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Disciplina: Direito Penal – Crimes em Espécie – do Homicídio ao vilipêndio DOCENTE: JANAÍNA ZAMBERLAN INOCENTE UNIDADE DE ENSINO 1: DOS CRIMES CONTRA A VIDA 2 SEÇÃO 2: HOMICÍDIO CULPOSO (ART.121,§3º,CP); CAUSAS DE AUMENTO DE PENA (ART.121,§4º,1ªPARTE,CP); INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO AO SUICÍDIO OU À AUTOMUTILAÇÃO (ART.122,CP); CAUSAS DE AUMENTO DE PENA (ART.122,§3º,4º,5º,6º,7º,CP). 3 4 Art. 121, CP: Matar alguém § 3º Se o homicídio é culposo: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos. 5 • É a precipitação, afoiteza, agindo o agente sem os cuidados que o caso requer. Imprudência • É a falta de aptidão técnica para o exercício de arte ou profissão. imperícia • É a ausência de precaução. Negligência 6 A conduta daquele que limpa arma carregada próximo de crianças, vindo, acidentalmente, a acioná-la e matar o infante, seria um caso de negligência ou imprudência? O médico responsável pela morte de seu paciente em consequência de uma intervenção cirúrgica que ele empreende sem perfeito domínio da técnica configura imperícia ou negligência? 7 Cezar Roberto Bitencourt explica: “Ao estabelecer as modalidades de culpa, o legislador brasileiro esmerou-se em preciosismos técnicos, que apresentam pouco ou quase nenhum resultado prático. Tanto na imprudência quanto na negligência há inobservância de cuidados recomendados pela experiência comum no exercício dinâmico do quotidiano humano. E a imperícia, por sua vez, não deixa de ser somente uma forma especial de imprudência ou de negligencia: enfim, embora não sejam mais que simples e sutis distinções de uma conduta substancialmente idêntica, ou seja, omissão, descuido, falta de cautela, inaptidão, desatenção, como o código penal não as definiu, a doutrina deve encarregar-se de fazê-lo.” 8 Teste de conhecimento: 1) Pretendendo causar unicamente um crime de dano em determinado estabelecimento comercial, após discussão com o gerente do local, Bruno, influenciado pela ingestão de bebida alcoólica, arremessa uma grande pedra em direção às janelas do estabelecimento. Todavia, sua conduta imprudente fez com que a pedra acertasse a cabeça de Vitor, que estava jantando no local com sua esposa, causando sua morte. Por outro lado, a janela do estabelecimento não foi atingida, permanecendo intacta. Preocupado com as consequências de seus atos, após indiciamento realizado pela autoridade policial, Bruno procura seu advogado para esclarecimentos. Considerando a ocorrência do resultado diverso do pretendido pelo agente, o advogado deve esclarecer que Bruno tecnicamente será responsabilizado pela(s) seguinte(s) prática(s) criminosa(s): A) homicídio culposo e tentativa de dano, em concurso material. B) homicídio culposo, apenas. C) homicídio culposo e tentativa de dano, em concurso formal. D) homicídio doloso, apenas. 9 Teste de conhecimento: 2) Wilson, competente professor de uma autoescola, guia seu carro por uma avenida à beira-mar. No banco do carona está sua noiva, Ivana. No meio do percurso, Wilson e Ivana começam a discutir: a moça reclama da alta velocidade empreendida. Assustada, Ivana grita com Wilson, dizendo que, se ele continuasse naquela velocidade, poderia facilmente perder o controle do carro e atropelar alguém. Wilson, por sua vez, responde que Ivana deveria deixar de ser medrosa e que nada aconteceria, pois se sua profissão era ensinar os outros a dirigir, ninguém poderia ser mais competente do que ele na condução de um veículo. Todavia, ao fazer uma curva, o automóvel derrapa na areia trazida para o asfalto por conta dos ventos do litoral, o carro fica desgovernado e acaba ocorrendo o atropelamento de uma pessoa que passava pelo local. A vítima do atropelamento falece instantaneamente. Wilson e Ivana sofrem pequenas escoriações. Cumpre destacar que a perícia feita no local constatou excesso de velocidade. Nesse sentido, com base no caso narrado, é correto afirmar que, em relação à vítima do atropelamento, Wilson agiu com A) dolo direto. B) dolo eventual. C) culpa consciente. D) culpa inconsciente. 10 Na culpa consciente, o agente verifica a possibilidade de ocorrer o resultado, no entanto, confia sinceramente nas suas habilidades. No caso da questão, verifica-se que, embora Wilson tivesse em alta velocidade (é previsível que quem anda em alta velocidade corre o risco de causar um acidente), acreditou que, pelo fato de ser instrutor de trânsito, jamais causaria um acidente. Por outro lado, na culpa inconsciente, o agente, ao praticar a conduta, não prevê o resultado, nem mesmo represente a sua possibilidade. Ou seja, o agente não tem consciência do perigo gerado. 11 HOMICÍDIO CULPOSOO MAJORADO - §4º e 5º § 4 o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. 12 Homicídio culposo majorado: A) Inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício: •nesta hipótese, diferentemente da imperícia (modalidade de culpa), o agente tem aptidão para desempenhar o seu mister, mas acaba por provocar a morte de alguém em razão do seu descaso, deliberadamente desatendendo aos conhecimentos técnicos que possui. 13 Para Flávio Augusto Monteiro de Barros : “Se o médico especialista em cirurgia cardíaca, por descuido, corta um nervo do paciente, causando-lhe a morte, está configurada a agravante, pois ele tinha o conhecimento técnico, mas não o observou. Entretanto, se a cirurgia fosse feita por um médico não especialista, sem a necessária habilidade, que cortasse o mesmo nervo, teríamos uma simples imperícia”. 14 Esta majorante (negligência Profissional) configura “bis in idem”? 15 “se a caracterização da culpa está lastreada na delinquência (omissão no dever de cuidado) e aplicação da causa de aumento da inobservância de regra técnica, se assenta em outros fatos (prescrição de medicamento inadequado), inexiste o alegado bis in idem na incidência da aludida majorante (Resp 1.385.814/MG, j. 21/06/2016) 16 “Não tendo a denúncia, na espécie, descrito fato diverso daquele que constitui o núcleo da ação culposa. A majorante deve ser afastada, sob pena de ocorrência de bis in idem. Veja-se que, só o ato de ser médico, não é suficiente, nos termos do entendimento jurisprudencial, para fazer incidir a causa especial de aumento, pois, em última ratio, na hipótese, seria elemento da própria culpa”. (HC 143.172/RJ, j.17/12/2015) 17 Homicídio culposo majorado: B) Omissão de socorro: •Quando o agente, agindo com culpa, deixa de prestar socorro à vítima, podendo fazê-lo e não havendo qualquer risco pessoal a ele. 18 Homicídio culposo majorado: C) Não procurar diminuir as consequências do comportamento 19 Homicídio culposo majorado: D) Foge para evitar a prisão em flagrante: •Esquivando-se de responder pelo ato praticado, demonstra o agente ausência de escrúpulo, bem como diminuta responsabilidade moral. 20 Teste de conhecimento: 3) Assinale a resposta INCORRETA. a) O homicídio culposo terá sua pena aumentada, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício. b) O homicídio culposo terá sua pena aumentada, se o agente deixa de prestar imediatosocorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato. c) Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 anos. d) O homicídio culposo será punido a título de homicídio doloso, se o agente foge para evitar prisão em flagrante. 21 Perdão Judicial É o instituto pela qual o juiz, não obstante a prática de um fato típico e antijurídico por um sujeito comprovadamente culpado, deixa de lhe aplicar, nas hipóteses taxativamente previstas em lei, o preceito sancionador cabível, levando em consideração determinadas circunstâncias que concorrem para o evento. 22 Qual é a natureza da sentença Concessiva do perdão judicial? 23 Para Aníbal Bruno: “O Estado, pelo órgão da Justiça, reconhece a existência do fato punível e a culpabilidade do agente, mas pelas razões particulares que ocorrem, resolve desistir da condenação que cabia ser imposta. E a declarar isso é que se limita a sentença, que não é, assim, nem condenatória. Nem absolutória, o que demonstra a natureza toda especial dessa providência”. 24 Súmula 18, STJ: “A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório.” 25 Teste de conhecimento: 4) "A", ao sair da garagem de sua residência com seu carro, sem perceber, atropela seu filho de 02 anos, que brincava tranquilamente atrás do veículo, vindo este a falecer. Nessa hipótese, "A": a) responderá por homicídio doloso, com pena aumentada, tendo em vista que a vítima era menor de 14 anos. b) responderá por homicídio culposo, com pena aumentada, pois o crime resultou de inobservância de regra técnica. c) não cumprirá pena alguma pelo crime, tendo em vista que as consequências da infração o atingiram de forma tão grave que a sanção penal se tornou desnecessária. d) responderá por homicídio privilegiado, tendo em vista o domínio da violenta emoção. 26 Ação penal pública incondicionada 27 Princípio da Especialidade a. Código penal X código penal militar b. Código penal X código de trânsito brasileiro c. Código penal X lei de segurança nacional d. Código penal X lei 13.260/16 28 Teste de conhecimento: 5) "A" dirigindo seu carro, sem a devida prudência, atropela "B" que vem a falecer. "A" deverá: a) responder pelo crime de homicídio doloso, tipificado pelo art. 121, "caput", do Código Penal. b) responder pelo crime de homicídio culposo, tipificado pelo art. 121, §4º, do Código Penal. c) responder pelo crime de homicídio culposo, tipificado pelo art. 302, do Código de Trânsito Brasileiro. d) não responderá por nenhum crime, pois não tinha a intenção de matar. Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação ART. 122, CP: 30 Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar- lhe auxílio material para que o faça: Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. § 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código: Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. § 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. § 3º A pena é duplicada: I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil; II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. 31 Continuando... § 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede social ou transmitida em tempo real. § 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual. § 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129 deste Código. § 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste Código. 32 Considerações iniciais: Para Rogério Sanches, o legislador errou ao ministrar no mesmo tipo, comportamentos manifestamente distintos. Cumulou na mesma redação típica crime doloso contra a vida e crime de natureza diversa. As penas cominadas aos dois comportamentos também merecem críticas. As condutas relativas ao suicídio e à automutilação tem exatamente as mesmas consequências penais, algo absolutamente desproporcional em virtude das diferenças essenciais entre as condutas punidas. 33 O artigo será dividido em duas partes: Art. 122, 1ª parte Art. 122, 2ª parte Induzimento, instigação e auxílio ao suicídio Induzimento, instigação e auxílio à automutilação 34 Nelson Hungria: 1ª parte art. 122 – “ao suicídio” “a eliminação voluntária e direta da própria vida. Para que haja suicídio é imprescindível a intenção positiva de despedir-se da vida”. 35 Art. 122, CP - Induzimento, instigação e auxílio: Ao suicídio à automutilação Crime de menor potencial ofensivo Crime de menor potencial ofensivo Admite transação penal e suspensão condicional do processo Admite transação penal e suspensão condicional do processo Competência Tribunal do Júri JECRIM Admitida a transação penal (caput), fica inviabilizado o acordo de não persecução penal – art. 28-A, inc. I, CP Admitida a transação penal (caput), fica inviabilizado o acordo de não persecução penal – art. 28-A, inc. I, CP 36 Induzimento, instigação e auxílio à automutilação (art. 122, 2ª parte, CP) Ato intencional de provocar lesões no próprio corpo, sem o propósito consciente de cometer suicídio. 37 Justificativa do projeto da lei que reformulou o tipo penal: “O chamado cutting (ou automutilação) é caracterizado pela agressão deliberada ao próprio corpo, sem a intenção de cometer suicídio. Não há ainda dados disponíveis sobre a prática no Brasil, mas uma pesquisa divulgada em 2006, na publicação científica da Academia Americana de Pediatria, aponta que 17% dos adolescentes em idade escolar praticaram automutilação mais de uma vez em toda a sua vida. 38 Especialistas afirmam que o mundo on-line em que as crianças e adolescentes estão inseridos pode estar contribuindo para esse cenário, pelo uso cada vez mais crescente de instrumentos eletrônicos como celulares e tablets. Nesse ambiente, os jovens se sentem pressionados pelas redes sociais a seguir certo estilo de vida, como uma necessidade de afirmação ou de reafirmação e de inserção entre outros jovens. Com isso, criam-se novos espaços para a prática do bullyng, por exemplo. 39 A partir daí, tem crescido o número de grupos nas redes sociais que incentivam e estimulam a prática da automutilação entre crianças e adolescentes. Para serem aceitos pelo grupos, os jovens precisam lesionar o próprio corpo e divulgar o resultado por meio de fotos ou vídeos nas redes sociais”. 40 Art. 122, CP - Induzimento, instigação e auxílio: Ao suicídio à automutilação Crime de menor potencial ofensivo Crime de menor potencial ofensivo Admite transação penal e suspensão condicional do processo Admite transação penal e suspensão condicional do processo Competência Tribunal do Júri JECRIM Admitida a transação penal (caput), fica inviabilizado o acordode não persecução penal – art. 28-A, inc. I, CP Admitida a transação penal (caput), fica inviabilizado o acordo de não persecução penal – art. 28-A, inc. I, CP INTERVALO VOLTAREMOS EM 20 MINUTOS 41 42 Sujeitos do crime: 1ª e 2ª parte do art. Qualquer pessoa. Não exigindo a lei nenhuma qualidade especial do agente. Admissível o concurso de pessoas tanto na coautoria como na participação. 43 Conduta: 1ª e 2ª parte do art. 122, CP • Hipótese em que o agente faz nascer na vítima a ideia e a vontade mórbida. a) Induzimento • Caso em que o autor reforça a vontade mórbida preexistente na vítima. b) instigação • O agente presta efetiva assistência material, facilitando a execução do suicídio, quer fornecendo, quer colocando à disposição do ofendido os meios necessários para fazê-lo. c) auxílio 44 Participação moral – induzimento e instigação. Participação material – auxílio. Crime de conduta múltipla. 45 Meios de punição: 1ª e 2ª parte, art. 122, CP • - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. • Induzir, instigar ou auxiliar materialmente. caput • - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. • Lesão corporal grave ou gravíssima. §1º • - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. • Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte. §2º ? 46 Que crime estaria caracterizado no caso daquele que induziu ou instigou o ofendido ao suicídio e no momento culminante do ato acabou interferindo na sua execução? 47 Responde por homicídio e não participação. 48 Voluntariedade: 1ª e 2ª parte, art. 122, CP Punido a título de DOLO. Dolo eventual perfeitamente possível. Não há forma culposa. 1ª parte 2ª parte Expressado pela consciente vontade de instigar, induzir ou favorecer alguém a se suicidar Expressado pela consciente vontade de instigar, induzir ou favorecer alguém a se automutilar 49 Consumação e tentativa: 1ª parte - suicídio 2ª parte - automutilação A punição não é condicionada à ocorrência de lesão grave ou morte A punição não é condicionada à ocorrência de lesão grave ou morte A figura do caput se contenta com os atos de induzimento, instigação ou auxílio A figura do caput se contenta com os atos de induzimento, instigação ou auxílio Possível a tentativa Possível a tentativa 50 Majorantes da pena §3º - duplica a pena se: A) o crime for praticado por motivo egoístico B) a vítima for menor C) a vítima tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência 51 Majorantes da pena §4º - aumenta até o dobro a pena se a conduta é realizada : por meio da rede de computadores; Por meio de rede social Se for transmitida em tempo real 52 Majorantes da pena §5º - aumenta a pena pela metade: Se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual 53 Teste de conhecimento: 1) Em relação ao crime de Induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, assinale a alternativa INCORRETA. A) Comete o crime quem induz ou instiga alguém a cometer o suicídio ou presta auxílio para que o faça. B) A pena é duplicada se o crime é praticado por motivo egoístico. C) Caso o suicídio se consume, a pena é mais grave. D) O referido crime é previsto na modalidade culposa. E) O supracitado delito é um crime contra a vida. 54 Teste de conhecimento: 2) De acordo com o Código Penal, o crime de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio terá a pena duplicada se I. o crime ocorrer por motivo egoístico. II. a vítima for menor ou tiver diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. III o suicídio se consumar. IV. da tentativa de suicídio resultar lesão corporal de natureza grave. Está correto o que se afirma APENAS em A) III e IV. B) II e IV. C) I e III. D) I e II. E) II e III. 55 Teste de conhecimento: 3) No crime de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio, a pena é duplicada se o crime é praticado: A) por motivo egoístico B) com emprego de fogo. C)com emprego de veneno. D) por irmão da vítima. 56 Em resumo: Participação em suicídio Participação em automutilação Vítima maior e capaz Vítima maior e capaz Não sofre qualquer lesão ou sofre lesão leve Art. 122, caput, CP (pena: 6 meses a 2 anos), devendo a natureza da lesão ser considerada na fixação da pena-base Não sofre qualquer lesão ou sofre lesão leve Art. 122, caput, CP (pena: 6 meses a 2 anos), devendo a natureza da lesão ser considerada na fixação da pena-base Sofre lesão grave ou gravíssima Art. 122, §1º, CP (pena: 1 a 3 anos) Sofre lesão grave ou gravíssima Art. 122, §1º, CP (pena: 1 a 3 anos) Morre Art. 122, §2º, CP (pena: 2 a 6 anos Morre (culpa) Art. 122, §2º, CP (pena: 2 a 6 anos Vítima é menor (entre 14 e 18 anos) ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência Vítima é menor (entre 14 e 18 anos) ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência Não sofre qualquer lesão ou a lesão é leve Art. 122, caput, c.c. o §3ª (a pena de 1 a 3 anos é duplicada) Não sofre qualquer lesão ou a lesão é leve Art. 122, caput, c.c. o §3ª (a pena de 1 a 3 anos é duplicada) 57 continuando: Participação em suicídio Participação em automutilação Sofre lesão grave ou gravíssima Art 122, §1º, c.c. o §3ª (a pena de 1 a 3 anos é duplicada) Sofre lesão grave ou gravíssima Art 122, §1º, c.c. o §3ª (a pena de 1 a 3 anos é duplicada) morre Art. 122, §2º, c.c. o §3º (a pena de 2 a 6 anos é duplicada) Morre (culposa) Art. 122, §2º, c.c. o §3º (a pena de 2 a 6 anos é duplicada) Vítima menor de 14 anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência Vítima menor de 14 anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência Não sofre qualquer lesão, ou sofre lesão leve Art. 122, caput, c.c. o §3º (a pena de 6 meses a 2 anos é duplicada) Não sofre qualquer lesão, ou sofre lesão leve Art. 122, caput, c.c. o §3º (a pena de 6 meses a 2 anos é duplicada) 58 continuando: Participação em suicídio Participação em automutilação Sofre lesão gravíssima Nos termos do art. 122, §6º, aplica-se o tipo e as penas do art. 129, §2º (2 a 8 anos) Sofre lesão gravíssima Nos termos do art. 122, §6º, aplica-se o tipo e as penas do art. 129, §2º (2 a 8 anos) Morre Nos termos do art. 122, §7º, aplicam-se o tipo e as penas do art. 121 do CP (6 a 20 anos). E não poderia ser diferente, pois não existe suicídio quando o ofendido é incapaz. Morre (culposo) Nos termos do art. 122, §7º, aplicam-se o tipo e as penas do art. 121 do CP (6 a 20 anos). E não poderia ser diferente, pois não existe suicídio quando o ofendido é incapaz. DUELO AMERICANO, ROLETA RUSSA E PACTO DE MORTE 59 Curiosidade 60 Responde pelo art. 122 no caso do duelo e da roleta russa. pacto de morte – depende. TESTEMUNHA DE JEOVÁ 61 Curiosidade DESAFIO DA BALEIA AZUL 62 Curiosidade 63 Ação penal: Ação penal é pública incondicionada.
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