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Hematoma: definição, causas e evolução

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Sabrina B 
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
Definição 
Hematoma é o acumulo de sangue no 
interstício dos tecidos provocado 
normalmente por lesão da parece 
vascular. Pode ter a mesma expressão 
clínica da equimose, porém, emprega-
se esse termo nos casos de grandes 
coleções, com abaulamento local. 
Nas equimoses o sangue está 
infiltrado, espalhado nas malhas dos 
tecidos. Nos hematomas, os tecidos 
vizinhos são deslocados e 
comprimidos. 
A formação de coleções de sangue no 
interstício pode ocorrer em vários sítios, 
como hematoma intracraniano 
(subdural e epidural), de pele, 
retroperitoneal, hepático, entre 
outros. Quando profundo, pode não 
ser visível e em geral tem natureza 
traumática, sendo foco frequente de 
infecção caso não drenado. 
 
Causas de hematoma 
O surgimento do hematoma pode 
ocorrer devido à transfixação de vasos 
de grande fluxo sanguíneo sem 
subsequente compressão. A principal 
causa de hematoma é o trauma, mas 
pode ocorrer após procedimento 
cirúrgico e até mesmo 
espontaneamente em pacientes 
predispostos a sangramento. 
Em situações patológicas que 
envolvam distúrbio de coagulação, em 
terapia de anticoagulação e em 
extremos de idade, o hematoma pode 
se formar mais facilmente, ter evolução 
mais grave ou ter alta recorrência. 
Evolução do hematoma 
O hematoma dá à pele a coloração que 
varia em tons de vermelho, roxo, 
Hematoma 
Sabrina B 
 
 
2 
 
azulado, esverdeado, acastanhado e 
amarelado, dependendo da cor original 
da pele, da evolução e do tempo de sua 
ocorrência. 
Os glóbulos vermelhos nessas lesões 
são degradados e fagocitados pelos 
macrófagos. Nos primeiros dias devido 
a presença de hemoglobina sem 
oxigênio a lesão fica vermelho-
azulada. Após 3 a 6 dias a hemoglobina 
é degradada e ocorre a formação 
de biliverdina, atribuindo à lesão a cor 
azul-esverdeada. A biliverdina é 
convertida enzimaticamente após 7 a 
10 dias, em bilirrubina, ficando com 
coloração amarelada. Finalmente com 
10 a 15 dias adquire cor castanha 
amarronzada por causa 
da hemossiderina, até sumir. 
Evolução de hematoma traumático em membro 
inferior. 
Sinais de alerta 
Pacientes que demonstrem 
hematomas de repetição ou 
complicadas devem ser avaliados para 
distúrbios hemorrágicos. Ao contrário 
do que ocorre nas trombocitopenias em 
qual ocorre sangramento petequial, no 
sangramento decorrente de 
deficiências de fatores de coagulação 
isolados mais frequentemente se 
manifesta como grandes equimoses ou 
hematomas pós-traumáticos. 
• As deficiências hereditárias de 
fatores de coagulação mais 
comuns e mais importantes 
afetam o fator VIII (hemofilia A) e 
o fator IX (hemofilia B). As 
deficiências de vWF (doença de 
von Willebrand) também são 
discutidas aqui, uma vez que 
esse fator influencia tanto a 
coagulação quanto a função 
plaquetária. 
• As deficiências adquiridas 
geralmente envolvem múltiplos 
fatores de coagulação 
simultaneamente e podem estar 
baseadas na diminuição da 
síntese de proteínas ou no 
encurtamento da meia-vida. A 
deficiência de vitamina K, como 
ocorre na doença hepática, 
provoca prejuízo da síntese dos 
fatores II, VII, IX e X e da proteína 
C. Muitos desses fatores são 
fabricados no fígado e, portanto, 
estão deficientes na doença 
parenquimatosa hepática grave. 
Pacientes com distúrbios de 
coagulação devem ser investigados e 
tratados para doença de base. Por 
exemplo, pessoas com insuficiência 
hepática fazem reposição de vitamina K 
ou transfusões de hemocomponentes e 
os pacientes com hemofilia devem ser 
tratados com reposição de fator de 
coagulação. 
Hematoma subdural 
O hematoma subdural é quando 
acontece um acúmulo de sangue entre 
o cérebro e seu revestimento externo, o 
crânio. Esta condição é uma 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Hematoma_development.png
Sabrina B 
 
 
3 
 
emergência médica e deve ser tratada 
imediatamente. Doença com evolução 
variável, dependente do tamanho do 
hematoma, da idade do paciente, da 
apresentação de sinais/sintomas 
neurológicos, da presença de 
coagulopatia ou neoplasia subjacentes 
e de lesões associadas. 
Deve-se considerar terapia de uma 
semana com antiepilépticos (por 
exemplo, fenitoína, levetiracetam) em 
todos os casos de hematoma subdural 
agudo e crônico agudizado, de acordo 
com as diretrizes da Brain Trauma 
Foundation. 
Deve-se realizar a reversão agressiva 
da coagulopatia na maioria dos 
pacientes com hematoma subdural que 
tomam anticoagulantes.

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