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E M E R G Ê N C I A S : C r i s e A g u d a d e A s m a – D a y a n n e A l v e s U P E / F O P | 1 Crise Aguda de Asma É uma doença obstrutiva pulmonar que se caracteriza pelo aumento da reatividade da traqueia e dos brônquios a inúmeros estímulos, manifestando-se através de um estreitamento reversível das vias aéreas. Seus mecanismos básicos são ainda desconhecidos, contudo, parecem estar associados a um desequilíbrio do controle colinérgico e adrenérgico do diâmetro das vias aéreas, estreitando-as devido ao espasmo da musculatura lisa dos brônquios, edema e inflamação de suas paredes, associado à uma maior produção de muco pode ser classificada em duas categorias, de acordo com seus fatores causadores: 1- INTRÍNSECA, mais comum em adultos, 2- EXTRÍNSECA Ocorre mais em jovens e crianças antes dos 10 anos de idade. Geralmente apresentam um histórico de reação alérgica a um componente genético ou hipersensibilidade do tipo I. De acordo com a sua gravidade pode, por sua vez, ser classificada em quatro outras categorias: INTERMITENTE; LEVe; PERSISTENTE MODERADA; PERSISTENTE GRAVE. Normalmente é uma condição autolimitada, contudo, poderá exigir pronto atendimento caso os episódios tornem-se constantes e resistentes à ação farmacológica, uma vez que pode oferecer risco de óbito ao paciente. Suas manifestações clínicas podem se desenvolver de forma gradual ou súbita. São elas: Tosse; Dificuldade respiratória; Uso da musculatura acessória para respirar; Aumento da frequência respiratória e cardíaca. Transpiração em excesso; Agitação; Sonolência ou confusão e Cianose não são sinais específicos da asma, mas podem nela ser observados, pois estão relacionados à dificuldade respiratória. A sua ocorrência pode ser precipitada por vários agentes desencadeantes,que são absorvidos através das vias respiratórias; das membranas mucosas do intestino, ou mesmo pela pele. Esses agentes podem ser alérgenos ou não, como o Ar frio; Estresse físico e emocional; irritantes ambientais e poluentes; Certos fármacos e alimentos, como: AS,AINEs, leite, ovos, chocolate, peixe, etc; Substâncias oxidantes do grupo dos sulfitos; Infecções virais; e agentes farmacológicos: colinérgicos, antagonistas beta-adrenérgicos e histamina (?) O tratamento da asma brônquica tem como objetivo principal manter uma condição pulmonar estável, hoje, conseguido com o auxílio de medicamentos de ação prolongada. Por meio da anamnese o CD deve identificar o paciente com histórico de asma e realizar medidas preventivas para evitar uma crise aguda durante o atendimento odontológico. Geralmente são utilizados fármacos do grupo dos Broncodilatadores Adrenérgicos, como o Salbutamol, Fenoterol e a Terbutalina; do grupo das E M E R G Ê N C I A S : C r i s e A g u d a d e A s m a – D a y a n n e A l v e s U P E / F O P | 2 Metilxantinas, como a Aminofilina e, ainda, os Corticoesteróides, tais como a Hidrocortisona; Predinisona e Beclometasona PREVENINDO Uma vez estabelecido o perfil do paciente asmático, algumas medidas preventivas podem ser tomadas para evitar episódios agudos. 1- Controle da ansiedade do paciente. Considerar um protocolo de SEDAÇÃO MÍNIMA em pacientes extremamente ansiosos ou nas intervenções mais invasivas; 2- Anestesia local perfeita 3- O pac. deve trazer o BRONCODILATADOR aerossol (bombinha) em todas consultas; 4- Evite prescrever AS, AINEs e paracetamol em gotas (sulfito). Como alternativa: corticoesteriodes, paracetamol ou dipirona; 5- Em pacientes asmáticos que fazem o uso de corticóides e têm história de alergia a sulfitos, dar preferência aos anestésicos com felipressina 6- Inclua um broncodilatador na forma de aerossol, normalmente o salbutamol, e um aparelho portátil de administração de O2 no seu equipamento de emergência. PROTOCOLO DE ATENDIMENTO É importante saber diferenciar uma crise de asma moderada de uma severa. SEVERA - Intensa dispneia; - Cianose da mucosa labial e leito das unhas; - Transpiração; - Vermelhidão da face e pescoço - Uso da musculatura acessória para respirar (?) - Fadiga; - Confusão mental. Esse quadro exige um protocolo de atendimento mais complexo: ambiente hospitalar e sob responsabilidade médica. Na vigência de uma crise de asma aguda no consultório odontológico, o CD está LIMITADO a proceder da seguinte forma: 1- Interrompa o tratamento e remova qualquer material da boca do paciente; 2- Tranquilize-o 3- Coloque o paciente sentado contra o encosto de uma cadeira comum; 4- Peça pra ele fazer a autoadministração da bombinha. Se ele não conseguir, insufle 5 aplicações do medicamento num saco de papel e o adapte à boca e nariz do paciente, pedindo para que ele inspire em seguida; E M E R G Ê N C I A S : C r i s e A g u d a d e A s m a – D a y a n n e A l v e s U P E / F O P | 3 5- Administre O2,usando uma máscara ou cânula nasal, mantendo um fluxo de 5 a 7 litros/min; 6- A não regressão da crise indica que o broncoespasmo é tal que o próprio broncodilatador não está conseguindo chegar aos alvéolos. Logo, é necessária a administração de 0,5 ml de uma solução de epinefrina 1:1000, via intramuscular, já que possui uma potente ação broncodilatadora, controlando o broncoespasmo alguns minutos após sua administração. *é contraindicada para pacientes com pressão sanguínea alta, diabetes, hipertireoidismo e doença cardíaca isquêmica.
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