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Emergências psiquiátricas

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Nicoly Ferreira - P5
EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS
“Uma emergência psiquiátrica é qualquer tipo de perturbação de pensamento, sentimentos ou ação para quais se faz necessária
intervenção terapêutica imediata”
Dimensão:
❖ Distribuição semelhante entre gêneros
❖ Solteiros, divorciados e casados (ordem de prevalência)
❖ Não é sazonal e não é influenciado pelas fases da lua
❖ 40% dos casos requer hospitalização para estabilização das funções do paciente
Objetivos do atendimento:
❖ Estabilização (risco de agressividade, etc)
❖ Exclusão de uma condição médica geral
❖ Estabelecer uma hipótese diagnóstica (transtorno de humor, quadro psicótico)
1. ABORDAGEM
❖ Ambiente de segurança e confiança para o paciente, de modo a estabelecer um diálogo e uma relação favorável, sendo esse
fator influenciável até mesmo na adesão do tratamento
❖ Mostrar-se interessado no discurso, apresentar-se
❖ Controle de voz e gestos (movimentos bruscos, esconder as mãos) garantindo um distanciamento razoável para segurança
do médico
❖ Honestidade para não prejudicar a confiança da relação médico paciente
2. INVESTIGAÇÃO
Causas comuns:
❖ Surtos psicóticos: perda aguda do contato com a realidade, é comum a maioria dos distúrbios
❖ Descompensação de transtorno de humor e personalidade: idealização suicida, episódios de alta agressividade, mutilação
❖ Intoxicação ou abstinência de substâncias psicoativas: atentar-se a sinais vitais do paciente, já que existem riscos cardíacos e
neurológicos (convulsão) → por ser uma condição química, dificilmente se estabelece contato saudável e a contenção se faz
necessária
Patologias intracranianas Patologias sistêmicas
TCE Metabólicas (hipoglicemia)
Infecções (meningites) Endócrinas (hipocortisolismo)
Neoplasias Hipovitaminose (anemia perniciosa)
Defeitos da conformação anatômica Infecções
Acidente vascular cerebral Exposições ambientais a organofosforados
Malformação vascular Doenças reumáticas (lúpus eritematoso sistêmico)
Doenças degenerativas
Epilepsia e síndromes epileptiformes
Síndromes parciais complexas, delirium pós ictais
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Nicoly Ferreira - P5
Muitas condições médicas gerais (psicose orgânica) causam sintomas psiquiátricos. Entretanto, a intervenção é na clínica origem do
sintoma, e não no hospital psiquiátrico. São diagnósticos diferenciais que devem ser considerados
Obs1: 90% das alucinações visuais vem de condições médicas gerais
3. INTERVENÇÃO
❖ Controle rápido
❖ Contenção física
❖ Contenção química (ao fazer medicações: o que já faz uso, alergias, outras comorbidades)
Intervenção química:
a) Antipsicótico: menos agressivo, menos agitado (ajuda no desenvolvimento
da anamnese)
b) Benzodiazepínico: alteração no nível de consciência
Na maioria das vezes ambos são prescritos
→ Antipsicóticos
Haloperidol (Haldol)
❖ Doses repetidas até a melhora, com máximo de 4 a 6 horas, repetição entre 40 e 60 minutos. Efeitos colaterais do uso
crônico não devem ser preocupação
❖ Normalmente se faz injetável
❖ Quando associado com prometazina (fenergan) pode causar sedação e favorecer crises epiléticas
Clorpromazina (Amplictil):
❖ Antipsicótico com potencial sedativo que pode gerar hipotensão (atentar-se em vias endovenosas par evolução com
fatalidade), via intramuscular é mais segura
Risco em ambos: arritmia e convulsões (diminuem limiar convulsivo)
→ Benzodiazepínicos
❖ Diazepam
Apenas em via oral ou endovenosa→ ÚNICO! não faz IM
❖ Midazolam
Sedação muito rápida porém eliminação segura, via IM
Risco em ambos: depressão respiratória (cuidado em alcoolizados, asma, DPOC)
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Nicoly Ferreira - P5
Intervenção física:
Garantir a segurança do próprio paciente das pessoas em volta, pode ser feito enquanto se aguarda o efeito da medicação
Procedimento:
1. Abordagem com equipe numerosa, sempre deve ser mantida a comunicação com o paciente e a contenção física só deve ser
feita em vigência da intervenção medicamentosa
2. Informar ao paciente o que está sendo feito, de maneira objetiva e previsão
3. Atenção as vias aéreas e manter paciente em decúbito
4. Observar sinais vitais
5. Quando medicação fazer efeito retirar a contenção física
4. INTERNAÇÃO
Critérios:
❖ Avaliar riscos de comportamento para agressão a terceiros ou suicidio
❖ Gravidade dos sintoma psicóticos com grandes alterações de orientação e sensopercepção
❖ Vulnerabilidade social: apoio social, rede de apoio que favorece a liberação
Tipos de internação
❖ Voluntária: paciente concorda com a internação
❖ Involuntária: não quer mas o estado obriga, normalmente casos de surto
❖ Compulsória: usuários de drogas que não desejam ser internados. Antigamente era necessário autorização judicial.
Atualmente, se a família ou algum profissional da área da saúde achar de bom tom, pode ser feito (máximo de 90 dias)
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