votos nulos e os brancos não são computados como
votos válidos (conforme previsão constitucional expressa – art. 77, § 2º). Estes,
portanto, são apenas os votos efetivamente atribuídos a um candidato
regularmente registrado. Nesse contexto, você já deve ter ouvido ou lido boatos
sobre a invalidação das eleições caso a maioria dos eleitores anule o voto. Você
acredita que isso é realmente possível? Esteja certo que não. Antes de abordamos
especificamente essa questão, precisamos esclarecer as definições de votos nulos
e de votos brancos.
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_… 12/30
Voto nulo é aquele incorretamente atribuído, o que ocorre quando o eleitor digita
o número errado de um candidato e confirma a operação na urna eletrônica. Por
exemplo: o eleitor gostaria de votar no candidato registrado com o número 01,
mas digita o número 02 (que não é de nenhum candidato) e confirma. O voto nulo
também pode ser, evidentemente, proposital, quando o eleitor intencionalmente
digita número inexistente e confirma a opção. Saiba, porém, que o voto nulo serve
apenas para as estatísticas do pleito eleitoral e não influencia no resultado.
Voto branco é aquele que demonstra a intenção do eleitor em não votar nos
candidatos regularmente registrados perante a Justiça Eleitoral. Ele é manifestado
mediante o uso de uma tecla específica da urna eletrônica. Assim como o voto
nulo, ele não é computado como voto válido, servindo apenas para as estatísticas
eleitorais. Talvez você já tenha ouvido que o voto em branco ajuda o candidato
com maior quantidade de votos. Mas essa informação procede? Esteja certo de
que não procede. Esse boato se difundiu quando as eleições eram realizadas por
meio de cédulas de papel, haja vista que as cédulas deixadas em branco poderiam
ser (ilicitamente) preenchidas no momento da apuração. Com a implantação do
sistema eletrônico, por meio de urnas, essa possibilidade desapareceu.
Figura 3 - O voto em branco era feito por uma cédula sem marcação. Fonte: vepar5, Shutterstock,
2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_… 13/30
A Constituição Federal brasileira, classificada quanto à extensão, é analítica. Em
outras palavras, significa que há grande quantidade de dispositivos
constitucionais, diferente de outras, como a dos Estados Unidos, que é sintética.
Dentre outras situações que demonstram essa característica está a previsão, em
relação à eleição presidencial, de que se houver empate entre dois ou mais
candidatos em segundo lugar, para fins de realização de segundo turno, deve-se
qualificar o mais idoso.
Após a eleição, o presidente e o vice-presidente da República tomam posse em 1º
de janeiro do ano subsequente ao da realização do pleito eleitoral. A posse ocorre
em sessão perante o Congresso Nacional, na qual ambos prestam compromisso
“de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem
geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do
Brasil” (art. 78 da CF/88).
O cargo de vice-presidente serve, em primeiro lugar, para a segurança do Estado,
caso algum fator impossibilite o presidente de prosseguir no exercício das suas
funções. Por isso a Constituição prevê que compete ao vice-presidente auxiliar o
presidente quando convocado para missões especiais (art. 79).
Situação que demanda maior atenção atine ao impedimento do presidente e do
vice-presidente da República. No caso de ausência de ambos, quem ocupa o cargo
e como se faz o processo de sucessão? Se a vacância for meramente temporária,
assumem o posto, sucessivamente:
o presidente da Câmara dos Deputados;
o presidente do Senado Federal;
o presidente do Supremo Tribunal Federal.
Se a vacância for definitiva, duas situações precisam ser distinguidas. A vaga nos
dois primeiros anos do mandato gera a necessidade de realização de nova eleição
geral, que deve ser realizada em 90 dias depois da vacância do último cargo.
Eleição geral é aquela na qual a sociedade vai às urnas eleger o seu representante.
Mas se a vaga ocorrer nos dois últimos anos do mandato não se admite a
realização de nova eleição geral. Nesse caso, a eleição do presidente e do vice-
presidente da República será indireta, feita pelo Congresso Nacional. Note que não
é a sociedade que elege, nessa hipótese, mas apenas os deputados Federais e
senadores da República.
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_… 14/30
Tanto na vacância ocorrida no primeiro, como no segundo biênio, os novos eleitos
somente completarão o período de mandato dos antecessores. Por exemplo:
Bartolomeu e Fernanda foram eleitos presidente e vice-presidente da República
em 2018, mas ambos foram afastados definitivamente dos cargos em 2020 por
processos de impeachment. Após novas eleições, Julianae Júlio foram eleitos, mas
apenas para completar o mandato original (que se iniciou em 1º de janeiro de
2019), que se encerra em 2022.
Agora precisamos analisar as atribuições do presidente da República. Enquanto
Chefe do Poder Executivo, ele exerce a função típica de administrar, de gerir o
erário e tomar as decisões fundamentais do Estado, mediante a aplicação das leis
discutidas e aprovadas pelo poder Legislativo e o respeito às decisões judiciais
proferidas pelo Judiciário.
Há alta quantidade e complexidade das tarefas que o presidente da República
deve executar no exercício do mandato. O artigo 84 da Constituição Federal prevê
27 atribuições, algumas suscetíveis de delegação a ministros de Estado e outras
autoridades.
Compete ao presidente da República nomear e exonerar os ministros de Estado.
Estes, aliás, o auxiliam na atividade de administração do Estado.
Ao presidente da República compete, também, iniciar o processo legislativo nos
casos previstos pela Constituição. Algumas leis são de iniciativa geral e outras de
iniciativa privativa do presidente. Por exemplo, o presidente pode enviar ao
Congresso Nacional um projeto de lei que altera o Código de Defesa do
Consumidor, porque essa é uma matéria legislativa geral. Porém, somente ele
pode enviar ao Congresso um Projeto que modifique o efetivo das Forças
Armadas. Mas como saber quem pode legislar sobre o quê? O § 1º do artigo 61 da
Constituição prevê os assuntos que são de iniciativa privativa do presidente da
República. Os demais são de iniciativa geral.
Em relação ao processo legislativo, também compete ao presidente a sanção ou
veto dos projetos aprovados pelo Congresso Nacional (art. 84, IV e V da CF/88),
assim como a promulgação e a publicação das leis.
Após a publicação de uma lei, pode haver necessidade de regulamentá-la. Nesse
caso, a competência regulamentar é do presidente da República. Saiba, porém,
que não se admite nenhuma inovação por ocasião do ato de regulamentar, que
serve apenas para atribuir efeitos práticos às previsões gerais de uma lei. A
regulamentação é feita por meio de decretos.
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_… 15/30
A nomeação de várias autoridades públicas também é atribuição do presidente da
República. Ele nomeia ministros do Supremo Tribunal Federal e de Tribunais
Superiores, o procurador-geral da República, o presidente e os diretores do Banco
Central do Brasil (art. 84, XIV), ministros do Tribunal de Contas da União (art. 84,
XV), o advogado geral da União (art. 84, XVI), membros do Conselho da República
(art. 84, XVIII), entre outros.
O exercício inadequado das atribuições pode gerar ao Presidente consequências
graves, ao ponto, inclusive, de gerar-lhe a perda do mandato. Ele tem o dever de
obedecer as leis, assim como os demais cidadãos. Se no passado os governantes
não possuíam responsabilidade na gestão, agora toda a atividade de
administração que é realizada está sujeita à fiscalização e, caso haja violação da
lei, o presidente será responsabilizado.
O presidente da República pode cometer crimes comuns e crimes de
responsabilidade. Você sabe qual a diferença?
Crime comum é a infração que pode ser cometida por qualquer pessoa, como
furtos, homicídios, falsificação de documentos, entre outros. Há crimes de ação
penal pública, os quais são processados a partir de denúncia feita pelo Ministério
Público. Mas também há crimes de ação penal privada, que se iniciam a partir de
uma queixa-crime, que é elaborada pela parte prejudicada. Por exemplo, se o
presidente da República furtar um objeto, será denunciado pelo Ministério
Público; se caluniar alguém, a vítima pode apresentar uma queixa-crime em face
dele.
Crime de responsabilidade é o ato do presidente que atenta contra a Constituição
Federal e sobre:
a existência da União;
o livre exercício do poder Legislativo, do poder Judiciário, do Ministério
Público e dos poderes constitucionais das unidades da Federação;
o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
a segurança interna do País;
a probidade na administração;
a lei orçamentária;
o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_… 16/30
Apresentada a acusação em face do presidente da República, a Câmara dos
Deputados deve se reunir para decidir se a aceita, ou não. Só se considera aceita a
acusação se ao menos dois terços dos Deputados Federais votarem pelo seu
recebimento. Nesse caso, o presidente será julgado:
pelo STF, no caso das infrações penais comuns;
pelo Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
Se o STF receber a denúncia ou queixa-crime em face do presidente, no caso das
infrações penais comuns, ou se o Senado instaurar processo, no caso dos crimes
de responsabilidade, ele ficará suspenso das suas funções. Essa suspensão poderá
durar até 180 (cento dias). Se esse prazo for ultrapassado sem que o julgamento
tenha sido concluído, ele retomará o cargo enquanto o processo continua a
tramitar.
No caso do crime de responsabilidade, é o processo de impeachment que pode
resultar na perda do cargo de presidente da República, o que já ocorreu duas
vezes após a Constituição Federal de 1988. Na primeira, Fernando Collor perdeu o
cargo e, na segunda, Dilma Rousseff.
Figura 4 - Crime de responsabilidade é processado perante o poder Legislativo. Fonte: corgarashu,
Shutterstock, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_… 17/30
Fernando Affonso Collor de Mello foi presidente da República Federativa do Brasil de 1990 até 1992,
quando perdeu o cargo em virtude de processo de impeachment. Após 8 (oito) anos de inabilitação para
funções públicas, voltou à atividade política, inclusive ocupando o cargo de senador da República, pelo
estado de Alagoas.
Como consequência pela condenação no processo de impeachment, a
Constituição prevê:
Art. 52. [...]
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o
do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será
proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com
inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das
demais sanções judiciais cabíveis.
No caso de Fernando Collor, a interpretação do dispositivo que você acabou de ler
foi aplicada integralmente. No caso de Dilma Rousseff, no entanto, houve votação
em destaque para a inabilitação por oito anos, que foi rejeitada pelo Senado
Federal. Em outras palavras, a consequência do impeachment para a ex-presidente
se limitou à perda do cargo.
VOCÊ SABIA?
Destaque é um instrumento legislativo que separa parte do texto de um dispositivo,
que posteriormente é votado isoladamente. Destacar, no contexto do processo
legislativo em geral, é sinônimo de separar.
VOCÊ O CONHECE?
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_… 18/30
Enquanto estiver no exercício do cargo, o presidente da República não pode ser
responsabilizado por atos que sejam estranhos ao exercício das suas funções,
conforme prevê o § 4º do art. 86 da Constituição. Essa é uma garantia de
independência de autonomia do chefe do poder Executivo, que evita eventuais
perseguições que possam atrapalhar a estabilidade da gestão e, em consequência,
do Estado brasileiro.
O documentário O processo, de Maria Augusta Ramos, retrata os bastidores do processo de
impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Indicado ao prêmio do Festival de Berlim, ele retrata os
bastidores do processo e da crise política que o País enfrentou por ocasião do julgamento.
Você concluiuos estudos sobre o presidente da República: eleições, poderes,
atribuições e responsabilidade e, em consequência, sobre o poder Executivo.
Agora iniciaremos a abordagem do poder Judiciário, que, como mencionado,
serve à resolução de conflitos da sociedade.
VOCÊ QUER VER?
2.3 Organização do Poder Judiciário
(Parte I)
Neste tópico, você iniciará os estudos sobre a organização do poder Judiciário. A
Constituição Federal de 1988 prevê várias garantias à instituição em si, e também
aos juízes que atuam resolvendo os conflitos de interesses da sociedade. Como
você pode imaginar, os juízes precisam de algumas barreiras para que possam
exercer suas atividades de maneira imparcial.
É possível reduzir o salário de um juiz? E transferi-lo após uma decisão judicial que
desagradou determinadas pessoas? Você encontrará as respostas a essas
indagações neste tópico, assim como aprenderá sobre proibições endereçadas aos
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_… 19/30
juízes, que são fundamentais para manter a regularidade da atividade
jurisdicional.
Você também estudará a composição e as funções do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), criado em 2004, por meio da Reforma do Poder Judiciário. O CNJ
serve para controlar o próprio poder Judiciário, evitando a ocorrência de abusos,
como você compreenderá quando estudar as suas atribuições, que são
expressamente fixadas pela Constituição Federal. 
2.3.1 Garantias institucionais e funcionais
A atividade judiciária demanda atenção do Estado no momento da sua
estruturação, o que exige a concessão de garantias que impeçam que os juízes
sofram pressões externas ou internas, ou retaliações em virtude de decisões que
precisem tomar. Como você deve imaginar, julgar uma pessoa ou uma empresa
não é tarefa simples, por várias razões. Uma das razões que pode atrapalhar o
julgamento imparcial é o poder econômico, que pode agir direta ou indiretamente
para persuadir o profissional da magistratura a proferir decisão diferente da sua
convicção. Para evitar essas situações a Constituição assegurou aos juízes as
seguintes garantias (art. 95):
vitaliciedade;
inamovibilidade;
irredutibilidade de subsídio.
Vitaliciedade é a garantia de que o juiz não perderá o cargo até sua aposentadoria
voluntária ou compulsória. E quando se adquire a vitaliciedade? Na jurisdição de
1º (primeiro) grau, depois de 2 (dois) anos do exercício da magistratura. Nesse
período, o juiz pode perder o cargo mediante deliberação do tribunal a que estiver
vinculado. Fora dessa situação, a perda do cargo de um juiz somente pode ocorrer
mediante sentença judicial transitada em julgado.
A inamovibilidade é a garantia de que o juiz não será transferido do seu posto de
trabalho, salvo por interesse público, mediante deliberação da maioria absoluta
do tribunal respectivo ou do Conselho Nacional de Justiça. Como você deve
imaginar, a transferência poderia ser utilizada como método de punição do juiz
caso não fosse impedida pela Constituição.
A irredutibilidade de subsídio impõe a manutenção dos vencimentos dos juízes,
para que não sofram pressão decorrente da redução dos valores por eles
recebidos. Nesse contexto, você já parou para pensar por que o salário de juízes
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_… 20/30
tem valor elevado, especialmente quando comparado ao valor do salário mínimo?
Uma das razões é para torná-los menos suscetíveis à corrupção, que embora
sejam cometidos por desvios éticos, são influenciados por outros fatores.
Mas o exercício da magistratura, em contrapartida às garantias asseguradas pela
Constituição Federal, também possui algumas proibições, todas voltadas à
manutenção da imparcialidade do juiz. Nesse sentido, prevê o parágrafo único do
 Figura 5 - O Estado deve
proteger o juiz para que as decisões sejam imparciais. Fonte: Shutterstock, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_… 21/30
artigo 95 da Constituição, que é vedado aos juízes: exercer, ainda que em
disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; dedicar-se à
atividade político-partidária, entre outras.
No entanto, não são apenas os juízes que possuem garantias e proibições. Toda a
estrutura do poder Judiciário foi cercada de elementos que lhe assegurem o
exercício independente das suas funções (típica e atípicas). Por isso a Constituição
assegura autonomia administrativa e financeira ao poder Judiciário.
VOCÊ SABIA?
Juízes não podem ser candidatos nem se filiar a partidos políticos. No entanto, a
União Nacional dos Juízes Federais (UNAJUF) pleiteou, em 2017, o direito de
filiação e, em consequência, o de se candidatar a cargos eletivos. O fundamento
utilizado pela UNAJUF estava contido no Pacto de São José da Costa Rica, que
assegura a todos, sem distinção, o direito ao sufrágio, mas o Supremo Tribunal
Federal julgou o pedido improcedente (BRASIL, 2017).
A proposta orçamentária de manutenção do poder Judiciário é elaborada por ele
próprio, em compatibilidade com a lei de diretrizes orçamentárias. Mas o que
acontece se o Judiciário não encaminhar a proposta orçamentária anual? Nesse
caso, o Executivo deve considerar os valores aprovados no último orçamento.
Em qualquer caso e como titular dos Projetos de leis orçamentárias, o Executivo
pode alterar elementos da proposta do Judiciário sempre que esta for enviada em
desacordo com a lei de diretrizes orçamentárias. Trata-se, aqui, de um mecanismo
de freios e contrapesos, pois embora tenha sido dada autonomia ao poder
Judiciário, também se viabiliza que o Executivo tolha eventuais abusos. (SARLET,
2017)
2.3.2 Conselho Nacional de Justiça: composição e funções
Em 2004, o Judiciário brasileiro sofreu uma reforma por meio da Emenda
Constitucional n.º 45. Dentre as principais mudanças destaca-se a criação do
Conselho Nacional de Justiça – CNJ. Trata-se de órgão com atribuição para
controlar a atuação administrativa e financeira do poder Judiciário e do
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_… 22/30
A Constituição estipulou expressamente que cabe ao CNJ, além de outras
atribuições que lhe podem ser designadas pelo Estatuto da Magistratura, zelar
pela autonomia do poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da
Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua
competência, ou recomendar providências (art. 103-B, § 1°, I da CF/88).
O CNJ é composto por 15 membros, os quais exercem mandato de dois anos,
permitida uma recondução. A presidência fica a cargo do presidente do Supremo
Tribunal Federal. Na ausência deste, assume o cargo o vice-presidente do STF.
A nomeação dos membros do CNJ é feita pelo presidente da República, após
aprovação da escolha por maioria absoluta do Senado Federal. Mas e se as
indicações não forem feitas no momento adequado? Nesse caso, a incumbência
passa ao Supremo Tribunal Federal, pois não se admite a ausência de atuação por
essa razão.
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) possui uma função específica no
CNJ, a de ministro-corregedor, por isso ele fica excluído da distribuição de
processos no tribunal. Em contrapartida, tem como atribuição, por exemplo,
receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos
magistrados e aos serviços judiciários (art. 103-B, § 5°, I, CF/88).
É importante que você saiba que qualquer interessado pode apresentar
reclamações ou denúncias contra qualquer membro ou órgão do poder Judiciário,
ou contra seus serviços auxiliares, perante o CNJ, que é o órgão incumbido de
apreciá-las ede punir, quando for o caso, os responsáveis por eventuais
ilegalidades.
O CNJ não possui, no entanto, função jurisdicional, o que significa que ele não
pode rever decisões judiciais. A esfera de atuação desse órgão é administrativa, ou
seja, ele pode aplicar sanções por uma decisão inadequadamente proferida, mas
não pode emitir uma decisão que a substitua (MENDES, 2017). O foco de atuação
do CNJ é o poder Judiciário e não o atendimento direto do cidadão, portanto.
VOCÊ QUER LER?
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_… 23/30
O Conselho Nacional de Justiça publica, anualmente, vários relatórios sobre as suas atividades. Um
deles é o Justiça em Números, que divulga dados sobre a realidade dos Tribunais brasileiros, inclusive
sobre a quantidade de processos e os principais assuntos que geram conflitos perante o Judiciário. Os
relatórios estão disponíveis em: <http://cnj.jus.br/publicacoes/relatorios-publicacoes
(http://cnj.jus.br/publicacoes/relatorios-publicacoes)>.
Agora que você estudou as garantias institucionais e funcionais previstas pela
Constituição em relação ao poder Judiciário, bem como a composição e as
funções do Conselho Nacional de Justiça, prosseguiremos no estudo da
organização do Judiciário para identificar a divisão da Justiça Comum e da Justiça
Especializada e as funções dos tribunais brasileiros.
2.4 Organização do Poder Judiciário
(Parte II)
Agora que já conhece as garantias institucionais e funcionais dessa esfera de
poder do Estado, passará a estudar a sua divisão organizacional. Você sabe qual é
a diferença entre Justiça Especial e Justiça Comum? A Justiça do Trabalho, por
exemplo, se insere em qual grupo? E a Justiça Federal? Você aprenderá a
responder essas indagações com os conhecimentos que adquirirá neste tópico.
Você também aprenderá a composição e as funções do poder Judiciário e de cada
uma das suas esferas. Estudará os tribunais, oportunidade em que constatará a
forma de composição e a sede de cada um deles. Embora complexa, você verá que
a estrutura judiciária brasileira viabiliza ampla proteção de direitos, à medida que
conta com várias instâncias, o que permite que o mesmo processo seja analisado
por diferentes juízes.
Especificamente sobre a Justiça do Trabalho, você identificará o rol de
competências que a Constituição lhe outorgou, assim como em relação à Justiça
Federal. 
2.4.1 Justiça especial e comum; justiça federal e estadual
O poder Judiciário organiza-se mediante duas esferas: da Justiça Especial e da
Justiça Comum. A Constituição Federal, ao estruturá-lo, conferiu competências
que permitem clara distinção entre as diferentes esferas de atuação de cada uma.
http://cnj.jus.br/publicacoes/relatorios-publicacoes
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_… 24/30
A Justiça Especial é integrada pela:
Justiça do Trabalho;
Justiça Eleitoral;
Justiça Militar.
Tudo o que não for de competência de uma das esferas especializadas do poder
Judiciário é de competência da Justiça Comum, que se subdivide em:
Justiça Federal;
Justiça Estadual.
A Justiça Federal possui competências previstas explicitamente pela Constituição
Federal, as demais, ou seja, tudo que não estiver reservado a nenhuma esfera da
Justiça Especializada nem à Justiça Comum Federal é de competência da Justiça
Estadual de cada Estado. (MORAES, 2017)
A Justiça Especial possui Tribunais Superiores próprios, como é o caso do Tribunal
Superior do Trabalho, do Tribunal Superior Eleitoral e do Superior Tribunal Militar.
No entanto, no caso da Justiça Comum, seja ela federal ou estadual, qual é o
Tribunal Superior com competência para analisar recursos interpostos das
decisões do Tribunal Regional Federal e do Tribunal de Justiça, respectivamente?
É o Superior Tribunal de Justiça.
Na cúpula do Poder Judiciário brasileiro está o Supremo Tribunal Federal, cujas
características você estudará no tópico a seguir.
2.4.2 Composição e funções
O poder Judiciário é composto pelos órgãos descritos no artigo 92 da Constituição
Federal, a saber:
o Supremo Tribunal Federal;
o Conselho Nacional de Justiça;
o Superior Tribunal de Justiça;
o Tribunal Superior do Trabalho;
os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
os Tribunais e Juízes do Trabalho;
os Tribunais e Juízes Eleitorais;
os Tribunais e Juízes Militares;
os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_… 25/30
O Supremo Tribunal Federal ocupa o ápice da estrutura do poder Judiciário
brasileiro. Ele é o órgão incumbido da guarda da Constituição Federal e a última
instância da justiça nacional. A composição do Supremo Tribunal Federal é feita
por 11 ministros, nomeados pelo presidente da República. A sede do tribunal fica
em Brasília, na praça dos Três Poderes.
O Conselho Nacional de Justiça é o órgão de controle da atuação administrativa e
financeira do poder Judiciário, bem como do cumprimento dos deveres funcionais
dos juízes. Ele é composto por 15 membros, conforme determinação
constitucional, e possui sede em Brasília.
A Constituição Federal prevê que o Superior Tribunal de Justiça seja composto
por, no mínimo, 33 ministros, nomeados pelo presidente da República dentre
brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos, com notável saber jurídico e
reputação ilibada, após escolha feita pela maioria absoluta do Senado Federal.
Nessa composição, parte dos membros é escolhida a partir dos quadros dos
Figura 6 - O Supremo Tribunal Federal representa a cúpula do poder Judiciário brasileiro. Fonte:
Gustavo Toledo, Shutterstock, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_… 26/30
Tribunais Regionais Federais e dos Tribunais de Justiça, e outra parte entre
advogados e membros do Ministério Público. A sede do Superior Tribunal de
Justiça também fica em Brasília.
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) é o órgão de cúpula da Justiça do Trabalho,
esfera especializada do poder Judiciário. Ele é composto por 27 ministros,
nomeados pelo presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do
Senado Federal. Todos devem possuir reputação ilibada, notável saber jurídico e
ter mais de 35 e menos de 65 anos de idade. A sede do TST também fica em
Brasília.
Os Tribunais Regionais Federais e os Juízes Federais atuam perante a esfera de
jurisdição federal, que, ao lado da jurisdição estadual, formam a Justiça Comum. A
Justiça Federal possui competência para julgar as causas em que a União,
entidade autárquica ou empresa pública federal, forem interessadas na condição
de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de
trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho (art. 109, I da
CF/88), além de outras previstas no artigo 109 da Constituição Federal.
Por exemplo, se a sua aposentadoria não for concedida administrativamente pelo
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e você precisar ingressar com uma ação
para obtê-la, o processo tramitará perante a Justiça Federal, haja vista que o INSS
é uma autarquia federal. Também deve ser ajuizada perante a Justiça Federal, por
exemplo, ações em face da Caixa Econômica Federal, que é uma empresa pública
federal.
Ainda em relação à Justiça Federal, é importante salientar que, atualmente, a
estrutura do poder Judiciário brasileiro conta com cinco Tribunais Regionais
Federais, que abrangem os seguintes Estados:
Tribunal Regional Federal da 1ª Região: possui sede em Brasília e atende a
demandas dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal,
Goiás, Maranhão, MinasGerais, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima
e Tocantins;
Tribunal Regional Federal da 2ª Região: possui sede no Rio de Janeiro e
atende a demandas dos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo;
Tribunal Regional Federal da 3ª Região: possui sede em São Paulo e atende a
demandas dos Estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul;
Tribunal Regional Federal da 4ª Região: possui sede em Porto Alegre e
atende a demandas dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_… 27/30
Sul;
Tribunal Regional Federal da 5ª Região: possui sede em Recife e atende a
demandas dos Estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande
do Norte e Sergipe.
Os Tribunais Regionais do Trabalho e os Juízes do Trabalho, assim como o TST,
exercem a jurisdição trabalhista. As competências da Justiça do Trabalho estão
previstas no artigo 114 da Constituição, como as ações oriundas das relações de
trabalho e as que envolvam o direito de greve (art. 114, I e II da CF/88).
Figura 7 - Os Tribunais Regionais Federais integram a estrutura da Justiça Federal brasileira. Fonte:
Elaborado pelo autor, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_… 28/30
Os Tribunais Regionais do Trabalho (TRT) seguem o modelo dos Tribunais
Regionais Federais quanto à distribuição pelo território nacional. Em outras
palavras, significa que não há, necessariamente, um TRT por Estado. Os Tribunais
da Justiça Trabalhista são criados à medida da necessidade, que se calcula com
base na quantidade de processos. Atualmente, existem 24 Tribunais Regionais do
Trabalho. Alguns abrangem mais de um Estado (como é o caso do TRT da 14ª
Região, que abrange os Estados do Acre e de Rondônia). Por outro lado, no Estado
de São Paulo, há 2 Tribunais Regionais Federais (o da 2ª Região, com sede em São
Paulo, e o da 15ª Região, com sede em Campinas), em razão da grande quantidade
de processos.
A estrutura da Justiça Eleitoral é formada pelo Tribunal Superior Eleitoral, pelos
Tribunais Regionais Eleitorais, pelos Juízes Eleitorais e pelas Juntas Eleitorais (art.
118 da CF/88). O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é composto por ao menos sete
membros, com sede em Brasília. A Justiça Eleitoral é responsável pela organização
do sistema eleitoral brasileiro, assim como pela resolução dos conflitos
relacionados às normas eleitorais.
A Justiça Militar se organiza por meio do Superior Tribunal Militar (STM) e os
Tribunais e Juízes Militares. O STM é composto por 15 ministros vitalícios,
nomeados pelo presidente da República, depois da aprovação dos nomes pelo
Senado Federal.
Os Tribunais de Justiça e Juízes dos Estados integram, ao lado dos Tribunais
Regionais Federais e dos Juízes Federais, a estrutura da Justiça Comum. A
competência da Justiça Estadual é residual, ou seja, cabe a eles a resolução de
todos os conflitos de interesses que não sejam de competência da Justiça
Especializada nem da Justiça Federal. Cada Estado possui competência para
organizar sua esfera de jurisdição, o que se faz a partir da Constituição Estadual,
respeitados os limites da Constituição Federal.
Também é possível que os Estados instituam, na estrutura dos respectivos
Judiciários, a Justiça Militar, que, nesse caso, terá competência para processar e
julgar os militares estaduais. É o que ocorre, por exemplo, no Estado de São Paulo,
que conta com uma estrutura própria, encabeçada pelo Tribunal de Justiça Militar.
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_… 29/30
Síntese
Concluímos o segundo Capítulo da disciplina Direito Constitucional. Agora, você
concluiu os estudos sobre o poder Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
identificar como as medidas provisórias contribuem para a não utilização
das leis delegadas;
aprender que os decretos legislativos e as resoluções são espécies
legislativas de utilização privativa das Casas Legislativas;
conhecer a razão de ser e identificar quais são os Ministérios brasileiros;
identificar as atribuições do presidente da República, sua forma de eleição e
casos de responsabilidade;
compreender que o presidente da República pode praticar crimes comuns
ou de responsabilidade e que, no último caso, pode sofrer um processo de
impechment;
conhecer garantias institucionais e funcionais do poder Judiciário, assim
como proibições endereçadas aos juízes;
identificar a composição e as funções do Conselho Nacional de Justiça,
criado pela emenda constitucional n.º 45/2004;
compreender que o poder Judiciário se organiza em duas esferas: a da
Justiça Especial, que compreende a Justiça do Trabalho, a Eleitoral e a
Militar, e a da Justiça Comum, que compreende a Justiça Federal e a
Estadual;
identificar quais são os Tribunais e conhecer as características das esferas do
poder Judiciário brasileiro.
Referências bibliográficas
BALERA, F. P. Medida provisória: o controle dos requisitos constitucionais de
relevância e urgência pelo Congresso Nacional e pelo STF. Revista Brasileira de
Direito Constitucional. N. 14, jul./dez. 2009, São Paulo, pp. 25-52. Disponível em:
<http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/quaestioiuris/article/view/21252>.
Acesso em: 31/01/2018.
09/10/2021 09:33 Direito Constitucional
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_745702_… 30/30
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso
em: 01/02/2018.
______. Lei n.º 13.341, de 29 de setembro de 2016. Altera as Leis nos 10.683, de 28
de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e
dos Ministérios, e 11.890, de 24 de dezembro de 2008, e revoga a Medida Provisória
no 717, de 16 de março de 2016. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/L13341.htm>.
Acesso em: 02/02/2018.
______. Supremo Tribunal Federal. Ação declaratória de constitucionalidade 11
MC. Relator: Min. Cezar Peluso. Pesquisa de jurisprudência, Acórdãos, 29 junho
2007. Disponível em: <http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?
docTP=AC&docID=469584 (http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?
docTP=AC&docID=469584)>. Acesso em: 02/02/2018.
______.Supremo Tribunal Federal. Ação originária 2.236 Goiás MC. Relator: Min.
Gilmar Mendes. Pesquisa de jurisprudência, Acórdãos, 22 setembro 2017.
Disponível em: <https://www.conjur.com.br/dl/juiz-nao-candidato-decide-
gilmar.pdf (https://www.conjur.com.br/dl/juiz-nao-candidato-decide-gilmar.pdf)>.
Acesso em: 06/02/2018.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Justiça em números: 2016. Disponível em:
<http://cnj.jus.br/publicacoes/relatorios-publicacoes>. Acesso em: 14/02//2018.
FERREIRA FILHO, M. G. Curso de direito constitucional. 40. ed. São Paulo: Saraiva,
2015.
MENDES, G. F.; BRANCO, P. G. G. Curso de direito constitucional. 12. ed. São
Paulo: Saraiva, 2017.
MORAES, A. de. Direito constitucional. 33. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
SARLET, I. W.; MARINONI, L. G.; MITIDIERO, D. Curso de direito constitucional. 6.
ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
TAVARES, A. R. Curso de direito constitucional. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=469584
https://www.conjur.com.br/dl/juiz-nao-candidato-decide-gilmar.pdf

Continue navegando