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09/08/2021 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5652401/7464854c-707b-11ea-a5e9-0242ac110032/ 1/9 Local: Sala 1 - BT - Prova On-line / Andar / Polo Barra da Tijuca / BARRA DA TIJUCA Acadêmico: VIROEP-002 Aluno: LUCAS GARCIA SAYÃO Avaliação: A2- Matrícula: 20201107956 Data: 1 de Junho de 2020 - 08:00 Finalizado Correto Incorreto Anulada Discursiva Objetiva Total: 8,50/10,00 1 Código: 37029 - Enunciado: Pedro Lenza (2019, p. 1.002) ressalta que “o processo legislativo consiste nas regras procedimentais, constitucionalmente previstas, para a elaboração das espécies normativas, regras estas a serem criteriosamente observadas pelos ‘atores’ envolvidos no processo”. Todas as etapas do processo legislativo devem ser observadas, sob pena de o ato normativo dele resultante ser considerado nulo. Diante disso, imaginemos a ocorrência de duas situações:Situação I – Presidente da República resolve adotar medida provisória a fim de alterar artigo de lei para suprimir a condenação em honorários advocatícios nas ações relativas ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS e aos titulares de contas vinculadas, bem como naquelas em que figurem os respectivos representantes ou substitutos processuais.Situação II – Presidente da República adota medida provisória que altera a lei de licitações para dispensar a obrigatoriedade de publicação de atos administrativos em jornais diários de grande circulação, passando a exigir apenas a publicação em diário oficial ou sítio eletrônico oficial do respectivo ente, facultando aos estados e municípios utilizarem o sítio eletrônico da União.Avalie a constitucionalidade das duas situações apresentadas, relacione-as com os seus respectivos fundamentos e marque a alternativa correta. a) A situação I é constitucional, pois o presidente da República pode adotar medida provisória com força de lei sobre a matéria em caso de relevância e urgência. Por outro lado, a situação II é inconstitucional, uma vez que medida provisória não pode alterar lei. b) Ambas as situações são constitucionais, pois o presidente da República pode adotar medida provisória para alterar lei que afete o direito processual, bem como pode utilizar tal medida para dispor sobre o direito administrativo. c) A situação I é inconstitucional porque o presidente da República não pode adotar medida provisória com força de lei. Entretanto, a situação II é constitucional, uma vez que que estão presentes os requisitos da relevância e da urgência. d) Ambas as situações são inconstitucionais por motivos diversos, já que, na situação I, o presidente está impedido de adotar medida provisória relativa ao processo civil, enquanto, na situação II, o presidente não observou os requisitos da relevância e da urgência. e) Ambas as situações são inconstitucionais por fundamentos idênticos, ou seja, é vedado ao presidente da República adotar medida provisória, com força de lei, sem que estejam presentes os requisitos da relevância e da urgência. Alternativa marcada: d) Ambas as situações são inconstitucionais por motivos diversos, já que, na situação I, o presidente está impedido de adotar medida provisória relativa ao processo civil, enquanto, na situação II, o presidente não observou os requisitos da relevância e da urgência. Justificativa: Resposta correta: Ambas as situações são inconstitucionais por motivos diversos, já que, na situação I, o presidente está impedido de adotar medida provisória relativa ao processo civil, enquanto, na situação II, o presidente não observou os requisitos da relevância e da urgência.Ambas as situações são inconstitucionais por razões diversas. Com efeito, conforme dispõe o artigo 62, § 1º, I, "b", da Constituição Federal, é vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria relativa ao direito processual civil. Conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal: “É inconstitucional a medida provisória que, alterando lei, suprime condenação em honorários advocatícios, por sucumbência, nas ações entre o FGTS e titulares de contas vinculadas, bem como naquelas em que figurem os respectivos representantes ou substitutos processuais”. [ADI 2.736, rel. min. Cezar Peluso, j. 8-9-2010, P, DJE de 29-3-2011.]. Essa matéria é relacionada ao processo civil. A situação II também é inconstitucional, mas por outro 1,50/ 1,50 09/08/2021 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5652401/7464854c-707b-11ea-a5e9-0242ac110032/ 2/9 fundamento: sua inconstitucionalidade não recai sobre o objeto ou matéria da medida provisória, mas sobre os requisitos da relevância e da urgência. Nesse sentido, o voto do ministro Gilmar Mendes na medida cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade n 6.229, do Distrito Federal, considerou que: “No caso em tela, ainda que se reconheça a necessidade de modernização do regime de contratações públicas, a edição da MP não parece ter sido precedida de estudos que diagnosticassem de que maneira e em que extensão a alteração das regras de publicidade poderia contribuir de fato para o combate ao desequilíbrio fiscal dos entes da federação. [...] No caso concreto, é possível conjecturar ainda que a avaliação do requisito de urgência deve ser ainda mais criteriosa, uma vez que há diversos projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional que pretendem alterar, dentre outros dispositivos, a forma de divulgação dos editais de licitações públicas dos entes federativos”. [MC ADI 6229, rel. min. Gilmar Mendes, j. 18-10-2019] Distratores:A situação I é constitucional, pois o presidente da República pode adotar medida provisória com força de lei sobre a matéria em caso de relevância e urgência. Por outro lado, a situação II é inconstitucional, uma vez que medida provisória não pode alterar lei. Está errada porque a situação I é inconstitucional, já que de, acordo com o artigo 62 da Constituição da República, o presidente da República não pode adotar medida provisória relativa ao processo civil, independentemente dos requisitos da relevância e da urgência. Apesar de a situação II ser inconstitucional, o seu fundamento não se coaduna com a Constituição Federal, pois medida provisória pode alterar lei.A situação I é inconstitucional porque o presidente da República não pode adotar medida provisória com força de lei. Entretanto, a situação II é constitucional, uma vez que que estão presentes os requisitos da relevância e da urgência. Está errada, pois toda medida provisória tem força de lei, conforme dispõe o artigo 62 da Constituição Federal, sendo a situação I inconstitucional por outro fundamento. A situação II é inconstitucional, uma vez que, ao contrário da afirmativa, não está presente o requisito da urgência, conforme foi decidido na medida cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade n 6.229, do Distrito Federal.Ambas as situações são constitucionais, pois o presidente da República pode adotar medida provisória para alterar lei que afete o direito processual, bem como pode utilizar tal medida para dispor sobre o direito administrativo. Está errada, pois ambas são inconstitucionais. A situação I é inconstitucional porque é vedada a adoção de medida provisória relativa ao processo civil. Conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal: “É inconstitucional a medida provisória que, alterando lei, suprime condenação em honorários advocatícios, por sucumbência, nas ações entre o FGTS e titulares de contas vinculadas, bem como naquelas em que figurem os respectivos representantes ou substitutos processuais”. [ADI 2.736, rel. min. Cezar Peluso, j. 8-9-2010, P, DJE de 29-3-2011.]. A situação II é inconstitucional por violar requisito formal para adoção de medida provisória e não relativa à matéria relativa ao direito administrativo.Ambas as situações são inconstitucionais por fundamentos idênticos, ou seja, é vedado ao presidente da República adotar medida provisória, com força de lei, sem que estejam presentes os requisitos da relevância e da urgência. Está erradaporque, embora as duas situações sejam inconstitucionais, seus fundamentos são diversos. Enquanto a situação I diz respeito à inconstitucionalidade relativa à proibição de adoção de medida provisória sobre processo civil, a situação II refere-se à inconstitucionalidade que recai sobre a observância dos requisitos da relevância e da urgência para adoção dessa espécie normativa. o o 2 Código: 37022 - Enunciado: A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo editou lei que determinou a gratuidade dos estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados, hipermercados, shopping centers e hospitais privados. Tendo em vista as regras constitucionais sobre a repartição de competência, determine se a lei do estado de São Paulo é constitucional. Fundamente sua resposta. Resposta: A lei é inconstitucional, pois além de ferir o direito da livre iniciativa privada é de competência privativa da União legislar sobre matéria de Direito Civil. Vide art. 22, I, CF 1,50/ 1,50 09/08/2021 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5652401/7464854c-707b-11ea-a5e9-0242ac110032/ 3/9 Justificativa: Expectativa de resposta:Não. A lei de São Paulo é inconstitucional, pois fere norma constitucional sobre a repartição de competência. O Supremo Tribunal Federal, nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade 3710 e 1623, firmou o entendimento de que a competência legislativa nesse caso é privativa da União, pois se trata de matéria relacionada ao Direito Civil, particularmente de direito de propriedade privada. 3 Código: 37030 - Enunciado: Leia o texto a seguir, de autoria do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes:“O termo processo legislativo pode ser compreendido num duplo sentido, jurídico e sociológico. Juridicamente, consiste no conjunto coordenado de disposições que disciplinam o procedimento a ser obedecido pelos órgãos competentes na produção de leis e atos normativos que derivam diretamente da própria constituição, enquanto sociologicamente podemos defini-lo como o conjunto de fatores reais que impulsionam e direcionam os legisladores a exercitarem suas tarefas.”(Fonte: MORAES, A. de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2018, p. 894.) Com isso, percebemos que o processo legislativo é um relevante instrumento do Estado Democrático de Direito, uma vez que essa tarefa legiferante foi constitucionalmente atribuída, com primazia, ao Poder Legislativo, mas não somente a ele. Sobre o aspecto mencionado, examine as assertivas e aponte a alternativa correta. a) As leis delegadas, como espécies normativas secundárias, advindas de resolução congressual, serão elaboradas pelo presidente da República, que deverá solicitar a delegação do presidente do Senado Federal. b) Na elaboração de uma lei ordinária, o presidente da República participará do processo legislativo ao vetar parcialmente o texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea de projeto de lei. c) O presidente da República poderá vetar total ou parcialmente a deliberação congressual que aprove proposta de emenda constitucional tendente a abolir a forma republicana de governo, bem como a forma federativa de Estado. d) Ao promulgar uma emenda constitucional, o presidente da República, após a sessão de votação no Congresso Nacional, exteriorizará, por meio de decreto, o conteúdo normativo para o conhecimento da nova espécie normativa. e) Na elaboração de medidas provisórias, o presidente da República deve observar a vedação à edição dessa espécie normativa relativa tão somente à nacionalidade, à cidadania, aos direitos políticos e ao direito processual civil. Alternativa marcada: b) Na elaboração de uma lei ordinária, o presidente da República participará do processo legislativo ao vetar parcialmente o texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea de projeto de lei. Justificativa: Resposta correta: Na elaboração de uma lei ordinária, o presidente da República participará do processo legislativo ao vetar parcialmente o texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea de projeto de lei.Além da deliberação parlamentar, caso o projeto de lei seja aprovado pelas casas do Congresso Nacional, haverá participação do presidente da República que, por meio do exercício do veto, poderá rejeitar parcialmente projeto de lei abrangendo texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. De fato, o artigo 66, § 2º, da Constituição dispõe que o veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. Distratores:Na elaboração de medidas provisórias, o presidente da República deve observar a vedação à edição dessa espécie normativa relativa tão somente à nacionalidade, à cidadania, aos direitos políticos e ao direito processual civil. Está errada, pois, no Estado Democrático de Direito, cabe ao presidente da República, em caso de relevância e urgência, adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. Entretanto, o chefe do Executivo federal não pode adotar tal medida sobre matérias relacionadas a nacionalidade, cidadania, direitos políticos, direito processual civil, partidos políticos, direito 1,50/ 1,50 09/08/2021 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5652401/7464854c-707b-11ea-a5e9-0242ac110032/ 4/9 penal, processual penal, organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, carreira e garantia de seus membros, direito eleitoral, planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, que vise à detenção ou ao sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro, reservada a lei complementar e já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do presidente da República.O presidente da República poderá vetar total ou parcialmente a deliberação congressual que aprove proposta de emenda constitucional tendente a abolir a forma republicana de governo, bem como a forma federativa de Estado. Está errada, pois o presidente da República somente participará da elaboração de emendas à Constituição na fase de iniciativa, ou seja, poderá o presidente da República propor emenda à Constituição, mas não deliberar sobre ela. Portanto, o presidente da República não possui atribuição para vetar emenda constitucional, ainda que a deliberação congressual tenha como finalidade a abolição da forma federativa de Estado.Ao promulgar uma emenda constitucional, o presidente da República, após a sessão de votação no Congresso Nacional, exteriorizará, por meio de decreto, o conteúdo normativo para o conhecimento da nova espécie normativa. Está errada, pois, diferentemente do processo legislativo ordinário, no qual o presidente da República participa da fase complementar, na elaboração de emendas à Constituição, a promulgação será realizada, conjuntamente, pelas mesas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, com o respectivo número de ordem. As leis delegadas, como espécies normativas secundárias, advindas de resolução congressual, serão elaboradas pelo presidente da República, que deverá solicitar a delegação do presidente do Senado Federal. Está errada, pois o presidente da República também participa do processo legislativo ao lado do poder legislativo que, conforme ressalta Alexandre de Moraes “não detém o monopólio da função normativa, em virtude da existência de outras fontes normativas primárias, tanto no Executivo (medidas provisórias, decretos autônomos), quanto no Judiciário (regimento interno dos Tribunais e poder normativo primário do Conselho Nacional de Justiça)”. Entretanto, as leis delegadas são espécies normativas primárias, advindas do próprio texto constitucional. Além disso, conforme dispõe o artigo 68 da Constituição, as leis delegadas serão elaboradas pelo presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional, e não do SenadoFederal. 4 Código: 36884 - Enunciado: Conforme assevera o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, no que diz respeito à repartição de competências, “A própria Constituição Federal estabelecerá as matérias próprias de cada um dos entes federativos, União, Estados- membros, Distrito Federal e municípios, e a partir disso poderá acentuar a centralização de poder, ora na própria Federação, ora nos Estados-membros”. (Fonte: MORAES, A. de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2018. p. 436.) Considerando o assunto tratado no texto, analise as proposições a seguir e assinale a correta. a) As competências materiais ou administrativas podem ser exclusivas ou privativas, sendo as primeiras resultantes de manifestações legislativas que proveem do órgão legislativo respectivo, e as segundas, de caráter meramente legislativo. b) Os municípios têm competência para elaborar suas constituições, mediante a aprovação de 2/3 dos membros das câmaras municipais, por meio da denominada competência legislativa enumerada. c) A competência legislativa dos estados-membros pode ser concorrente, remanescente ou exclusiva, dependente de legislação ordinária infraconstitucional que determina a matéria de sua incidência. d) O princípio da predominância de interesse rege a repartição constitucional de competências, cabendo à União estabelecer regras sobre o interesse nacional, enquanto aos estados, os interesses regionais, aos municípios, o local, e ao Distrito Federal, tanto os interesses regionais como os locais. e) Os municípios têm a capacidade de legislar sobre assuntos relacionados a moedas, pois, no âmbito de suas atribuições, compete a eles disciplinar regras a respeito do comércio local, bem como de seu horário de funcionamento. 1,00/ 1,00 09/08/2021 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5652401/7464854c-707b-11ea-a5e9-0242ac110032/ 5/9 Alternativa marcada: d) O princípio da predominância de interesse rege a repartição constitucional de competências, cabendo à União estabelecer regras sobre o interesse nacional, enquanto aos estados, os interesses regionais, aos municípios, o local, e ao Distrito Federal, tanto os interesses regionais como os locais. Justificativa: Resposta correta: O princípio da predominância de interesse rege a repartição constitucional de competências, cabendo à União estabelecer regras sobre o interesse nacional, enquanto aos estados, os interesses regionais, aos municípios, o local, e ao Distrito Federal, tanto os interesses regionais como os locais.O princípio que rege a repartição de competências é o da predominância de interesses, que, segundo Alexandre de Moraes, “norteia a repartição de competência entre as entidades componentes do Estado Federal. Assim, pelo princípio da predominância do interesse, à União caberá aquelas matérias e questões de predominância do interesse geral, ao passo que aos Estados referem-se as matérias de predominante interesse regional e aos municípios concernem os assuntos de interesse local”.(Fonte: MORAES, A. de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2018. p. 439.) Distratores:As competências materiais ou administrativas podem ser exclusivas ou privativas, sendo as primeiras resultantes de manifestações legislativas que proveem do órgão legislativo respectivo, e as segundas, de caráter meramente legislativo. Errada. Todas as competências materiais ou administrativas resultam de um dever-poder da entidade federativa de pôr em prática as determinações da Constituição a fim de satisfazer o interesse público. Essas competências têm caráter administrativo e podem ser exclusivas, como os comandos positivados nos incisos do artigo 21, da Constituição Federal ou comuns, que são reservadas à União, aos estados, aos municípios e ao Distrito Federal, como por exemplo, as atribuições definidas no artigo 23, da Constituição Federal.A competência legislativa dos estados-membros pode ser concorrente, remanescente ou exclusiva, dependente de legislação ordinária infraconstitucional que determina a matéria de sua incidência. Errada. A competência legislativa dos estados-membros pode ser concorrente, remanescente ou exclusiva, mas depende da verificação das regras constitucionais de repartição de competência que determinarão a matéria de sua incidência. Os municípios têm competência para elaborar suas constituições, mediante a aprovação de 2/3 dos membros das câmaras municipais, por meio da denominada competência legislativa enumerada. Errada. Apesar de os municípios não terem representação no Senado Federal, não terem um judiciário próprio, não serem suscetíveis à intervenção federal e não poderem apresentar emendas à Constituição Federal, os municípios são considerados entes da Federação e, por isso, têm competência para elaborar suas leis orgânicas, votadas em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e por meio da aprovação de 2/3 dos membros das câmaras municipais. Os municípios têm a capacidade de legislar sobre assuntos relacionados a moedas, pois, no âmbito de suas atribuições, compete a eles disciplinar regras a respeito do comércio local, bem como de seu horário de funcionamento. Errada. Os municípios têm a capacidade de legislar sobre assuntos locais, como o comércio local, bem como o seu horário de funcionamento. Entretanto, em relação às moedas, a competência pertence à União, e não aos municípios. 5 Código: 36891 - Enunciado: De acordo com as lições de Gilmar Mendes e Paulo Gustavo Gonet, o processo legislativo “tem início quando alguém ou algum ente toma a iniciativa de apresentar uma proposta de criação de novo direito. O projeto de lei deve ter início na Câmara dos Deputados, se não resulta de iniciativa de senador ou de comissão do Senado”. (Fonte MENDES, G. F.; BRANCO, P. G. 13. ed. rev. e atual. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva Educação, 2018. p. 1.472.) Sobre esse tema, avalie os itens a seguir e identifique os corretos.I. A maioria simples significa a maioria dos presentes à sessão de votação, enquanto a maioria absoluta significa a maioria dos membros da casa legislativa.II. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.III. As leis delegadas serão elaboradas pelo Congresso Nacional, que deverá solicitar a delegação ao Presidente da República.IV. É vedada a edição de medidas provisórias 0,00/ 0,50 09/08/2021 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5652401/7464854c-707b-11ea-a5e9-0242ac110032/ 6/9 sobre matéria relativa a direito penal, direito civil, processual penal e processual civil.V. São de iniciativa privativa do Presidente da República, entre outras, as leis que fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas. a) Somente os itens II, III, IV e V. b) Somente II e V. c) Somente I, II e IV. d) Somente os itens I, II e V. e) Somente os itens III e IV. Alternativa marcada: c) Somente I, II e IV. Justificativa: Resposta correta: Somente os itens I, II e V.A proposição I é verdadeira, pois o conceito de maioria simples significa a maioria dos presentes à sessão de votação, enquanto o conceito de maioria absoluta significa a maioria dos membros da casa legislativa. Da mesma forma, de acordo com o artigo 62 da Constituição Federal, também está correta a proposição II, ao afirmar que, em caso de relevância e urgência, o presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. A proposição V também está correta, na medida em que cabe ao chefe do executivo federal, isto é, ao Presidente da República, a iniciativa privativa, entre outras, das leis que fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas.As leis delegadas serão elaboradas pelo presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. Segundo a Constituição Federal, a delegação ao presidenteda República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.A Constituição Federal veda a edição de medidas provisórias para determinadas matérias, como aquela sobre direito penal, processual penal e processual civil. Entretanto, sobre direito civil, pode ser editada medida provisória. 6 Código: 37034 - Enunciado: “Em média, a cada grupo de 100.000 habitantes, 11.796 ingressaram com uma ação judicial no ano de 2018. Neste indicador, são computados somente os processos de conhecimento e de execução de títulos extrajudiciais, excluindo, portanto, da base de cálculo as execuções judiciais iniciadas.O estado de Minas Gerais, apesar de figurar como tribunal de grande porte em todos os segmentos (TJMG, TRT3 e TRE-MG), é, dentre os de grande porte, o que apresenta a menor demanda por habitante.” (Fonte: Justiça em números 2019. Conselho Nacional de Justiça, Brasília: CNJ, 2019, p. 84) Desde 2005, o Conselho Nacional de Justiça — CNJ divulga e publica relatório anual referente à atuação do Poder Judiciário em todo o Brasil. Tal iniciativa é importante para a sistematização das estatísticas judiciárias nacionais, que detalham por tribunal e por segmento de justiça uma série de dados que auxiliam na gestão pelo Poder Judiciário. Considerando o excerto apresentado, bem como a Constituição Federal de 1988 sobre a atividade administrativa desempenhada pelo Poder Judiciário, avalie as afirmações a seguir:I. Magistrados devem conhecer os dados estatísticos do tribunal ao qual pertençam a fim de administrar pedidos de férias e outros benefícios dos serventuários e dos outros juízes que a eles estiverem vinculados.II. A quarentena de entrada, que exige do bacharel em Direito quatro anos de atividade jurídica para o ingresso na magistratura, cujo cargo inicial é de juiz substituto, reveste-se de instrumento jurisdicional auxiliar à gestão.III. Os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário, incluindo os processos de conhecimento e de execução de títulos extrajudiciais, salvo disposição legal em contrário, devem ser públicos, e todas as decisões devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade.IV. Os dados sobre as despesas com acesso à justiça e com os gastos do Judiciário são relevantes para a tomada de decisões administrativas, que deverão ser motivadas e em sessão pública.É correto o que se afirma em: a) I e II, apenas. b) I, III e IV, apenas. c) III e IV, apenas. 0,00/ 1,00 09/08/2021 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5652401/7464854c-707b-11ea-a5e9-0242ac110032/ 7/9 d) I, II, III e IV, apenas. e) II, III e IV, apenas. Alternativa marcada: e) II, III e IV, apenas. Justificativa: Resposta correta: I, III e IV, apenas.As definições estão adequadas com as atividades desempenhadas pelo Poder Judiciário e com o texto e a Constituição Federal.A afirmativa I está correta, pois os juízes devem conhecer os dados estatísticos do tribunal a fim de exercerem função atípica do Poder Judiciário, ou seja, a função administrativa.A afirmativa III está correta, pois os julgamentos proferidos em atividade jurisdicional, qualquer que seja a natureza da ação, devem ser públicos e todas as decisões devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade. Essa regra pode ser limitada, pois o art. 93, IX, da Constituição Federal, dispõe que pode a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.A afirmativa IV está correta, pois o art. 93, X, da Constituição Federal dispõe que a tomada de decisões administrativas deverá ser motivada e em sessão pública. Os dados sobre as despesas auxiliam o tribunal a decidir administrativamente sobre seus gastos. Distrator:A afirmativa II está incorreta, pois a denominada quarentena de entrada exige do bacharel em Direito três anos de atividade jurídica, e não quatro. Além disso, esse lapso temporal não está relacionado à gestão administrativa do tribunal, e sim a sua experiência em atividade jurídica anterior ao ingresso na magistratura, cujo cargo inicial é de juiz substituto. Essa regra está especificada no art. 93, I, da Constituição Federal. 7 Código: 37025 - Enunciado: Leia os dois textos a seguir:Texto 1: Um vereador do município de São Paulo e um jornalista trocaram ofensas em Brasília, durante uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga envolvimento de empreiteiros em obras realizadas naquele município. O vereador, diante de uma pergunta, ameaçou e proferiu agressões caluniosas contra o jornalista.Texto 2: “Após as eleições de 2018, candidatos eleitos começam a falar e agir como se já estivessem na condição de congressistas, com poderes e prerrogativas do cargo. Nesse sentido, por exemplo, um deputado federal eleito pelo Partido Social Liberal (PSL) publicou um vídeo em resposta à suposta retaliação que a diretora do Colégio Estadual Dom Pedro II, na cidade de Petrópolis, teria feito a funcionários que guiaram o deputado eleito em visita à escola. O deputado eleito ameaçou a diretora dizendo que faria uma auditoria de toda a sua gestão, buscando combater 'a ideologia socialista-comunista'. Afirmou, ainda, que faria uma visita a ela, já que, por ser deputado federal, poderia 'entrar em qualquer estabelecimento sem permissão'. A declaração mostra desconhecimento das atribuições de um deputado federal e do funcionamento da coordenação da educação pública estadual no Brasil, já que escolas estaduais são de competência do governo estadual e auditar gestões dessas escolas cabe ao Tribunal de Contas e à Secretaria de Educação estaduais.” (OLIVEIRA, R. M. de. A (inexistente) imunidade parlamentar de congressistas (apenas) eleitos. Disponível em: https://www.jota.info/stf/supra/a- inexistente-imunidade-parlamentar-de-congressistas-apenas-eleitos-08012019. Acesso em: 26 nov. 2019.) Sem dúvida, nossa Constituição procura impedir que aquele que exerce a função parlamentar seja perseguido politicamente e, em decorrência disso, não consiga exercer com liberdade essa função. Por isso, mediante o Estatuto dos Congressistas, existe a garantia de imunidades que visam proteger as funções dos deputados e senadores, além dos vereadores. Considerando os dois textos e o ordenamento jurídico brasileiro, disserte acerca das imunidades materiais de deputados federais e vereadores, diferenciando-as. Resposta: Quanto a imunidade material, ela protege os parlamentares quanto a palavras, opinioes ou votos, porém, somente em relação ao exercício de suas atividades parlamentares. Ou seja, essa proteção não é absoluta e pode ser quebrada quando proferidad palavras ou opinioes sem 2,50/ 2,50 09/08/2021 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5652401/7464854c-707b-11ea-a5e9-0242ac110032/ 8/9 conexão com suas atividades parlamentares, como por exemplo no "TEXTO 1", onde o vereador "ameaçou e proferiu agressões caluniosas contra o jornalista. " A diferença entre deputados federais e vereadores é que os vereadores possueem somente a imunidade material desde que em relaçao ao mandato e por manifestações feitas dentro do município. Justificativa: Expectativa de resposta:O caput do artigo 53 da Constituição prevê a imunidade material, que garante aos deputados e senadores a inviolabilidade por opiniões, palavras e votos, no exercício de suas funções. Isso significa que deputados e senadores não serão responsabilizados civil ou penalmente por opiniões, palavras e votos que professarem. A imunidade material procura assegurar ao parlamentar total liberdade de manifestação, seja por meio da expressão de seu pensamento ou debate para votar, desde que proferidos no exercício congressual. Difere da imunidade material do vereador, porque a responsabilização dos vereadores por suas opiniões, suas palavras e seus votos restringe-se à circunscrição do respectivo município,de acordo com o disposto no artigo 29, VIII, da Constituição: “Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município)." 8 Código: 36881 - Enunciado: Segundo Alexandre de Moraes, “a adoção da espécie federal de Estado gravita em torno do princípio da autonomia e da participação política e pressupõe a consagração de certas regras constitucionais, tendentes não somente à sua configuração, mas também à sua manutenção e indissolubilidade". (Fonte: MORAES, A. de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2018. p. 408.) Tomando como base o texto, identifique a opção correta. a) O Distrito Federal não pode ser considerado unidade federada, pois não pode ser organizado por meio de constituição. b) O município não pode ser considerado ente da Federação, pois esta pressupõe a vontade de estados-membros. c) Os territórios federais são considerados pessoas jurídicas de direito público interno, detentores de autonomia, estando no mesmo patamar do Distrito Federal. d) O Distrito Federal é um ente federativo e, por isso, detentor de autonomia, com atribuições reconhecidas pela Constituição Federal, que lhe garante a capacidade de auto- organização, autogoverno e autoadministração. e) A característica da autonomia de um ente federativo diz respeito a sua capacidade de se retirar da Federação e constituir um novo Estado soberano. Alternativa marcada: d) O Distrito Federal é um ente federativo e, por isso, detentor de autonomia, com atribuições reconhecidas pela Constituição Federal, que lhe garante a capacidade de auto-organização, autogoverno e autoadministração. Justificativa: Resposta correta: O Distrito Federal é um ente federativo e, por isso, detentor de autonomia, com atribuições reconhecidas pela Constituição Federal, que lhe garante a capacidade de auto-organização, autogoverno e autoadministração. O Distrito Federal é uma pessoa jurídica de direito público interno e, no âmbito da Federação Brasileira, possui um caráter híbrido. Distratores:A característica da autonomia de um ente federativo diz respeito a sua capacidade de se retirar da Federação e constituir um novo Estado soberano. Errada. A autonomia de um ente federativo diz respeito a sua capacidade de auto-organização, autogoverno e autoadministração. O ente federativo não pode se retirar do Estado para constituir um novo Estado soberano.O município não pode ser considerado ente da Federação, pois esta pressupõe a vontade de 0,50/ 0,50 09/08/2021 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5652401/7464854c-707b-11ea-a5e9-0242ac110032/ 9/9 estados-membros. Errada. O município é considerado um ente da Federação, na medida em que é detentor da autonomia. Por isso, o município não está subordinado à vontade de estados- membros.Os territórios federais são considerados pessoas jurídicas de direito público interno, detentores de autonomia, estando no mesmo patamar do Distrito Federal. Errada. Apesar de os territórios federais serem considerados pessoas jurídicas, não são detentores de autonomia, já que são criados pela União.O Distrito Federal não pode ser considerado unidade federada, pois não pode ser organizado por meio de constituição. Errada. O Distrito Federal é um ente da Federação, detentor de autonomia. Por ser uma unidade federada, pode ser organizado mediante constituição própria e leis que adotar, sempre obedecendo aos princípios da Constituição Federal.
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