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@biavetlove STREPTOCOCCUS StreptococcusStreptococcus Não produz esporos, crescem a 37°C em Agar sangue e tioglicolato de sódio. Sobrevivem no pus, Microaerófilos, 55-60° a 30min, NaCl 6,5%. Sensíveis a luz solar e desinfetantes. Antimicrobianos: penicilina, cefalosporinas, eritromicona, cloranfenicol. Resistente: aminoglicosideos e tetraciclinas. Baixa de temperatura, multiplicação S. no trato respiratório superior, reação da hipersensibilidade tipo I, vasoconstrição. G+ Características Bactérias cocos gram positivas. São catalase-negativos. Se apresentam em pares e cadeias. Obrigatoriamente fermentativas (podem se multiplicar na presença de oxigênio, mas não o utilizam, obtendo energia exclusivamente da fermentação). A maioria dos estreptococos de interesse veterinário vive de modo comensal nos tratos respiratório superior, alimentar e genital inferior. Os estreptococos são transmitidos por meio de inalação e ingestão, por via sexual e de modo congênito, ou indiretamente pelas mãos e fômites contaminados. Os estreptococos provocam infecções piogênicas principalmente na pele, no trato respiratório, no trato reprodutor, no coto umbilical e na glândula mamária. Septicemia pode ser decorrência da propagação hematógena desde o local de infecção primário. Clinicamente, em geral as doenças causadas por estreptococos são caracterizadas, em algum estágio, por sintomas de febre, sozinhos ou associados a sinais de septicemia. No local da infecção, observa-se secreção purulenta, que pode estar drenando pela lesão. Quando há impedimento a esta drenagem formam-se abscessos. Toxemia e lesões imunomediadas são sequelas comuns da doença. Espécies S. pyogenes - Grupo A - Hemólise Beta - Hospedeiros importantes são os humanos - Doenças como infecções respiratórias, febre reumática, glomerulonefrite. S. agalactiae - Grupo B - Hemólise alfa, beta e gama - Hospedeiros mais importantes são os humanos e bovinos, podendo causar sepse neontal e mastite. S. pneumoniae - Hemólise alfa - Hospedeiros mais importantes são os humanos, equinos, prmatas e animais de laboratório, causando pneumonia. S. equi ssp. equi - Grupo C - Hemólise Beta - Hospedeiros mais importantes são os equinos, causando garrotilho. S. equi ssp. zooepidemicus - Grupo C - Hemólise Beta - Hospedeiros mais importantes são os equinos, suínos, bovinos e humanos, causando infecções piogênicas. StreptococcusStreptococcus G+ S. dysgalactiae ssp. equisimillis - Grupo C - Hemólise Beta - Hospedeiros mais importantes são os equinos, suínos, bovinos e humanos, causando infecções piogênicas. S. dysgalactiae ssp. dysgalactiae - Grupo C - Hemólise alfa, beta e gama - Hospedeiros mais importantes são os equinos, suínos, bovinos e humanos, causando infecções piogênicas e mastite. S. porcinus - Grupo E - Hemólise Beta - Hospedeiros mais importantes são os suínos, causando linfadenite cervical. S. canis - Grupo G - Hemólise Beta - Hospedeiros mais importantes são os cães, causando metrite, mastite e infecção neonatal. S. grupo L - Hemólise Beta - Hospedeiros mais importantes são os cães, causando infecção urogenital. S. suis - Grupos D, R, S, T - Hemólise Alfa - Hospedeiros mais importantes são os suínos, causando meningite, pneumonia e septicemia. S. uberis e S. parauberis - Hemólise alfa e gama - Hospedeiros mais importantes são os bovinos, causando mastite. A maioria dos estreptococos comensais de animais é alfa hemolítica, sendo chamados de estreptococos viridans. Estreptococos betahemolíticos causam lise de eritrócitos e produzem uma zona completa de hemólise ao redor de colônias. Os estreptococos patogênicos tendem a ser betahemolíticos. Estreptococos γ não são hemolíticos. A maioria não é patogênica. Morfologia e Coloração Hemólise Estreptococos alfahemolíticos não ocasionam lise de eritrócitos, mas produzem uma zona de cor esverdeada ao redor das colônias (oxidação do peróxido de hidrogênio da hemoglobina e sua transformação em metemoglobina). A morfologia dos estreptococos varia de célula esférica a ovoide; apresenta cerca de 1 μm de diâmetro. Sua multiplicação ocorre em uma superfície, com produção de colônias em pares e em cadeias, evidentes em meio de cultura líquido ou em amostras clínicas. Algumas espécies, como S. pneumoniae, predominantemente formam pares de colônias. Nas culturas novas, essas bactérias apresentam coloração gram-positiva. Nos exsudatos e em culturas mais velhas (> 18 h), com frequência, os microrganismos apresentam coloração gram-negativa, possivelmente por causa dos efeitos do enfraquecimento das autolisinas da parede celular. O meio que melhor satisfaz essas exigências é o que contém sangue ou soro. StreptococcusStreptococcus G+ Após incubação por uma noite em temperatura de 37°C, os estreptococos produzem colônias claras, geralmente com < 1 mm de diâmetro. As variações encapsuladas, como Streptococcus equi ssp. equi, produzem colônias mucoides maiores. Espécies patogênicas crescem melhor em 37°C, em ambiente com alto teor de CO2 , como em jarra de anaerobiose ou em incubadora de CO2 . Fatores de Virulência Produzem várias proteínas de superfície que se ligam a diversas proteínas da matriz extracelular do hospedeiro (fibronectina, fibrinogênio, colágeno, vitronectina, laminina, decorina e proteoglicanos contendo sulfato de heparina). Estas adesinas têm sido denominadas MSCRAMM (microbial surface components recognizing adhesive matriz molecules). Algumas MSCRAMM, especificamente a proteína M ligadora de fibrinogênio, propiciam uma propriedade antifagocítica à célula estreptocócica. O revestimento de células estreptocócicas com proteínas do hospedeiro resulte em mascaramento dos locais de ativação do sistema complemento (e, assim, diminua a opsonização), bem como aqueles reconhecidos por proteínas séricas (coletinas/ficolinas) que opsonizam partículas estranhas. A proteína M é um importante fator de virulência de S. pyogenes e S. equi ssp. equi. Liga-se ao fibrinogênio, confere propriedades antifagocíticas, exacerba a fixação das bactérias nas células epiteliais da mucosa nasal e pode estar associada à ocorrência de doença imune pós- infecção em equinos (púrpura hemorrágica). Cápsula: Algumas espécies de estreptococos produzem cápsula. As cápsulas dos estreptococos dos grupos A e C são constituídas de ácido hialurônico, que é um constituinte do tecido conectivo de mamíferos, fracamente antigênico e não se liga facilmente aos componentes do sistema complemento (portanto, é antifagocítico). As cápsulas dos microrganismos dos grupos B, E e G são constituídas de polissacarídios, mas não apresentam ácido hialurônico. Parede celular: A parede celular gram positiva contém proteínas e polissacarídios de interesse médico. Os ácidos lipoteicoicos e o peptidoglicano da parede da célula gram positiva interagem com os macrófagos, resultando na liberação de citocinas próinflamatórias. Superantígenos: Os superantígenos se ligam simultaneamente a importantes moléculas do complexo de histocompatibilidade classe II e a moléculas de receptor dos linfócitos T. StreptococcusStreptococcus G+ Essa ligação resulta na ativação de grande número de células apresentadoras de antígeno e de linfócitos T, com subsequente liberação sistêmica de altas concentrações de citocinas. Parte dos sintomas sistêmicos observados nas infecções estreptocócicas pode estar relacionada com a liberação excessiva de citocinas resultante da estimulação do linfócito T, em grande escala, induzida por essas toxinas. Os superantígenos da toxina pirogênica estreptocócica (SPE) produzidos por S. pyogenes (estreptococo do grupo A) são os mais estudados. Toxinas e Enzimas A toxina sofre oligomerização na membrana alvo para formar um complexo proteico hidrofóbico integrado na membrana, com um canal hidrofílico formando o centro. Os poros resultantes são relativamente grandes (com até 30 nm). - Estreptoquinase: é codificada em um prófago e ativa a transformação de plasminogênio em plasmina, que degrada os coágulos. -Estreptolisinas O e S: hemolisinas lábeis ao oxigênio (O) e hemolisinas estáveis ao oxigênio (S) são, adicionalmente, citolisinas que provocam lise de neutrófilos, macrófagos e plaquetas. Estreptolisina S é responsável pela grande área de betahemólise verificada em placas de ágar sangue de ovinos. O espectro citolítico da estreptolisina S é amplo, incluindo membranas de eritrócitos, leucócitos, plaquetas, células de cultura tecidual e organelas subcelulares, como lisossomos e mitocôndrias. As hemolisinas lábeis ao oxigênio e ativadas pelo tiol, estreptolisina O e suilisina O de S. suis, ligam-se ao colesterol, nas membranas. Resistência Estreptococos beta hemolíticos podem sobreviver em secreção purulenta seca durante semanas. São mortos quando expostos a temperatura de 55°C a 60°C, por 30 min, e inibidos quando expostos à solução de cloreto de sódio 6,5%, solução de bile 40% (exceto S. agalactiae), solução de azul de metileno 0,1% e temperatura baixa (10°C) e elevada (45°C). As bactérias do gênero Enterococcus toleram tais condições. Apenas S. pneumoniae é solúvel em bile. Os estreptococos toleram solução de azida sódica a 0,02%, utilizada em meio de cultura para isolamento de estreptococos. Em geral, os estreptococos patogênicos são suscetíveis a penicilinas, cefalosporinas, macrolídios, cloranfenicol e trimetoprimasulfonamida; StreptococcusStreptococcus G+ Com frequência, são resistentes a aminoglicosídios, fluoroquinolonas e tetraciclinas. Diagnóstico Sensibilidade à bacitracina: discos de bacitracina (0,04 unidade) inibem o crescimento de S. pyogenes em Agar sangue. Essa reação não é totalmente consistente ou específica. Teste de ágar bile esculina: avalia a capacidade da bactéria que tolera 40% de sais biliares em hidrolisar a esculina, uma característica dos estreptococos que pertencem ao grupo de Lancefield. Sensibilidade à optoquina: o crescimento de S. pneumoniae, mas não de outros estreptococos alfa-hemolíticos, é inibido ao redor do disco impregnado com optoquina (cloridrato de etilhidrocupreina). Diagnóstico laboratorial: ágar sangue, teste de CAMP (achar agalatictiae, uso de staf e strep, quando ocorrer cultivo, em 24h irá ter uma potencialização da hemólise), coloração de gram, sensibilidade a bacitracina (antibiograma), ágar bile esculina, sensibilidade a octocina, diferenciação bioquímica e sorologia. Tratamento e controle: antibioticoterapia, penicilina, limpeza e desinfecção. TESTE CAMP: reflete o sinergismo hemolítico entre a toxina β dos estafilococos (uma esfingomielinase) e uma toxina de S. agalactiae (proteína CAMP, às vezes, denominada cocitolisina). Inocula-se a β toxina estafilocócica, em cruz, em uma placa de ágar sangue de ovino ou bovino. Nos ângulos retos dessas linhas e, aproximadamente, a 0,5 cm dela, faz-se a semeadura de S. agalactiae suspeito. Após incubação, a hemólise causada pela bactéria CAMP positiva é exacerbada na zona da β toxina. A ação combinada dessas duas toxinas em ágar sangue ovino ou bovino origina zonas maiores e mais claras de hemólise que quando se cultivam essas bactérias isoladamente.
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