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GUIA DE ESTUDO UNIDADE 4 Psicologia da Aprendizagem e da Avaliação 2 PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM E DA AVALIAÇÃO UNIDADE IV PArA início de conversA Olá como vão os estudos? Espero que esteja tudo bem! Vamos iniciar a nossa última unidade, por isso, conto com seu comprometimento em relação ao estudo do conteúdo do nosso guia de estudo e a retomada de tudo que foi trabalhado até este momento. Elaborei este guia com o objetivo de facilitar seu aprendizado e acredito que ao final da nossa disciplina você terá uma reflexão mais crítica acerca da relação entre afetividade e avaliação, sobre o feedback no processo avaliativo e sobre a postura docente nos processos de avaliação. orientAções dA disciPlinA Caro (a) aluno (a), Nas Unidades I e II fizemos um estudo sobre as teorias psicológicas do desenvolvimento e da aprendizagem, revisitando as diferentes correntes teóricas e suas contribuições para o campo da psicologia da educação. Na Unidade III, trabalhamos com os conceitos de avaliação e as formas como as diferentes correntes teóricas foram se desenvolvendo neste processo. Diante disso foi possível entender e diferenciar os pressupostos de cada teoria e a implicação da avaliação no processo de Ensino Aprendizagem. Daremos continuidade, agora, na Unidade IV relacionando os dois grandes campos epistemológicos que foram trabalhados até o momento: Psicologia e avaliação. Para isso, trabalharemos: Ø A afetividade e a avaliação; Ø O erro construtivo; Ø O feedback na Avaliação; Ø O papel do professor e a implicação da avaliação no desenvolvimento do estudante. Quadro 1 – A importância do Processo Avaliativo Afetividade e Avaliação Erro Construtivo O Feedback na Avaliação A implicação da Avaliação no desenvolvimento do estudante Você irá refletir sobre os impactos da avaliação no desenvolvimento afetivo dos estudantes. Você irá compreender a concepção de erro construtivo e a importância dele nos processos de aprendizagem Você irá compreender a importância e função do feedback na avaliação Você irá compreender os impactos da avaliação no desenvolvimento dos estudantes. Fonte,Autora 2015 3 PAlAvrAs do Professor Espero que você tenha gostado do que iremos estudar nesta unidade, pois ao final dela, você será capaz de: I – Refletir sobre os impactos da avaliação no desenvolvimento afetivo dos estudantes; II – Compreender o papel do erro e os indicativos que ele fornece quando visto como construtivo; III – Conhecer maneiras de dar Feedback aos alunos de forma positiva; IV – Refletir acerca dos impactos da avaliação no desenvolvimento de estudantes. A cada tema estudado, a exemplo das demais unidades, também serão recomendadas outras leituras, obrigatórias e complementares, além de vídeos e/ou filmes que você deverá assistir para que possa compreender melhor os conteúdos estudados, ou relacioná-los, analisando os elementos dos temas abordados. Você também será capaz de analisar situações práticas, a partir do conhecimento que será construído, ao longo desta Unidade. Lembre-se que o seu papel de estudante é fundamental nesse processo, pois quanto mais você se envolver para dialogar e interagir, mais você construirá uma aprendizagem sólida sobre a avaliação. Tanto as leituras, quanto os vídeos e filmes propostos, assim como as análises de situações e exemplos apresentados sempre estarão objetivando ampliar sua visão acerca dos conteúdos estudados. E lembre-se sempre de ler atentamente as orientações para a realização de seus estudos. Estas orientações estarão sempre disponíveis ao longo do Guia pois desse modo você poderá aproveitá-las da melhor maneira possível. Outro ponto importante, não esqueça também de estar atento sempre aos objetivos de discussão proposta. É importante que você saiba por que e para quê está estudando cada conteúdo. Além de atribuir sentido ao seu aprendizado, isso contribuirá para que você participe mais ativamente da sua aprendizagem, buscando sempre atingir o objetivo proposto. Você deve ainda ter em mente que os conhecimentos acerca da avaliação são primordiais para o seu processo de formação profissional. Aproveite bastante os materiais e atividades que serão propostas nesta Unidade, pois assim será possível conhecer mais profundamente a psicologia da aprendizagem e da avaliação, atribuindo-lhe a importância devida para a construção de sua futura prática profissional. Então, vamos lá! PAlAvrAs do Professor Iniciaremos estudando a relação entre a avaliação e o desenvolvimento afetivo dos sujeitos. Quando você pensa em avaliação quais os sentimentos que lhe despertam? Tente lembrar-se de seu período de estudante e a forma como a avaliação se manifestava em sua vida. Você lembra de alguma situação na qual teve medo de ser avaliado? Isso ajudará você a se apropriar melhor dos conteúdos que serão aqui discutidos. Mas também se você não lembra, não há problemas, estamos aqui para aprender! 4 dicA E para que você compreenda bem as temáticas abordas, aí vai uma dica: É sempre importante que ao realizar suas leituras você registre por escrito suas ideias iniciais, tópicos, palavras chaves do conteúdo que está sendo estudado. Sendo assim, que tal então fazer um Resumo dos conteúdos estudados nessa unidade? visite A PáginA Para saber mais acerca desse instrumento de estudos acesse o site faça sua pesquisa, lá você encontrará diversas orientações sobre este gênero textual. Há algumas orientações da professora Isabel Solé no site da Revista Nova Escola que, certamente, lhe ajudarão a construir uma ideia importante a respeito desta técnica de estudo. Acesse aqui. Boa leitura. Você deve está se questionando, por que estou lhe sugerindo isso? Para que você possa organizar melhor as suas ideias e sistematizar o conteúdo que irá aprender. Outra coisa, não se esqueça de ter sempre em mãos um dicionário para ajudá-lo no entendimento das novas palavras e termos que serão acrescentados ao seu vocabulário, através do estudo da Avaliação. Podemos começar então? Vamos lá! Iniciaremos o conteúdo desta unidade refletindo um pouco sobre Afetividade e Avaliação. Para isso, analise a tirinha abaixo. Fonte: ttp://www.bellebebes.co.uk/wp-content/uploads/2013/04/Calvin-and-Hobbes-5.jpg Calvin, em conversa com sua amiga, afirma que não gostaria de ter um bom desempenho, em função de desejar manter, sempre, a expectativa dos outros em baixa com relação a ele. Por mais que a tirinha retrate a situação do desempenho de forma humorística, a realidade das escolas brasileiras é bastante marcada por um cenário como o que nos foi apresentado acima. Sobre o assunto, o professor Vasco Moretto, no livro intitulado de Prova: Um momento privilegiado de estudos e não um acerto de contas, afirma que a avaliação da aprendizagem tem sido um tema angustiante para professores e alunos, pois, para os que educam a avaliação classificatória (já estudada no capítulo anterior), termina sendo a mais utilizada nos momentos em sala de aula e para os educandos a avaliação se manifesta como mera cobrança de conteúdos aprendidos “de cor”, de forma mecânica e pouco significativa. Agora reflita um pouco, tentando responder para você mesmo as seguintes perguntas: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/como-fazer-resumo.pdf 5 Ø Você concorda com as afirmações do Professor Vasco Moretto? Ø Quais malefícios essa forma de avaliação pode trazer ao estudante? PAlAvrAs do Professor Já pensou um pouco? Então, que tal prosseguirmos na nossa conversa? A partir dela você poderá confirmar, ou não, suas expectativas sobre o estudo da avaliação e suas implicações ao desenvolvimento afetivo. De fato, ao longo da história da educação, têm-se observado o uso da avaliação de forma predominantemente classificatória, fazendo com que muitos estudantes ocupem espaços previamente determinados pelos professores e pelos sistemas educacionais. Quando falamos de crianças, tal prática classificatóriatorna- se, ainda, mais grave, pois atingem diretamente as crianças, seres em desenvolvimento que, por isso, dão mais valor aos julgamentos alheios. Crianças e adolescentes são mais suscetíveis ao olhar do outro, pois constrói sua identidade em meio à interação social. Isso quer dizer que o que cada um pensa sobre si é influenciado pelo julgamento das pessoas, de modo que quando uma criança recebe reflexos negativos, sejam frutos de avaliações impressas ou orais, poderá, mais facilmente, se reconhecer como alguém menos valioso. É por isso que o objetivo central da avaliação deve ser apontar caminhos para que o que não foi aprendido ainda possa ser da melhor e mais tranqüila forma. A avaliação não pode, sob nenhuma hipótese, intimidar o estudante ou fazer com que ele se sinta mal e fracassado, sob o risco de que, sem saber como superar sozinho as suas dificuldades, ele se perca pelo meio do caminho. Infelizmente, quando falamos em avaliação encontramos um terreno fértil para que estudantes sejam rotulados em sala de aula. Relatórios escolares e avaliações de desempenho são, muitas vezes, marcados por estereótipos, de modo que não se situa o estudante em determinado estágio de desenvolvimento, mas sim o insere em rótulos dificilmente superados. Nos momentos da avaliação, por exemplo, é comum que professores classifiquem estudantes em fracassados, ao invés de identificar que aquele aluno teve um desempenho ruim em determinado conteúdo. Ao colocar rótulos nos estudantes, o professor não olha para a complexidade da situação e ignora que quando um estudante vai mal numa prova, isso pode ter sido provocado por muitos motivos, inclusive uma falha da metodologia de ensino. É por isso que a superação dessa prática na escola é algo urgente, pois o papel dos educadores é avaliar as aprendizagens, identificando o que os alunos já sabem o que precisam aprender e que meios são necessários para atingir os objetivos. Ao contrário, quando não fazemos uso da avaliaç˜åo de maneira positiva, corremos o risco de que os estudantes internalizem uma condição de fracasso, acreditando nas suas incapacidades intelectuais, como acontece com Chico Bento na tirinha abaixo. 6 vejA o filme Para refletir melhor sobre o papel da avaliação, que tal assistir ao Filme o triunfo. Nesta obra, baseada em um personagem real, o educador Ron Clark, um professor de uma pequena cidade, que se muda para Nova York e tenta fazer uma diferença nas vidas de seus alunos, apesar de ninguém, incluindo os próprios estudantes, acreditar neles. Ron Clark é um jovem professor, criativo e idealista, sai de sua pequena cidade da Carolina do Norte para ensinar, em uma escola pública de Nova York. Através da utilização apaixonada de regras especiais para a sua sala de aula, ensinando técnicas altamente inovadoras e uma inesgotável devoção aos seus alunos, Clark é capaz de fazer uma notável diferença nas vidas de seus alunos. Após assistir ao filme, tente sintetizar as estratégias avaliativas adotadas pelo professor, evidenciando de que forma elas foram positivas ao desenvolvimento dos estudantes. o erro constrUtivo e o feedBAcK nA AvAliAçÃo Observe a tirinha Mafalda. Fonte: http://contosdobaitasar.blogspot.com.br/2012/07/me-deu-pessimo-outra-vez.html O que ela retrata para você? Que aspectos sobre o erro ela evidencia? Inicialmente precisamos pensar sobre como vem sendo tratado na escola o erro e as dificuldades do aluno no processo de aprendizagem. É comum encontrarmos posturas que são apenas legitimadoras do fracasso escolar, recaindo sobre o estudante toda a responsabilidade sob tal fato. A avaliação tem sido muito mais sentenciva, não oferecendo ao estudante a possibilidade de refletir sobre seus erros e acertos, para o aprimoramento do seu processo de aprendizagem. Ao longo de muito anos no âmbito educacional o erro esteve associado ao fracasso e a inexatidão, cabendo à escola “punir” todo e qualquer erro do aluno, considerando-o como incapacidade dos sujeitos. Assim, o sistema escolar conservador tem como pressuposto inicial a inaceitabilidade do erro nos processos de ensino e aprendizagem. A preocupação existentente nesse paradigma é focada nos resultados obtidos pelos sujeitos, a partir de um padrão único, considerado “correto”. Na atualidade, a despeito da cultura escolar acerca do erro, as teorias sóciointeracionistas da aprendizagem emergiram trazendo um novo olhar sobre esse elemento, enfatizando a sua função construtiva nos processos de ensino e de aprendizagem, desde os clássicos teóricos, até as discussões mais atuais. http://contosdobaitasar.blogspot.com.br/2012/07/me-deu-pessimo-outra-vez.html 7 Para autores como La Taille (1997), a teoria piagetiana da inteligência humana redimensionou o enfoque sobre o erro, Através do avanço da investigação científica acercada temática – pode-se afirmar que o erro construtivo diz respeito às hipóteses elaboradas pelo sujeito, sustentadas por uma lógica interna de quem “ainda não sabe”, mas que está no processo de construção desse saber, possuindo esse erro um sentido fundamental para a compreensão do saber que está sendo construindo. Assim, o erro é visto como parte inerente aos processos de ensino e aprendizagem, possuindo uma multiplicidade de sentidos associados à construção do conhecimento, além de ser um elemento significativo e impulsionador da aprendizagem. Na verdade, o erro visto como construtivo, caracteriza-se como uma tentativa de acertar. Quando o sujeito erra, é porque, efetivamente, buscou realizar uma tarefa, para a qual ainda não obteve êxito. Ocorre, porém, que de um lado, tradicionalmente, a escola não tem estabelecido diferença entre o erro integrante do processo de aprendizagem e aquele classificado como simples engano ou mesmo desconhecimento. Por outro lado, há, em certas realidades, uma distorção do entendimento sobre o erro, na qual a constatação do erro é simplesmente diagnóstica e não vem acompanhada de uma intervenção didático pedagógica, que possibilite ao aluno acertar. Ou seja, os professores, muitas vezes, adotam posições radicais, ou “punem“ o erro do aluno, na tentativa de “bani-lo” nos processos de ensino e aprendizagem, ou simplesmente constatam o erro, mas não intervém reflexivamente sobre aquele erro, esperando que o aluno acerte espontaneamente. Prevalece, assim, a interpretação equivocada de que a ausência de erros nas atividades escolares apresenta-se como legítima manifestação da aprendizagem. Essas interpretações comprometem a ideia do erro como algo ligado ao processo de aprendizagem e que carece da intervenção pedagógica. Na perspectiva piagetiana o aprendiz passa por fases de equilíbrio e desequilíbrio em sua trajetória de aprendizagem. Esse processo é natural quando se interage com o novo objeto de conhecimento. Assim, o erro nos processos de aprendizagem é indicador da lógica do sujeito que aprende e essa lógica se expressa nas contradições entre os esquemas de assimilação e a realidade. (PIAGET, 1997) Os estudos de Vygotsky também ofereceram elementos indicativos para se repensar o erro nos processos de ensino e de aprendizagem, ao conceituar a Zona de Desenvolvimento Proximal, este autor nos indica a existência da distância entre o desenvolvimento real e próxima, consequentemente, ao percorrer essa trajetória, na sua construção do conhecimento, o sujeito erra, e daí surge a importância da mediação do sujeito mais experiente. Nesse sentido, o erro não ocorre por acaso, mas contém hipóteses implícitas (teorias em ação) no processo de conhecimento. E dessa forma, o erro passa a ser colocado no centro do conhecimento, tendo um lugar nobre no processo de conhecer. Considerando-se as discussões teóricas sobre a função do erro nos processos de ensino e aprendizagem, convém,ressaltar que tais debates ainda não foram incorporados às práticas avaliativas da maioria das nossas escolas e sistemas educacionais. A despeito de todos os debates, a cultura avaliativa predominante, ainda não atribui ao erro uma função construtiva na aprendizagem dos sujeitos. O que se tem, de fato são posturas opostas em relação à esse componente da aprendizagem. De um lado encontram-se as práticas avaliativas conservadoras que punem radicalmente o erro, tornando a avaliação uma mera verificação da quantidade de acertos e erros dos sujeitos. E por outro lado, encontram-se os pseudo-interacionistas, que tomam frente ao erro uma postura espontaneísta por 8 entenderem, equivocadamente, que ao ser o erro um elemento natural do processo de aprender, também deve ser natural a transição do erro para o acerto. Desse modo, entende-se que o erro precisa ser objeto de reflexão cuidadosa por parte dos docentes, pois em ambas posturas descritas acima, os equívocos frente ao erro estão presentes e são igualmente prejudiciais à aprendizagem. Cabe a avaliação da aprendizagem, a função de reflexão e intervenção sobre os processos de ensinar e de aprender, e nestes se incluem a mediação, e a forma de lidar com os erros dos sujeitos, intervindo de modo a promover situações didáticas que possam ajudar o aluno na construção de suas aprendizagens. Avaliação e desenvolvimento: de que modo a escola pode fazer uso da avaliação para potencializar a aprendizagem? Quando nós procuramos um médico estamos em busca de um diagnóstico e uma saída para os problemas de saúde que temos. Agora imaginemos que, a invés disso, o médico apenas nos classificasse, e dissesse nossa condição de saúde através de uma nota: você está com saúde nota 6! Certamente isso nos traria um desconforto imenso e nos deixaria completamente perdidos sobre como agir na cura do mal que sentimos. Doente nenhum se contentaria com isso. É exatamente isso que acontece com estudantes que recebem apenas uma nota no final de ano letivo. Se a escola existe para ensinar, de que vale uma avaliação que só confirma “a doença”, sem identificá-la ou mostrar sua cura? Assim como o médico, que ouve o relato de sintomas examina o doente e analisam radiografias, o professor também precisa recorrer a diversos recursos para construir um diagnóstico do aluno. A avaliação escolar, hoje, só faz sentido se tiver o intuito de buscar caminhos para a melhor aprendizagem. Por isso, no momento de pensar na avaliação, centre-se: ÊnfAse no APrender Não é de hoje que existe esse modelo de avaliação formativa. A diferença é que ele é visto como o melhor caminho para garantir a evolução de todos os alunos, uma espécie de passo à frente em relação à avaliação conhecida como somativa. Para muitos professores, antes valia o ensinar. Hoje a ênfase está no aprender. Isso significa uma mudança em quase todos os níveis educacionais: Currículo, gestão escolar, organização da sala de aula, tipos de atividade e, claro, o próprio jeito de avaliar a turma. O professor deixa de ser aquele que passa as informações para virar quem, numa parceria com crianças e adolescentes, prepara todos para que elaborem seu conhecimento. Em vez de despejar conteúdos em frente à classe, ele agora pauta seu trabalho no jeito de fazer a garotada desenvolver formas de aplicar esse conhecimento no dia a dia. Na prática, um exemplo de mudança é o seguinte: A média bimestral é enriquecida com os pareceres. Em lugar de apenas provas, o professor utiliza a observação diária e multidimensional e instrumentos variados, escolhidos de acordo com cada objetivo. A avaliação formativa não tem como pressuposto a punição ou premiação. Ela prevê que os estudantes possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes. Por isso, o professor diversifica as formas de agrupamento da turma. 9 conhecer o aluno A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), aprovada em 1996, determina que a avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Da mesma forma, os resultados obtidos pelos estudantes ao longo do ano escolar devem ser mais valorizados que a nota da prova final. Para que a avaliação sirva à aprendizagem é essencial conhecer cada aluno e suas necessidades. Assim o professor poderá pensar em caminhos para que todos alcancem os objetivos. O importante, diz Janssen Felipe da Silva, pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco, não é identificar problemas de aprendizagem, mas necessidades. instrUmentos diversificAdos Na avaliação formativa nenhum instrumento pode ser descrito como prioritário ou adotado como modelo. A diversidade é que vai possibilitar ao professor obter mais e melhores informações sobre o trabalho em classe (leia o texto ao lado). “A avaliação precisa ser processual, contínua e sistematizada”, diz Janssen Felipe da Silva. Nada pode ser aleatório, nem mesmo a observação constante. Ela só será formativa para o aluno se ele for comunicado dos resultados. Janssen explica ainda que os instrumentos utilizados devem ter coerência com a prática diária. “Não é possível ser construtivista na hora de ensinar e tradicional na hora de avaliar”, explica. Outro ponto a ser lembrado por todo professor: cada conteúdo ou matéria exige uma forma diferente de ensinar e também de avaliar. “Não posso fazer uma prova e perguntar: você é solidário?”, exemplifica. “É preciso criar uma situação em que seja possível verificar isso.” Os instrumentos devem contemplar também as diferentes características dos estudantes. “Quem avalia sempre por meio de seminários prejudica aquele que tem dificuldades para se expressar oralmente”, exemplifica. A viabilidade é outro ponto essencial. Ao planejar um questionário, deve-se evitar textos ambíguos e observar o tempo que será necessário para respondê-lo adequadamente. Qualquer que seja o instrumento que adote, o professor deve ter claro se ele é relevante para compreender o processo de aprendizagem da turma e mostrar caminhos para uma intervenção visando sua melhoria. PAlAvrAs do Professor Chegamos ao final da nossa IV unidade acredito que através do estudo do nosso guia, você tenha agregado novos conheciemtos. Caso tenha alguma dúvida sugiro que refaça a leitura do nosso livro texto. Não deixe de acessar o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e responder as atividades e os fóruns avaliativos. Sentindo dificuldades não perca tempo entre em contato com seu tutor. Excelente estudo e até breve!
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