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Brincando se aprende
Brinquedoteca no espaço educativo
 Professora Orientadora: Isolda Cecilia Bravin
 Aluna : Lalinei Lau Rodrigues
Resuno 
O trabalho tem como objetivo, mostrar a importância do brincar da criança na educação infantil, enfocando a sua contribuição para o desenvolvimento no ensino e a aprendizagem. Estas atividades ajudam a construir o conhecimento e ainda proporcionam momentos lúdicos e prazerosos para o seu desenvolvimento .
 Embasado nos autores Vygotsky (1991) ressalta que a brincadeira cria as zonas de desenvolvimento na aprendizagem infantil. Suzuki et al (2013) destaca a necessidade do brincar e do experimentar para a criança e em outro conceito Suzuki et al (2013) apud Paschoal (2007) discorre sobre o mundo do faz de conta, a criança é capaz diferenciar o certo do errado. Bomtempo (1997) informa sobre a necessidade de o professor estar capacitado e consciente que o brincar promove aprendizagem à criança. 
Para realizar esse trabalho utilizei pesquisas bibliográficas, fundamentada na leitura de livros, revistas, artigos e sites, uma pesquisa com grandes autores relacionados ao tema . 
Conclui-se que o brincar é de fundamental importância na vida da criança .
. Palavras-chave: Brinquedoteca. Educação Infantil. Brincar. Ludicidade.
 1-INTRODUÇÃO
	O presente artigo mostra uma breve discussão sobre a importância da brincadeira na educação infantil, como desenvolvimento na aprendizagem tanto cognitiva como intelectual das crianças.
O ato de brincar se destaca com fundamental importância no processo de aprendizagem da criança enquanto ser humano, pois não se trata só de um momento de diversão, mas ao mesmo tempo, acontece a formação da assimilação de conhecimentos da criança, que será levada para sua vida futura. Será discutida a importância do brincar como recurso pedagógico. 
	Uso da brinquedoteca nas escolas de Educação Infantil é essencial para complementar no processo ensino e de aprendizagem, tendo em vista que ajuda no desenvolvimento emocional, cognitivo e motor da criança.
	Seguindo esse pensamento escolhi o tema do trabalho “Brincando se aprende”, onde apresentará diversos conceitos a respeito da brinquedoteca e uma análise dos conhecimentos adquiridos através de pesquisa bibliográfica, com uma postura crítica e reflexiva acerca do assunto.
	O tema abordado justifica-se pela necessidade de desenvolver, através de brincadeira dirigida e a brincadeira livre utilizando o espaço da brinquedoteca, a lateralidade, criatividade, sociabilidade, sensibilidade e a psicomotricidade da criança de maneira tranquila e prazerosa. 
	A brincadeira é a atividade fundamental da infância. Através do brincar a criança se desenvolve em diferentes níveis de aprendizado. Por meio da brincadeira, fonte de comunicação, a criança desenvolve a linguagem. O docente se torna responsável por dirigir o brincar no espaço educativo, sendo este espaço, a brinquedoteca ou a sala de aula.
	 Um dos objetivos esperados é incentivar o uso da brinquedoteca no espaço educativo, com intuito de desenvolver o aprendizado do aluno, ajudando em sua transformação como ser social e ativo.
	
	Vygotsky (1991) ressalta que a brincadeira cria as zonas de desenvolvimento na aprendizagem infantil. Suzuki et al (2013) destaca a necessidade do brincar e do experimentar para a criança e em outro conceito Suzuki et al (2013 apud Paschoal ( 2007) discorre sobre o mundo do faz de conta, a criança é capaz diferenciar o certo do errado. Bomtempo (1997) informa sobre a necessidade do professor estar capacitado e consciente que o brincar promove aprendizagem a criança. 
1-Revisão Bibliográfica
	O presente trabalho desenvolvido na área da educação através de uma pesquisa bibliográfica buscando mostrar o quanto é importante trabalhar com o brincar, brincadeiras na educação infantil, pois é nesse período que ela poderá adquirir o gosto e a vontade de descobrir novas aventuras através do lúdico. Estudiosos e pensadores, do meio educacional, discutem a respeito da importância do brincar para a criança ao longo da história. O brincar sofreu várias transformações no processo histórico desde o seu reconhecimento, como componente imprescindível, para a formação do indivíduo.
	Toda criança tem necessidade e o direito de brincar, isto é uma característica da infância garantida em Lei. A função do brincar não está no brinquedo, no material usado, mas sim na atitude subjetiva que a criança demonstra na brincadeira e no tipo de atividade exercida na hora da brincadeira. Em 1959, a importância do brincar foi reconhecida mundialmente, conforme apresentado no Princípio 7º da Declaração Universal dos Direitos da Criança (1959) cujo texto diz: 
A criança tem direito a receber educação escolar, a qual será gratuita e obrigatória, ao menos nas etapas elementares. Dar-se-á à criança uma educação que favoreça sua cultura geral e lhe permita - em condições de igualdade de oportunidades - desenvolver suas aptidões e sua individualidade, seu senso de responsabilidade social e moral. [...] A criança deve desfrutar plenamente de jogos e brincadeiras os quais deverão estar dirigidos para educação; a sociedade e as autoridades públicas se esforçarão para promover o exercício deste direito (UNICEF, 1959, p.s/n).
	Portanto, o brincar é um dos instrumentos imprescindíveis para o desenvolvimento da criança, o ato de brincar é de fundamental importância para o desenvolvimento da criança, também no processo de aprendizagem da criança com ser humano, pois não trata só de um momento de diversão, mas ao mesmo tempo, acontece a formação da assimilação de conhecimentos que será levada para sua vida futura. 
	Através da Brinquedoteca, no cotidiano escolar, insere-se o respeito às necessidades afetivas, suaviza a rigidez de métodos tradicionais de ensino que ainda permaneciam no sistema de ensino do Brasil.
 No Brasil, este espaço lúdico surgiu nos anos 80, com a adoção do brincar em muitas Instituições Educacionais nas atividades de docência.
	
	Em cada etapa evolutiva da criança, o brincar vai se modificando, mas é essencial que ela tenha oportunidade de explorar todas as fases do brincar. A importância do brinquedo é a da exploração e do aprendizado concreto do mundo exterior, utilizando e estimulando os órgãos dos sentidos, a função sensorial, a função motora e a emocional. A brincadeira tem uma enorme função social, desenvolve o lado intelectual e principalmente cria oportunidades para a criança elaborar e vivenciar situações emocionais e conflitos sentidos no dia a dia de toda criança.
	Para Friedmann (1996) as crianças têm diversas razões para brincar, uma destas razões é o prazer que podem desfrutar enquanto brincam. Além disso, as crianças também podem, pela brincadeira, manifestar a agressividade, conter a angústia, aumentar as experiências e estabelecer contatos sociais. O brincar exterioriza os medos e as angústias das crianças, pois através dessa prática ela expõe seus sentimentos e, de certa forma, aprende a conviver melhor com suas emoções.
	Com esta reflexão consta-se que, as crianças pequenas adoram brincar, a importância do brincar e alguns recursos que o brincar favorece a criança o aprendizado, pois é brincando que o ser humano se torna apto a viver numa ordem social e num mundo culturalmente simbólicos. É o mais completo dos processos educativos, pois influencia o intelecto, o emocional o e corpo da criança. Brincar faz parte da especificidade infantil e oportunizar a criança seu desenvolvimento e a busca de sua completude, seu saber, seus conhecimentos e suas expectativas do mundo. 
	O desprezo das brincadeiras como parte do processo de aprendizagem, deixa a ludicidade à margem do processo de formação do ser humano, afirmando que os conteúdos sistematizados são mais eficazes. Este pensamento  afeta o bem estar da sociedade e da família, reduzindo o espaço para as crianças brincarem com autonomia, sendo estas as mais prejudicadas.Atualmente as crianças entendem por brincadeira os jogos eletrônicos, fazendo com que as mesmas não se movimentem e as deixando estáticas e com isso vão ficando sedentárias e obesas. Com as brincadeiras tradicionais, como, por exemplo, pular no pula-pular corda, elástico, pique alto, etc., fazem com que as crianças se movimentem a todo tempo, gastando energia e dando liberdade para criar proporcionando alegria e prazer. Assim, como irão exercitar a ludicidade que é de suma importante para o seu desenvolvimento?
	Carneiro (2008, p. 1) descreve que: "as brincadeiras voltam-se para o individualismo e a competitividade, o uso dos brinquedos eletrônicos, a televisão passaram a disputar a atenção das crianças", originando dificuldades de relacionamento entre as crianças.
	A brincadeira é uma fonte abastada de entendimento, pois mesmo quando se brinca sozinha, utilizando o “faz de conta”, a criança inventa que está dialogando com alguém ou conversa com os seus brinquedos, como se eles tivessem vida própria. Deste modo, desenvolve o vocabulário e o treinamento da pronúncia das palavras e frases.
	Vagula e Steinle (2013) afirmam que:,
O brincar faz parte do cotidiano dos centros de educação infantil: as crianças aprimoram sua imaginação, como, ao brincar de boneca, a menina para a exercer o papel de mãe. S atividades lúdicas como jogos e brincadeiras favorecem a interação, contribuindo para o desenvolvimento social e intelectual da criança. Por meio do brincar a criança atinge níveis de desenvolvimentos mais elevados, pode agir de forma independente, participa de situações imaginárias, elabora hipóteses para resolver problemas, contribuindo para o desenvolvimento do pensamento abstrato (VAGULA; STEINLE, 2013, p.109).
	Deve-se enfatizar a importância do resgate a real função social da escola (enquanto espaço ampliador do lúdico para humanização da criança), permitindo na infância, o contato com as brincadeiras e brinquedos, de maneira prazerosa.
	Puga e Silva (2008) defendem que  a materialização da Brinquedoteca numa ideia de espaço concreto e organizado para o brincar, local este que respeite e considere a infância sem favorecer a rivalidade e cobranças exageradas. Neste contexto, o contato com vários objetos, o direito de escolhas, estimulando o criar e o recriar das situações. As autoras completam:
[...] proporcionar um espaço lúdico, valorizando o ato de brincar de forma espontânea; resgatar o espaço e o tempo de brincar; possibilitar o acesso a brinquedos; orientar sobre a adequação e utilização dos brinquedos; desenvolver hábitos de responsabilidade; resgatar brincadeiras, incentivando sua valorização como atividade geradora de desenvolvimento intelectual, emocional e social; propiciar a construção de conhecimentos; estimular o desenvolvimento da concentração e atenção; oportunizar a expansão de habilidades e potencialidades; desenvolver a criatividade, a sociabilidade e a sensibilidade; incentivar a autonomia e o sentimento de auto-estima; repassar aos professores e às famílias informações sobre conhecimentos a respeito da importância do brincar e sobre o desenvolvimento do aluno na brinquedoteca (PUGA; SILVA, 2008, p.3).
	Sabe-se que toda criança tem o direito de brincar, mas este direito está afetado, porque elas estão se comprometendo com ocorrência que não condiz com suas idades, pois precisam trabalhar e estudar, são vistas como adultos em miniaturas com suas infâncias anuladas.
 	A Brinquedoteca é um espaço que consente na atualidade, o resgate em vivenciar o lúdico esquecido pelas pessoas, e negado às crianças. Mas, principalmente, como destaca Cunha (2001, p. 16), ela tem a função de "fazer as crianças felizes, este é o objetivo mais importante".
	A Brinquedoteca na Educação Infantil não deveria ser uma opção a ser utilizada, mas sim, um espaço obrigatório nas escolas, em qualquer nível de ensino, pois desta maneira beneficiaria a todos os envolvidos no processo de aprendizagem, já que brincar é um direito de todo indivíduo. 
 	Cunha (1992, p. 38) define a Brinquedoteca como "esforço de salvaguardar a infância, nutrindo-a com elementos indispensáveis ao crescimento saudável da alma e da inteligência da criança", com respeito ao ser humano, seguindo uma filosofia educacional que potencialize sua existência.
	Por este motivo, o espaço lúdico proporciona períodos de exploração, de experimentações, de imaginações, objetivando a resolução de conflitos que ocorrem através das brincadeiras.
	Observa-se que a brinquedoteca não é um fim e sim um meio. Ela possui uma vasta flexibilidade, consequentemente compreende aspectos primordiais e variados, com o objetivo de atingir o desenvolvimento pleno do indivíduo.
	O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) destaca a importância de se valorizar atividades lúdicas na Educação Infantil, visto que “as crianças podem incorporar em suas brincadeiras conhecimentos que foram construindo”. Ainda se observa no RCNEI a valorização do brinquedo, entendidos como: 
Componentes ativos do processo educacional que refletem a concepção de educação assumida pela instituição. Constituem-se em poderosos auxiliares da aprendizagem. Sua presença desponta como um dos indicadores importantes para a definição de práticas educativas de qualidade em instituição de educação infantil (BRASIL, 1998, p.67. v. 1).
	Deste modo, se ressalta que ao falar em brinquedos e brincadeiras, muitas das vezes reflete conceitos pré-estabelecidos, marcados pelas relações de desprezo. 
	Precisa-se entender que atualmente se sabe que é através da ação de fazer, de pensar e de brincar, que o ser humano vai construir seu conhecimento e desenvolvendo suas estruturas psíquicas para se relacionar com o mundo concreto.
	Nesse sentido, as brincadeiras são de extrema seriedade para a ampliação da motricidade, do raciocínio por meio do “faz-de-conta”, pois é através desses recursos utilizados, sempre pelas crianças quando estão brincando, que o desenvolvimento ocorrerá.
	O brincar tem grande importância na educação infantil, principalmente no aspecto cognitivo, proporcionando á criança criatividade, com o objetivo de desenvolver suas habilidades. As brincadeiras fazem parte da infância de toda criança, pois garantem divertimento, alegria e aprendizagem. Enquanto a criança vai se desenvolvendo fisicamente, as brincadeiras se modificam, se ampliam, e vão tomando dimensões de socialização com os demais envolvidos.
	A criança se entende, numa atividade comum e ao mesmo tempo aprende a coexistência, desenvolve o respeito mútuo, partilha brinquedos, divide tarefas e tudo aquilo que implica uma tarefa coletiva no seu cotidiano. 
	Espera-se que ao brincar a criança comece a se relacionar com as pessoas, que ela descubra o mundo, e seja capaz de desenvolver o que ela aprendeu, a criança cresce com mais saúde, amplia a sua criatividade e a sua sensibilidade, e fica mais sociável no convívio com o outro. 
	Brincar é um dos artifícios mais importantes da infância. Brincar é a atividade que permite que a criança se desenvolva, desde os primeiros anos de vida, todo o potencial que tem. Por fim, acredita-se que é a brincadeira que faz a criança ser criança.
	Segundo Velasco (1996):
Brincando a criança desenvolve suas capacidades físicas, verbais ou intelectuais. Quando a criança não brinca, ela deixa de estimular, e até mesmo de desenvolver as capacidades inatas podendo vir a ser um adulto inseguro, medroso e agressivo. Já quando brinca a vontade tem maiores possibilidades de se tornar um adulto equilibrado, consciente e afetuoso (VELASCO, 1996, p. 78).
	
Segundo o autor, as brincadeiras interferem com o desenvolvimento, como a socialização e a aprendizagem. É nesse momento que a criança tem prazer em realizá-las, pois permite a ela todo o desenvolvimento sem esforço. Independente da época e da cultura, as crianças sempre brincaram e brincam, ou seja, elas vão brincar e aprender da forma que mais gostam.
	Dessa maneira, o brinquedo explana, de acordo com Piaget (1973), o real para a realidadeinfantil. Deste modo, com a brincadeira, a inteligência e sua sensibilidade estão sendo desenvolvidas. Portanto, a presença de atividades lúdicas na prática educativa ocorre de maneira espontânea e, também, dirigida, sendo as duas maneiras, totalmente educativa. 
	É na fase espontânea que se o brincar acontece no cotidiano da criança, fato que ocorre e é mobilizado por meio de questões intrínsecas do sujeito, sem nenhuma obrigação com a produção de resultados pedagógicos. 
	De acordo com Piaget (2003), o caráter educativo do brincar é visto como uma atividade formativa, que pressupõe o desenvolvimento integral do sujeito quer seja, na sua capacidade física, intelectual e moral, como também a constituição da individualidade, a formação do caráter e da personalidade de cada um. Enquanto, na fase dirigida, existe a presença das brincadeiras como atividades cujo objetivo específico é o de causar a aprendizagem de um determinado conceito, através da intervenção do docente.
	Atualmente percebe-se um grande número de crianças imaturas e com grandes dificuldades motoras e de relacionamento. De acordo Lopes (2001), isso se dá:
O desenvolvimento infantil precisa acontecer concomitantemente nas diferentes áreas para que haja o equilíbrio necessário entre elas e o indivíduo como um todo. Quando se dá o desenvolvimento precoce de uma área apenas, certamente outras ficarão em atraso, e o indivíduo estará de alguma forma desequilibrado. Tomemos como exemplo muitas crianças que passam a maior parte do seu tempo em frente da televisão ou com jogos eletrônicos. As imagens hiperestimulam a área cognitiva, mas a criança não está desenvolvendo as páreas motoras e afetivas. O mesmo se dá com aqueles que só praticam esportes, não estimulando e consequentemente não desenvolvendo na mesma proporção o cognitivo e o afetivo (LOPES, 2001, p.19).
	O docente deve saber equilibrar os parâmetros educativos da criança atualmente, vendo-a em três dimensões distintas, porém, interligadas: a corporal, a afetiva e a cognitiva, desenvolvendo-as respectivamente.
	Lopes (2001) completa:
Os educadores muitas vezes se perdem e não conseguem mais atrair a atenção ou motivar seus alunos, pois se o educando mudou, o educador também precisa mudar. Os métodos tradicionais de ensino estão cada vez menos atraentes para a criança, ela quer participar, questionar, atuar e não consegue ficar horas a fio sentada ouvindo uma aula expositiva (Lopes, 2001).
	
	Através do jogo, que uma atividade importantíssima para o desenvolvimento da criatividade tanto na criação como também na execução, que a criança aprende os conteúdos programáticos, aprimoram seus conhecimentos e transmitem sua cultura própria, de maneira lúdica e divertida.
 	Os jogos são importantes, pois envolvem regras como ocupação do espaço e a percepção do lugar. 
	Seguindo essa linha de raciocínio, Kishimoto (1993) afirma: 
Os jogos têm diversas origens e culturas que são transmitidas pelos diferentes jogos e formas de jogar. Este tem função de construir e desenvolver uma convivência entre as crianças estabelecendo regras, critérios e sentidos, possibilitando assim, um convívio mais social e democracia, porque “enquanto manifestação espontânea da cultura popular, os jogos tradicionais têm a função de perpetuar a cultura infantil e desenvolver formas de convivência social (KISHIMOTO, 1993, p.15).	
	A criança pode interagir na construção do brinquedo ou dos jogos, assim ela se aproxima mais de seu desenvolvimento, pois irá necessitar de uma postura crítica em relação às regras que serão impostas.
	Nessa perspectiva, Lopes (2001) completa: 
Muitos jogos ganham uma motivação especial quando a criança os confecciona. Algumas vezes, parto de, pelo menos, duas ideias para que a criança inicie fazendo o trabalho por meio da escolha, o que para alguns é algo muito ─ em geral, crianças muito tímidas, com baixa auto-estima, com sentimentos de menos-valia, possuem grande dificuldade para escolher. Dessa forma, apresentando-lhes pelo menos duas sugestões, já estou trabalhando uma de suas dificuldades (LOPES, 2001, p.25).
	Ao trabalhar interação do aluno na construção do próprio jogo lúdico, desenvolvem-se questões relacionadas à ansiedade, coletividade e sociabilidade.
	Não importa qual o tipo de brinquedo, o que importa é que exista um, pois no brincar a criança ocasiona uma relação de aprendizagem educativa. E quando uma criança tem a oportunidade de confeccionar seu próprio brinquedo, entende que o seu trabalho é capaz de transformar coisas em objetos novos, ou seja, novo brinquedo. 
	Seguindo esse pensamento Oliveira (1984), acrescenta: 
O brinquedo educativo se auto-define como agente de transmissão metódica de conhecimentos e habilidades que, antes de seu surgimento, não eram veiculadas às crianças pelos brinquedos. Simboliza, portanto, uma intervenção deliberada no lazer infantil no sentido de oferecer conteúdo pedagógico ao entretenimento da criança (OLIVEIRA, 1984, p. 44).
	O brinquedo tem um poder enigmático sobre a criança, não importando seu valor, sua forma ou o seu tamanho. Ele sempre será uma maneira de brincadeira e uma ação lúdica.
	Vagula e Steinle (2013) ressaltam que:
O professor cria oportunidade para os alunos descobrirem e constituírem seus conhecimentos e habilidades, assim a brincadeira e o jogo precisam ocupar posição de destaque no currículo da educação infantil, que precisa estar organizado em função das necessidades das crianças, levando em consideração a importância do faz de conta (brincadeira de casinha, de médico, de motorista, entre outras). Através do brinquedo a criança formula conceitos (VAGULA; STEINLE, 2013, p. 109).
 	Nessa perspectiva, a criança coloca no brincar todas as suas aspirações. O brinquedo permite que ela se transponha para um mundo próprio, cheio de ilusões, porém dentro de regras já existentes em sociedade.
 	Não é apenas no convite da criação intermediada pelo docente que a criança cria brinquedos. Ela muitas vezes destrói algum brinquedo na busca do entendimento e conhecimento do mesmo. Troca cabeças de bonecas, rodas de carrinhos, ela quebra e tenta consertar , dessa maneira ela, sem perceber, desenvolve a criatividade e aprimora suas habilidades motoras.
Segundo Oliveira (2002): 
Por meio da brincadeira, a criança pequena exercita capacidades nascentes, como as de representar o mundo e de distinguir entre pessoas, possibilitadas especialmente pelos jogos de faz-de-conta e os de alternância respectivamente. Ao brincar, a criança passa a compreender as características dos objetos, seu funcionamento, os elementos da natureza e os acontecimentos sociais. Ao mesmo tempo, ao tomar o papel do outro na brincadeira, começa a perceber as diferenças perspectivas de uma situação, o que lhe facilita a elaboração do diálogo interior característicos de seu pensamento verbal (OLIVEIRA, 2002, p. 160).
	O brinquedo pode transforma-se em um aliado importantíssimo no desenvolvimento cognitivo, pois através das brincadeiras a criança encontra-se com suas habilidades. 
 	A brincadeira é primordial para a construção de conhecimento da realidade da criança e a mesma é capaz de criar conexão com a função pedagógica da educação infantil. 
	O brincar pode parecer, para a criança, apenas como uma forma de lazer. Porém, a brincadeira deve ser ministrada, no espaço escolar, de forma educativa e organizada, para que a mesma se socialize, aprendendo a conviver em grupo.
	Acredita-se a educação infantil abre portas para que as vivencias em grupos nessa faixa etária tornem-se significativas no processo de aprendizagens futuras. A história da educação infantil é marcada por altos e baixos, seu surgimento se deu com a revolução industrial, esse movimento levou mulheres e mães para fora do lar, gerando a necessidade do surgimento das creches. Através das brincadeiras as crianças podem aprender sobre o mundo, desenvolvendo-se nos sete eixos mencionados nos RCNEIS. A grande maioria das brincadeiras está associada ao desenvolvimento dos movimentos corporais, trabalhandoas destrezas, habilidades, lateralidade. que o professor da Educação Infantil é decisivo em promover o crescimento intelectual do aluno não apenas para ter bom rendimento na escola, mas para a vida em sociedade.	
	O docente deve introduzir atividades lúdicas no cotidiano escolar da Educação Infantil, pois ao participar de atividades coletivas de lazer a criança compreende a necessidade de se relacionar, tornado-se mais colaborativa e sociável.
	Souza e Damasceno (2012) discorrem sobre a importância da brinquedoteca.
A criação da brinquedoteca foi um marco legitimador e histórico da importância do brincar para a criança. É uma conquista para a sociedade e, em especial, para a criança que, assim, aprende de forma mais harmoniosa e prazerosa. A brinquedoteca é um espaço criado para favorecer a brincadeira. É um espaço em que as crianças (e os adultos) vão para brincar livremente, com todo o estímulo à manifestação de suas potencialidades e descobrimento de outras. Este brincar acontece de forma livre mais com um objetivo proposto pelo (a) brinquedista para cada brincadeira, no intuito de ensinar ou desenvolver determinadas habilidades (SOUZA; DAMASCENO, 2012, p. 9).
	Uma brinquedoteca deve ter seu espaço próprio, equipada com brinquedos e materiais diversificados, que levem em consideração a necessidade individual e coletiva para o desenvolvimento da criança. É fundamental que esses materiais estejam disponíveis ao acesso das crianças, a fim de estimulá-las a brincarem. A quantidade de brinquedos, também, deve ser suficiente para o número de crianças.
	Porém se uma instituição de ensino, ainda, não possui um espaço próprio com sua brinquedoteca instalada, nada impede ao docente de se adaptar à situação indesejada e construir um espaço lúdico em sua sala de aula.
	A maior importância em relação à criação da brinquedoteca é a de aproximar o aluno da realidade e através da ludicidade desenvolver seu potencial e suas habilidades.
	Freire (2002) nos fala da importância do papel do professor capaz de mudar, mesmo com as dificuldades do cotidiano. 
Gosto de ser gente porque, mesmo sabendo que as condições materiais, econômicas, sociais e políticas, culturais e ideológicas em que nos achamos geram quase sempre barreiras de difícil superação para o cumprimento de nossa tarefa histórica de mudar o mundo, sei também que os obstáculos não se eternizam (FREIRE, 2002, p. 23).
	Seguindo esse pensamento, não se deve ficar estagnado diante dos empecilhos do cotidiano escolar. Deve-se ir adiante, querer mudar e acima de tudo ser transformador e deixar marcas profundas de aprendizado. 
	O aluno deve ser estimulado a aprender e a escola é o alicerce mediador nessa construção de conhecimento. Sendo o professor o protagonista para que essa “história” se concretize.
	Se a escola não disponibiliza uma brinquedoteca o educador pode criar, em um cantinho de sua sala de aula, utilizando-se de matérias recicláveis, máscaras de emborrachado, pois elas irão durar mais tempo ao serem manuseadas pelas crianças; blocos para construção de caixas de papelão encapadas com papel colorido; amarelinha pintada no chão com a sequência de números; potes decorados para armazenarem lápis de cor, giz de cera, canetinha, massa de modelar e outros.
	 A criatividade do docente é primordial para a execução dessa tarefa e a participação dos alunos na decoração é estimulante e desenvolve a responsabilidade, também, na preservação e organização do espaço.
	O docente não encontrará uma receita pronta de como atingir seus objetivos através da ludicidade pelo uso da brinquedoteca, pois cada aluno se desenvolve em seu tempo, porém as chances de alcançar suas metas são incomparáveis quando se faz presente, no cotidiano escolar, a utilização do lúdico.
	Vagula e Steinle (2013) concluem que:
Brincando a criança estabelece os seus próprios limites sociais, imita a realidade para compreendê-la, constrói a sua identidade, exerce liderança, desenvolve espírito de solidariedade, de cooperação, ajuda mútua e aceitação. A participação do adulto na brincadeira motiva e enriquece a experiência, e a criança sente-se desafiada. Assim, o professor organiza, seleciona, estabelece prioridades e estímulos. Ao mesmo tempo em que respeita o interesse, percebendo suas dúvidas e suas necessidades (VAGULA; STEINLE, 2013, p. 110).
	Cabe ao professor ministrar brincadeiras organizadas, com propostas pedagógicas, a fim de observar o desenvolvimento individual e coletivo da turma.
	Ao que se refere à proposta pedagógica, cabe salientar que:
O projeto político pedagógico da escola deve partir de uma leitura crítica da realidade, identificando suas dificuldades, projetando mudanças, estabelecendo objetivos e meta comuns a toda comunidade escolar. [...] Pensar um projeto de educação, implica pensar a escola que queremos, revendo concepções de homem, mundo e de sociedade que se pretende construir (VAGULA; RAMPAZZO; STEINLE, 2013, p. 69/70).
	 
	Ao pensar em um projeto faz-se necessário pensar no público alvo. Ministrar atividades lúdicas programadas e organizadas, com objetivo específico é essencial para a concretização das metas propostas.
	O brincar precisa estar aliado a uma proposta pedagógica. O lúdico não pode ser utilizado para “passar o tempo” ou “tapar buraco”, na falta de conteúdo ou de um professor. 
	Exemplificando o citado acima: Se o docente disponibiliza um tempo para ministrar um vídeo aos alunos e posteriormente não desenvolve nenhuma atividade vinculada ao tema, de nada adiantou a ludicidade utilizada. Ela ocorreu de forma banal e não acrescentou conhecimento ao educando.
	O professor tem a opção de, simplesmente, ministrar conteúdos em aulas expositivas ou de interagir através da ludicidade levando o aluno a pensar, experenciar e desenvolver seu raciocínio.
 	O docente pesquisador, com certeza, escolheria a segunda opção, pois a utilização do brincar, com ou sem o espaço da brinquedoteca, ameniza a rigidez dos métodos tradicionais de ensino. Rigidez, essa, que ainda insiste em fazer parte do cotidiano de uma grande parte das escolas no Brasil, impedindo o educando de desenvolver suas potencialidades.
	Santos (2008) esclarece: 
Ser lúdico, portanto, significa usar mais o hemisfério direito do cérebro e, com isso, dar uma nova dimensão à existência humana, baseado em novos valores e novas crenças que se fundamentam em pressupostos que valorizam a criatividade, o cultivo da sensibilidade, a busca da afetividade, o autoconhecimento, a arte do relacionamento, a cooperação, a imaginação e a nutrição da alma (SANTOS, 2008, p.13).
	Sabe-se que, a maioria, os docentes aprenderam a lecionar na maneira tradicional de ensino, porém os tempos são outros. É preciso inovar nas práticas pedagógicas, e na experimentação dos educandos, pois é através do contato direto com a realidade do brincar que o desenvolvimento da criança acontecerá de maneira prazerosa.
3. Processo de Desenvolvimento de um Projeto de Ensino
3.1Tema e linha de pesquisa
	O tema intitulado “Brincando se aprende” mostra sobre a necessidade de desenvolver atividades lúdicas, para o desenvolvimento individual e coletivo da criança.
3.2 Justificativa
	Desenvolver atividades em Educação Infantil não é nada fácil, em razão dos alunos serem muito pequenos e ainda por não corresponderem de forma motora a muitas atividades. 
	Nasce assim, a necessidade de desenvolver um Projeto de Ensino que vise à brincadeira dirigida e a brincadeira livre utilizando o espaço da brinquedoteca.
	Através a brincadeira a criança é capaz de desenvolver sua lateralidade, criatividade, sociabilidade e sensibilidade. 
	Estas crianças precisam se submeter a um processo de organização da sua psicomotricidade, ou seja, de autocontrole muscular. E por meio das brincadeiras dirigidas ou livres esse desenvolvimento ocorre de maneira tranqüila e prazerosa. 
3.3 Problematização
	
	O brincar é uma atividade muito importante para a vida humana por que a mesma é a criadora do desenvolvimento, na qual a imaginação desenvolve a fantasiada realidade para interagir na produção de novas possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças, assim como de novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e adultos para a convivência na sociedade.
	As razões para brincar são inúmeras, pois sabemos que a brincadeira só faz bem, e só não entendemos porque em muitos lugares isso incomoda tanto na sociedade ou algumas pessoas, pais, professores..., mas sabemos que o brincar é um direito da criança, como apresentado na Lei 8.069, de 13 de julho de 1990, denominada Estatuto da Criança e do Adolescente, acrescenta no Capítulo II, Art. 16°, Inciso IV, que toda criança tem o direito de viver o seu tempo de infância que é o de brincar, praticar esportes e divertir-se. brincadeira é a passagem para os níveis mais elevados de desenvolvimento. A função do brinquedo é a brincadeira. O brinquedo tem como princípio estimular a brincadeira e convidar a criança para esta atividade. 
	Para Suzuki et al (2013):
[...] sabemos que esta liberdade de expressão só é possível se esse espaço for pensado, organizado e orientado pelo adulto, que deve estar sempre observando a interação da criança com o brinquedo, a interação da criança com o jogo, a interação da criança com a sua representação, sendo esta interação seguida ou não da presença, dos colegas. (SUZUKI et al, 2013, p. 27).
	
	Seguindo esse pensamento, percebe-se que a brinquedoteca no espaço educacional é de suma importância, pois possibilita a intervenção do professor, quando necessário, para o desenvolvimento do aluno.
	A brincadeira é uma abastada fonte de comunicação, pois até mesmo na brincadeira solitária a criança, pelo faz de conta, imagina que está conversando com alguém ou com os seus próprios brinquedos. Dessa maneira, a linguagem é desenvolvida com o acréscimo do vocabulário e o exercício da pronúncia das palavras e/ou frases.
	Suzuki et al (2013) completa:
As crianças de espaço, tempo, material e companhia para brincar. Quanto mais elas experimentarem, olharem, ouvirem, mais aprenderão, e assim poderão relacionar os elementos reais com os elementos imaginários das suas brincadeiras, e mais produtivas serão as atividades de representação (SUZUKI et al, 2013, p. 12).
	É evidente a relação que permeia a questão de que através de brincadeiras se alcança a aprendizagem. No entanto, para que isto ocorra com mérito Bomtempo (1997) ressalta que é necessário o docente estar capacitado e consciente de que atividades e experiências alternativas, como o brincar, promovem a aprendizagem na criança.
	A maneira como o educador fará a intervenção durante a brincadeira irá definir a aprendizagem. A brincadeira quando é dirigida por um adulto sem um objetivo determinado, perde o seu significado. No modo dirigido o docente aproveita a brincadeira para introduzir a aprendizagem de conteúdos escolares e conduzir as atividades facilitando o desenvolvimento da criatividade e, dessa maneira, o desenvolvimento individual do aluno.
	Através da brincadeira livre, surgem laços de amizades, passando a assumir um papel importantíssimo nas relações de amizades. Essa amizade deve ser utilizada, posteriormente, como base para a adaptação escolar em habilidades comunicativas e sociais e nos trabalhos no cotidiano escolar.
	O Projeto intitulado “Brincando se aprende” mostra sobre a necessidade de desenvolver atividades lúdicas, para o desenvolvimento individual e coletivo da criança. 
	A educação infantil abre portas para que as vivencias em grupos nessa faixa etária tornem-se significativas no processo de aprendizagens futuras. A história da educação infantil é marcada por altos e baixos, seu surgimento se deu com a revolução industrial, esse movimento levou mulheres e mães para fora do lar, gerando a necessidade do surgimento das creches na Educação Infantil que o brincar proporciona, na criança, a possibilidade de formar regras constituídas por si e em grupo, colaborando na integração do indivíduo na sociedade. Dessa maneira, à criança estará resolvendo conflitos e hipóteses de conhecimento e, ao mesmo tempo, desenvolvendo a capacidade de compreender pontos de vista distintos, de fazer-se entender e de explicar sua ideia em relação aos demais.
	Seguindo este pensamento Suzuki et al (2013) apud Paschoal (2007) diz:
No faz de conta, enfim, são contemplados objetivos como: formação e desenvolvimento da linguagem oral; do pensamento; da memória; da atenção; da imaginação; controle da própria conduta; formação de identidade; criação de uma autoestima positiva; aprendizado do relacionamento com os colegas; esperar a sua vez; trabalho em grupo; noção de tempo e espaço; planejar e avaliar o momento em que vive. [...] ao brincar a criança está firmando valores e sentimentos morais e éticos, percebendo o que é certo e errado. Em outras palavras está criando as bases de sua personalidade (SUZUKI et al 2013, p.16-17 apud PASCHOAL 2007, p.46)
	Assim, no que se refere à aprendizagem, utilizar a brincadeira como um recurso é aproveitar a motivação interna que as crianças têm para tal comportamento e tornar a aprendizagem, de conteúdos do cotidiano escolar, mais prazerosa e com isso, colaborar na formação da personalidade do indivíduo.
	Através do Projeto de Ensino proposto a ludicidade se faz presente ao mesmo tempo em que várias disciplinas são abordadas de uma maneira contextualizada e suave. O aluno aprende conteúdos importantes para seu desenvolvimento. Brincando, aprendendo e se desenvolvendo como ser social e ativo.
3.4 Objetivos
	Incentivar o uso da brinquedoteca na Educação Infantil;
	Identificar os perigos da vida real;
	Comparar alimentos saudáveis e não- saudáveis;
	Desenvolver a lateralidade e a psicomotricidade;
	Aproximar família e escola.
	
3.5 Conteúdos
	Serão ministrados conteúdos para turmas da Educação Infantil visando desenvolver atividades utilizando a brinquedoteca, através de brincadeiras conduzidas e brincadeiras livres.
	Brincadeiras conduzidas: “Enquanto seu lobo não vem” (noção de espaço); Cobra-cega: “Que alimento é esse?” (paladar, olfato e tato); “Brincadeira Cantada com obstáculos” (psicomotricidade).
Realizarão “rodinhas de conversas”. Onde serão abordando os temas: ”Desobediência e Perigo”, “Perigo existe em todo lugar” e “Alimento Saudável”, embasados na história do Chapeuzinho Vermelho.
 	Será destacada a importância de uma alimentação saudável e a utilização da “Cozinha Criativa” na realização de uma salada de frutas.
	Oficinas de artes utilizando diversos materiais, para a construção de máscaras dos personagens.
	Oficina de artes com a participação dos pais, na construção de cestas utilizando material reciclável.
	Trabalho de campo no pátio da escola.
	Utilizarão um “blocão” para anotar a história do Chapeuzinho Vermelho, recontada pelos alunos incluindo alimentos saudáveis, na cesta, para a vovozinha.
		Contação da história aos pais, pelos alunos, caracterizados com suas máscaras.	
	
3.6 Processo de desenvolvimento
	O Projeto de ensino proposto será ministrado no prazo de duas semanas e ocorrerá sempre após a rotina escolar já estipulada para a Educação Infantil.
 No primeiro dia após a narração da história, abrir a “rodinha de conversa” abordando os temas: Desobediência e Perigo.
Em seguida organizar mesas com atividades diversificadas, sobre a história, tais como: desenho livre, massinhas de modelar e recorte e colagem.
Posteriormente, na brinquedoteca, dar início a uma brincadeira conduzida, do lobo: “Enquanto seu lobo não vem”. Um aluno ficará dentro da casinha e os demais ficarão do lado de fora. Aproveitando o momento, também, para ensinar noção de espaço e posição.
No segundo dia pedir que os alunos recontem a história do dia anterior. Organizar a sequência da história produzida pelos educandos. Em seguida distribuir cenas da história a fim de serem ilustradas com a utilização de giz de cera, tinta guache, recorte e colagem e bolinhas de papel crepom. Distribuir esses materiais em mesas afastadas. 
Brincadeira livre na brinquedoteca.No terceiro dia pendurar as cenas ilustradas pelos alunos no “varal da literatura” colocando-as na ordem da história.
Em seguida cantar, junto com os alunos, a música entoada pela protagonista da história, a Chapeuzinho Vermelho.
Após a cantiga distribuir folhas de papel A4 para desenho livre de doces. Solicitar que os mesmos sejam decorados com bolinhas de papel crepom.
Distribuir a história em pequenas frases, para cada aluno treinar em casa com a ajuda dos pais, para posterior apresentação.
Posteriormente levar os alunos para a “Brincadeira Cantada com obstáculos” na brinquedoteca. A turma deverá cantar a música entoada pela protagonista da história, enquanto cada aluno deverá seguir um caminho estipulado pela docente, com pequenas barreiras, a fim de desenvolver a psicomotricidade. 
No quarto dia abrir a “Rodinha da Conversa” com o tema: Perigo existe em todo lugar.
Em seguida fazer um “Trabalho de Campo” no pátio da escola, destacando lugares perigosos, citados pelos alunos e pela professora. Anotar os perigos citados pelos alunos. 
Brincadeira livre na brinquedoteca.
No quinto dia os alunos deverão decorar placas de atenção utilizando tintas, lápis de cor, canetinha e giz de cera.
Em seguida voltar ao pátio para distribuir as placas de atenção nos devidos lugares.
Na Brinquedoteca ensaiar as falas da historinha distribuída no dia terceiro dia do projeto de Ensino.
No sexto dia abrir uma “rodinha de conversa” abordando o tema: Alimento saudável. Salientando se a Chapeuzinho Vermelho estava correta ao levar doces para a vovozinha que estava doente.
Em seguida verificar os lanches trazidos pelos alunos, destacando os alimentos saudáveis.
		Posteriormente dar início ao Jogo, adaptado, da Cobra – cega: “Que alimento é esse?”. A docente deverá dividir a turma em equipes, vendar os olhos de um aluno de cada equipe, após deixar que o aluno sinta o cheiro, o gosto e a textura do alimento, para que possa identificá-lo. 
Brincadeira livre na brinquedoteca.
	Solicitar que cada aluno traga uma fruta de sua preferência para utilizar como atividade na “Cozinha Criativa”, para a produção de uma salada de frutas.
	No sétimo dia na “Cozinha Criativa”, produzir e degustar a salada de frutas com os alunos, salientando os cuidados de higiene que se deve ter com os alimentos e os males que a falta de higiene pode causar a saúde. 
	Posteriormente levar os alunos para uma brincadeira conduzida na brinquedoteca. Repetir a atividade realizada no terceiro dia do Projeto de Ensino no qual a turma deverá cantar a música entoada pela protagonista da história, enquanto cada aluno deverá seguir um caminho estipulado pela docente, com pequenas barreiras, a fim de desenvolver a psicomotricidade.
	No oitavo dia utilizar um “blocão” para anotar a história do Chapeuzinho Vermelho, recontada pelos alunos incluindo alimentos saudáveis, na cesta, para a vovozinha.
	Em seguida os alunos deverão decorar as páginas do “blocão” utilizando recorte e colagem, bolinhas de papel crepom e cola colorida.
Brincadeira livre na brinquedoteca.
No penúltimo dia do Projeto de Ensino ensaiar as falas da historinha distribuída no dia terceiro dia do projeto de Ensino, na brinquedoteca da escola.
Construir máscaras dos personagens da História do Chapeuzinho Vermelho, a fim de serem utilizadas na contação da história. Os alunos deverão pintar e/ou decorar as máscaras.
No último dia do Projeto realizar uma oficina de artes, juntamente com os pais, para a construção de cestas utilizando folhas de revista enroladas em formas de canudinhos. 
Em seguida ocorrerá a contação da história, pelos alunos, caracterizados com as máscaras dos personagens.
Posteriormente a culminância, será apresentada uma palestra, por uma nutricionista, aos pais, com opções de alimentos saudáveis para que os filhos tragam em suas lancheiras, enquanto os alunos ficam na Brinquedoteca com brincadeiras livres.
3.7 Tempo para a realização do projeto
	O Projeto de ensino proposto será ministrado no prazo de duas semanas e ocorrerá sempre após a rotina escolar já estipulada para a Educação Infantil.
	
3.8 Recursos e materiais
	Contação de história, Música; Rodinha de Conversa, Placas informativas; Jogos e brincadeiras; Desenho; Alimentos; Trabalho de Campo, Palestra; Tinta; Massinha; Papel crepom, Jornal, etc.
3.9 Avaliação
	A Avaliação será contínua e ocorrerá durante todo o projeto, visando à participação, a colaboração e a organização da turma durante as atividades. Será registrada através de uma ficha individual. 
4-Considerações finais
	Conclui-se que o brincar é de fundamental importância na vida da criança e a brincadeira é um meio que a criança utiliza para desenvolver, aprender a se relacionar com as outras crianças e com o mundo em que esta inseridos. Vale ressaltar que as escolas de educação infantil devem oferecer à criança um ambiente de qualidade e favorecedor para o desenvolvimento da criança, que estimule as interações sociais e que seja um ambiente enriquecedor da imaginação infantil, por que é através do brincar que a crianças aprendem, tornando os momentos de brincadeiras em aprendizagens significativas. 
 O estudo foi desenvolvido mostra que a importância de valorizar a prática do brincar do lúdico para incentivar crianças na educação infantil, é enorme a importância, dos benefícios que o brincar proporciona no desenvolvimento da criança, através desse momento à criança, se comunica, descobre suas habilidades com naturalidade e com prazer, dentro desse universo de faz de conta. Levando em conta o que foi analisado o brincar este diretamente relacionado ao desenvolvimento intelectual da criança, dessa forma, a criança precisa de estímulos quanto nos ambientes escolares, quanto familiar dando oportunidades de contatos com materiais que dão suporte a uma aprendizagem de qualidade.
 Em virtude do que foi mencionado não se pode simplesmente culpar os educadores ou considerá-los desmotivados pelo assunto, mas é preciso mostrar quais são os benefícios de um trabalho bem elaborado, que envolva as atividades lúdicas de qualidade, com liberdade de ação física, mental, utilizando recursos e transparência, no estímulo na competição entre os alunos através dos brinquedos, oferecer segurança, tudo isso são notáveis para enriquecimento do trabalho, e a construção de sua identidade. 
 Considerando esses aspectos, com base nas pesquisas sobre a importância do brincar na educação infantil, pode se obter um resultado satisfatório na busca por uma identidade infantil de qualidade, somado ao desafio do estudo, pois além de proporcionar um grande aprendizado sobre o assunto abordado, foi uma superação pessoal enquanto professora da Educação infantil. 
 O brincar é indispensável para o desenvolvimento emocional, cognitivo e motor da criança. 
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