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RESPOSTA COMENTADA Letra A. Errada. Ao contrário do afirmado as regras acerca da passagem de cabos e tubulações são aplicadas à servidão de aquedutos. A base legal se encontra em dois artigos do Código Civil, veja: Art. 1294. Aplicase ao direito de aqueduto o disposto nos arts. 1.286 e 1.287. Combinado com o Art. 1286. Mediante recebimento de indenização que atenda, também, à desvalorização da área remanescente, o proprietário é obrigado a tolerar a passagem, através de seu imóvel, de cabos, tubulações e outros condutos subterrâneos de serviços de utilidade pública, em proveito de proprietários vizinhos, quando de outro modo for impossível ou excessivamente onerosa. Letra B. Errada. O disposto nesta letra segue o enunciado no §3º, do art. 1293, CC, no entanto erroneamente exonera o dono do aqueduto das despesas com conservação, a lei afirma justamente o contrário: O aqueduto será construído de maneira que cause o menor prejuízo aos proprietários dos imóveis vizinhos, e a expensas do seu dono, a quem incumbem também as despesas de conservação?. Letra C. Errada. O proprietário do aqueduto deverá ser indenizado pela retirada das águas supérfluas aos seus interesses de consumo, conforme art. 1296, CC: ?Havendo no aqueduto águas supérfluas, outros poderão canalizálas, para os fins previstos no art. 1.293, mediante pagamento de indenização aos proprietários prejudicados e ao dono do aqueduto, de importância equivalente às despesas que então seriam necessárias para a condução das águas até o ponto de derivação. DIREITO CIVIL COISAS CCJ0224 Semana Aula: 1 O Direito das Coisas Tema Introdução ao Direito das Coisas Palavraschave Direito das Coisas. Conceito. Classificação. Reais. Obrigacionais. Objetivos a) Compreender a disposição dos bens e sua ligação com as pessoas (físicas ou jurídicas); b) Conhecer o conceito e características do Direito das Coisas; c) Identificar as diferenças entre direitos reais e direitos obrigacionais; d) Reconhecer conceitos e características dos direitos reais. Estrutura de Conteúdo UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS E POSSE 1.1 Do Direito das Coisas 1.1.1 Conceito 1.1.2 Características 1.1.3 Diferença entre direitos reais e obrigacionais 1.1.4 Titularidade e obrigações propter rem 1.1.5 Classificação dos direitos reais O presente conteúdo é apresentado em consonância com o disposto no Plano de Ensino, bibliografia indicada e material disposto no SAVA. É fundamental que o aluno se prepare antes de cada aula, pois para tal preparação possibilitará o real acúmulo de conhecimento e a devida formação para a vida acadêmica e profissional. Estratégias de Aprendizagem Leitura do Livro Didático de Direito Civil IV, páginas 7 a 22. O aluno poderá, também, buscar materiais complementares através da internet. Recomendase que o aluno navegue pelo SAVA e acesse os recursos indicados e disponíveis. A análise dos casos concretos e postagem das respostas possibilitará melhor fixação do conteúdo. A participação em sala e diálogo com o professor possibilitará que sejam dirimidas eventuais dúvidas. Indicação de Leitura Específica Livro Didático de Direito Civil IV, páginas 7 a 22. Sugestão de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=rIokdX9UEpw Filme para identificar institutos dos Direitos Reais: Gran Torino (2008) Aplicação: articulação teoria e prática Buscouse a ambientação do aluno neste ramo do Direito Privado. A necessidade do conhecimento da presente matéria é fundamental para o exercício de atividades jurídicas, bem como a realização de negócios e transmissão de bens. Veja aplicação deste tema em questão da OAB: 30 (OAB ? FGV ? II EXAME UNIFICADO ? 2011) Assinale a alternativa que contemple exclusivamente obrigação propter rem: (A) a obrigação de indenizar decorrente da aluvião e aquela decorrente da avulsão. (B) a hipoteca e o dever de pagar as cotas condominiais. (C) o dever que tem o servidor da posse de exercer o desforço possessório e o dever de pagar as cotas condominiais. (D) a obrigação que tem o proprietário de um terreno de indenizar o terceiro que, de boafé, erigiu benfeitorias sobre o mesmo. Considerações Adicionais Análise 30 (OAB ? FGV ? II EXAME UNIFICADO ? 2011) A00223 Assinale a alternativa que contemple exclusivamente obrigação propter rem: (A) a obrigação de indenizar decorrente da aluvião e aquela decorrente da avulsão. (B) a hipoteca e o dever de pagar as cotas condominiais. (C) o dever que tem o servidor da posse de exercer o desforço possessório e o dever de pagar as cotas condominiais. (D) a obrigação que tem o proprietário de um terreno de indenizar o terceiro que, de boafé, erigiu benfeitorias sobre o mesmo. RESPOSTA COMENTADA A obrigação propter rem é aquela em que há uma ligação na qual o devedor possui o ônus de entregar uma prestação, não por conta de um vínculo constituído diretamente com o credor, mas em decorrência de uma ligação que o devedor possui com o bem, qual seja a de exercer o direito de propriedade sobre o mesmo. Assim: A letra ?A? apresenta formas de aquisição originária de propriedade; A letra ?B? apresenta a hipoteca que é um direito real de garantia. A letra ?C? fala de desforço possessório, este não é uma obrigação, mas uma forma de autotutela para proteger a posse contra turbação e esbulho. A resposta correta é a letra ?D?, que mostra um tipo de obrigação que decorre da qualidade do devedor de ser proprietário de determinado bem, neste caso o mesmo é obrigado a indenizar o terceiro de boafé por conta da sua situação de dono do imóvel e não porque gostaria de indenizar quem erigiu benfeitorias. CASO CONCRETO 1 Wade Wilson alugou um apartamento de propriedade de Peter Parker em Belém(PA). O contrato de locação previu: valor e pagamento do aluguel, dever de cuidados com o bem, as taxas de condomínio serem de responsabilidade de Wade Wilson (locatário) e que a duração do contrato é de 3 anos. Assim durante todo o lapso contratual o locatário cumpriu o contrato, pagando em dia o aluguel e o valo da taxa de condomínio, bem como manteve o devido cuidado com o bem. Véspera da data de devolução do apartamento Peter Parker recebeu comunicação do município de Belém informando que havia débito de 2 anos nos valores referente ao IPTU do apartamento. Com fulcro no informado responda: a) Peter Parker pode cobrar os valores referente ao IPTU de Wade Wilson, vez que este era responsável pelo imóvel durante o período? Explique Gabarito: Não, o IPTU tratase de obrigação propter rem, assim o titular do dever de pagamento desta parcela é o proprietário do bem. Apenas poderia ser cobrado de Wade Wilson se houvesse cláusula no contrato de locação dispondo neste sentido. b) Vencido o prazo de 3 anos do contrato, caso Wade Wilson recusese a devolver o apartamento, quais características do Direito das Coisas Peter Parker pode dispor para impor seu direito de propriedade sobre o bem? explique Gabarito: O apartamento é de Peter, seu direito é oponível erga omnes, inclusive contra Wade; Caso Wade não entregue, Peter poderá impor seu direito de sequela e buscar o bem, tomandoo de Wade; A propriedade é exclusiva de Peter, Wade apenas exerceu, temporariamente, posse e, por fim, os direitos de Peter são taxativos, vez que dispostos no Código Civil. DIREITO CIVIL COISAS CCJ0224 Semana Aula: 2 Posse: Elementos e teorias Tema Posse: Elementos e teorias. Palavraschave Posse. Conceito. Teorias. Elementos. Classificações. Objetivos a) Compreender o instituto posse e sua aplicação no Direito das Coisas; b) Conhecer as teorias sobre posse e sua aplicação no Direito brasileiro; c) Identificar os elementos caracterizadores da posse; d) Classificar e conhecer as diversas formas de posse; Estrutura de Conteúdo UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS E POSSE 1.2 Da Posse 1.2.1 Teorias acerca da posse: o conceito de posse 1.2.2 Posse: sujeitos, objeto e natureza jurídica 1.2.3 Distinção entre posse, detenção e outros atos 1.2.4 Classificação da posse O presente conteúdo é apresentado em consonância com o disposto noPlano de Ensino, bibliografia indicada e material disposto no SAVA. É fundamental que o aluno se prepare antes de cada aula, pois tal preparação possibilitará o real acúmulo de conhecimento e a devida formação para a vida acadêmica e profissional. Estratégias de Aprendizagem Leitura do Livro Didático de Direito Civil IV páginas 22 a 34. O aluno poderá, também, buscar materiais complementares através da internet. Recomendase que o aluno navegue pelo SAVA e acesse os recursos indicados e disponíveis. A análise dos casos concreto e postagem das respostas possibilitará melhor fixação do conteúdo. A participação em sala e diálogo com o professor possibilitam a solução deventuais dúvidas. Indicação de Leitura Específica Código Civil: Arts: 1196 ao 1224. Livro Didático de Direito Civil IV, páginas 22 a 34. Vídeos: https://www.youtube.com/watch?v=OM8i0iiGOkg https://www.youtube.com/watch?v=D0dmoi5Gkw https://www.youtube.com/watch?v=qXhTiUZyfbA Filme: Distrito 9 (2009) Aplicação: articulação teoria e prática A necessidade do conhecimento da presente matéria é fundamental para o exercício de atividades jurídicas, bem como a realização de negócios e transmissão de bens. Veja aplicação deste tema em questão da OAB: Questão 33 (OAB FGV VII EXAME UNIFICADO 2012) Acerca do instituto da posse é correto afirmar que A) o Código Civil estabeleceu um rol taxativo de posses paralelas. B) é admissível o interdito proibitório para a proteção do direito autoral. C) fâmulos da posse são aqueles que exercitam atos de posse em nome próprio. D) a composse é uma situação que se verifica na comunhão pro indiviso, do qual cada possuidor conta com uma fração ideal sobre a posse. Considerações Adicionais Gabarito OAB Questão 33 (OAB FGV VII EXAME UNIFICADO 2012) Acerca do instituto da posse é correto afirmar que A) o Código Civil estabeleceu um rol taxativo de posses paralelas. B) é admissível o interdito proibitório para a proteção do direito autoral. C) fâmulos da posse são aqueles que exercitam atos de posse em nome próprio. D) a composse é uma situação que se verifica na comunhão pro indiviso, do qual cada possuidor conta com uma fração ideal sobre a posse. RESPOSTA COMENTADA Letra A. Errada. A posse paralela ocorre em razão da concorrência da posse direta e da posse indireta, por exemplo, o locador detém a posse indireta do bem que aluga, assim como o locatário detém a posse direta deste mesmo bem, ocorrendo a existência de ambas ao mesmo tempo. O Código Civil não enumera estas situações, na realidade ele apenas dispõe a regra geral aplicável a estes casos, conforme o art. 1197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto. Letra B. Errada. O STJ já pacificou esta questão na súmula nº 228: É inadmissível o interdito proibitório para a proteção do direito autoral. O interdito proibitório é a ação utilizada para proteger direito possessório contra ameaça de perda do mesmo, conforme o Código de Processo Civil: Art. 932. O possuidor direto ou indireto, que tenha justo receio de ser molestado na posse, poderá impetrar ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante mandado proibitório, em que se comine ao réu determinada pena pecuniária, caso transgrida o preceito. Letra C. Errada. Os fâmulos da posse (gestor da posse) são aquelas pessoas que detém a posse em razão da existência de um vínculo de subordinação com o proprietário ou possuidor direto, por exemplo, a situação dos caseiros de sítios e dos capatazes de fazendas. Assim, aqueles são meros detentores do bem e não possuidores, logo eles não agem em nome próprio e sim em nome de seus contratantes, leitura do art. 1198, CC, que diz: considerase detentor aquele que, achandose em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas. Letra D. Correta. A composse ocorre quando uma ou mais pessoas detém a posse de um bem indivisível, segundo o art. 1199, CC, se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores. Assim, temse uma figura que diversas pessoas mantêm a posse de um bem indivisível e este apenas pode ser dividido em porções ou frações intelectuais, que dispõe o valor econômico que cada um dos possuidores tem sobre o bem. CASO CONCRETO 2 Mogli comprou uma mansão de 1.200 m² em Balneário Camboriú (SC), tendo realizado o devido registro em cartório desta compra. Esta mansão serve apenas como casa de veraneio, vez que é uma casa de praia. Pocahontas resolveu passar o carnaval em Balneário Camboriú, assim realiza contrato de locação com Mogli, o contrato firmado é por temporada (período do carnaval), sendo pactuado o valor e data de devolução do imóvel (12:00 h da quartafeira de cinzas), analisando a presente situação responda: a) Pocahontas tornouse possuidora do imóvel? Qual das teorias sobre a posse abraça esta situação? Explique Gabarito: Sim, conforme a teoria objetiva (Ihering). Pocahontas realizou o contrato apenas com a intenção passar uma curta temporada, assim não há intenção de dispor do bem como seu. Nesta teoria dispõese apenas do corpus, sem necessidade de animus. b) Classifique a posse apresentada. Gabarito: Derivada, direta, justa e de boafé. c) Quando Pocahontas chegou à casa conheceu o Sr. Aladdin, caseiro contratado por Mogli para cuidar da casa de praia. Podese afirmar que Aladdin é possuidor da casa? Explique. Gabarito. Não, Aladdin é mero detentor de posse, pois ele conserva a posse em nome e em cumprimento de ordens de Mogli (art. 1.198, CC) DIREITO CIVIL COISAS CCJ0224 Semana Aula: 3 A Posse Tema Posse: Efeitos, aquisição e perda. Palavraschave Posse. Efeitos. Proteção à posse. Perda. Objetivos a) Compreender os efeitos da posse; b) Entender as formas de aquisição da posse; c) Aprender as formas de proteção a posse d) Determinar a perda de posse. Estrutura de Conteúdo UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS E POSSE 1.3.Da Posse 1.5.Efeitos da posse 1.6. Da aquisição e perda da posse O presente conteúdo é apresentado em consonância com o disposto no Plano de Ensino, bibliografia indicada e material disposto no SAVA. É fundamental que o aluno se prepare antes de cada aula, pois tal preparação possibilitará o real acúmulo de conhecimento e a devida formação para a vida acadêmica e profissional. Estratégias de Aprendizagem Para esta aula recomendase a leitura do Livro Didático de Direito Civil IV, páginas 34 a 44. O aluno poderá, também, buscar materiais complementares através da internet. Recomendase que o aluno navegue pelo SAVA e acesse os recursos indicados e disponíveis. A análise dos casos concreto e postagem das respostas possibilitará melhor fixação do conteúdo. A participação em sala e diálogo com o professor possibilitará que sejam dirimidas eventuais dúvidas. Indicação de Leitura Específica Livro Didático de Direito Civil IV, páginas 34 a 44. Código Civil: Arts: 1196 ao 1224. Código de Processo Civil: Arts. 554 a 568. Vídeos sugeridos: https://www.youtube.com/watch?v=CIKmTw7bkA https://www.youtube.com/watch?v=vv3riZ1pMJ4 https://www.youtube.com/watch?v=_mytirNrwF4 Artigos sugeridos: http://emporiododireito.com.br/leitura/asocializacaodapossenateoriapossessoriaderaymond saleillespormauriciomota http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12222 Aplicação: articulação teoria e prática A necessidade do conhecimento da presente matéria é fundamental para o exercício de atividades jurídicas, a seguir serão dispostas duas jurisprudências. Faça a leitura destas jurisprudências. Analise como o conteúdo ministrado é aplicado em nossos tribunais e observe a necessidade do conhecimento dos conceitos. Jurisprudência 01 para análise Aplicação de boafé e posse justa 48883996 APELAÇÃO CÍVEL.DIREITO CIVIL. CONTRATOS. PRINCÍPIO DA BOAFÉ OBJETIVA. AFIRMAÇÃO. ALIENAÇÃO DE BEM IMÓVEL. CADEIA DE TRANSMISSÃO. INADIMPLEMENTO. NÃO COMPROVAÇÃO. TERCEIRO DE BOAFÉ. AFIRMAÇÃO. PEDIDO DE IMISSÃO NA POSSE. NEGATIVA. JUSTO TÍTULO E BOAFÉ. MELHOR POSSE. EXERCÍCIO DE FATO. SENTENÇA MANTIDA 1. O pedido de rescisão do contrato e retorno ao status quo ante por inadimplemento exige que o autor não pratique ato de violação à boafé objetiva, como efetuar nova alienação do bem imóvel a non domino e, ainda, efetivamente provar o descumprimento da contrapartida firmada em sua exata medida, tudo de forma a se dar cumprimento aos deveres anexos de lealdade e cooperação, contemplados no estatuto civilista. 2. Possuidor é aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade, devendo a posse ser justa e de boafé, não tendo sido adquirida por meio de violência, meio precário ou de forma clandestina. 3. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boafé, salvo prova em contrário. 4. Quando o mesmo imóvel é negociado para dois compradores, ocorrendo então uma venda a non domino do bem, deve preponderar a precedência e a melhor posse, como exercício de fato, a qual se sobrepõe a mera posse supostamente jurídica. 5. Apelação conhecida e desprovida. Sentença mantida. (TJDF; APC 2010.11.1.0009969; Ac. 109.7841; Sexta Turma Cível; Rel. Des. Carlos Rodrigues; Julg. 09/05/2018; DJDFTE 30/05/2018) Fonte: DVD MAGISTER ? Edição 80 Jurisprudência 02 para análise Caso de Composse 48883350 APELAÇÃO CIVEL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. COMPOSSE. UNIÃO ESTÁVEL. AFASTAMENTO DO LAR. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. 1. Sendo justa e de boafé a posse exercida pela companheira, antes e após o afastamento de seu companheiro do lar, em razão da prática de violência doméstica, deve ser ela, companheira, mantida na posse do imóvel objeto do litígio. 2. Negou se provimento ao apelo da autora. (TJDF; APC 2014.09.1.0041267; Ac. 109.7973; Quarta Turma Cível; Rel. Des. Sérgio Rocha; Julg. 16/05/2018; DJDFTE 29/05/2018) Fonte: DVD MAGISTER Edição 80 Considerações Adicionais CASO CONCRETO 3 Sheldon em suas andanças pela cidade do Rio de Janeiro descobriu um apartamento em Copacabana desocupado e anunciado para aluguel. Sem conversar com o proprietário desse imóvel, Sheldon informou à portaria do prédio que comprou o imóvel e entraria para tomar posse. Após adentrar o apartamento ele trocou as fechaduras das portas de acesso, colocou uma banheira no banheiro da suíte e apresentouse a todos do prédio como novo proprietário do imóvel. O Sr. Holowitz, verdadeiro proprietário do imóvel, tomou conhecimento da invasão realizada por Sheldon 1 mês após o ato e contratou advogado para realizar a proteção dos direitos sobre sua propriedade. Assim, perguntase: a) Qual foi a espécie de ataque a posse? Qual o remédio cabível para defendêla? Explique Gabarito Neste caso aconteceu ESBULHO, vez que o invasor retira a posse direta do proprietário. A forma de defesa será uma ação de reintegração de posse do tipo força nova, em razão da proteção ser feita antes de ano e dia da perda da posse. b) Em razão da ação judicial Sheldon deverá devolver o imóvel, quanto à banheira instalada no apartamento, ele terá direito de ser indenizado? Gabarito Não, pois o possuidor de máfé somente é indenizado das benfeitorias necessárias, não havendo direito quanto às benfeitorias voluptuárias, conforme: ?Art. 1220. Ao possuidor de máfé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.? c) Caso, durante o período que ocupou indevidamente o imóvel, Sheldon tenha alugado dois quartos do apartamento para turistas em veraneio na cidade do Rio de Janeiro, pelo valor de R$ 10.000,00. Ele poderá ficar com este valor? Gabarito Não, pois ele alugou bem que não era seu enquanto estava na posse de máfé, assim o Sr. Holwitz terá direito de ser indenizado por estes valores, conforme: ?Art. 1216. O possuidor de máfé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de máfé; tem direito às despesas da produção e custeio. DIREITO CIVIL COISAS CCJ0224 Semana Aula: 4 A Propriedade Tema Propriedade: Da propriedade em geral Palavraschave Propriedade. Conceito. Extensão. Ação reivindicatória. Objetivos a) Conceituar e entender o que é propriedade; b) Dispor as características da propriedade; c) Entender o princípio da função social da propriedade; d) Determinar as restrições à propriedade. Estrutura de Conteúdo UNIDADE 2 DA PROPRIEDADE EM GERAL 2.1 Histórico e conceito de propriedade 2.2 Características do direito de propriedade 2.3 Extensão do direito de propriedade 2.4 Ação reivindicatória 2.5 Restrições legais de interesse particular e público O presente conteúdo é apresentado em consonância com o disposto no Plano de Ensino, bibliografia indicada e material disposto no SAVA. É fundamental que o aluno se prepare antes de cada aula, pois tal preparação possibilitará o real acúmulo de conhecimento e a devida formação para a vida acadêmica e profissional. Estratégias de Aprendizagem Para esta aula recomendase a leitura do Livro Didático de Direito Civil IV páginas 46 a 54. O aluno poderá, também, buscar materiais complementares através da internet. Recomendase que o aluno navegue pelo SAVA e acesse os recursos indicados e disponíveis. A análise dos casos concreto e postagem das respostas possibilitará melhor fixação do conteúdo. A participação em sala e diálogo com o professor possibilitará que sejam dirimidas eventuais dúvidas. Indicação de Leitura Específica Livro Didático de Direito Civil IV, páginas 46 a 54. Código Civil: Arts: 1.228 ao 1.276. Vídeo sugerido: https://www.youtube.com/watch?v=7tnnGkeWf6o Leitura sugerida: https://www12.senado.leg.br/ril/edicoes/52/205/ril_v52_n205_p23.pdf Filme sugerido: Campo dos Sonhos (1989) Aplicação: articulação teoria e prática A necessidade do conhecimento da presente matéria é fundamental para o exercício de atividades jurídicas, dispõese de uma jurisprudência. Faça a leitura desta jurisprudência. Analise como o conteúdo ministrado é aplicado em nossos tribunais e observe a necessidade do conhecimento dos efeitos da função social da propriedade. DIREITO ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER. AGEFIS. DEMOLIÇÃO DE IMÓVEL SITUADO NO CONDOMÍNIO MINI CHÁCARAS DO LAGO SUL. QUADRA 8. ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL. APA DO SÃO BARTOLOMEU. REGIÃO NÃO PASSÍVEL DE REGULARIZAÇÃO. PARCELAMENTO IRREGULAR DO SOLO. AUSÊNCIA DE LICENÇA. EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA. RECURSO IMPROVIDO. 1. Apelação contra sentença proferida em ação de conhecimento, com pedido de obrigação de não fazer, consistente em evitar que a AGEFIS realize demolição de casa construída na quadra 8 do Condomínio Mini Chácaras do Lago Sul. 2. É legal o ato da Administração, que, no exercício do poder de polícia, e em harmonia com o Código de Edificações do DF (art. 17, 51 e 178), age para coibir edificação nova, erigida sem o indispensável licenciamento e em local não passível de regularização, situado em Área de Preservação Ambiental (APA). 3. Jurisprudência: A edificação, situada no Condomínio Mini Chácaras do Lago Sul das quadras 04 a 11, foi realizada sem alvará de construção e situase em parcelamento irregular de solo. A atuação da Administração Pública é legítima, porque fundamentada no exercício do poder de polícia, o qual permite e impõe condutas impeditivas da ocupação irregular do solo urbano. (20150110747210APC, Relatora: Vera Andrighi, 6ª Turma Cível, DJE: 13/09/2016). 4. Doutrina. Hely Lopes Meirelles, in Direito de Construir. 9ª edição, da Editora Malheiros, p. 220, o ato ilegal de particular que constrói sem licença rende ensejo a que a Administração use o poder de polícia que lhe é reconhecido para embargar, imediata e sumariamente, o prosseguimento da obra e efetivar a demolição doque estiver irregular, com seus próprios meios, sem necessidade de um procedimento formal anterior, porque não há licença ou alvará a ser invalidado. 5. O princípio da dignidade da pessoa humana e o direito de moradia não são absolutos. 5.1. No confronto com outros interesses, a necessidade de desenvolvimento sustentável impõe a prevalência dos direitos a um meio ambiente ecologicamente equilibrado (art. 225, caput, da Lei Maior) e ao adequado ordenamento urbano (art. 182, caput, da Carta Política), e da função social da propriedade. 6. Recurso improvido. (TJDF; APC 2015.01.1.0929037; Ac. 109.9121; Segunda Turma Cível; Rel. Des. João Egmont; Julg. 23/05/2018; DJDFTE 29/05/2018) CF, art. 225 CF, art. 182 Considerações Adicionais CASO CONCRETO 4 Verônica é proprietária de uma casa em bairro estritamente residencial na cidade de João Pessoa (PB). Verificando as possibilidades de negócio a mesma observa que estão chegando as festas juninas, como Verônica precisa urgentemente de dinheiro resolve montar uma fábrica de fogos de artifício em sua casa, para tanto recebe meia tonelada de pólvora e outros itens para a produção dos fogos. Archie, seu vizinho, testemunha a entrega destes itens, imediatamente ele a questiona sobre os riscos desta atividade. Verônica de forma calma e serena responde que a propriedade da casa é dela e assim ela pode fazer o que bem quiser em seu imóvel. Por ser dono a pessoa pode fazer o que bem entender no imóvel? Explique. Gabarito Não, o direito de propriedade deve respeitar o princípio da função social da propriedade e as disposições de lei sobre os limites do exercício da propriedade. E no caso disposto Verônica está desrespeitando ambos, vez que uma área residencial não pode ser utilizada para atividade perigosa. DIREITO CIVIL COISAS CCJ0224 Semana Aula: 5 A Propriedade Tema Propriedade: formas de aquisição Palavraschave Propriedade. Aquisição. Modos. Classificações. Objetivos a) Aprender sobre a aquisição de propriedade; b) Aplicar as classificações de aquisição; c) Verificar os casos em espécie de aquisição; d) Aplicar as várias formas de acessão. Estrutura de Conteúdo UNIDADE 2 DA PROPRIEDADE EM GERAL 2.6 Aquisição da propriedade 2.7 Classificações 2.8 Modos de aquisição da propriedade imóvel O presente conteúdo é apresentado em consonância com o disposto no Plano de Ensino, bibliografia indicada e material disposto no SAVA. É fundamental que o aluno se prepare antes de cada aula, pois tal preparação possibilitará o real acúmulo de conhecimento e a devida formação para a vida acadêmica e profissional. Estratégias de Aprendizagem Para esta aula recomendase a leitura do Livro Didático de Direito Civil IV páginas 51 a 66. O aluno poderá, também, buscar materiais complementares através da internet. Recomendase que o aluno navegue pelo SAVA e acesse os recursos indicados e disponíveis. A análise dos casos concreto e postagem das respostas possibilitará melhor fixação do conteúdo. A participação em sala e diálogo com o professor possibilitará que sejam dirimidas eventuais dúvidas. Indicação de Leitura Específica Livro Didático de Direito Civil IV, páginas 51 a 66. Código Civil. Arts. 1.245 a 1.259 Sugestão de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=6k4YA01ug8Y https://www.youtube.com/watch?v=ToybaUhlOqo Aplicação: articulação teoria e prática Questão de concurso sobre este tema: (CONSULPLAN 2016TJMG Titular de Serviços de Notas e de Registros) O rompimento da barragem de Fundão destruiu o distrito de Bento Rodrigues, Mariana, Minas Gerais, e deixou mais de 900 pessoas desabrigadas, causando grande impacto social na vida daquelas pessoas. Além dos impactos ambientais e sociais, diversos outros danos foram causados, inclusive aos proprietários de áreas ribeirinhas. Supondo que os fatos tenham ocorrido por força natural, como abalo sísmico, e que tenha deslocado uma porção de terras de um imóvel a outro, aderindose de maneira definitiva às margens do outro, nos termos do código civil, quanto à forma de acessão de imóvel a imóvel, é correto afirmar que o proprietário ribeirinho a) tornase dono do acréscimo por avulsão, desde que indenize o proprietário das terras perdidas. Não havendo indenização, concede a lei ao dono do prédio desfalcado o direito de, em um ano, reivindicar as terras perdidas, se for possível retornálas. b) tornase dono do acréscimo por aluvião, desde que indenize o proprietário das terras perdidas. Não havendo indenização, concede a lei ao dono do prédio desfalcado o direito de, em três anos, reivindicar as terras perdidas, se for possível retornálas. c) tornase dono do acréscimo por abandono álveo, sem indenização. d) tornase dono do acréscimo pela aluvião. Os acréscimos formados, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização. Considerações Adicionais Objetiva Gabarito Letra A CASO CONCRETO 5 Bentinho é proprietário de um terreno em Ribeirão Corrente (SP), este terreno tem as seguintes dimensões: 100 metros de testada (frente), 100 metros de fundos, 500 m na lateral esquerda e 500 m na lateral direita(100m X 500m). Seu vizinho é Escobar, que possui um terreno muito menor que o de Bentinho, sendo uma área de 40m X 500 m, não há cercas entre as duas áreas. Bentinho resolveu plantar Café em seu Terreno, tendo contrato diversas pessoas para realizar o plantio, deixando um capataz responsável pelos serviços. Ocorre que Bentinho precisou ausentarse durante o período do plantio, infelizmente o capataz não conhecia os limites do terreno, tendo usado toda a área de Escobar, em razão da inexistência de cerca. Escobar em diversas visitas à área viu o cultivo e nada falou. No dia que foi concluída a plantação, Escobar construiu cerca separando seu terreno da área de Bentinho e disse que aquela área era dele e ninguém tinha direito a nada sobre aquela plantação. Escobar está correto ou Bentinho pode alegar ter algum direito? Qual? Explique. Gabarito. Escobar está errado, aconteceu acessão artificial. Para solucionar a questão devese avaliar se houve boa ou máfé, neste caso, claramente, há boafé por parte de Bentinho e seus empregados, assim deve ser adotada a saída do art. 1.255, CC. Bentinho tem direito a ser indenizado. Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções; se procedeu de boafé, terá direito a indenização. DIREITO CIVIL COISAS CCJ0224 Semana Aula: 6 A Propriedade Tema Propriedade: Aquisição por usucapião Palavraschave Propriedade. Aquisição. Usucapião. Objetivos a) Conceituar a usucapião; b) Diferenciar as diversas formas de usucapião; c) Entender a aplicação da usucapião d) Diferenciar o direito a usucapião do procedimento para adquirir por usucapião Estrutura de Conteúdo UNIDADE 2 DA PROPRIEDADE EM GERAL 2.8. Modos de aquisição da propriedade imóvel c) Usucapião O presente conteúdo é apresentado em consonância com o disposto no Plano de Ensino, bibliografia indicada e material disposto no SAVA. É fundamental que o aluno se prepare antes de cada aula, pois tal preparação possibilitará o real acúmulo de conhecimento e a devida formação para a vida acadêmica e profissional. Estratégias de Aprendizagem Para esta aula necessária a leitura do Livro Didático de Direito Civil IV páginas 66 a 77. O aluno poderá, também, buscar materiais complementares através da internet. Recomendase que o aluno navegue pelo SAVA e acesse os recursos indicados e disponíveis. A análise dos casos concreto e postagem das respostas possibilitará melhor fixação do conteúdo. A participação em sala e diálogo com o professor possibilitará que sejam dirimidas eventuais dúvidas. Indicação de Leitura Específica Livro Didático de Direito Civil IV, páginas 66 a 77. Código Civil. Arts. 1.238 a 1.244 Vídeos: https://www.youtube.com/watch?v=5N0Ck4NShU https://www.youtube.com/watch?v=onZ7ZD9rFA Artigo: https://rbdcivil.ibdcivil.org.br/rbdc/article/view/108/104Aplicação: articulação teoria e prática A necessidade do conhecimento da presente matéria é fundamental para o exercício de atividades jurídicas, dispõese questão sobre este tema. Questão 42 (OAB FGV VIII EXAME UNIFICADO? 2012) Em janeiro de 2010, Nádia, unida estavelmente com Rômulo, após dez anos de convivência e sem que houvesse entre eles contrato escrito que disciplinasse as relações entre companheiros, abandona definitivamente o lar. Nos dois anosseguintes, Rômulo, que não é proprietário de outro imóvel urbano ou rural, continuou, ininterruptamente, sem oposição de quem quer que fosse, na posse direta e exclusiva do imóvel urbano com 200 metros quadrados, cuja propriedade dividia com Nádia e que servia de moradia do casal. Em março de 2012, Rômulo ? que nunca havia ajuizado ação de usucapião, de qualquer espécie, contra quem quer que fosseingressou com ação de usucapião, pretendendo o reconhecimento judicial para adquirir integralmente o domínio do referido imóvel. Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta. A) A pretensão de aquisição do domínio integral do imóvel por Rômulo é infundada, pois o prazo assinalado pelo Código Civil é de 10 (dez) anos. B) A pretensão de aquisição do domínio integral do imóvel por Rômulo é infundada, pois a hipótese de abandono do lar, embora possa caracterizar a impossibilidade da comunhão de vida, não autoriza a propositura de ação de usucapião. C) A pretensão de aquisição do domínio integral do imóvel por Rômulo é infundada, pois tal direito só existe para as situações em que as pessoas foram casadas sob o regime da comunhão universal de bens. D) A pretensão de aquisição do domínio integral do imóvel por Rômulo preenche todos os requisitos previstos no Código Civil. Considerações Adicionais Gabarito questão objetiva Questão 42 (OAB FGV VIII EXAME UNIFICADO2012) Em janeiro de 2010, Nádia, unida estavelmente com Rômulo, após dez anos de convivência e sem que houvesse entre eles contrato escrito que disciplinasse as relações entre companheiros, abandona definitivamente o lar. Nos dois anosseguintes, Rômulo, que não é proprietário de outro imóvel urbano ou rural, continuou, ininterruptamente, sem oposição de quem quer que fosse, na posse direta e exclusiva do imóvel urbano com 200 metros quadrados, cuja propriedade dividia com Nádia e que servia de moradia do casal. Em março de 2012, Rômulo ? que nunca havia ajuizado ação de usucapião, de qualquer espécie, contra quem quer que fosse ingressou com ação de usucapião, pretendendo o reconhecimento judicial para adquirir integralmente o domínio do referido imóvel. Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta. A) A pretensão de aquisição do domínio integral do imóvel por Rômulo é infundada, pois o prazo assinalado pelo Código Civil é de 10 (dez) anos. B) A pretensão de aquisição do domínio integral do imóvel por Rômulo é infundada, pois a hipótese de abandono do lar, embora possa caracterizar a impossibilidade da comunhão de vida, não autoriza a propositura de ação de usucapião. C) A pretensão de aquisição do domínio integral do imóvel por Rômulo é infundada, pois tal direito só existe para as situações em que as pessoas foram casadas sob o regime da comunhão universal de bens. D) A pretensão de aquisição do domínio integral do imóvel por Rômulo preenche todos os requisitos previstos no Código Civil. RESPOSTA COMENTADA Verifique o seguinte texto legal, do Código Civil, in verbis: Art. 1.240A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com excônjuge ou excompanheiro que abandonou o lar, utilizandoo para sua moradia ou de sua família, adquirirlheá o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural?. Com base em todo o enunciado da presente questão, observase que Rômulo preenche todas as exigências legais para requerer o domínio integral, logo a resposta correta é a letra ?D?. CASO CONCRETO 06 Hermione e Rupert conheceramse em Salvador, durante o carnaval. Após alguns meses de namoro resolveram morar juntos. Com muito esforço conseguiram comprar uma casa, único imóvel de ambos, cravado em um terreno de 220 m². Com 5 anos de relacionamento tiveram um filho, Rupert Júnior. Após 7 anos desta convivência Hermione conheceu um rapaz chamado Tom, tendo se apaixonado perdidamente por ele. Paixão esta que resultou no abandono do lar, Hermione simplesmente saiu de casa com a roupa do corpo e durante 5 anos não deu notícias. Um belo dia, ao voltar do trabalho, Rupert encontra com Hermione na porta da casa. Esta nem mesmo perguntou por Rupert Júnior, apenas afirmou que estava precisando de dinheiro e queria que Rupert vendesse a casa, a fim de dividir o valor do bem. Rupert, assustado com esta situação, procurou um advogado e o perguntou se não haveria alguma forma dele adquirir a propriedade integral desta casa. Caso positivo, diga que modo de aquisição é este e seus requisitos. Gabarito Sim, ele pode adquirir a integralidade da casa por meio da usucapião familiar ou urbano matrimonial. Para tanto, Rupert deve comprovar: posse de 2 anos sem oposição do imóvel que dividia propriedade com excônjuge (companheiro), que utilizava para moradia e que Hermione tenha abandonado o lar, conforme art. Art. 1240A do Código Civil. DIREITO CIVIL COISAS CCJ0224 Semana Aula: 7 A Propriedade Tema Propriedade: Aquisição de bens móveis e perda da propriedade Palavraschave Propriedade. Bens móveis. Aquisição. Perda. Objetivos a) Classificar os modos de aquisição de propriedade móvel. b) Diferenciar os modos de aquisição; c) Aplicar os modos de aquisição de propriedade móvel d) Identificar os modos de perda da propriedade. Estrutura de Conteúdo UNIDADE 3 DA PROPRIEDADE (AQUISIÇÃO DE BENS MÓVEIS) E DO DIREITO DE VIZINHANÇA 3.1. Modos de aquisição da propriedade móvel 3.1.1. Usucapião de bens móveis 3.1.2. Da ocupação 3.1.3. Achado de tesouro 3.1.4. Da tradição 3.1.5. Da especificação 3.1.6. Da confusão, da comistão e da adjunção 3.1.7. Da perda da propriedade O presente conteúdo é apresentado em consonância com o disposto no Plano de Ensino, bibliografia indicada e material disposto no SAVA. É fundamental que o aluno se prepare antes de cada aula, pois tal preparação possibilitará o real acúmulo de conhecimento e a devida formação para a vida acadêmica e profissional. Estratégias de Aprendizagem Recomendase a leitura do Livro Didático de Direito Civil IV páginas 80 a 92. O aluno poderá, também, buscar materiais complementares através da internet. Recomendase que o aluno navegue pelo SAVA e acesse os recursos indicados e disponíveis. A análise dos casos concreto e postagem das respostas possibilitará melhor fixação do conteúdo. A participação em sala e diálogo com o professor possibilitará que sejam dirimidas eventuais dúvidas. Indicação de Leitura Específica Livro Didático de Direito Civil IV, páginas 80 a 92. Código Civil. Arts. 1.238 a 1.244 Videos: https://www.youtube.com/watch?v=Np6lJpwaVvs Aplicação: articulação teoria e prática A necessidade do conhecimento da presente matéria é fundamental para o exercício de atividades jurídicas, dispõese questão sobre este tema. (OAB FGV II EXAME UNIFICADO 2011) Sobre o constituto possessório, assinale a alternativa correta. (A) Tratase de modo originário de aquisição da propriedade. (B) Tratase de modo originário de aquisição da posse. (C) Representa uma tradição ficta. (D) É imprescindível para que se opere a transferência da posse aos herdeiros na sucessão universal. Considerações Adicionais (OAB FGV II EXAME UNIFICADO 2011) Sobre o constituto possessório, assinale a alternativa correta. (A) Tratase de modo originário de aquisição da propriedade. (B) Tratase de modo originário de aquisição da posse. (C) Representa uma tradição ficta. (D) É imprescindível para que se opere a transferência da posse aos herdeiros na sucessão universal.Gabarito O constituto possessório é o instituto pelo qual uma pessoa que possui um bem em seu próprio nome, passa a possuir o mesmo em bem em nome alheio, por exemplo, Paulo é dono e possuidor de uma casa (ele reside na mesma), mas ele resolve vender a casa a João, no contrato de compra e venda João permite que Paulo ainda resida na casa por três meses. Veja que Paulo continuará a possuir a casa, mas em nome de João. Este instituto é uma forma de aquisição e perda da posse. Ante todas as afirmações a única que corresponde a realidade deste instituto é a de que afirma ser uma tradição ficta, veja o exemplo transcrito, houve tradição do bem, mas a posse continuou com o vendedor. Assim a resposta correta é a da letra ?C?. CASO CONCRETO 07 Iracema tem imenso dom artístico, sendo capaz de criar as mais belas figuras sacras a partir de pedras de mármore. Apesar de estranhar o tamanho de uma pedra de mármore entregue por seu fornecedor em seu atelier, Iracema a considerou ideal para esculpir uma imagem de Nossa Senhora de Aparecida. E assim fez, tendo realizado seu melhor trabalho! Dias após a conclusão deste trabalho, Brás Cubas, mais famoso artesão de Juazeiro do Norte (CE), apresentase no atelier de Iracema e informa que o fornecedor de mármore entregou erroneamente uma pedra, justamente a que foi transformada. Ato contínuo, solicita que Iracema entregue imediatamente a obra, vez que feita em material pertencente a ele. Cabe razão a Brás Cubas? Que tipo de transformação aconteceu? Como deve ser resolvida? Gabarito. Brás Cubas não tem razão. Aconteceu uma Especificação, conforme art. 1.269 e segs, CC. É o tipo de aquisição de propriedade em que uma pessoa (especificador) transforma matériaprima alheia, sendo que o produto não pode voltar ao estado original. Na presente situação Iracema estava de boafé, assim o produto final será de sua propriedade, restando a Brás Cubas ser indenizado pelo valor da matériaprima perdida. DIREITO CIVIL COISAS CCJ0224 Semana Aula: 8 A Propriedade Tema Propriedade: Do direito de vizinhança Palavraschave Propriedade. Limites. Direito de vizinhança. Objetivos a) Compreender que a propriedade sofre limitações b) Identificar o direito de vizinhança c) Reconhecer as diversas formas de uso anormal da propriedade d) Identificar outras limitações legais e) Reconhecer as limitações similares às servidões Estrutura de Conteúdo UNIDADE 3 – DA PROPRIEDADE (AQUISIÇÃO DE BENS MÓVEIS) E DO DIREITO DE VIZINHANÇA 3.3. Do direito de vizinhança 3.3.1. Restrição ao direito de propriedade quanto à intensidade do seu exercício: uso anormal da propriedade 3.3.2. Limitações legais ao domínio similares às servidões 3.3.3. Da passagem forçada 3.3.4. Restrições oriundas das relações de contiguidade entre dois imóveis O presente conteúdo é apresentado em consonância com o disposto no Plano de Ensino, bibliografia indicada e material disposto no SAVA. É fundamental que o aluno se prepare antes de cada aula, pois tal preparação possibilitará o real acúmulo de conhecimento e a devida formação para a vida acadêmica e profissional. Estratégias de Aprendizagem Recomendase a leitura do Livro Didático de Direito Civil IV páginas 92 a 104. O aluno poderá, também, buscar materiais complementares através da internet. Recomendase que o aluno navegue pelo SAVA e acesse os recursos indicados e disponíveis. A análise dos casos concreto e postagem das respostas possibilitará melhor fixação do conteúdo. A participação em sala e diálogo com o professor possibilitará que sejam dirimidas eventuais dúvidas. Indicação de Leitura Específica Livro Didático de Direito Civil IV, páginas 92 a 104. Código Civil. Arts. 1.277 a 1.313. Vídeos sugeridos:https://www.youtube.com/watch?v=ODPY0k_dN8A https://www.youtube.com/watch?v=OCwyy7RaBv4 https://www.youtube.com/watch?v=EBWOzebG584 Indicar filme: Meus Vizinhos são um terror (1989) Aplicação: articulação teoria e prática Questão sobre o tema: (OAB FGV III EXAME UNIFICADO 2010) Félix e Joaquim são proprietários de casas vizinhas há cinco anos e, de comum acordo, haviam regularmente delimitado as suas propriedades pela instalação de uma singela cerca viva. Recentemente, Félix adquiriu um cachorro e, por essa razão, o seu vizinho, Joaquim, solicitoulhe que substituísse a cerca viva por um tapume que impedisse a entrada do cachorro em sua propriedade. Surpreso, Félix negouse a atender ao pedido do vizinho, argumentando que o seu cachorro era adestrado e inofensivo e, por isso, jamais lhe causaria qualquer dano. Com base na situação narrada, é correto afirmar que Joaquim (A) poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingresse na sua propriedade, contanto que arque com metade das despesas de instalação, cabendo a Félix arcar com a outra parte das despesas. (B) poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingresse em sua propriedade, cabendo a Félix arcar integralmente com as despesas de instalação. (C) não poderá exigir que Félix instale o tapume, uma vez que a cerca viva fora instalada de comum acordo e demarca corretamente os limites de ambas as propriedades, cumprindo, pois, com a sua função, bem como não há indícios de que o cachorro possa vir a lhe causar danos. (D) poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingresse em sua propriedade, cabendo a Félix arcar com as despesas de instalação, deduzindose desse montante metade do valor, devidamente corrigido, correspondente à cerca viva inicialmente instalada por ambos os vizinhos. (OAB FGV IV EXAME UNIFICADO 2011) Acerca da servidão de aqueduto, assinale a alternativa correta. (A) Não se aplicam à servidão de aqueduto as regras pertinentes à passagem de cabos e tubulações. (B) O aqueduto deverá ser construído de maneira que cause o menor prejuízo aos proprietários dos imóveis vizinhos, e a expensas do seu dono, mas a quem não incumbem as despesas de conservação. (C) Se o uso das águas não se destinar à satisfação das exigências primárias, o proprietário do aqueduto não deverá ser indenizado pela retirada das águas supérfluas aos seus interesses de consumo. (D) O proprietário do prédio serviente, ainda que devidamente indenizado pela passagem da servidão do aqueduto, poderá exigir que seja subterrânea a canalização que atravessa áreas edificadas, pátios, jardins ou quintais. Considerações Adicionais RESPOSTA COMENTADA PRIMEIRA OBJETIVA Os fatos apresentados envolvem direito de vizinhança, o problema centra suas razões na questão envolvendo uma cerca viva, feita de comum acordo e que não será suficiente para manter um cachorro afastado da propriedade do vizinho. Lembrando, este cachorro não existia quando da feitura da cerca viva, tendo sido recentemente adquirido por Félix. A solução para a presente situação é a do art. 1297, CC: Art. 1297. O proprietário tem direito a cercar, murar, valar ou tapar de qualquer modo o seu prédio, urbano ou rural, e pode constranger o seu confinante a proceder com ele à demarcação entre os dois prédios, a aviventar rumos apagados e a renovar marcos destruídos ou arruinados, repartindose proporcionalmente entre os interessados as respectivas despesas. (...) § 3º A construção de tapumes especiais para impedir a passagem de animais de pequeno porte, ou para outro fim, pode ser exigida de quem provocou a necessidade deles, pelo proprietário, que não está obrigado a concorrer para as despesas. O dispositivo transcrito impõe que Félix construa o tapume especial, bem como arque sozinho com as despesas. A resposta correta é a letra ?B?. Letra D. Correta. O proprietário do prédio serviente, indenizado pela passagem da servidão do aqueduto, terá o direito de exigir que a canalização seja subterrânea quando atravessar áreas edificadas, pátios, jardins ou quintais, conforme art. 1293, § 2º, CC. CASO CONCRETO 08 Anita é proprietária de um terreno em Nova Iguaçu, no qual resolveu construir uma casa. A edificação realizada está a meio metro de distância do terreno de sua vizinha, Valesca.Ainda no início da construção, Valesca observa que a casa que está sendo construída por Anita terá uma janela justamente na parede que faz limites com seu terreno, bem como o telhado da casa despejará todas as águas pluviais diretamente no terreno de Valesca. A construção de Anita obedece ao direito de vizinhança? Explique. Gabarito Não, pois o Código Civil determina que nenhum proprietário pode construir de maneira que o seu prédio despeje águas, diretamente, sobre o prédio vizinho, bem como não se pode abrir janelas a menos de metro e meio do terreno vizinho, conforme arts. 1.300 e 1.301. DIREITO CIVIL COISAS CCJ0224 Semana Aula: 9 Condomínio Tema Condomínio e direitos reais sobre coisa alheia Palavraschave Condomínio. Conceito. Espécies. Aplicações Objetivos a) Compreender o conceito, os elementos e as características do condomínio; b) Classificar as várias espécies de condomínio; c) Identificar os direitos e deveres dos condôminos no condomínio voluntário e necessário; d) Identificar os direitos e deveres dos condôminos no condomínio edilício. Estrutura de Conteúdo UNIDADE 4 CONDOMÍNIO E DIREITOS REAIS SOBRE COISA ALHEIA 4.1 Condomínio 4.1.1 Do condomínio geral 4.1.2 Do condomínio edilício O presente conteúdo é apresentado em consonância com o disposto no Plano de Ensino, bibliografia indicada e material disposto no SAVA. É fundamental que o aluno se prepare antes de cada aula, pois tal preparação possibilitará o real acúmulo de conhecimento e a devida formação para a vida acadêmica e profissional. Estratégias de Aprendizagem Para esta aula, fazse necessária a leitura do Livro Didático de Direito Civil IV, páginas 106 a 121. O aluno poderá, também, buscar materiais complementares através da internet. Recomendase que o aluno navegue pelo SAVA e acesse os recursos indicados e disponíveis. A análise dos casos concreto e postagem das respostas possibilitará melhor fixação do conteúdo. A participação em sala e diálogo com o professor possibilitará que sejam dirimir eventuais dúvidas. Indicação de Leitura Específica Livro Didático de Direito Civil IV, páginas 106 a 116. Código Civil. Arts. 1.314 a 1.346 Filme: Minha mãe é uma peça o filme (2012) Aplicação: articulação teoria e prática A necessidade do conhecimento da presente matéria é fundamental para o exercício de atividades jurídicas, dispõese questão sobre este tema. 36(OAB FGV V EXAME UNIFICADO2011) Durante assembleia realizada em condomínio edilício residencial, que conta com um apartamento por andar, Giovana, nova proprietária do apartamento situado no andar térreo, solicitou explicações sobre a cobrança condominial, por ter verificado que o valor dela cobrado era superior àquele exigido dos demais condôminos. O síndico prontamente esclareceu que a cobrança a ela dirigida é realmente superior à cobrança das demais unidades, tendo em vista que o apartamento de Giovana tem acesso exclusivo, por meio de uma porta situada em sua área de serviço, a um pequeno pátio localizado nos fundos do condomínio, conforme consta nas configurações originais do edifício devidamente registradas. Desse modo, segundo afirmado pelo síndico, podendo Giovana usar o pátio com exclusividade, apesar de constituir área comum do condomínio, caberia a ela arcar com as respectivas despesas de manutenção. Em relação à situação apresentada, assinale a alternativa correta. (A) Não poderão ser cobradas de Giovana as despesas relativas à manutenção do pátio, tendo em vista que este consiste em área comum do condomínio, e a porta de acesso exclusivo não fora instalada por iniciativa da referida condômina. (B) Poderão ser cobradas de Giovana as despesas relativas à manutenção do pátio, tendo em vista que ela dispõe de seu uso exclusivo, independentemente da frequência com que seja efetivamente exercido. (C) Somente poderão ser cobradas de Giovana as despesas relativas à manutenção do pátio caso seja demonstrado que o uso por ela exercido impõe deterioração excessiva do local. (D) Poderá ser cobrada de Giovana metade das despesas relativas à manutenção do pátio, devendo a outra metade ser repartida entre os demais condôminos, tendo em vista que a instalação da porta na área de serviço não foi de iniciativa da condômina, tampouco da atual administração do condomínio. Considerações Adicionais 36(OAB FGV V EXAME UNIFICADO 2011) Durante assembleia realizada em condomínio edilício residencial, que conta com um apartamento por andar, Giovana, nova proprietária do apartamento situado no andar térreo, solicitou explicações sobre a cobrança condominial, por ter verificado que o valor dela cobrado era superior àquele exigido dos demais condôminos. O síndico prontamente esclareceu que a cobrança a ela dirigida é realmente superior à cobrança das demais unidades, tendo em vista que o apartamento de Giovana tem acesso exclusivo, por meio de uma porta situada em sua área de serviço, a um pequeno pátio localizado nos fundos do condomínio, conforme consta nas configurações originais do edifício devidamente registradas. Desse modo, segundo afirmado pelo síndico, podendo Giovana usar o pátio com exclusividade, apesar de constituir área comum do condomínio, caberia a ela arcar com as respectivas despesas de manutenção. Em relação à situação apresentada, assinale a alternativa correta. (A) Não poderão ser cobradas de Giovana as despesas relativas à manutenção do pátio, tendo em vista que este consiste em área comum do condomínio, e a porta de acesso exclusivo não fora instalada por iniciativa da referida condômina. (B) Poderão ser cobradas de Giovana as despesas relativas à manutenção do pátio, tendo em vista que ela dispõe de seu uso exclusivo, independentemente da frequência com que seja efetivamente exercido. (C) Somente poderão ser cobradas de Giovana as despesas relativas à manutenção do pátio caso seja demonstrado que o uso por ela exercido impõe deterioração excessiva do local. (D) Poderá ser cobrada de Giovana metade das despesas relativas à manutenção do pátio, devendo a outra metade ser repartida entre os demais condôminos, tendo em vista que a instalação da porta na área de serviço não foi de iniciativa da condômina, tampouco da atual administração do condomínio. RESPOSTA COMENTADA Apesar do longo enunciado a questão tem resolução simples e objetiva. Observe que Giovana utiliza área comum de forma exclusiva, conforme a apresentação do caso. O art. 1340, Código Civil, expõe: ?As despesas relativas a partes comuns de uso exclusivo de um condômino, ou de alguns deles, incumbem a quem delas se serve?. Assim, estas despesas podem ser acrescentadas nas taxas de Giovana. Bem exemplifica o caso esta jurisprudência: 64486548 APELAÇÃO CÍVEL. Apelados proprietários de loja e sobreloja em condomínio edilício. Sentença ajustada ao pedido inicial. Inexistência de coisa julgada. Cobrança de despesas de condomínio. Elevador e interfone. Uso exclusivo das unidades habitacionais. Incidência do artigo 1340 do Código Civil de 2002. Precedentes. Recurso conhecido e não provido. O artigo 1340 do Código Civil dispõe que "as despesas relativas a partes comuns de uso exclusivo de um condômino, ou de alguns deles, incumbem a quem delas se serve". Portanto, os proprietários de loja e sobreloja voltadas para a rua não devem arcar com despesas relativas a interfone e elevador, que não utilizam. (TJSC; AC 2011.074731 5; São José; Quarta Câmara de Direito Civil; Rel. Desig. Des. Victor José Sebem Ferreira; Julg. 17/08/2012; DJSC 24/08/2012; Pág. 265) CC, art. 1340 A resposta é a letra ?B?. CASO CONCRETO 09 Homer mora em um condomínio no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS), seu apartamento tem 208 m² e o condomínio tem ampla área de lazer, com academia, playground para crianças e piscina. Homer é conhecido por todos como uma pessoa sedentária, não afeita a exercícios, assim não frequenta a piscina ou a academia do condomínio, ademais é solteiro e não teve prole. Em razão desta situação Homer procurou o Sr. Skinner, síndico do edifício, e exigiu que todas as despesas com academia,piscina e playground fossem retiradas de sua cota condominial, sob o argumento que não os utiliza. Homer está correto? Explique. GABARITO Homer está errado. As regras deste tipo de condomínio são que cada proprietário de uma porção individual do mesmo é responsável pelo pagamento de uma parte das despesas comuns. O Código Civil, no art.1.336, I, afirma serem deveres do condômino, entre outros, o de ?contribuir para as despesas do condomínio na proporção das suas frações ideais, salvo disposição em contrário na convenção?. Como a questão não apresentou cláusula no regimento informando a possibilidade de desconto, os gastos com playground, academia e piscina fazem parte das despesas do condomínio e Homer é obrigado a pagálas. DIREITO CIVIL COISAS CCJ0224 Semana Aula: 10 Condomínio Tema Condomínio e direitos reais sobre coisa alheia Palavraschave Condomínio. Conceito. Espécies. Aplicações. Objetivos a) Compreender a administração do condomínio edilício; b) Entender como ocorre a formação e extinção do condomínio edilício; c) Aprender sobre o condomínio urbano simples. Estrutura de Conteúdo UNIDADE 4 CONDOMÍNIO E DIREITOS REAIS SOBRE COISA ALHEIA 4.1. Condomínio 4.1.2. Do condomínio edilício. O presente conteúdo é apresentado em consonância com o disposto no Plano de Ensino, bibliografia indicada e material disposto no SAVA. É fundamental que o aluno se prepare antes de cada aula, pois tal preparação possibilitará o real acúmulo de conhecimento e a devida formação para a vida acadêmica e profissional. Estratégias de Aprendizagem Para esta aula, fazse necessária a leitura do Livro Didático de Direito Civil IV, páginas 121 a 122. O aluno poderá, também, buscar materiais complementares através da internet. Recomendase que o aluno navegue pelo SAVA e acesse os recursos indicados e disponíveis. A análise dos casos concreto e postagem das respostas possibilitará melhor fixação do conteúdo. A participação em sala e diálogo com o professor possibilitará que sejam dirimidas eventuais dúvidas. Indicação de Leitura Específica Livro Didático de Direito Civil IV, páginas 121 a 122 Código Civil. Arts. 1.347 a 1.358A Aplicação: articulação teoria e prática Considerações Adicionais DIREITO CIVIL COISAS CCJ0224 Semana Aula: 11 Direitos reais sobre as coisas alheias Tema Os direitos reais sobre as coisas alheias Palavraschave Coisa alheia. Superfície. Usufruto. Uso. Habitação. Aquisição. Objetivos a) Compreender a estrutura dos direitos reais sobre coisa alheia; b) Analisar cada um dos institutos de direitos reais sobre coisa alheia; c) Entender a aplicação dos direitos reais sobre coisa alheia. Estrutura de Conteúdo UNIDADE 4 CONDOMÍNIO E DIREITOS REAIS SOBRE COISA ALHEIA 4.2 Dos direitos reais sobre coisa alheia 4.2.1 Direito real de superfície 4.2.2 Do direito real de usufruto 4.2.3 Do direito real de uso e de habitação 4.2.4 Do direito real de aquisição: direito real do promitente comprador O presente conteúdo é apresentado em consonância com o disposto no Plano de Ensino, bibliografia indicada e material disposto no SAVA. É fundamental que o aluno se prepare antes de cada aula, pois tal preparação possibilitará o real acúmulo de conhecimento e a devida formação para a vida acadêmica e profissional. Estratégias de Aprendizagem Para esta aula, fazse necessária a leitura do Livro Didático de Direito Civil IV, páginas 122 a 136. O aluno poderá, também, buscar materiais complementares através da internet. Recomendase que o aluno navegue pelo SAVA e acesse os recursos indicados e disponíveis. A análise dos casos concreto e postagem das respostas possibilitará melhor fixação do conteúdo. A participação em sala e diálogo com o professor possibilitará que sejam dirimidas eventuais dúvidas. Indicação de Leitura Específica Livro Didático de Direito Civil IV, páginas 122 a 136. https://www.youtube.com/watch?v=rIokdX9UEpw RESPOSTA COMENTADA Letra A. Errada. Ao contrário do afirmado as regras acerca da passagem de cabos e tubulações são aplicadas à servidão de aquedutos. A base legal se encontra em dois artigos do Código Civil, veja: Art. 1294. Aplicase ao direito de aqueduto o disposto nos arts. 1.286 e 1.287. Combinado com o Art. 1286. Mediante recebimento de indenização que atenda, também, à desvalorização da área remanescente, o proprietário é obrigado a tolerar a passagem, através de seu imóvel, de cabos, tubulações e outros condutos subterrâneos de serviços de utilidade pública, em proveito de proprietários vizinhos, quando de outro modo for impossível ou excessivamente onerosa. Letra B. Errada. O disposto nesta letra segue o enunciado no §3º, do art. 1293, CC, no entanto erroneamente exonera o dono do aqueduto das despesas com conservação, a lei afirma justamente o contrário: O aqueduto será construído de maneira que cause o menor prejuízo aos proprietários dos imóveis vizinhos, e a expensas do seu dono, a quem incumbem também as despesas de conservação?. Letra C. Errada. O proprietário do aqueduto deverá ser indenizado pela retirada das águas supérfluas aos seus interesses de consumo, conforme art. 1296, CC: ?Havendo no aqueduto águas supérfluas, outros poderão canalizálas, para os fins previstos no art. 1.293, mediante pagamento de indenização aos proprietários prejudicados e ao dono do aqueduto, de importância equivalente às despesas que então seriam necessárias para a condução das águas até o ponto de derivação. DIREITO CIVIL COISAS CCJ0224 Semana Aula: 1 O Direito das Coisas Tema Introdução ao Direito das Coisas Palavraschave Direito das Coisas. Conceito. Classificação. Reais. Obrigacionais. Objetivos a) Compreender a disposição dos bens e sua ligação com as pessoas (físicas ou jurídicas); b) Conhecer o conceito e características do Direito das Coisas; c) Identificar as diferenças entre direitos reais e direitos obrigacionais; d) Reconhecer conceitos e características dos direitos reais. Estrutura de Conteúdo UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS E POSSE 1.1 Do Direito das Coisas 1.1.1 Conceito 1.1.2 Características 1.1.3 Diferença entre direitos reais e obrigacionais 1.1.4 Titularidade e obrigações propter rem 1.1.5 Classificação dos direitos reais O presente conteúdo é apresentado em consonância com o disposto no Plano de Ensino, bibliografia indicada e material disposto no SAVA. É fundamental que o aluno se prepare antes de cada aula, pois para tal preparação possibilitará o real acúmulo de conhecimento e a devida formação para a vida acadêmica e profissional. Estratégias de Aprendizagem Leitura do Livro Didático de Direito Civil IV, páginas 7 a 22. O aluno poderá, também, buscar materiais complementares através da internet. Recomendase que o aluno navegue pelo SAVA e acesse os recursos indicados e disponíveis. A análise dos casos concretos e postagem das respostas possibilitará melhor fixação do conteúdo. A participação em sala e diálogo com o professor possibilitará que sejam dirimidas eventuais dúvidas. Indicação de Leitura Específica Livro Didático de Direito Civil IV, páginas 7 a 22. Sugestão de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=rIokdX9UEpw Filme para identificar institutos dos Direitos Reais: Gran Torino (2008) Aplicação: articulação teoria e prática Buscouse a ambientação do aluno neste ramo do Direito Privado. A necessidade do conhecimento da presente matéria é fundamental para o exercício de atividades jurídicas, bem como a realização de negócios e transmissão de bens. Veja aplicação deste tema em questão da OAB: 30 (OAB ? FGV ? II EXAME UNIFICADO ? 2011) Assinale a alternativa que contemple exclusivamente obrigação propter rem: (A) a obrigação de indenizar decorrente da aluvião e aquela decorrente da avulsão. (B) a hipoteca e o dever de pagar as cotas condominiais. (C) o dever que tem o servidor da posse de exercer o desforço possessório e o dever de pagar as cotas condominiais. (D) a obrigação que tem o proprietário de um terreno de indenizar o terceiro que, de boafé, erigiu benfeitorias sobre o mesmo.Considerações Adicionais Análise 30 (OAB ? FGV ? II EXAME UNIFICADO ? 2011) A00223 Assinale a alternativa que contemple exclusivamente obrigação propter rem: (A) a obrigação de indenizar decorrente da aluvião e aquela decorrente da avulsão. (B) a hipoteca e o dever de pagar as cotas condominiais. (C) o dever que tem o servidor da posse de exercer o desforço possessório e o dever de pagar as cotas condominiais. (D) a obrigação que tem o proprietário de um terreno de indenizar o terceiro que, de boafé, erigiu benfeitorias sobre o mesmo. RESPOSTA COMENTADA A obrigação propter rem é aquela em que há uma ligação na qual o devedor possui o ônus de entregar uma prestação, não por conta de um vínculo constituído diretamente com o credor, mas em decorrência de uma ligação que o devedor possui com o bem, qual seja a de exercer o direito de propriedade sobre o mesmo. Assim: A letra ?A? apresenta formas de aquisição originária de propriedade; A letra ?B? apresenta a hipoteca que é um direito real de garantia. A letra ?C? fala de desforço possessório, este não é uma obrigação, mas uma forma de autotutela para proteger a posse contra turbação e esbulho. A resposta correta é a letra ?D?, que mostra um tipo de obrigação que decorre da qualidade do devedor de ser proprietário de determinado bem, neste caso o mesmo é obrigado a indenizar o terceiro de boafé por conta da sua situação de dono do imóvel e não porque gostaria de indenizar quem erigiu benfeitorias. CASO CONCRETO 1 Wade Wilson alugou um apartamento de propriedade de Peter Parker em Belém(PA). O contrato de locação previu: valor e pagamento do aluguel, dever de cuidados com o bem, as taxas de condomínio serem de responsabilidade de Wade Wilson (locatário) e que a duração do contrato é de 3 anos. Assim durante todo o lapso contratual o locatário cumpriu o contrato, pagando em dia o aluguel e o valo da taxa de condomínio, bem como manteve o devido cuidado com o bem. Véspera da data de devolução do apartamento Peter Parker recebeu comunicação do município de Belém informando que havia débito de 2 anos nos valores referente ao IPTU do apartamento. Com fulcro no informado responda: a) Peter Parker pode cobrar os valores referente ao IPTU de Wade Wilson, vez que este era responsável pelo imóvel durante o período? Explique Gabarito: Não, o IPTU tratase de obrigação propter rem, assim o titular do dever de pagamento desta parcela é o proprietário do bem. Apenas poderia ser cobrado de Wade Wilson se houvesse cláusula no contrato de locação dispondo neste sentido. b) Vencido o prazo de 3 anos do contrato, caso Wade Wilson recusese a devolver o apartamento, quais características do Direito das Coisas Peter Parker pode dispor para impor seu direito de propriedade sobre o bem? explique Gabarito: O apartamento é de Peter, seu direito é oponível erga omnes, inclusive contra Wade; Caso Wade não entregue, Peter poderá impor seu direito de sequela e buscar o bem, tomandoo de Wade; A propriedade é exclusiva de Peter, Wade apenas exerceu, temporariamente, posse e, por fim, os direitos de Peter são taxativos, vez que dispostos no Código Civil. DIREITO CIVIL COISAS CCJ0224 Semana Aula: 2 Posse: Elementos e teorias Tema Posse: Elementos e teorias. Palavraschave Posse. Conceito. Teorias. Elementos. Classificações. Objetivos a) Compreender o instituto posse e sua aplicação no Direito das Coisas; b) Conhecer as teorias sobre posse e sua aplicação no Direito brasileiro; c) Identificar os elementos caracterizadores da posse; d) Classificar e conhecer as diversas formas de posse; Estrutura de Conteúdo UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS E POSSE 1.2 Da Posse 1.2.1 Teorias acerca da posse: o conceito de posse 1.2.2 Posse: sujeitos, objeto e natureza jurídica 1.2.3 Distinção entre posse, detenção e outros atos 1.2.4 Classificação da posse O presente conteúdo é apresentado em consonância com o disposto no Plano de Ensino, bibliografia indicada e material disposto no SAVA. É fundamental que o aluno se prepare antes de cada aula, pois tal preparação possibilitará o real acúmulo de conhecimento e a devida formação para a vida acadêmica e profissional. Estratégias de Aprendizagem Leitura do Livro Didático de Direito Civil IV páginas 22 a 34. O aluno poderá, também, buscar materiais complementares através da internet. Recomendase que o aluno navegue pelo SAVA e acesse os recursos indicados e disponíveis. A análise dos casos concreto e postagem das respostas possibilitará melhor fixação do conteúdo. A participação em sala e diálogo com o professor possibilitam a solução deventuais dúvidas. Indicação de Leitura Específica Código Civil: Arts: 1196 ao 1224. Livro Didático de Direito Civil IV, páginas 22 a 34. Vídeos: https://www.youtube.com/watch?v=OM8i0iiGOkg https://www.youtube.com/watch?v=D0dmoi5Gkw https://www.youtube.com/watch?v=qXhTiUZyfbA Filme: Distrito 9 (2009) Aplicação: articulação teoria e prática A necessidade do conhecimento da presente matéria é fundamental para o exercício de atividades jurídicas, bem como a realização de negócios e transmissão de bens. Veja aplicação deste tema em questão da OAB: Questão 33 (OAB FGV VII EXAME UNIFICADO 2012) Acerca do instituto da posse é correto afirmar que A) o Código Civil estabeleceu um rol taxativo de posses paralelas. B) é admissível o interdito proibitório para a proteção do direito autoral. C) fâmulos da posse são aqueles que exercitam atos de posse em nome próprio. D) a composse é uma situação que se verifica na comunhão pro indiviso, do qual cada possuidor conta com uma fração ideal sobre a posse. Considerações Adicionais Gabarito OAB Questão 33 (OAB FGV VII EXAME UNIFICADO 2012) Acerca do instituto da posse é correto afirmar que A) o Código Civil estabeleceu um rol taxativo de posses paralelas. B) é admissível o interdito proibitório para a proteção do direito autoral. C) fâmulos da posse são aqueles que exercitam atos de posse em nome próprio. D) a composse é uma situação que se verifica na comunhão pro indiviso, do qual cada possuidor conta com uma fração ideal sobre a posse. RESPOSTA COMENTADA Letra A. Errada. A posse paralela ocorre em razão da concorrência da posse direta e da posse indireta, por exemplo, o locador detém a posse indireta do bem que aluga, assim como o locatário detém a posse direta deste mesmo bem, ocorrendo a existência de ambas ao mesmo tempo. O Código Civil não enumera estas situações, na realidade ele apenas dispõe a regra geral aplicável a estes casos, conforme o art. 1197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto. Letra B. Errada. O STJ já pacificou esta questão na súmula nº 228: É inadmissível o interdito proibitório para a proteção do direito autoral. O interdito proibitório é a ação utilizada para proteger direito possessório contra ameaça de perda do mesmo, conforme o Código de Processo Civil: Art. 932. O possuidor direto ou indireto, que tenha justo receio de ser molestado na posse, poderá impetrar ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante mandado proibitório, em que se comine ao réu determinada pena pecuniária, caso transgrida o preceito. Letra C. Errada. Os fâmulos da posse (gestor da posse) são aquelas pessoas que detém a posse em razão da existência de um vínculo de subordinação com o proprietário ou possuidor direto, por exemplo, a situação dos caseiros de sítios e dos capatazes de fazendas. Assim, aqueles são meros detentores do bem e não possuidores, logo eles não agem em nome próprio e sim em nome de seus contratantes, leitura do art. 1198, CC, que diz: considerase detentor aquele que, achandose em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas. Letra D. Correta. A composse ocorre quando uma ou mais pessoas detém a posse de um bem indivisível, segundo o art. 1199, CC, se duasou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores. Assim, temse uma figura que diversas pessoas mantêm a posse de um bem indivisível e este apenas pode ser dividido em porções ou frações intelectuais, que dispõe o valor econômico que cada um dos possuidores tem sobre o bem. CASO CONCRETO 2 Mogli comprou uma mansão de 1.200 m² em Balneário Camboriú (SC), tendo realizado o devido registro em cartório desta compra. Esta mansão serve apenas como casa de veraneio, vez que é uma casa de praia. Pocahontas resolveu passar o carnaval em Balneário Camboriú, assim realiza contrato de locação com Mogli, o contrato firmado é por temporada (período do carnaval), sendo pactuado o valor e data de devolução do imóvel (12:00 h da quartafeira de cinzas), analisando a presente situação responda: a) Pocahontas tornouse possuidora do imóvel? Qual das teorias sobre a posse abraça esta situação? Explique Gabarito: Sim, conforme a teoria objetiva (Ihering). Pocahontas realizou o contrato apenas com a intenção passar uma curta temporada, assim não há intenção de dispor do bem como seu. Nesta teoria dispõese apenas do corpus, sem necessidade de animus. b) Classifique a posse apresentada. Gabarito: Derivada, direta, justa e de boafé. c) Quando Pocahontas chegou à casa conheceu o Sr. Aladdin, caseiro contratado por Mogli para cuidar da casa de praia. Podese afirmar que Aladdin é possuidor da casa? Explique. Gabarito. Não, Aladdin é mero detentor de posse, pois ele conserva a posse em nome e em cumprimento de ordens de Mogli (art. 1.198, CC) DIREITO CIVIL COISAS CCJ0224 Semana Aula: 3 A Posse Tema Posse: Efeitos, aquisição e perda. Palavraschave Posse. Efeitos. Proteção à posse. Perda. Objetivos a) Compreender os efeitos da posse; b) Entender as formas de aquisição da posse; c) Aprender as formas de proteção a posse d) Determinar a perda de posse. Estrutura de Conteúdo UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS E POSSE 1.3.Da Posse 1.5.Efeitos da posse 1.6. Da aquisição e perda da posse O presente conteúdo é apresentado em consonância com o disposto no Plano de Ensino, bibliografia indicada e material disposto no SAVA. É fundamental que o aluno se prepare antes de cada aula, pois tal preparação possibilitará o real acúmulo de conhecimento e a devida formação para a vida acadêmica e profissional. Estratégias de Aprendizagem Para esta aula recomendase a leitura do Livro Didático de Direito Civil IV, páginas 34 a 44. O aluno poderá, também, buscar materiais complementares através da internet. Recomendase que o aluno navegue pelo SAVA e acesse os recursos indicados e disponíveis. A análise dos casos concreto e postagem das respostas possibilitará melhor fixação do conteúdo. A participação em sala e diálogo com o professor possibilitará que sejam dirimidas eventuais dúvidas. Indicação de Leitura Específica Livro Didático de Direito Civil IV, páginas 34 a 44. Código Civil: Arts: 1196 ao 1224. Código de Processo Civil: Arts. 554 a 568. Vídeos sugeridos: https://www.youtube.com/watch?v=CIKmTw7bkA https://www.youtube.com/watch?v=vv3riZ1pMJ4 https://www.youtube.com/watch?v=_mytirNrwF4 Artigos sugeridos: http://emporiododireito.com.br/leitura/asocializacaodapossenateoriapossessoriaderaymond saleillespormauriciomota http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12222 Aplicação: articulação teoria e prática A necessidade do conhecimento da presente matéria é fundamental para o exercício de atividades jurídicas, a seguir serão dispostas duas jurisprudências. Faça a leitura destas jurisprudências. Analise como o conteúdo ministrado é aplicado em nossos tribunais e observe a necessidade do conhecimento dos conceitos. Jurisprudência 01 para análise Aplicação de boafé e posse justa 48883996 APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL. CONTRATOS. PRINCÍPIO DA BOAFÉ OBJETIVA. AFIRMAÇÃO. ALIENAÇÃO DE BEM IMÓVEL. CADEIA DE TRANSMISSÃO. INADIMPLEMENTO. NÃO COMPROVAÇÃO. TERCEIRO DE BOAFÉ. AFIRMAÇÃO. PEDIDO DE IMISSÃO NA POSSE. NEGATIVA. JUSTO TÍTULO E BOAFÉ. MELHOR POSSE. EXERCÍCIO DE FATO. SENTENÇA MANTIDA 1. O pedido de rescisão do contrato e retorno ao status quo ante por inadimplemento exige que o autor não pratique ato de violação à boafé objetiva, como efetuar nova alienação do bem imóvel a non domino e, ainda, efetivamente provar o descumprimento da contrapartida firmada em sua exata medida, tudo de forma a se dar cumprimento aos deveres anexos de lealdade e cooperação, contemplados no estatuto civilista. 2. Possuidor é aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade, devendo a posse ser justa e de boafé, não tendo sido adquirida por meio de violência, meio precário ou de forma clandestina. 3. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boafé, salvo prova em contrário. 4. Quando o mesmo imóvel é negociado para dois compradores, ocorrendo então uma venda a non domino do bem, deve preponderar a precedência e a melhor posse, como exercício de fato, a qual se sobrepõe a mera posse supostamente jurídica. 5. Apelação conhecida e desprovida. Sentença mantida. (TJDF; APC 2010.11.1.0009969; Ac. 109.7841; Sexta Turma Cível; Rel. Des. Carlos Rodrigues; Julg. 09/05/2018; DJDFTE 30/05/2018) Fonte: DVD MAGISTER ? Edição 80 Jurisprudência 02 para análise Caso de Composse 48883350 APELAÇÃO CIVEL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. COMPOSSE. UNIÃO ESTÁVEL. AFASTAMENTO DO LAR. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. 1. Sendo justa e de boafé a posse exercida pela companheira, antes e após o afastamento de seu companheiro do lar, em razão da prática de violência doméstica, deve ser ela, companheira, mantida na posse do imóvel objeto do litígio. 2. Negou se provimento ao apelo da autora. (TJDF; APC 2014.09.1.0041267; Ac. 109.7973; Quarta Turma Cível; Rel. Des. Sérgio Rocha; Julg. 16/05/2018; DJDFTE 29/05/2018) Fonte: DVD MAGISTER Edição 80 Considerações Adicionais CASO CONCRETO 3 Sheldon em suas andanças pela cidade do Rio de Janeiro descobriu um apartamento em Copacabana desocupado e anunciado para aluguel. Sem conversar com o proprietário desse imóvel, Sheldon informou à portaria do prédio que comprou o imóvel e entraria para tomar posse. Após adentrar o apartamento ele trocou as fechaduras das portas de acesso, colocou uma banheira no banheiro da suíte e apresentouse a todos do prédio como novo proprietário do imóvel. O Sr. Holowitz, verdadeiro proprietário do imóvel, tomou conhecimento da invasão realizada por Sheldon 1 mês após o ato e contratou advogado para realizar a proteção dos direitos sobre sua propriedade. Assim, perguntase: a) Qual foi a espécie de ataque a posse? Qual o remédio cabível para defendêla? Explique Gabarito Neste caso aconteceu ESBULHO, vez que o invasor retira a posse direta do proprietário. A forma de defesa será uma ação de reintegração de posse do tipo força nova, em razão da proteção ser feita antes de ano e dia da perda da posse. b) Em razão da ação judicial Sheldon deverá devolver o imóvel, quanto à banheira instalada no apartamento, ele terá direito de ser indenizado? Gabarito Não, pois o possuidor de máfé somente é indenizado das benfeitorias necessárias, não havendo direito quanto às benfeitorias voluptuárias, conforme: ?Art. 1220. Ao possuidor de máfé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.? c) Caso, durante o período que ocupou indevidamente o imóvel, Sheldon tenha alugado dois quartos do apartamento para turistas em veraneio na cidade do Rio de Janeiro, pelo valor de R$ 10.000,00. Ele poderá ficar com este valor? Gabarito Não, pois ele alugou bem que não era seu enquanto estava na posse de máfé, assim o Sr. Holwitz terá direito de ser indenizado por estes valores, conforme: ?Art. 1216. O possuidor de máfé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou
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