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Disciplina: Direito Penal –
Crimes em Espécie – do 
Homicídio ao vilipêndio 
DOCENTE: JANAÍNA ZAMBERLAN INOCENTE 
UNIDADE DE 
ENSINO 1: 
DOS CRIMES CONTRA A 
VIDA 
2 
SEÇÃO 2: 
 HOMICÍDIO CULPOSO 
(ART.121,§3º,CP); 
 CAUSAS DE AUMENTO DE 
PENA (ART.121,§4º,1ªPARTE,CP); 
 INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO 
OU AUXÍLIO AO SUICÍDIO OU À 
AUTOMUTILAÇÃO (ART.122,CP); 
 CAUSAS DE AUMENTO DE 
PENA (ART.122,§3º,4º,5º,6º,7º,CP). 
 
3 
4 
Art. 121, CP: Matar alguém 
 
 
 
 
 
 
 
 
§ 3º Se o homicídio é culposo: 
 Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
5 
• É a precipitação, afoiteza, agindo o agente sem os cuidados 
que o caso requer. 
Imprudência 
• É a falta de aptidão técnica para o exercício de arte ou 
profissão. 
imperícia 
• É a ausência de precaução. 
Negligência 
6 
 A conduta daquele que limpa arma 
carregada próximo de crianças, vindo, 
acidentalmente, a acioná-la e matar o 
infante, seria um caso de negligência ou 
imprudência? 
 O médico responsável pela morte de seu 
paciente em consequência de uma 
intervenção cirúrgica que ele empreende 
sem perfeito domínio da técnica configura 
imperícia ou negligência? 
7 Cezar Roberto Bitencourt explica: 
 
“Ao estabelecer as modalidades de culpa, o legislador brasileiro 
esmerou-se em preciosismos técnicos, que apresentam pouco ou 
quase nenhum resultado prático. Tanto na imprudência quanto na 
negligência há inobservância de cuidados recomendados pela 
experiência comum no exercício dinâmico do quotidiano humano. 
E a imperícia, por sua vez, não deixa de ser somente uma forma 
especial de imprudência ou de negligencia: enfim, embora não sejam 
mais que simples e sutis distinções de uma conduta substancialmente 
idêntica, ou seja, omissão, descuido, falta de cautela, inaptidão, 
desatenção, como o código penal não as definiu, a doutrina deve 
encarregar-se de fazê-lo.” 
8 Teste de conhecimento: 
1) Pretendendo causar unicamente um crime de dano em determinado estabelecimento comercial, 
após discussão com o gerente do local, Bruno, influenciado pela ingestão de bebida alcoólica, 
arremessa uma grande pedra em direção às janelas do estabelecimento. Todavia, sua conduta 
imprudente fez com que a pedra acertasse a cabeça de Vitor, que estava jantando no local com sua 
esposa, causando sua morte. Por outro lado, a janela do estabelecimento não foi atingida, 
permanecendo intacta. Preocupado com as consequências de seus atos, após indiciamento 
realizado pela autoridade policial, Bruno procura seu advogado para esclarecimentos. 
Considerando a ocorrência do resultado diverso do pretendido pelo agente, o advogado deve 
esclarecer que Bruno tecnicamente será responsabilizado pela(s) seguinte(s) prática(s) 
criminosa(s): 
A) homicídio culposo e tentativa de dano, em concurso material. 
B) homicídio culposo, apenas. 
C) homicídio culposo e tentativa de dano, em concurso formal. 
D) homicídio doloso, apenas. 
9 Teste de conhecimento: 
2) Wilson, competente professor de uma autoescola, guia seu carro por uma avenida à beira-mar. No banco do 
carona está sua noiva, Ivana. No meio do percurso, Wilson e Ivana começam a discutir: a moça reclama da alta 
velocidade empreendida. Assustada, Ivana grita com Wilson, dizendo que, se ele continuasse naquela 
velocidade, poderia facilmente perder o controle do carro e atropelar alguém. Wilson, por sua vez, responde 
que Ivana deveria deixar de ser medrosa e que nada aconteceria, pois se sua profissão era ensinar os outros a 
dirigir, ninguém poderia ser mais competente do que ele na condução de um veículo. Todavia, ao fazer uma 
curva, o automóvel derrapa na areia trazida para o asfalto por conta dos ventos do litoral, o carro fica 
desgovernado e acaba ocorrendo o atropelamento de uma pessoa que passava pelo local. A vítima do 
atropelamento falece instantaneamente. Wilson e Ivana sofrem pequenas escoriações. Cumpre destacar que a 
perícia feita no local constatou excesso de velocidade. 
Nesse sentido, com base no caso narrado, é correto afirmar que, em relação à vítima do atropelamento, 
Wilson agiu com 
A) dolo direto. 
B) dolo eventual. 
C) culpa consciente. 
D) culpa inconsciente. 
10 
Na culpa consciente, o agente verifica a possibilidade de ocorrer o 
resultado, no entanto, confia sinceramente nas suas habilidades. No 
caso da questão, verifica-se que, embora Wilson tivesse em alta 
velocidade (é previsível que quem anda em alta velocidade corre o 
risco de causar um acidente), acreditou que, pelo fato de ser instrutor 
de trânsito, jamais causaria um acidente. 
Por outro lado, na culpa inconsciente, o agente, ao praticar a 
conduta, não prevê o resultado, nem mesmo represente a sua 
possibilidade. Ou seja, o agente não tem consciência do perigo 
gerado. 
11 
HOMICÍDIO CULPOSOO MAJORADO - §4º e 5º 
 
§ 4 o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se 
o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou 
ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não 
procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar 
prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada 
de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 
(quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. 
 
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de 
aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio 
agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. 
12 
Homicídio culposo majorado: 
 
A) Inobservância de regra técnica de profissão, arte ou 
ofício: 
•nesta hipótese, diferentemente da imperícia 
(modalidade de culpa), o agente tem aptidão para 
desempenhar o seu mister, mas acaba por provocar a 
morte de alguém em razão do seu descaso, 
deliberadamente desatendendo aos conhecimentos 
técnicos que possui. 
13 
Para Flávio Augusto Monteiro de Barros : 
“Se o médico especialista em cirurgia cardíaca, por 
descuido, corta um nervo do paciente, causando-lhe a 
morte, está configurada a agravante, pois ele tinha o 
conhecimento técnico, mas não o observou. Entretanto, se 
a cirurgia fosse feita por um médico não especialista, sem a 
necessária habilidade, que cortasse o mesmo nervo, 
teríamos uma simples imperícia”. 
 
 
 
14 
Esta majorante 
(negligência 
Profissional) 
configura 
“bis in idem”? 
15 
“se a caracterização da culpa está lastreada na delinquência 
(omissão no dever de cuidado) e aplicação da causa de 
aumento da inobservância de regra técnica, se assenta em 
outros fatos (prescrição de medicamento inadequado), 
inexiste o alegado bis in idem na incidência da aludida 
majorante (Resp 1.385.814/MG, j. 21/06/2016) 
16 
“Não tendo a denúncia, na espécie, descrito fato diverso 
daquele que constitui o núcleo da ação culposa. A 
majorante deve ser afastada, sob pena de ocorrência de bis 
in idem. Veja-se que, só o ato de ser médico, não é 
suficiente, nos termos do entendimento jurisprudencial, 
para fazer incidir a causa especial de aumento, pois, em 
última ratio, na hipótese, seria elemento da própria culpa”. 
(HC 143.172/RJ, j.17/12/2015) 
17 
Homicídio culposo majorado: 
 
B) Omissão de socorro: 
•Quando o agente, agindo com culpa, 
deixa de prestar socorro à vítima, 
podendo fazê-lo e não havendo qualquer 
risco pessoal a ele. 
18 
Homicídio culposo majorado: 
 
C) Não procurar diminuir as 
consequências do 
comportamento 
19 
Homicídio culposo majorado: 
 
D) Foge para evitar a prisão em 
flagrante: 
•Esquivando-se de responder pelo ato 
praticado, demonstra o agente 
ausência de escrúpulo, bem como 
diminuta responsabilidade moral. 
20 Teste de conhecimento: 
3) Assinale a resposta INCORRETA. 
a) O homicídio culposo terá sua pena aumentada, se o crime resulta 
de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício. 
b) O homicídio culposo terá sua pena aumentada, se o agente deixa de 
prestar imediatosocorro à vítima, não procura diminuir as 
consequências do seu ato. 
c) Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de um terço, 
se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 anos. 
d) O homicídio culposo será punido a título de homicídio 
doloso, se o agente foge para evitar prisão em flagrante. 
 
21 
Perdão Judicial 
 É o instituto pela qual o juiz, não obstante a 
prática de um fato típico e antijurídico por um sujeito 
comprovadamente culpado, deixa de lhe aplicar, nas 
hipóteses taxativamente previstas em lei, o preceito 
sancionador cabível, levando em consideração 
determinadas circunstâncias que concorrem para o 
evento. 
 
 
 
22 
Qual é a natureza 
da sentença 
Concessiva do 
perdão judicial? 
 
23 
Para Aníbal Bruno: 
 “O Estado, pelo órgão da Justiça, reconhece a existência 
do fato punível e a culpabilidade do agente, mas pelas 
razões particulares que ocorrem, resolve desistir da 
condenação que cabia ser imposta. E a declarar isso é 
que se limita a sentença, que não é, assim, nem 
condenatória. Nem absolutória, o que demonstra a 
natureza toda especial dessa providência”. 
24 
Súmula 18, STJ: 
“A sentença concessiva do 
perdão judicial é declaratória 
da extinção da punibilidade, 
não subsistindo qualquer efeito 
condenatório.” 
25 Teste de conhecimento: 
4) "A", ao sair da garagem de sua residência com seu carro, sem perceber, atropela 
seu filho de 02 anos, que brincava tranquilamente atrás do veículo, vindo este a 
falecer. Nessa hipótese, "A": 
a) responderá por homicídio doloso, com pena aumentada, tendo em vista que a 
vítima era menor de 14 anos. 
b) responderá por homicídio culposo, com pena aumentada, pois o crime resultou de 
inobservância de regra técnica. 
c) não cumprirá pena alguma pelo crime, tendo em vista que as 
consequências da infração o atingiram de forma tão grave que a 
sanção penal se tornou desnecessária. 
d) responderá por homicídio privilegiado, tendo em vista o domínio da 
violenta emoção. 
26 
Ação penal pública 
incondicionada 
27 
Princípio da Especialidade 
a. Código penal X código penal militar 
b. Código penal X código de trânsito brasileiro 
c. Código penal X lei de segurança nacional 
d. Código penal X lei 13.260/16 
28 Teste de conhecimento: 
5) "A" dirigindo seu carro, sem a devida prudência, atropela 
"B" que vem a falecer. "A" deverá: 
a) responder pelo crime de homicídio doloso, tipificado pelo 
art. 121, "caput", do Código Penal. 
b) responder pelo crime de homicídio culposo, tipificado pelo 
art. 121, §4º, do Código Penal. 
c) responder pelo crime de homicídio culposo, tipificado 
 pelo art. 302, do Código de Trânsito Brasileiro. 
d) não responderá por nenhum crime, pois não tinha a 
intenção de matar. 
 
 
Induzimento, 
instigação ou 
auxílio a suicídio 
ou a 
automutilação 
ART. 122, CP: 
30 Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou 
a automutilação 
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-
lhe auxílio material para que o faça: 
 Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. 
§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza 
grave ou gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte: 
 Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 
§ 3º A pena é duplicada: 
I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil; 
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de 
resistência. 
 
31 
Continuando... 
§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de 
computadores, de rede social ou transmitida em tempo real. 
§ 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou 
de rede virtual. 
§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza 
gravíssima e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por 
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática 
do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o 
agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129 deste Código. 
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 
(quatorze) anos ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do 
ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o 
agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste Código. 
 
32 
Considerações iniciais: 
 Para Rogério Sanches, o legislador errou ao ministrar no 
mesmo tipo, comportamentos manifestamente distintos. 
Cumulou na mesma redação típica crime doloso contra a vida 
e crime de natureza diversa. 
 As penas cominadas aos dois comportamentos também 
merecem críticas. As condutas relativas ao suicídio e à 
automutilação tem exatamente as mesmas consequências 
penais, algo absolutamente desproporcional em virtude das 
diferenças essenciais entre as condutas punidas. 
33 
O artigo será dividido em duas partes: 
 
Art. 122, 1ª parte Art. 122, 2ª parte 
Induzimento, 
instigação e auxílio 
ao suicídio 
Induzimento, 
instigação e auxílio à 
automutilação 
34 
Nelson Hungria: 1ª parte art. 122 – “ao suicídio” 
“a eliminação voluntária e 
direta da própria vida. Para que 
haja suicídio é imprescindível a 
intenção positiva de despedir-se 
da vida”. 
35 Art. 122, CP - Induzimento, instigação e 
auxílio: 
Ao suicídio à automutilação 
Crime de menor potencial ofensivo 
 
Crime de menor potencial ofensivo 
 
Admite transação penal e suspensão 
condicional do processo 
 
Admite transação penal e suspensão 
condicional do processo 
Competência Tribunal do Júri 
 
JECRIM 
 
Admitida a transação penal (caput), fica 
inviabilizado o acordo de não persecução 
penal – art. 28-A, inc. I, CP 
Admitida a transação penal (caput), fica 
inviabilizado o acordo de não persecução 
penal – art. 28-A, inc. I, CP 
36 
Induzimento, instigação e auxílio à 
automutilação (art. 122, 2ª parte, CP) 
Ato intencional de provocar lesões no próprio corpo, sem 
o propósito consciente de cometer suicídio. 
 
37 
Justificativa do projeto da lei que reformulou o 
tipo penal: 
 
 “O chamado cutting (ou automutilação) é caracterizado 
pela agressão deliberada ao próprio corpo, sem a 
intenção de cometer suicídio. Não há ainda dados 
disponíveis sobre a prática no Brasil, mas uma pesquisa 
divulgada em 2006, na publicação científica da Academia 
Americana de Pediatria, aponta que 17% dos 
adolescentes em idade escolar praticaram automutilação 
mais de uma vez em toda a sua vida. 
 
38 
 Especialistas afirmam que o mundo on-line em que as 
crianças e adolescentes estão inseridos pode estar 
contribuindo para esse cenário, pelo uso cada vez mais 
crescente de instrumentos eletrônicos como celulares e 
tablets. Nesse ambiente, os jovens se sentem pressionados 
pelas redes sociais a seguir certo estilo de vida, como uma 
necessidade de afirmação ou de reafirmação e de inserção 
entre outros jovens. Com isso, criam-se novos espaços para a 
prática do bullyng, por exemplo. 
39 
A partir daí, tem crescido o número de grupos nas redes 
sociais que incentivam e estimulam a prática da 
automutilação entre crianças e adolescentes. Para serem 
aceitos pelo grupos, os jovens precisam lesionar o 
próprio corpo e divulgar o resultado por meio de fotos ou 
vídeos nas redes sociais”. 
40 Art. 122, CP - Induzimento, instigação e 
auxílio: 
Ao suicídio à automutilação 
Crime de menor potencial ofensivo 
 
Crime de menor potencial ofensivo 
 
Admite transação penal e suspensão 
condicional do processo 
 
Admite transação penal e suspensão 
condicional do processo 
Competência Tribunal do Júri 
 
JECRIM 
 
Admitida a transação penal (caput), fica 
inviabilizado o acordode não persecução 
penal – art. 28-A, inc. I, CP 
Admitida a transação penal (caput), fica 
inviabilizado o acordo de não persecução 
penal – art. 28-A, inc. I, CP 
INTERVALO 
 
 
VOLTAREMOS EM 20 MINUTOS 
 
41 
42 
Sujeitos do crime: 1ª e 2ª parte do art. 
Qualquer pessoa. Não exigindo a lei nenhuma qualidade 
especial do agente. 
Admissível o concurso de pessoas tanto na coautoria 
como na participação. 
 
 
43 
Conduta: 1ª e 2ª parte do art. 122, CP 
• Hipótese em que o agente faz nascer na vítima a ideia e a vontade 
mórbida. 
a) Induzimento 
• Caso em que o autor reforça a vontade mórbida preexistente na vítima. 
b) instigação 
• O agente presta efetiva assistência material, facilitando a execução do 
suicídio, quer fornecendo, quer colocando à disposição do ofendido os 
meios necessários para fazê-lo. 
c) auxílio 
44 
Participação moral – induzimento e instigação. 
Participação material – auxílio. 
Crime de conduta múltipla. 
45 Meios de punição: 1ª e 2ª parte, art. 122, CP 
 
• - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) 
anos. 
• Induzir, instigar ou auxiliar materialmente. caput 
• - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
• Lesão corporal grave ou gravíssima. §1º 
• - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 
• Se o suicídio se consuma ou se da 
automutilação resulta morte. §2º 
 
? 
 
46 
Que crime estaria 
caracterizado no caso 
daquele que induziu ou 
instigou o ofendido ao 
suicídio e no momento 
culminante do ato acabou 
interferindo na sua 
execução? 
47 
Responde por 
homicídio e não 
participação. 
48 
Voluntariedade: 1ª e 2ª parte, art. 122, CP 
Punido a título de DOLO. 
 
 
 
 
 
Dolo eventual perfeitamente possível. 
Não há forma culposa. 
1ª parte 2ª parte 
Expressado pela 
consciente vontade de 
instigar, induzir ou 
favorecer alguém a se 
suicidar 
Expressado pela 
consciente vontade de 
instigar, induzir ou 
favorecer alguém a se 
automutilar 
49 
Consumação e tentativa: 
1ª parte - suicídio 2ª parte - automutilação 
A punição não é condicionada 
à ocorrência de lesão grave ou 
morte 
A punição não é condicionada 
à ocorrência de lesão grave ou 
morte 
 
A figura do caput se contenta 
com os atos de induzimento, 
instigação ou auxílio 
A figura do caput se contenta 
com os atos de induzimento, 
instigação ou auxílio 
 
Possível a tentativa Possível a tentativa 
50 
Majorantes da pena 
§3º - duplica a pena se: 
A) o crime for praticado por motivo egoístico 
B) a vítima for menor 
C) a vítima tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade 
de resistência 
51 
Majorantes da pena 
§4º - aumenta até o dobro a pena 
se a conduta é realizada : 
por meio da rede de computadores; 
Por meio de rede social 
Se for transmitida em tempo real 
52 
Majorantes da pena 
§5º - aumenta a pena pela metade: 
Se o agente é líder ou coordenador 
de grupo ou de rede virtual 
53 
Teste de conhecimento: 
1) Em relação ao crime de Induzimento, instigação ou auxílio ao 
suicídio, assinale a alternativa INCORRETA. 
A) Comete o crime quem induz ou instiga alguém a cometer o 
suicídio ou presta auxílio para que o faça. 
B) A pena é duplicada se o crime é praticado por motivo 
egoístico. 
C) Caso o suicídio se consume, a pena é mais grave. 
D) O referido crime é previsto na modalidade culposa. 
E) O supracitado delito é um crime contra a vida. 
 
54 Teste de conhecimento: 
2) De acordo com o Código Penal, o crime de induzimento, instigação ou auxílio a 
suicídio terá a pena duplicada se 
 
I. o crime ocorrer por motivo egoístico. 
II. a vítima for menor ou tiver diminuída, por qualquer causa, a capacidade de 
resistência. 
III o suicídio se consumar. 
IV. da tentativa de suicídio resultar lesão corporal de natureza grave. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
A) III e IV. 
B) II e IV. 
C) I e III. 
D) I e II. 
E) II e III. 
 
55 
Teste de conhecimento: 
3) No crime de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio, a pena é 
duplicada se o crime é praticado: 
 
A) por motivo egoístico 
 
B) com emprego de fogo. 
 
C)com emprego de veneno. 
 
D) por irmão da vítima. 
 
56 Em resumo: 
Participação em suicídio Participação em automutilação 
Vítima maior e capaz Vítima maior e capaz 
Não sofre qualquer lesão ou sofre lesão leve 
Art. 122, caput, CP (pena: 6 meses a 2 anos), 
devendo a natureza da lesão ser 
considerada na fixação da pena-base 
Não sofre qualquer lesão ou sofre lesão leve 
Art. 122, caput, CP (pena: 6 meses a 2 anos), 
devendo a natureza da lesão ser 
considerada na fixação da pena-base 
Sofre lesão grave ou gravíssima 
Art. 122, §1º, CP (pena: 1 a 3 anos) 
Sofre lesão grave ou gravíssima 
Art. 122, §1º, CP (pena: 1 a 3 anos) 
Morre 
Art. 122, §2º, CP (pena: 2 a 6 anos 
Morre (culpa) 
Art. 122, §2º, CP (pena: 2 a 6 anos 
Vítima é menor (entre 14 e 18 anos) ou tem 
diminuída, por qualquer causa, a 
capacidade de resistência 
Vítima é menor (entre 14 e 18 anos) ou tem 
diminuída, por qualquer causa, a 
capacidade de resistência 
Não sofre qualquer lesão ou a lesão é leve 
Art. 122, caput, c.c. o §3ª (a pena de 1 a 3 
anos é duplicada) 
Não sofre qualquer lesão ou a lesão é leve 
Art. 122, caput, c.c. o §3ª (a pena de 1 a 3 
anos é duplicada) 
57 continuando: 
Participação em suicídio Participação em automutilação 
Sofre lesão grave ou gravíssima 
Art 122, §1º, c.c. o §3ª (a pena de 1 a 3 anos 
é duplicada) 
Sofre lesão grave ou gravíssima 
Art 122, §1º, c.c. o §3ª (a pena de 1 a 3 anos 
é duplicada) 
morre 
Art. 122, §2º, c.c. o §3º (a pena de 2 a 6 
anos é duplicada) 
Morre (culposa) 
Art. 122, §2º, c.c. o §3º (a pena de 2 a 6 anos 
é duplicada) 
Vítima menor de 14 anos ou contra quem, 
por enfermidade ou deficiência mental, não 
tem o necessário discernimento para a 
prática do ato, ou que, por qualquer outra 
causa, não pode oferecer resistência 
Vítima menor de 14 anos ou contra quem, 
por enfermidade ou deficiência mental, não 
tem o necessário discernimento para a 
prática do ato, ou que, por qualquer outra 
causa, não pode oferecer resistência 
Não sofre qualquer lesão, ou sofre lesão leve 
Art. 122, caput, c.c. o §3º (a pena de 6 
meses a 2 anos é duplicada) 
Não sofre qualquer lesão, ou sofre lesão leve 
Art. 122, caput, c.c. o §3º (a pena de 6 
meses a 2 anos é duplicada) 
58 continuando: 
Participação em suicídio Participação em automutilação 
Sofre lesão gravíssima 
Nos termos do art. 122, §6º, aplica-se o 
tipo e as penas do art. 129, §2º (2 a 8 
anos) 
Sofre lesão gravíssima 
Nos termos do art. 122, §6º, aplica-se o 
tipo e as penas do art. 129, §2º (2 a 8 
anos) 
Morre 
Nos termos do art. 122, §7º, aplicam-se 
o tipo e as penas do art. 121 do CP (6 a 
20 anos). E não poderia ser diferente, 
pois não existe suicídio quando o 
ofendido é incapaz. 
Morre (culposo) 
Nos termos do art. 122, §7º, aplicam-se o 
tipo e as penas do art. 121 do CP (6 a 20 
anos). E não poderia ser diferente, pois 
não existe suicídio quando o ofendido é 
incapaz. 
DUELO 
AMERICANO, 
ROLETA RUSSA E 
PACTO DE 
MORTE 
59 
Curiosidade 
60 
Responde pelo art. 122 no caso 
do duelo e da roleta russa. 
pacto de morte – depende. 
TESTEMUNHA DE 
JEOVÁ 
61 
Curiosidade 
DESAFIO DA 
BALEIA AZUL 
62 
Curiosidade 
63 
Ação penal: 
 
Ação penal é 
pública 
incondicionada.

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